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2023, Conexão Letras
https://doi.org/10.22456/2594-8962.132808…
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Nessa escrita desejamos tocar as relações entre língua, história e psicanálise para pensar alguma coisa da ordem do cultural em nossa formação social brasileira. Para tanto, mergulhamos no imaginário em torno da trasmissão da língua materna mirando, especialmente, o que Lélia Gonzalez ([1984] 2020) batizou de pretuguês. É também a partir dessa autora, que tanto nos provoca, que também percorremos um imaginário em torno da figura da mãe preta e sua presença nesse processo de transmissão de uma língua, de uma cultura, de uma prática de resistência. Assim, do pretuguês, partimos então em direção a mais uma profundidade imersa nesse imaginário ao olhar para a canção Tia Anastácia, de autoria de Dorival Caymmi. Nesse artigo, acreditamos que seja possível pensar algumas questões mal-ditas, que fazem intervir ao mesmo tempo a dimensão das opressões históricas e das sutilezas eróticas, colocando para os analistas do discurso o incontornável de trabalhar entre as diversas materialidades discursivas, conforme Pêcheux ([1981] 2016, p. 23): “[...] daquilo que, entre a história, a língua e o inconsciente, resulta como heterogeneidade irredutível”. Assim, não propomos um sistema de respostas que apazigue o mal-dito da colonização; nossa tentativa, nessa empreitada, é de provocar a colonialidade pelas suas margens.
2010
Após duas décadas de governo civil e democrático, parece muito anacrônico e desnecessário escrever sobre o período da ditadura militar no Brasil. Afinal, estamos às voltas com problemas sociais e políticos que ainda não conseguimos resolver democraticamente, inclusive devido às fragilidades de nossas instituições governamentais. Não seria mais interessante focar nossa atenção na contemporaneidade e seus problemas e deixar para trás o que já passou? Num país com uma população tão jovem, com milhares de brasileiros que não viveram o período militar ou eram muito novos para se lembrarem, e com certo desprezo pelo passado, que é rapidamente esquecido em favor do que é mais atual e moderno, o que motivaria um leitor de meados da primeira década do século XXI a ler um romance que se debruça sobre o período da ditadura? Além disso, há uma parcela significativa da literatura brasileira que discute essa época, principalmente aquela escrita no período de repressão.
Tudo fala -comentário sobre o trabalho de Nuno Ramos -"É difícil entender a desordem" (Sebastião Uchoa Leite em "Cortes/Toques") Flora Süssekind Chama a atenção de imediato, na prosa de Nuno Ramos, o modo como ela parece emergir de uma desorganização. "A obra deve arrastar tudo consigo", diz ele no diário que acompanhou a montagem de "Minuano", trabalho realizado na fronteira entre Brasil, Uruguai e Argentina em 2000. Deve arrastar "a intenção, a idéia, o esboço, o livro de anotações, a biografia do artista e sua própria montagem" 1 . Uma acumulação de coisas, registros e materiais diversos, por vezes dissonantes, que configuram (e não apenas nas obras plásticas) "territórios instáveis" 2 , e, com frequência, violentamente expansivos.
EDITORA KOTEV, LIXO: COLEÇÃO ENTREVISTAS E CONFERÊNCIAS 1, ISBN: 1230001284850, 2018
Falando sobre Lixo, ISBN: 1230001284850, é um título que reúne compilação de entrevistas representativas do protagonismo do autor em diferentes investigações e atuações com foco nos resíduos sólidos, ou simplesmente lixo, tal como é referenciado na linguagem popular. Com base neste marco, a Editora Kotev incorporou onze entrevistas num único tomo: Falando sobre Lixo, coletânea que amealha depoimentos que cobrem uma trajetória de sete anos (2010-2017), lapso de tempo no qual o autor desenvolveu dois Pós-doutorados (UNICAMP, 2011 e PNPD-CAPES, 2015), protagonizou diversas atuações no meio acadêmico e lançou uma obra de referência no campo dos resíduos sólidos: Lixo: Cenários e Desafios (Cortez Editora, 2010). Assim sendo, em Falando sobre Lixo, temas como a reciclagem, o papel dos catadores, análise dos aterros e incineradores, o modo de vida contemporâneo, a atuação do cidadão, do Estado e da sociedade, a expansão da geração dos lixos, impactos sociais e ambientais dos descartes, os aspectos culturais presentes na relação com as sobras, o panorama nacional e mundial relativo ao lixo e a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº. 12.305, de 2-08-2010), perpassam na fala do investigador. Nesta perspectiva, Falando sobre Lixo, paralelamente a subsídios técnicos e levantamentos empíricos, reúne os dados matriciais a respeito dos resíduos sólidos brasileiros, buscando deste modo, somar esforços em prol de um país limpo, repensando os lixos e as questões relacionadas à gestão dos refugos. É o que está disponível em entrevistas como O Império dos Lixões e o Custo Brasil do Lixo (páginas 3-14), O Milagre da Multiplicação dos Lixos e a Encruzilhada da PNRS (15-27), Sustentabilidade: Reciclando Nossos Conceitos sobre o Lixo (28-30), Decifrar o Lixo, Decifrar Perspectivas (31-46), Lixo com Prazo Vencido: Municípios Não Conseguem Dar Fim aos Lixões (47-49), Incineração: Olhar de Especialista (50-52), A Civilização do Lixo (53-63), Não Há Planeta Para Tanto Lixo (64-67), A Era do Lixo (68-79), Desafios do Lixo (80-85) e Usar sacola retornável contribui mais do que assinar manifesto (86-88). Ademais, muitas aferições estão igualmente consignadas em três Anexos, que detalham aspectos das colocações presentes nas entrevistas, a saber: O Estado da Arte do Lixo Global e o Meio Ambiente, Perfil 2015 da População Catadora e O Custo Brasil do Lixo, textos de índole diversa, agregados à compilação de modo a adereçar sentido e informação adicional a vários pontos comentados ao longo de Falando sobre Lixo. Retenha-se que Falando sobre Lixo é um E-book primeiramente disponibilizado junto à Plataforma Kobo pela Editora Kotev (Kotev ©) em Novembro de 2016. Em Abril de 2018, este material, somado à entrevista O Império dos Lixões e o Custo Brasil do Lixo, anexada à edição ora em curso, foi transformado em texto de acesso livre na Internet em Formato PDF. Anote-se que todas as figuras que acompanham as entrevistas são as mesmas originalmente divulgadas quando da publicação das entrevistas. Notas de rodapé foram adicionadas para melhor situar o leitor no teor das questões apontadas nos depoimentos. No mais, note-se que a edição de 2018 incorpora revisão ortográfica com base nas regras vigentes quanto à norma culta da língua portuguesa, cautelas de estilo e normatizações editoriais inerentes ao formato PDF, igualmente contando com Assistência de Editoração e Tratamento Digital de Imagens do webdesigner Francesco Antonio Picciolo (Contato E-mail: [email protected], Home-page: www.harddesignweb.com.br). Falando sobre Lixo é uma obra de caráter gratuito, sendo vedada qualquer modalidade de reprodução remunerada. A citação deste material deve agregar referências ao texto e ao autor conforme segue: WALDMAN, Maurício. Falando sobre Lixo. Lixo: Coleção Entrevistas e Conferências Nº 1. São Paulo (SP): Editora Kotev. 2018.
Resumo-Neste artigo, pretendo desenvolver a hipótese de que há duas maneiras de pensar o fenômeno dos sentidos em fuga. Primeiro a partir do ponto em que na enunciação os sentidos aparecem em um movimento camaleônico: o sentido sempre pode ser outro. O segundo modo de conceber sentidos em fuga liga-se ao fato de eles moverem-se entre o fazer e o não se fazer. O objetivo é rastrear o fenômeno dos sentidos em fuga na materialidade da voz tomada como ato sonoro de enunciação submetido à ordem de discurso. Aqui o objeto da análise aplica-sea os eventos de emissões vocais ao longo uma narrativa fílmica. Palavras-chave: discurso, voz, enunciação. Résumé-Cet article se propose de développer l'hypothèse selon laquelle il y a deux manières de penser le phénomène des sens en fuite. D'abord dès le point où les directions d'énonciation apparaissent dans un caméléon mouvement: c 'est là où le sens peut être différent. La deuxième façon de concevoir les sens en fuite relie au fait qu'ils se déplacent entre le faire et ne pas le faire. L'objectif est de retracer le phénomène des sens en fuite dans la la matérialité de la voix considérée comme un acte sonore d'énonciation soumis à l'ordre du discours. Ici l'objet de l'analyse est appliqué aux événements d'émissions vocales le long d'une narration filmique Mots-clé : discours, voix, énonciation Entre várias outras, escolho duas maneiras de abordar o movimento dos sentidos em fuga. A primeira forma de abordar analiticamente sentidos em fuga que me ocorre liga-se ao fato de os sentidos poderem, mediante a ação vocal, mover-se indiferente a qualquer imposição a significar. Estamos aí no plano da fuga que tem necessariamente dada formação discursiva como seu ponto de referencia. É quando se procede a um divórcio entre a voz e algum discurso que a invoca e a convoca nele e por ele a fazer sentido. Talvez isso fundamente a impressão comum de que, à medida que se escuta uma voz não são as palavras que fogem, mas sim os sentidos que escapam às palavras. A audição percebe uma sonoridade que se impõe difusa, soando indiferente a qualquer pauta interpretativa. A qualquer instante, pode se ouvir vozes vindas de cá e de lá, mas descoladas do que seria levadas a dizer no mesmo espaço discursivo em que ecoam. É como se uma economia de emissão vocal não pudesse dar conta dos múltiplos sentidos a serem articulados. Quando uma multidão de vozes soa ao mesmo tempo em uma manifestação coletiva, ou mesmo em uma conversa sem começo, meio e fim, escuta
Resumo: neste artigo, as autoras exploram o mercado das traições sigilosas online baseando-se na percepção de usuários do site Ashely Madison que aceitaram colaborar. Para tanto, valeram-se do método etnográfico e de abordagem multidisciplinar para entender como amor e mercado, tecnologia e intimidade se encontram e de como valores tradicionais ligados à família, conjugalidade e masculinidade se articulam no universo das traições online. Neste sentido, acessaram perfis no site Ashely Madison privilegiando interações com os de homens entre 38 a 70 anos. Palavras-chave: infidelidade, masculinidades, sites, traições, etnografia online.
Resumo: O presente trabalho se pauta no resumo de minha pesquisa monográfica, apontando o mundo da tatuagem em relação ao corpo dos possuidores dessas marcas, a mídia e o imaginário social dos produtores de tatuagens. Tendo como respaldo autores bem conhecidos e renomados, como também pesquisas e teses atuais, procuro fazer uma breve abordagem social de algumas falas, ou discursos que a tão nova temática do corpo esboça, evidenciando mais uma vez a emergência do estudo do corpo em nossa sociedade.
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Barcelona Quaderns d'Història, 29 (2024), 115-133. Actes del XVII Congrés d'Història de Barcelona. Ciutadania i salut, una lluita essencial. Barcelona, 24-26 de novembre de 2021.
Prähistorische Zeitschrift 2018, 93(1), 2017
Evangelical Quarterly 92, 2021
(Telese, 19-21 settembre 2024) Università degli Studi del Sannio - Corso di Laurea in Giurisprudenza, 2024
Journal for the Study of Religions and Ideologies, 2012
Doctoral thesis, 2024
Fiep Bulletin- Online
International Journal of Innovation and Applied Studies, 2021
Aportes del ocio y la recreación a la formación de sujetos
Melaka in the Long 15th Century, 2015
Genome Announcements, 2016
Applied Surface Science, 1997
State Crime Journal, 2015
The Journal of Geometric Analysis, 2019
Techne Texnh, 2019
[Proceedings] 1993 International Workshop on VLSI Process and Device Modeling (1993 VPAD)