2023 – Estad da Questã
Texts
Crdenaçã editrial: Jsé Mrais Arnaud, César Neves e Andrea Martins
Design grác e paginaçã: Paul Freitas
ISBN: 978-972-9451-98-0
Ediçã: Assciaçã ds Arqueólgs Prtugueses, CEAACP, CEIS20 e IAFLUC
Lisba, 2023
O cnteúd ds artigs é da inteira respnsabilidade ds autres. Send assim a Assciaçã ds
Arqueólgs Prtugueses declina qualquer respnsabilidade pr eventuais equívcs u questões
de rdem ética e legal.
Desenh de capa:
Planta das ruínas de Cnímbriga. © Museu Nacinal de Cnímbriga
Api Institucinal:
Índice
15
Prefáci
Jsé Mrais Arnaud
1. Pré-História
19
O ptencial infrmativ ds Lrge Cutting Tls: cas de estud da estaçã palelítica
d Casal d Azemel (Leiria, Prtugal)
Carls Ferreira / Jã Pedr Cunha-Ribeir / Eduard Méndez-Quintas
33
PaleTej – Uma rede de trabalh para a investigaçã e para patrimóni relacinad
cm s Neandertais e pré-Neandertais
Telm Pereira / Luís Raps / Silvéri Figueired / Pedr Prença e Cunha / Jã Caninas / Francisc
Henriques / Luiz Osterbeek / Pierluigi Rsina / Jã Pedr Cunha-Ribeir / Cristiana Ferreira / Nelsn J.
Almeida / Antóni Martins / Margarida Salvadr / Fernanda Susa / Carls Ferreira / Vânia Pirata /
Sara Garcês / Hug Gmes
45
A indústria lítica de malhadinhas e seu enquadrament n patrimóni acheulense
d vale d Tej
Vânia Pirata / Telm Pereira / Jsé Antóni Pereira
61
O Abrig d Lagar Velh revisitad
Ana Cristina Araúj / Ana Maria Csta / Mntserrat Sanz / Armand Lucena / Jan Daura
75
Cntribut para cnheciment das indústrias líticas pré-históricas d litral de Espsende
(NW de Prtugal)
Sérgi Mnteir-Rdrigues
95
À vlta da fgueira na pré-história: análise às estruturas de cmbustã d Sul de Prtugal
– a Praia d Malhã (Odemira)
Ana Rsa
105
O prject LandCraft. A intervençã arquelógica n abrig das Lapas Cabreiras
Jã Muralha Cards / Mári Reis / Bárbara Carvalh / Lara Bacelar Alves
119
A cupaçã pré-histórica de Mnte Nv: lcal de cult e de habitat
Mári Mnteir / Anabela Jaquinit
135
A frmalizaçã de espaçs públics durante Calclític n Alt Dur Prtuguês:
as Grandes Estruturas Circulares d Castanheir d Vent (V. N. de Fz Côa)
Ana Vale / Jã Muralha Cards / Sérgi Gmes / Vítr Oliveira Jrge
149
Em busca da clecçã perdida (1): Vila Nva de Sã Pedr n Museu Municipal de Vila
Franca de Xira
César Neves / Jsé Mrais Arnaud / Andrea Martins / Mariana Diniz
167
De casa em casa: nvs dads sbre síti pré-históric d Ri Sec/Ba-Hra (Ajuda, Lisba)
Regis Barbsa
179
Um cntribut para estud das Pntas Palmela das «Grutas de Alcbaça»
Michelle Teixeira Sants / Cátia Delicad / Isabel Csteira
195
Mnte da Pnte (Évra): Um cruzament entre psitiv e negativ?
Inês Ribeir
203
Peças antrpmórcas da necróple megalítica de Alt de Madrras. Abrdagem preliminar
a seu estud e valrizaçã n âmbit d Prject TSF – Murça
Maria de Jesus Sanches / Maria Helena Barbsa / Nun Rams / Jana Castr Teixeira / Miguel Almeida
219
Apntaments sbre mnument megalític da Buça da Mó 2, Balugães, Barcels
(Nreste de Prtugal)
Lucian Miguel Mats Vilas Bas
227
A Mama 1 d Crast, Vale de Cambra. Um mnument singular
Pedr Manuel Sbral de Carvalh
241
À cnversa cm s sss: Ppulaçã d Nelític Final/Calclític da Lapa da Bugalheira,
Trres Nvas
Helena Gmes, Filipa Rdrigues, Ana Maria Silva
253
Ds sss, cacs, pedras e terra à leitura detalhada das práticas funerárias n 3º miléni a.C.:
cas d Hipgeu I d Mnte d Carrascal 2 (Ferreira d Alentej, Beja)
Maria Jã Neves
267
Os sepulcrs da Pré-História recente da Quinta ds Pçs (Laga): cntexts e crnlgias
Antóni Carls Valera / Lucy Shaw Evangelista / Catarina Furtad / Francisc Crreia
285
Quinta ds Pçs (Laga): Dads bilógics e práticas funerárias ds Sepulcrs da
Pré-História Recente
Lucy Shaw Evangelista / Eduarda Silva / Sa Ngueira / Antóni Carls Valera / Catarina Furtad /
Francisc Crreia
299
Everything everywhere? Denitely nt all at nce. Uma aprximaçã inicial às práticas
de prcessament de macrfaunas da Pré-História recente d Centr e Sul de Prtugal
Nelsn J. Almeida / Catarina Guint / Antóni Diniz
313
Um síti, duas paisagens: a explraçã de recurss vegetais durante Meslític e a Idade
d Brnze na Fz d Medal (Baix Sabr, Nrdeste de Prtugal)
Jã Pedr Teres / María Martín Seij / Rita Gaspar
327
Análise istópica estável (Δ13C) em sediments de sítis arquelógics
Virgina Latta / Sara Garcês / Hug Gmes / Maria Helena Henriques / Elena Marrcchin /
Pierluigi Rsina / Carmela Vaccar
333
Sbre a presença de sílex na Praia das Maçãs (Sintra)
Patrícia Jrdã / Nun Pimentel
345
Lst & Fund. Resultads ds trabalhs de prspecçã arquelógica realizads n vale
d Carvalhal de Aljubarrta (Alcbaça, Leiria)
Cátia Delicad / Leandr Brges / Jã Mnte / Bárbara Espírit Sant / Jrge Lpes / Inês Sa Silva
357
Análise ds padrões de lcalizaçã das grutas arquelógicas da Arrábida
Jã Varela / Nun Bich / Célia Gnçalves
365
Nvs testemunhs de cupaçã pré-histórica na área da ribeira de Santa Margarida
(Alt Alentej): ntícia preliminar
Ana Cristina Ribeir
2. Proto-História
377
Dinâmicas de Pvament durante a Idade d Brnze n Centr da Estremadura Prtuguesa:
O Litral Atlântic Entre as Serras d’Aires e Candeeirs e de Mntejunt
Pedr A. Caria
389
Nvs dads sbre s pvads d Brnze Final ds Castels (Beja) e Laç (Serpa) n âmbit
d Prjet Odyssey. Cntributs a partir de um levantament drne-LiDAR
Miguel Serra / Jã Fnte / Tiag d Pereir / Rita Dias / Jã Hipólit / Antóni Neves / Luís Gnçalves Sec
401
Metais d Brnze Final n Ocidente Ibéric. O cas ds machads de alvad a sul d ri Tej
Marta Gmes / Carl Bttaini / Miguel Serra / Raquel Vilaça
411
Dis Sítis, um pnt de situaçã. Primeirs resultads ds trabalhs ns Castrs de Ul
e Recarei em 2022
Jã Tiag Tavares / Adriaan de Man
425
Reexões acerca ds aspets técnics e tecnlógics ds artefacts de ferr d Brnze Final /
Ferr Inicial n territóri prtuguês
Pedr Baptista / Ralph Araque Gnzalez / Bastian Asmus / Alexander Richter
439
Resum de resultads d prjet IberianTin (2018-22) e resultads iniciais d prjet
Gld. PT (2023-)
Elin Figueired / Jã Fnte / Emmanuelle Meunier / Sa Serran / Alexandra Rdrigues
451
À vlta da Pedra Frmsa. Estud d Balneári Este da Citânia de Briteirs
Gnçal Cruz
463
Intercâmbi n primeir miléni A.C., n litral, entre s estuáris ds ris Cávad e Ave
Nun Oliveira
481
Castr de Guiões: elements para a recnstituiçã palegegráca e cmpreensã
da cupaçã antiga d síti
Andreia Arezes / Miguel Almeida / Albert Gmes / Jsé Varela / Nun Rams / André Ferreira /
Manuel Sá
493
O Castr da Madalena (Vila Nva de Gaia) n quadr da cupaçã prt-histórica
da margem esquerda d Dur
Edite Martins de Sá / Antóni Manuel S.P. Silva
507
Uma cabana cm vista para ri, n Sabugal da Idade d Ferr
Inês Sares / Paul Pernadas / Marcs Osóri
519
Cerca d Castel de Chã d Trig (S. Pedr d Esteval, Prença-a-Nva): resultads
de três campanhas de escavações (2017-2019)
Paul Félix
533
Instruments e artes de pesca n síti prt-históric de Santa Olaia (Figueira da Fz)
Sara Almeida / Raquel Vilaça / Isabel Pereira
549
Sbre a inuência da cerâmica grega nas prduções de cerâmica cinzenta d estuári
d Tej: um vas emblemátic encntrad nas escavações arquelógicas d Larg de Santa
Cruz (Lisba)
Elisa de Susa / Sandra Guerra / Jã Pimenta / Rshan Paladugu
563
T buy ne things: trabalhs e perspectivas recentes sbre cnsum de imprtações
mediterrâneas n Sul de Prtugal durante I miléni a.n.e.
Francisc B. Gmes
575
Arquitecturas rientais em terra na frnteira atlântica: nvas abrdagens d Prject
#BuildinginNewLands
Marta Lrenzn / Benjamín Cutillas-Victria / Elisa Susa / Ana Olai / Sara Almeida / Sandra Guerra
585
Fruts, cultivs e madeira n Castr de Alvarelhs: a arquebtânica d prjet CAESAR
Catarina Susa / Filipe Vaz / Daniela Ferreira / Rui Mrais / Rui Centen / Jã Teres
3. Antiguidade Clássica e Tardia
599
A prpósit de machads plids encntrads em sítis rmans d territóri prtuguês
e a crença antiga nas “pedras de rai”
Fernand Cimbra
611
Unidades Organizativas e Pvament n Extrem Ocidental da Civits Nrte-Lusitana
ds internnienses: um ensai
Armand Redentr / Alexandre Canha
625
As Termas Rmanas da Quinta d Ervedal (Castel Nv, Fundã)
Jana Bizarr
633
Paisagem rural, paisagem lcal: s primeirs resultads arquelógics e arquebtânics
d síti da Terra Grande (civits Igeditnrum)
Sa Lacerda / Filipe Vaz / Cláudia Oliveira / Luís Seabra / Jã Teres / Ricard Csteira da Silva /
Pedr C. Carvalh
649
Recntextualizaçã ds vestígis arquelógics d frum de Cimbra. Uma leitura a partir
da cmparaçã tip-mrflógica
Pedr Vasc de Mel Martins
665
Síti d Antig (Trre de Vilela, Cimbra): uma pssível vill suburbana de Aeminium
Rúben Mendes / Raquel Sants / Carmen Pereira / Ricard Csteira da Silva
679
A fachada nrte da Casa ds Repuxs (Cnímbriga): resultads das campanhas de 2021 e 2022
Ricard Csteira da Silva / Jsé Ruiv / Vítr Dias
693
Intervenções Arquelógicas em Cndeixa-a-Velha n âmbit das acções d Mviment
para a Prmçã da Candidatura de Cnímbriga a Patrimóni Mundial da Unesc
Pedr Peça / Miguel Pessa / Pedr Sales / Jã Duarte / Jsé Carvalh / Fernand Figueired / Flávi Simões
707
O síti arquelógic de Sã Simã, Penela
Sónia Vicente / Flávi Simões / Ana Luísa Mendes
723
O síti arquelógic da Telhada (Vermil, Pmbal)
Patrícia Brum / Mariana Nabais / Margarida Figueired / Jã Pedr Bernardes
731
Górgn – um crpus de pus sectile na Lusitânia
Carlina Gril / Lídia Fernandes / Patrícia Brum
741
Vill rmana da Herdade das Argamassas. Delta, mtiv de inspiraçã secular. D msaic
a café
Vítr Dias / Jaquim Carvalh / Crnelius Meyer
755
A Antiguidade Tardia n Vale d Dur: exempl de Trás d Castel (Vale de Mir, Pegarinhs,
Alijó)
Tny Silvin / Pedr Pereira / Rdlphe Nict / Laudine Rbin / Yannick Teyssnneyre
771
A Arquelgia Urbana em Braga: prtunidades e desas. O cas de estud da rua Nssa
Senhra d Leite, ns 8/10
Fernanda Magalhães / Luís Silva / Letícia Ruela / Dieg Machad / Lara Fernandes / Eduard Alves /
Manuela Martins / Maria d Carm Ribeir
785
Balneári rman de Sã Vicente (Penael): prjet de revisã das estruturas cnstruídas
e d cntext históric-arquelógic d síti
Silvia Gnzález Sutel / Teresa Seir / Juan Dieg Carmna Barrer / Jrge Sampai / Helena Bernard /
Claus Seara Erwelein
801
Um cntext cerâmic tard-antig da Casa d Infante (Prt)
Jã Luís Vels / Paul Drdi Gmes / Ricard Teixeira / Antóni Manuel S. P. Silva
815
Trabalhs arquelógics n Patarinh (Santa Cmba Dã, Viseu): caracterizaçã de uma
pequena área de prduçã vinícla n vale d Dã em épca alt-imperial
Pedr Mats / Jã Lsada
831
Sbre a cupaçã tardia da vill da Quinta da Blacha – estud de um cntext de cupaçã
da casa rmana
Vanessa Dias / Gisela Encarnaçã / Jã Teres
843
Os materiais d síti rman de Eira Velha (Miranda d Crv) cm índice crnlógic
das suas fases de cnstruçã
Inês Rasteir / Ricard Csteira da Silva / Rui Rams / Inês Simã
859
Cerâmica de imprtaçã em Tlbrig (Cabeç d Vuga, Águeda)
Diana Marques / Ricard Csteira da Silva
873
Revisã ds bjets pnderais recuperads na antiga Cnimbrig (Cndeixa-a-Nva, Cimbra)
Dieg Barris Rdríguez / Cruces Blázquez Cerrat
885
O cnjunt de pess de tear d síti rman de Almínhas
Martim Lpes / Paul Calaveiras / Jsé Carls Quaresma / Jel Sants
901
A terr sigillt e a cerâmica de czinha africana na cidade de Lisba n quadr d cmérci
d cidente peninsular – O cas d ediíci da antiga Sede d Banc de Prtugal
Ana Beatriz Sants
915
Análise (im)pssível ds espólis arquelógics d síti d Mascarr (Castel de Vide,
Prtugal)
Sílvia Mnteir Ricard
931
Recnstruind a paisagem urbana de Braga desde a sua fundaçã até à cidade medieval:
as ruas cm bjet de estud
Letícia Ruela / Fernanda Magalhães / Maria d Carm Ribeir
941
A dinâmica viária n vale d Rabagã: a via XVII e cntribut ds itineráris secundáris
Brun Dias / Rebeca Blanc-Rtea / Fernanda Magalhães
953
Resultads das leituras geísicas de Mnte ds Castelinhs, Vila Franca de Xira
Jã Pimenta / Tiag d Pereir / Henrique Mendes / André Ferreira
965
Lc scr: Para uma tpgraa ds lugares simbólics n atual Alentej em épca rmana
Antóni Diniz
977
Msaics da área de inuência de Px Ivli
Maria de Fátima Abraçs / Licínia Wrench
993
A explraçã de pedras rnamentais na Lusitânia: Primeirs dads de um estud em curs
Gil Vilarinh
4. Época Medieval
1009
A necróple da Alta Idade Média d Castr de Sã Dmings (Lusada, Prtugal)
Paul André Pinh Lems / Manuel Nunes / Brun M. Magalhães
1025
A transfrmaçã e aprpriaçã d espaç pels ediícis rurais, entre a Antiguidade Tardia
e a Idade Média, n trç médi d vale d Guadiana (Alentej, Prtugal)
Jã Antóni Ferreira Marques
1037
A recnguraçã d espaç rural na Alta Idade Média. Análise ds marcadres
arquelógics n Alt Alentej
Rute Cabriz / Sara Prata
1047
O Castel de Vale de Trig (Alcácer d Sal): dads das intervenções arquelógicas
Marta Isabel Caetan Leitã
1061
Cnvent de Nssa Senhra d Carm de Mura, um cnjunt de sils medievais islâmics:
dads preliminares de uma das sndagens arquelógicas de diagnóstic
Vanessa Gaspar / Rute Silva
1075
Ptes meleirs islâmics – Cntribut para estud da imprtância d mel na Idade Média
Rsa Varela Gmes
1085
Luxs e superstições – regists de espóli funerári e utras materialidades nas necróples
islâmicas n Gharb al-Andalus
Raquel Gnzaga
1097
A Necróple Islâmica d Ribat d Alt da Vigia, Sintra
Alexandre Gnçalves / Helena Catarin / Vânia Janeirinh / Filipa Net / Ricard Gdinh
1115
O inédit paviment Cisterciense da cidade de Évra
Ricard D’Almeida Alves de Mrais Sarment
1129
D sl para a parede: a intervençã arquelógica n Páti d Castilh n.º 37-39 e a(s)
Trre(s) de Almedina da muralha(s) de Cimbra
Susana Temud
1145
Utensílis cerâmics de uma czinha medieval islâmica n espaç periurban de al-Ushbuna
(1ª metade d séc. XII)
Jrge Branc / Rdrig Banha da Silva
1159
O cnvent de S. Francisc de Real na deniçã da paisagem mnástic-cnventual de Braga,
entre a Idade Média e a Idade Mderna
Francisc Andrade
1169
“Ante cruzeir jaz mestre”: resultads preliminares da escavaçã d panteã da Ordem de
Santiag (séculs XIII – XVI) lcalizad n Santuári d Senhr ds Mártires (Alcácer d Sal)
Ana Rita Balna / Liliana Matias de Carvalh / Sa N. Wasterlain
1181
Prduções cerâmicas da Braga medieval: cultura e agência material
Dieg Machad / Manuela Martins
1197
Agricultura e paisagem em Santarém entre a Antiguidade Tardia e Períd Islâmic
a partir das evidências arquebtânicas
Filipe Vaz / Luís Seabra / Jã Teres / Catarina Viegas / Ana Margarida Arruda
5. Época Moderna
1215
A necróple medieval e mderna de Benavente: resultads de uma intervençã
de Arquelgia Preventiva
Jana Zuzarte / Paul Félix
1229
Rua da Judiaria – Castel de Vide: Aspets gerais da intervençã arquelógica na eventual
Casa d Rabin
Tânia Maria Falcã / Helísa Valente ds Sants / Susana Rdrigues Csme
1239
A cleçã de estanh de Espsende
Elisa Maria Gmes da Trre e Frias-Bulhsa
1253
Três brris num cmp de lm: dads preliminares para estud da vitivinicultura
na cidade de Aveir n períd mdern
Diana Cunha / Susana Temud / Pedr Pereira
1269
Aveir cm centr prdutr de cerâmica: s vestígis da cina lárica identicada na
Rua Capitã Susa Pizarr
Vera Sants / Sónia Filipe / Paul Mrgad
1283
A Casa Crdvil: cntribut para cnheciment de Évra n Períd Mdern
Lenr Rcha
1295
Recnstruir a Cidade: pré e pós-terramt na Rua das Esclas Gerais, nº 61 (Lisba)
Susana Henriques
1305
Lazaret, frtaleza e prisã: arquelgia d Presídi da Trafaria (Almada)
Fabián Cuesta-Gómez / Catarina Tente / Sérgi Rsa / André Teixeira / Francisca Alves Cards /
Sílvia Casimir
1319
Cnhecer qutidian d Castel de Palmela entre s séculs XV e XVIII através ds
artefacts metálics em liga de cbre
Luís F. Pereira
1331
Um frn de cerâmica d iníci da Épca Mderna na Rua Edmnd Bartissl, Setúbal
Victr Filipe / Eva Pires / Anabela Castr
1341
A necróple da Igreja Velha d Peral (Prença-a-Nva)
Anabela Jaquinit / Francisc Henriques / Francisc Curate / Carla Ribeir / Nun Félix /
Fernand Rbles Henriques / Jã Caninas / Hug Pires / Paula Bivar de Susa / Carls Net de Carvalh /
Isabel Gaspar / Pedr Fnseca
1357
A materializaçã da mrte em Bucelas entre s séculs XV e XIX. Rituais, semiótica
e simblgias
Tânia Casimir / Dári Rams Neves / Inês Csta / Flrbela Estevã / Nathalie Antunes-Ferreira /
Vanessa Filipe
1369
Ficam s sss e cam s anéis: bjets de adrn e de crença religisa da necróple
d Cnvent ds Lóis, Lisba
Jã Miguez / Marina Lurenç
1379
“Nã ha sepultura nde se nã tenham enterrad mais de dez cadáveres”: as valas cmuns
de épca mderna da necróple d Hspital ds Sldads (Castel de Sã Jrge, Lisba),
uma prática funerária de recurs
Carina Leiriã / Liliana Matias de Carvalh / Ana Amarante / Susana Henriques / Sa N. Wasterlain
1391
Estud tafnómic de uma cleçã stelógica prveniente da Igreja da Misericórdia
em Almada
Maria Jã Rsa / Francisc Curate
1403
Variabilidade frmal e prdutiva da cerâmica mderna na cidade de Braga: estud de cas
Lara Fernandes / Manuela Martins / Maria d Carm Franc Ribeir
1415
Representações femininas na faiança prtuguesa de Santa Clara-a-Velha: desigualdade,
subalternizaçã, emancipaçã
Inês Almendra Castr / Tânia Manuel Casimir / Ricard Csteira da Silva
1427
Pder, família, representaçã: a heráldica na faiança de Santa Clara-a-Velha
Danil Cruz / Tânia Casimir / Ricard Csteira da Silva
1437
A Chacta de Faiança a us e signicad scial d seu cnsum em Lisba, ns meads-nais d sécul XVII: a amstragem d Hspital ds Pescadres e Mareantes de Alfama
André Bargã / Sara da Cruz Ferreira / Rdrig Banha da Silva
1445
Algumas cnsiderações sbre s artefacts em ligas metálicas descberts n Paláci
Sant’Anna em Carnide, Lisba
Carls Bavida / Mári Mnteir
1461
Os cachimbs cerâmics ds séculs XVII e XVIII d Paláci Almada-Carvalhais (Lisba)
Sara da Cruz Ferreira / André Bargã / Rdrig Banha da Silva / Tiag Nunes
1469
Tróia fumegante. Os cachimbs cerâmics mderns d síti arquelógic de Tróia
Miguel Martins de Susa / Tânia Manuel Casimir / Filipa Araúj ds Sants / Mariana Nabais /
Inês Vaz Pint
1483
Um cp para muitas garrafas. Algumas palavras sbre um cnjunt de vidrs mderns
e cntemprânes encntrads na Praia da Alburrica (Barreir)
Carls Bavida / Antóni Gnzález
1495
A Grn Principess di Tscn, um naufrági d sécul XVII n Cab Ras (Cascais)
Sa Simões Pereira / Francisc Mendes / Marc Freitas
1503
Cndições ambientais e cntext arquelógic na margem estuarina de Lisba: dads
preliminares da sndagem ESSENTIA (Av. 24 de Julh | Rua Dm Luís I)
Margarida Silva / Ana Maria Csta / Maria da Cnceiçã Freitas / Jsé Bettencurt / Inês Mendes
da Silva / Tiag Nunes / Mónica Pnce / Jacinta Bugalhã
1517
Evluçã ambiental d estuári d Ri Cacheu, Guiné-Bissau: dads preliminares
Rute Arvela, Ana Maria Csta, Maria da Cnceiçã Freitas, Rui Gmes Celh
1525
Extrair infrmaçã cultural de madeiras náuticas: uma experiência em Lisba
Francisc Mendes / Jsé Bettencurt / Marc Freitas / Sa Simões Pereira
1535
Ferramentas, carpinteirs e calafates a brd da fragata Snt Antóni de Tná
(Mmbaça, 1697)
Patrícia Carvalh / Jsé Bettencurt
1547
Parede 1, Carcavels 12 e Carcavels 13: três naufrágis da Guerra Peninsular?
Jsé Bettencurt / August Salgad / Antóni Fialh / Jrge Freire
1555
Estud zarquelógic e tafnómic de um sil de épca mdern-cntemprânea
da Casa Crdvil, Évra
Catarina Guint / Nelsn J. Almeida / Lenr Rcha
1569
Uma aprximaçã à Arquelgia de Paisagem: a paisagem uvial e as dimensões da sua
explraçã, cmunicaçã e cupaçã
Patrícia Alh / Vanda Lucian
1575
Ds Arquivs a Trabalh de Camp: Estud da Frtaleza de Santa Catarina de Ribamar
(Prtimã)
Bruna Ramalh Galamba
1583
Paláci Vaz de Carvalh, a diacrnia de um síti: da Pré-História à Cntempranidade
Anabela Sá / Inês Mendes da Silva
1595
Um lhr sbre pssd: apresentaçã ds resultads de uma intervençã arquelógica
na Figueira da Fz
Brun Freitas / Sérgi Gnçalves / André Dnas-Btt
1607
Tds s metrs cntam, 200 mil ans num quarteirã? O cas das Olarias de Leiria
Ana Rita Ferreira / André Dnas-Btt / Cláudia Sants / Luís Csta
6. Época Contemporânea
1625
Navis de ferr: cntributs para uma abrdagem arquelógica as naufrágis de Idade
Cntemprânea em Prtugal
Marc Freitas / Francisc Mendes / Sa Simões Pereira
1637
Ds peles e ds rebites: prcess de inventariaçã arquelógic da Central d Biel
e da Fábrica de Curtumes d Granj (Vila Real)
Pedr Pereira / Fernand Silva
1649
Seminári Mair de Cimbra: cntribut da arquelgia num espaç em reabilitaçã
Cnstança ds Sants / Sónia Filipe / Paul Mrgad / Gina Dias
1663
Paradigmas de Preservaçã e Valrizaçã d Patrimóni Mnumental nas Linhas de Trres
Vedras. Abrdagem às intervenções realizadas n Frte da Archeira (Trres Vedras), n Frte
1.º de Subserra e na Bateria Nva de Subserra (Vila Franca de Xira)
Jã André Perpétu / Miguel Martins de Susa / Jã Rams
1677
Paviments em mós na arquitetura salia: nvs dads na Amadra
Nun Dias / Catarina Blila / Vanessa Dias / Gisela Encarnaçã
1685
O Tej e a industrializaçã: cm Lisba “invadiu” ri n sécul XIX
Inês Mendes da Silva
1695
As Alcaçarias d Duque. A redescberta ds últims banhs públics de Alfama
Filipe Sants
1709
Memrial da Serralharia – Arquelgia d Passad Recente n Hspital de Sã Jsé
Jã Sequeira / Carls Bavida / Afns Leã
1723
kn, frndj y kumuniddi: Um cas de estud da prduçã e transfrmaçã da cana
sacarina na Ribeira ds Engenhs (Ilha de Santiag)
Nireide Pereira Tavares
1735
Persnagens Escndidas: À prcura das emções esquecidas das mulheres na indústria
prtuguesa. Uma análise arquelógica através de nvas materialidades
Susana Pachec / Jel Sants / Tânia Manuel Casimir
1747
Sós mas nã Esquecids. Pr uma Arquelgia da Slidã
Jel Sants / Susana Pachec
7. Arte Rupestre
1761
O prjet First-Art (Extensin): determinaçã crnlógica e caracterizaçã ds pigments
nas fases iniciais da Arte Rupestre Palelítica
Sara Garcês / Hipólit Cllad / Hug Gmes / Virginia Latta / Gerge Nash / Hug Mira Perales /
Dieg Fernández Sánchez / Jsé Juli Garcia Arranz / Pierluigi Rsina / Luiz Osterbeek
1771
Mais pert da cnclusã: nv pnt da situaçã da prspecçã e inventári da arte rupestre
d Côa
Mári Reis
1787
Prpstas metdlógicas para a cnservaçã ds sítis cm Pinturas Rupestres da Pré-História
recente n Vale d Côa
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Desde a crista, lhand para Tej – s abrigs cm pintura esquemática d Peg da Rainha
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Entre tpónims e lendas. Explicações das sciedades rurais para fenómen pdmórc
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“Cada cavadela sua minhca”: Arquelgia Pública e Cmunicaçã através d cas de estud
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O Frte de Sã Jã Batista da Praia Frmsa: a recuperaçã virtual e a recnstruçã
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Dig Teixeira Dias / Sérgi Gnçalves
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Entre a Universidade e a prssã: A experiência de um Estági Curricular narrada
na primeira pessa
Mariana Sants
2069
A Arquelgia e s seus Públics: relaçã ds Arqueólgs cm s utrs Cidadãs n âmbit
da Cntempraneidade
Flrbela Estêvã / Vítr Oliveira Jrge
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Arquelgia e Cmunicaçã na era da Big Data: d síti arquelógic a regist de mnuments
e paisagens. Será este um dia FAIR?
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2091
Expsiçã de Arte-Arquelgia: Artefacts d Descarte
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9. Historiograa e Teoria
2103
Pré-História e “Antrplgia Cultural”: repensar esta interface
Vítr Oliveira Jrge
2115
“Onde está Wally?” Representações de mulheres ns museus de Pré-História
Sara Brit
2125
“Criei hábit de geralmente ignrar”: sexism, assédi e abus sexual em Arquelgia
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Regis Barbsa / Raquel Gnzaga
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O ensin da Arquelgia em Prtugal
Jacinta Bugalhã
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O Grup Pró-Évra e curs de arquelgia de 1968: uma primeira aprximaçã a tema
Ana Cristina Martins
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Andanças na Arquelgia Urbana da Cidade de Cimbra: Um Histrial de Duas Décadas
d Prcess Metr Mndeg
Antóni Batarda Fernandes
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Peixes de Água Dce e Migradres de Prtugal: Sistematizaçã da Infrmaçã Zarquelógica
Miguel Rdrigues / Filipe Ribeir / Sónia Gabriel
2191
Extraçã de Cnheciment em Arquelgia: primeirs resultads da aplicaçã a dads
prtugueses
Iv Sants
2199
A Igreja d Carm de Lisba: um exempl de arquelgia vertical cm 600 ans
Célia Nunes Pereira
10. Gestão, Valorização e Salvaguarda do Património
2215
A simplicaçã legislativa e s desas à atividade arquelógica
Gertrudes Branc
2223
IPA / IGESPAR, IP / DGPC – Extensã de Trres Nvas: 25 ans
Sandra Lurenç / Gertrudes Zambuj / Cláudia Mans
2239
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Recomendações de Boas-Práticas em Arqueologia de Ambientes Húmidos
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José Bettencourt / José António Gonçalves / Miguel Lago / Pedro Barros / Rodrigo Banha da Silva
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A inventariação e georreferenciação do Património Cultural Marítimo no Endovélico
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de Viana do Castelo
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ambientais
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orgânicos: as práticas instituídas e os equívocos
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de análise
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Beatriz Calapez Santos / Fátima Alves / Francisco Curate / Leonor Medeiros / Joana Esteves / Alexandra P.
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Centro Interpretativo do Urbanismo e da História do Crato – Resultados da intervenção arqueológica
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UM CONTEXTO CERÂMICO TARDO
ANTIGO DA CASA DO INFANTE (PORTO)
João Luís Veloso1, Paulo Dordio Gomes2, Ricardo Teixeira3, António Manuel S. P. Silva4
RESUMO
No presente artigo damos a conhecer novos dados relativos à ocupação tardo-antiga e alto-medieval da cidade
do Porto através da análise de um contexto estratigráco selado da Casa do Infante. Este consiste num poço
abandonado, do qual se recolheu um conjunto cerâmico diversicado, com relativa homogeneidade cronológica.
Entre as diversas produções cerâmicas, identicou-se Terra Sigillata Africana da forma Hayes 52B, assim como
envases Late Roman Anfora 1. Associando-se estas importações a um copioso conjunto de cerâmica comum de
diversas procedências, atribui-se este contexto o ao 1º terço do século V.
A partir destes dados procuramos reetir acerca de como a cidade de Portucale se inseria na malha de relações
comerciais do Noroeste Peninsular no quadro da transição para o seu período Suevo-Visigótico.
Palavras-chave: Arqueologia Urbana; Contactos Comerciais; Período Suevo-Visigótico; Cerâmica Comum;
Terra Sigillata Tardia.
ABSTRACT
In this paper new data is presented, concerning the Late Antique and Early Medieval occupation of the city
of Porto through the analysis of a sealed stratigraphic context of “Casa do Infante”: an abandoned well, from
which a diversied ceramic assemblage, with fairly homogenous chronology, was retrieved.
Among the diverse ceramic productions, an African Red Slip Ware Hayes 52 bowl was identied, as well as Late
Roman 1 Amphorae. Through the association of these imports with a copious group of coarse wares of diverse
origins, this context was attributed to the rst third of the 5th century.
On the basis of these data this paper strives to reect on how the city of Portucale was inserted into the network
of commercial relations in the Peninsular Northwest on the eve of the transition to its Suevi-Visigothic period.
Keywords: Urban Archaeology; Commercial Contacts; Suebi-Visigothic Period; Coarse Ware; Late Roman
Slip Ware.
. INTRODUÇÃO
O complexo arqueológico da Casa do Infante permanece um núcleo incontornável do património histórico da cidade do Porto. O conjunto arquitetónico, objeto de uma das mais longas e extensivas escavações
feitas na cidade do Porto (1990-2002), celebrizou-se
por nele se ter colocado a descoberto uma sequência estratigráca com mais de 1500 anos, de que so-
bressaem fases de ocupação correspondentes a dois
momentos particularmente icónicos da história da
cidade: a instalação de cronologia baixo-medieval
dos ediícios da Casa da Moeda e da Alfândega Régia (que ainda hoje delimitam o seu espaço), e, subjazendo a estes, uma parcela da ocupação romana da
zona ribeirinha da cidade, sobre a qual nos debruçaremos neste trabalho.
Volvidas três décadas sobre os trabalhos de escava-
1. IEM – Instituto de Estudos Medievais; projeto CERPOR (CITCEMCMP); Bolseiro de Doutoramento FCT com a ref. UI/BD/150927/
2021 /
[email protected]
2. CITCEM – Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória /
[email protected]
3. CITCEM – Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória; Arqueologia e Património, Lda. /
[email protected]
4. CITCEM – Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória (UP); projeto CERPOR (CITCEMCMP) /
[email protected]
801
Arqueologia em Portugal / 2023 – Estado da Questão
ção que primeiro puseram a descoberto os seus célebres pavimentos de mosaico, levamos hoje a cabo
uma apreciação mais aprofundada de algum do espólio cerâmico tardo-antigo e alto-medieval exumado deste complexo, desenvolvida em paralelo com a
investigação de doutoramento atualmente levada a
cabo por um dos signatários5.
Trazemos a este encontro um contexto selado – um
poço desativado – situado no extremo sudoeste das
ruínas arqueológicas romanas da Casa do Infante,
no qual se recolheram copiosos fragmentos de cerâmica em distintos graus de preservação. Como veremos, o espólio apresenta uniformidade cronológica,
remontando à tardo-antiguidade. No seu conjunto
atestou-se uma larga variedade de formas, fabricos
e proveniências.
Propomo-nos a dois objetivos. Numa primeira instância, a alargar o conhecimento da sequência de
ocupação do sítio arqueológico da Casa do Infante,
através da adição de mais um contexto à já complexa
leitura da sua estratigraa. Em segundo lugar, não
será inadequado tecer algumas considerações sobre
os laços comerciais da cidade do Porto durante o ocaso da dominação romana na Península Ibérica. Nas
últimas décadas, tem-se vericado uma verdadeira
revolução no que concerne as relações comerciais do
Noroeste Peninsular durante a Tardo-Antiguidade e
os começos da Alta Idade Média. É hoje geralmente
aceite que, dissolvido o Império Romano do Ocidente, sobreviveram-lhe rotas comerciais que uniam o
Mediterrâneo Oriental e o Norte de África aos territórios das províncias mais ocidentais (Duggan, 2018;
Fernández Fernández, 2014).
Em centros de consumo atlânticos, têm-se reconhecido quantidades nada negligenciáveis de terra
sigillata e de ânfora tardias, em contextos estratigrácos que atingem, inclusivamente, a primeira
metade do século VII. Em Bordéus, concretamente,
discriminaram-se duas camadas de ocupação atribuíveis aos séculos VI e VII, nas quais se constatou
a manutenção da chegada à costa ocidental da Gália
de terra sigillata africana e focense (Bonifay, 2012).
Esta rota atlântica vogaria em direção a destinos
ainda mais setentrionais, atingindo, inclusivamente
as Ilhas Britânicas (Campbell, 2007; Duggan, 2013,
2016, 2020).
Relativamente à província da Galécia, são numerosos os materiais norte-africanos e, mais sugestivamente, orientais, identicados nos contextos tardios
da capital de Bracara Augusta (Delgado, 1988; Delgado et al., 2014; Quaresma & Morais, 2012).
De todos os centros de consumo do Noroeste Peninsular, contudo, o mais ilustrativo será o da ria de Vigo,
publicado em Fernández, 2014. A quantidade e singularidade do espólio exumado naquela área estuarina
permitiu que se denissem três horizontes cronológicos bastante acurados, estabelecidos entre meados
do século IV e princípios do VII (Idem, pp. 128-132).
Regressando à cidade que nos diz respeito, o conhecimento de Portucale na transição da Antiguidade para
a Alta Idade Média (Silva & Real, 2022) conta ainda
com numerosas lacunas, sem dúvida por o conhecimento da própria cidade romana ser também muito
fragmentário, como recentemente foi reconhecido
em trabalho de fundo (Silva, 2021, pp. 553-555).
Entre as idiossincrasias da Cale/Portucale romanas, demarca-se o reduzido perímetro amuralhado – coincidente com o do povoado proto-histórico
antecedente – o qual, segundo as estimativas mais
atualizadas, rondaria apenas os 3,5 ha (Silva, 2010,
pp 232). É notória igualmente neste uicus comercial a
falta de equipamentos públicos, nomeadamente de
um forum, como crê J. Alarcão (2019, p. 8), cuja existência, todavia, não é suportada nem pela topograa
urbana nem por quaisquer vestígios epigrácos ou
monumentais, ainda que tenha sido admitido, como
possibilidade ainda não comprovada arqueologicamente, que na área da atual Praça do Infante D. Henrique pudesse ter existido, em época romana, uma
área aberta, porventura para funções comerciais
(Real & Silva, 2018, pp. 205-206; Silva, 2021, pp. 564569), de certo modo a meio caminho entre o núcleo
primitivo do Morro da Penaventosa6 e a urbanização
ribeirinha do atual quarteirão da Casa do Infante.
Já quanto à existência de uma área termal são mais
6. “Morro da Sé”, a designação também comummente atribuída a este espaço é, para o período cronológico sobre o
5. Veloso, J. L. – Comércio, Produção e Consumo na Alta Ida-
qual nos debruçamos, um anacronismo, uma vez que o con-
de Média (400-1100): Uma abordagem através do registo ar-
texto aqui apreciado antecede a construção da sé episcopal.
queológico da cidade do Porto. Tese em desenvolvimento na
Assim sendo, como noutros trabalhos, adotámos o topóni-
NOVAFCSH sob a orientação cientíca dos Professores
mo “da Penaventosa”, seguindo a A. M. Silva (2021) e Veloso
Doutores Catarina Tente, Adolfo Fernández Fernández e
(2021), aliás patente em fontes medievais, que não levanta
Maria João Branco.
problemas de precisão.
802
consistentes os indícios, ainda que indiretos e também sem conrmação arqueológica até hoje (Silva,
2021, pp. 566-569).
. O SÍTIO E O CONTEXTO
Como se disse, a identicação de expressivas ruínas
tardo-romanas nas escavações da Casa do Infante,
constituiu, à época, absoluta novidade, sobretudo
por permitir a reconstituição planimétrica, ainda
que parcial, de uma residência urbana de certo destaque, um vasto ediício (Fig. 3) com vários compartimentos, datável dos séculos IVV/VI, onde apareceram os primeiros pavimentos musivos do uicus
romano de Cale/Portucale (Gomes, 2011, 2019; Silva,
2021, pp. 552-560).
A reconstituição em planta das ruínas evidenciou
restos de várias construções romanas (Gomes, 2011,
p. 838), sobressaindo um ediício de grandes dimensões, de orientação urbana signicativamente diversa da medieval e moderna do quarteirão. Trata-se de
uma habitação de orientação NO./SE., com dimensões visíveis de cerca de 24 por 20 metros, aparentemente estruturada em torno de um pátio central
lajeado a granito, rodeado por quatro alas sensivelmente modulares (Idem, p. 839). Na ala norte deste
ediício, dois dos compartimentos conservavam
restos de pavimentos forrados com mosaicos, cujo
estudo iconográco sugeriu uma datação entre a 2.ª
metade do século IV e a 1.ª da centúria seguinte (Gomes, 2011, 2019). O ediício prolongava-se, para sudeste, até perto da margem do rio Douro, possuindo
nessa fachada, para vencer o desnível topográco,
vários pilares (Gomes, 2011, p. 839) que sugerem a
existência de dois ou três pisos.
No período tardo-antigo, esta construção deverá ter
estado relacionada com funções de poder político ou
scal, como decorre do achado, durante as escavações, de duas raras siliquae suevas em prata, cunhadas por ordem do rei Requiário, entre os anos de 448
e 456 (Mendes-Pinto, 1999, p. 413; Barroca, 2017,
pp. 36-38; Silva, 2017), e de um ponderal em bronze
(Barroca & Silva, no prelo).
O contexto agora estudado localiza-se no extremo
sudoeste da Casa do Infante, já no exterior do espaço
da Alfândega Medieval, mais propriamente a Poente
da Torre Sul. O local corresponde a uma casa de gaveto da Rua da Alfândega com a Rua da Fonte Taurina, onde teve sede o Comissariado para a Renovação
Urbana da Ribeira Barredo (CRUARB), a qual sucedeu
803
Arqueologia em Portugal / 2023 – Estado da Questão
a uma casa quinhentista, conhecida pela Casa da Janela de Canto da Reboleira ou da Quinta da Aveleda,
demolida por 1880-1887 para dar origem ao atual ediício. A casa era então propriedade de Thomas Glas
Sandeman (Gomes & Teixeira, 2020-2021).
No âmbito das escavações arqueológicas que tiveram lugar em momento prévio à obra de reabilitação
do Arquivo Histórico Municipal instalado na Casa
do Infante, realizou-se neste local uma primeira
sondagem em setembro de 1994. Esta intervenção
identicou, sob o pavimento lajeado ainda em uso,
um aqueduto já desativado de grande dimensão em
alvenaria de pedra, com origem no ângulo NE da
casa, adossado à parede Oeste da Torre Sul da Alfândega Medieval e com sentido Norte/Sul. A construção desta estrutura implicou o desaparecimento do
arranque da vala de fundação da parede da Torre Sul
da Alfândega Medieval, mas também da estrutura
superior de um poço que se viria a identicar como
de época romana e que se posicionava imediatamente sob as paredes laterais do referido aqueduto,
escavado no saibro de base (UE 8008).
Os sedimentos no interior daquele poço viriam a
ser escavados apenas em fevereiro de 2000 correspondendo-lhe as UE 9579 a 9583. O interior do poço
foi escavado por Unidades Estratigrácas articiais
com 1 m de espessura até ao fundo do mesmo aos 4
m (UE 9580, UE 9581, UE 9582, UE 9583). O enchimento é constituído por pedras, algumas com talhe
romano, e abundante material de construção, do
tipo tegula e imbrex, e de dolium. A grande maioria
do espólio foi identicada nas camadas mais profundas, o que nos sugere não ter havido remeximentos
de maior, correspondendo, portanto, a posição dos
materiais à sua deposição natural.
. OS MATERIAIS CERÂMICOS
Contabilizaram-se neste contexto 513 fragmentos
cerâmicos. Tal como já vericáramos em outros contextos arqueológicos da cidade (Veloso, 2020; 2021),
o espólio apresentava-se gravemente fragmentado.
Isto não é surpreendente, visto tratar-se de um contexto urbano, numa área cuja ocupação intensiva
implicou numerosos revolvimentos de terras e intrusões no subsolo. Apenas nos foi possível discriminar
21 indivíduos neste conjunto. Por outras palavras,
pouco mais de 4% dos fragmentos considerados neste trabalho possibilitaram a identicação das suas
formas originais (cf. Tabela 1).
Não obstante este contexto poder ser, prima facie,
pouco aliciante, duas características da coleção cerâmica motivaram-nos a demorarmo-nos no seu
estudo. Em primeiro lugar, moveu-nos o facto de
ser um contexto selado, com considerável homogeneidade no respeitante à cronologia do espólio.
Esta é uma característica pouco frequente no registo
arqueológico portuense, uma vez que o desenvolvimento urbano provocou, inevitavelmente, unidades
estratigrácas permeáveis, com elevadas percentagens de material residual e, não raramente, diícil
leitura sequencial.
Para além disto, cedo nos apercebemos de que,
não obstante o facies cerâmico ser constituído eminentemente por restos de bojos, estes fragmentos
apresentavam características – nomeadamente decorativas – que possibilitavam a identicação da sua
proveniência. Assim sendo, estamos perante o tipo
de contexto que raramente encontramos em solo
urbano: um contexto fechado representativo de um
intervalo cronológico relativamente restrito e que,
além do mais, aduz novos elementos à interpretação
das relações comerciais da cidade, nomeadamente
respeitantes às suas importações.
Dividimos o espólio em três categorias: cerâmica
comum, cerâmica na e cerâmica de transporte. Comecemos pelo primeiro conjunto.
Entre as produções de cerâmica comum, o subgrupo mais numeroso (184 fragmentos) é o da cerâmica comum grosseira, produzida, provavelmente,
na capital provincial de Bracara Augusta. Apresenta
pastas não muito depuradas, granulares, e com frequentes inclusões. Supõe-se que a sua argila fosse
extraída na região de Prado/Ucha, a cerca de 14 km
da capital da província da Galécia. Entre os fragmentos desta produção, individualizaram-se 2 potes/panelas e 1 dolium. Supõe-se que 60 a 90% destas produções se destinassem ao armazenamento/
transporte, confeção e consumo de alimentos (Delgado & Morais, 2009, p. 81), pelo que as formas aqui
identicadas não suscitam surpresa.
A cronologia de produção deste subgrupo é bastante
alargada, principiando na viragem do milénio e prolongando-se além do Baixo Império. Relativamente
às suas manifestações mais tardias, tenha-se em conta a frigideira proveniente das termas de Braga “posterior ao século V” (Delgado & Morais, 2009, g. 252).
Pari passu com as suas congéneres grosseiras, registaram-se 47 fragmentos de cerâmica comum na
no interior do poço. Estas distinguem-se daquelas
por apresentarem pastas, de resto idênticas, mais
bem depuradas e com acabamentos de maior qualidade. Individualizaram-se neste grupo 5 potes/panelas. As importações bracarenses incluem também
peças ostentando tratamentos de superície e decoração, entre as quais merecem especial destaque as
cerâmicas pintadas (13 fragmentos). Ainda que não
nos tenha sido possível reconstituir inequivocamente a forma de nenhuma destas peças, diferenciámos
duas colagens particularmente ilustrativas, de perl
hipoteticamente globular. São decoradas com bandas horizontais, de cor vermelha e branca. Constatou-se em Braga que a pintura a branco surge nestas
peças em contextos posteriores ao último quartel
do século IV, sempre associada a bandas vermelhas
(Delgado & Morais, 2009, p. 37).
Registou-se a ocorrência de produções de engobe
vermelho e branco em números muito pouco expressivos (19 e 5 fragmentos, respetivamente). Individualizou-se, contudo, um prato de engobe vermelho.
Bracara Augusta não seria, apesar do exposto, o único fornecedor dos envases usados quotidianamente
na cidade do Porto. Registou-se, paralelamente a
essas produções, uma quantidade considerável de
cerâmica comum, cujo centro produtor não nos é
possível precisar, mas que deduzimos ser de produção local ou regional. Com efeito, é deste conjunto
que provém a maioria das peças integrantes do NMI.
Individualizaram-se 3 potes/panelas, 3 tigelas e 1 alguidar. A estas formas mais comuns acrescentamos
ainda um recipiente “anforiforme” eventualmente
destinado conter líquidos, bem como uma forma
aberta, semelhante a um alguidar, também local/regional. É digno de nota procederem deste conjunto
os únicos indivíduos de que se preservou a totalidade do perl.
O último subgrupo de cerâmica comum distingue-se
das demais por apresentar pastas muito granulares,
com frequentes inclusões de micas e coloração escura. Apresenta cozedura redutora, frequentemente incerta, com matizes acastanhados e cinzentos.
Denominámo-la Cerâmica Comum Micácea de
Tradição Indígena por se assemelhar às produções
castrejas do Noroeste Peninsular, tanto em morfologia como em tecnologia de manufatura. Trabalhos
recentes (Fernández Fernández e Bartolomé Abraira, 2016) têm demonstrado como esta produção
vive um verdadeiro oruit em meados do século V,
sendo frequente em contextos do século VI e de princípios do VII. Regressaremos à questão da sua data-
804
ção no próximo capítulo. Para já bastará referir que
se individualizaram entre os seus 55 fragmentos um
pote-panela e um potinho de reduzidas dimensões,
formas, aliás, paradigmáticas desta manufatura, destinadas às tarefas de cozinha e armazenamento.
A cerâmica comum constitui a maioria do conjunto
cerâmico, mas, como referimos, acompanham-na cerâmicas nas e de transporte.
O grupo das cerâmicas nas apresentava-se muito
fragmentado, o que diculta a identicação das suas
formas. Diferenciaram-se, sem que tenha sido possível a sua reconstituição morfológica, 15 bojos de
cerâmica cinzenta na e da chamada cerâmica bracarense. Esta última demarca-se por ser executada
com pasta caulinítica muito depurada, de cor creme
claro, distinta das produções de Ucha/Prado, com
paredes nas e superície revestida por um engobe
alaranjado ou salmão. Esta produção remonta predominantemente ao Alto Império, razão pela qual
estranhamos a sua presença num conjunto, de outro
modo, bastante mais tardio.
Um elemento diretor bastante relevante para a interpretação deste contexto é um bordo de terra sigillata
africana, do tipo Hayes 52B, realizada em fabrico D1.
É uma pequena tigela com aba ligeiramente oblíqua.
Esta forma é característica do século IV, com sobrevivência em princípios do V. Sendo este um exemplar de maiores dimensões (Ø 22 cm), é provável
que seja uma forma tardia. Na face superior da aba,
preservou-se decoração aplicada, representando um
zoomorfo. Ainda que a sua leitura não seja clara, e
parte da imagem se tenha fragmentado, parece-nos
representar um felino ou mastim numa possível venatio, tema já reconhecido por J. W. Hayes na sua
obra de referência (Hayes, 1972, pp. 76-78)
Se o conjunto de cerâmica na era pouco representativo, esta descrição é duplamente verdade para a
cerâmica de transporte. Com efeito, estes materiais
surgem no contexto arqueológico muito rolados,
sem que seja fácil determinar a sua forma. Isolaram-se, todavia, duas paredes de Late Roman Amphora
1. Este contentor, produzido na Cilícia e na ilha de
Chipre, teve uma longa vida de produção, remontando os seus exemplares mais precoces a meados
do século III e prolongando-se até meados do século VII. O seu verdadeiro ímpeto de exportação para
Ocidente, contudo, regista-se a partir da segunda
metade do século IV.
805
Arqueologia em Portugal / 2023 – Estado da Questão
. O CONTEXTO E RELAÇÕES COMERCIAIS
DA CIDADE
A relativa uniformidade cronológica do espólio, aliada ao facto de este surgir sobretudo nas unidades
estratigrácas de cota mais reduzida, sugere que o
processo de aterro terá sido, em toda a probabilidade, um acontecimento único, deliberado. Importa
determinar, antes de mais, quando se terá processado esta desativação. O indivíduo de terra sigillata
africana Hayes 52B, que atribuímos a nais do século
IV/princípios do século V, é um bom ponto de partida, mas será necessário articulá-lo com os outros
materiais aqui considerados para que se obtenha
uma datação mais precisa.
No que diz respeito a outras mercadorias importadas a longa distância, a terra sigillata é aqui acompanhada pelos dois fragmentos de ânfora LRA 1. A sua
presença é insipiente, mas não insignicante, uma
vez que estes contentores, que serão predominantes
na segunda metade do século V e ao longo do século
VI, fazem a sua primeira aparição no Noroeste Peninsular em princípios do século V.
Igualmente sugestiva é a presença, também em número reduzido, das Cerâmicas Comuns Micáceas
de Tradição Indígena. Originalmente interpretadas
como manufaturas locais do entorno de Vigo, sabe-se hoje que tiveram uma difusão muito mais alargada, não sendo consensual, todavia, a localização
do seu centro produtor. Apesar de estas poderem ser
facilmente confundidas com as manufaturas castrejas pré-romanas, as reexões mais recentes fazem
remontar a sua primeira aparição ao primeiro terço do século V (Fernández Fernández e Bartolomé
Abraira, 2016, pp. 96-100).
Posto isto, ainda que a longa vida de produção da
forma Hayes 52 nos pudesse levar a recuar a datação
do contexto a um momento mais precoce do Baixo
Império, a presença das ânforas orientais e das cerâmicas micáceas obriga-nos a remetê-la, no mínimo,
ao primeiro terço do século V.
O estudo dos demais envases aduz um outro elemento importante a esta discussão: um terminus
ante quem. Por volta das décadas centrais do século
V, observa-se no Noroeste Peninsular uma verdadeira viragem no que diz respeito às técnicas de fabrico
e acabamento da cerâmica comum. Envases tradicionalmente executados com cozedura oxidante
dão lugar a produções de cozedura redutora e acabamentos cinzentos, como é o caso das chamadas
cinzentas tardias de Lugo e Braga. Os especialistas
defendem que este processo terá tido começo no 2º
terço do século V, para se consolidar na sua segunda
metade (Idem, ibidem, p. 74).
Tomando-se em consideração toda a cerâmica comum aqui apreciada, deparamos com a razão de 339
fragmentos de cozedura oxidante para 118 de redutora, o que signica que estas últimas constituem
pouco mais de 25% do conjunto.
Este contexto ter-se-á formado, assim sendo, entre o
começo do século V e a generalização das produções
redutoras, em meados da centúria.
A existência de materiais Alto-Imperiais no interior
do poço não signica, necessariamente, que o seu
abandono se tenha processado ao longo de séculos.
A cerâmica bracarense, a mais precoce produção que
identicámos, restringe-se a 15 fragmentos de bojo,
de pequenas dimensões, que nada impede de pertencerem a um só indivíduo. Interrogamo-nos se
não poderão corresponder a um jarro ou recipiente
semelhante, que tenha caído por acidente no interior do poço e lá cado perdido, séculos antes da
sua desativação.
As razões por detrás do aterro são mais diíceis de
inferir. Será porventura tentador relacionar o abandono com o clima de instabilidade política e social
vivida no Noroeste Peninsular nas décadas iniciais
do século V – promovido não só pela entrada de Suevos, Vândalos e Alanos na Hispânia entre 409 e 411,
mas também pela guerra civil que a precedeu, consequente das usurpações de Constantino III e Máximo. Ainda que a datação do contexto coincida com
estes acontecimentos, nenhum dos dados expostos,
contudo, aponta para que o poço tenha sido inutilizado numa conjuntura de destruição generalizada.
A implantação e consolidação do “Regnum Sueborum” no território da antiga província da Galécia é
um processo complexo, com mais subtilezas do que a
leitura acrítica da Crónica de Idácio de Chaves talvez
possa suscitar. Os dados arqueológicos demonstram
que a chegada dos Suevos pode não ter sido, para
Portucale, um acontecimento calamitoso. O prato de
sigillata africana de tipo Hayes 104C identicado no
arqueossítio da rua de D. Hugo, nº 5 (Veloso, 2021,
p. 69), comprova que em nais do século VI, a comunidade mantinha ainda ligações comerciais com
o Norte de África.
É possível que o poço tenha sido encerrado no âmbito de uma reestruturação do espaço que não implica necessariamente um episódio de destruição
indiscriminada ou de abandono. Aliás, as já referidas silliquae exumadas também na Casa do Infante,
cunhadas em nome do rei Requiário, sugerem que
este espaço manteria alguma importância no quadro
administrativo ou político da monarquia sueva.
A diversidade de produções cerâmicas localizadas
no interior do poço demonstra-nos como o “Portucale castrum antiquum” não se encontrava isolado no
território. Não é de todo surpreendente a predominância de importações chegadas de Bracara Augusta, sendo esta capital da província romana e, depois,
sede régia sueva.
Não obstante a redução de importações mediterrâneas constatada nos decénios centrais do século V,
a chegada dos Suevos a este território não ocasionou
o decesso absoluto das relações comerciais a longa
distância. Aliás, a segunda metade do século V e o
século VI caracterizam-se por uma revitalização das
ligações comerciais com o Mediterrâneo, patente na
explosão no Noroeste Peninsular de materiais orientais, tais como sigillata foceense e cipriota (Fernández Fernández, 2014).
Estamos, portanto, perante um contexto bastante signicativo para a reconstrução do passado da
cidade do Porto, uma vez que constitui uma janela
de observação privilegiada para o ocaso do domínio
romano do seu território. Situa-se justamente nas
vésperas da constituição do Regnum Sueborum e da
entrada da cidade no seu período medieval.
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Questão – Textos, 1619-1625. Porto: FLUPCITCEM.
VELOSO, João Luís (2021) – Ocupação e Consumos no Porto
através do Arqueossítio da Rua de D. Hugo, nº 5 (séculos VVIII).
Tese de Mestrado, Universidade Nova de Lisboa Faculdade
de Ciências Sociais e Humanas.
ANEXO
Classe
Produção
Forma
C
B
A
P
F
TF
NMI
Cerâmica Comum
Local/Regional
Pote–Panela
0
2
0
0
3
5
3
Tigela
2
1
0
0
0
3
3
Alguidar
0
0
0
0
1
1
1
Anforiforme
0
1
0
0
0
0
1
Forma aberta ind.
1
0
0
0
0
1
1
Ind.
0
2
1
113
6
122
–
Pote–Panela
0
2
0
0
2
4
2
Dolium
0
1
0
10
0
11
1
Ind.
0
1
3
163
2
169
–
Pote–Panela
0
0
0
0
5
5
5
Ind.
0
0
0
42
0
0
–
Pote–Panela
0
1
0
0
1
2
1
Potinho
0
1
0
0
0
1
1
Ind.
0
0
0
47
5
52
–
C. Pintada
Ind.
0
2
0
11
0
13
–
C. Engobe
Vermelho
Prato
0
1
0
0
0
1
1
Ind
0
0
0
18
0
18
–
C. Engobe Branco
Ind.
0
0
0
4
1
5
–
3
15
4
408
26
456
20
0
1
0
0
0
1
1
Comum Grosseira
Comum Fina
CCMTI
Total C.C.
Cerâmica Fina
Terra Sigillata
Africana
H52B
Ind
0
0
0
3
0
3
–
TS Ind.
Ind
0
0
0
5
0
0
–
C. Bracarense
Ind
0
0
0
15
0
15
–
C. Cinz. Fina
Ind
0
0
0
2
0
2
–
C. Fina Ind.
Ind
0
0
0
15
0
15
–
0
1
0
40
0
41
1
Total C.F.
Cerâmica de
Transporte
Ânfora Oriental
LRA 1
0
0
0
4
0
4
–
Ânfora Africana
Ind.
0
0
0
1
0
1
–
Ânfora Ind.
Ind.
0
0
0
10
1
11
–
0
0
1
14
1
16
0
Total C.T.
Tabela 1 – Cômputo geral dos fragmentos cerâmicos.
808
Figura 1 – Intervenções arqueológicas com vestígios de época romana na área do centro histórico do Porto envolvente à Casa
do Infante (Silva, 2021).
809
Arqueologia em Portugal / 2023 – Estado da Questão
Figura 2 – Planta das construções romanas identiicadas na área da Casa do Infante, vendo-se o poço aqui estudado, à esquerda.
Autoria: CMP/AHMP/Projeto Arqueológico da Casa do Infante.
810
Figura 3 – Um aspeto do poço romano, na altura da sua escavação, no ano de 2000. Autoria: CMP/AHMP/Projeto Arqueológico
da Casa do Infante.
811
Arqueologia em Portugal / 2023 – Estado da Questão
Figura 4 – Alguns recipientes de Cerâmica Comum. Comum Grosseira: potes-panelas (a-c), dolium (d); Local/Regional: tigela (e);
CCMTI: potinho (f ) e pote-panela (g); C. Engobe Vermelho: tigela (h). Autoria: J. L. Veloso.
812
Figura 5 – Grupos de fabrico de Cerâmica Comum: A – Cerâmica Comum Grosseira; B – Cerâmica Comum Fina; C – Cerâmica
Pintada; D – Cerâmica Comum Micácea de Tradição Indígena. Autoria: J. L. Veloso e M. Araújo/CMP/AHMP.
Figura 6 – Terra Sigillata Africana D1, Hayes 52B. Autoria: J. L. Veloso.
813
Arqueologia em Portugal / 2023 – Estado da Questão
Figura 7 – Cerâmica Bracarense. Autoria: J. L. Veloso e M. Araújo/CMP/AHMP.
Figura 8 – Fragmentos de Late Roman Amphora 1. Autoria: J. L. Veloso e M. Araújo/CMP/AHMP.
814