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RASI, Volta Redonda/RJ, v. 9, n. 2, pp. 01-09, Mai./Ago. 2023
Onde está a gestão da inovação?
Marcelo Gonçalves do Amaral, D.Sc., Editor-Chefe RASI, PPGA/UFF e PPGDIN/UFF
Bruno Brandão Fischer, D.Sc., Editor Associado Sênior, FCA/UNICAMP
Sheila Serafim da Silva, D.Sc., Editora Associada Sênior, FIA
Virgílio Cézar da Silva e Oliveira, D.Sc., Editor Associado Sênior, PPGA/UFJF e PROFIAP/UFJF
Jorge Tello-Gamarra, D.Sc., Editor Associado, FURG
Lívia Almada Neves, D.Sc., Editora Associada, UFJF
Luis Eduardo Brandão Paiva, D.Sc., Editor Associado, UNINOVE
Edilane dos Reis Carraro, M.Sc., Coordenadora Editorial RASI
.
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Onde está a gestão da inovação?
Este editorial compartilha algumas angústias e questionamentos com o intuito de
provocar teóricos e praticantes do campo do conhecimento científico da administração. A
editoria da RASI assume este papel de “cutucar a onça com vara curta”, visto que a revista está
posicionada na área da gestão e da inovação para a sociedade, como o seu próprio nome diz.
O ponto inicial é que não é mais necessário enfatizar a importância da inovação para a
nossa sociedade. A literatura é amplamente convergente nessa em associar inovação e
desenvolvimento econômico e social (Fagerberg, Srholec & Verspagen, 2009).
Enquanto estudiosos e gestores, temos notado um grande esforço das organizações
públicas e privadas em busca da inovação. O tema se tornou um mantra nas organizações,
sobretudo nos últimos quinze anos, assim como foi a gestão da qualidade nos anos noventa.
Entretanto, nota-se pouca energia alocada no processo de se fazer a gestão dessa inovação,
principalmente, no setor público e nos ambientes de inovação (Amaral, 2015). Apesar dos
inúmeros modelos e ferramentas de gestão da inovação disponíveis no mercado (tanto
acadêmico quanto de consultoria), entendemos que boa parte desses modelos se refere ao campo
da criação e organização de ideias e a transformação delas em produtos, processos e serviços,
e não em como gerenciar a função inovação nas organizações. Nessa lógica entram técnicas
como brainstorming e design thinking.
Essa lacuna pode se dar por dois motivos: ou porque não é relevante ou simplesmente
porque o tema já está resolvido no âmbito das organizações. Não temos argumentos acadêmicos
para contestar a irrelevância, mas apenas uma lógica que tudo dentro das organizações precisa
de alguma forma ser gerido. Quanto ao fato de o tema já ter sido adequadamente tratado, nos
parece verdade para grandes corporações multinacionais, que instituíram a função de CIO
(Chief of Innovation Office) e toda uma estrutura de gestão de portfólios para gerir suas
iniciativas de P&D&I (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação). Nessas organizações, a
inovação é parte da estratégia corporativa e é gerida com técnicas de projetos e portfólios.
Modelos conceituais como o Open Innovation (Chesbrough, 2003) e o Oceano Azul (Kim &
Mauborgne, 2019) guiam a estratégia para inovação e técnicas como o Stage-Gate (Neto et al.,
2021) ou similares, envolvendo funis com etapas, cuidam da parte operacional. No entanto,
parece que os outros participantes do ecossistema de inovação, como universidades, entidades
governamentais, pequenas e médias empresas e espaços de inovação (como incubadoras,
parques tecnológicos e hubs de inovação), têm negligenciado o assunto como se não fosse
relevante.
Para ampliar a discussão sobre a gestão da inovação nas organizações, faremos um breve
histórico da área e de sua evolução. O campo de conhecimento surgiu dentro das ciências
econômicas na década de 1960. Acadêmicos impactados pela aceleração do processo de
inovação nas duas décadas do pós-guerra iniciaram pesquisas para compreender o que estava
acontecendo nas economias desenvolvidas da Europa e dos Estados Unidos. Estudos diversos
deram origem à chamada Escola Neo Schumpeteriana e um de seus bastiões que é a Science
Policy Research Unit da Universidade de Sussex na Inglaterra, conhecida entre os iniciados
como SPRU (Velho, 2010). A área ficou batizada como Technology Innovation Management
(TIM) ou gestão da inovação tecnológica e assim permaneceu até os anos noventa na esteira de
autores das áreas de economia, engenharias e ciência política que focaram sobre a inovação nas
organizações (como Nelson, Winter, Von Hippel) e os sistemas de inovação (como Freeman e
Lundvall), ainda sob uma visão linear e ainda pouco dinâmica do processo de inovação
(Amaral, Renault & Pinto, 2021).
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No Brasil, sob a égide do conceito de sistema nacional de inovação desde os anos
sessenta, foi constituído um sistema de C&T (Ciência e Tecnologia) que envolveu pesquisa nas
universidades, institutos de pesquisa, fomento público, entre outros. Nesse contexto, foi
constituída uma área denominada Tecnologia Industrial Básica (TIB), que visava apoiar o
processo de inovação das organizações entendendo que, para inovar uma estrutura industrial,
seria necessário envolver serviços correlatos aos processos de P&D (Pesquisa e
Desenvolvimento). A gestão da inovação, assim como a propriedade intelectual, a metrologia
e outros temas relevantes estavam sob o pacote das TIBs1.
Note-se, portanto, que a FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), o CNPq
(Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e os demais órgãos de
fomento nacionais passaram, inclusive, a financiar atividades de TIB, com editais específicos,
entendendo que a oferta de infraestrutura pública apoiaria a inovação empresarial.
Formalmente define-se as TIB como:
“... as funções de metrologia, normalização, regulamentação técnica e avaliação da
conformidade (inspeção, ensaios, certificação e outros procedimentos de autorização, tais
como classificação, registro e homologação, conforme definido no ABNT-ISO/IEC – Guia
02). A essas funções básicas agregam-se ainda a informação tecnológica, as tecnologias de
gestão (com ênfase inicial em gestão da qualidade) e a propriedade intelectual, áreas
denominadas genericamente como serviços de infra-estrutura tecnológica” (MCT, 2001:23).
Nesse sentido, a Figura 1,retirada do manual sobre o tema, reforça a importância das
chamadas tecnologias de gestão.
Figura 1. Organização das funções de TIB
Fonte: MCT (2001:23).
1
Segundo o MCT (2001:24) “O termo Tecnologia Industrial Básica (TIB) foi concebido pela extinta Secretaria
de Tecnologia Industrial (STI), do antigo Ministério da Indústria e do Comércio (MIC), no fim da década de 70,
com o objetivo de expressar, em um conceito único, as funções básicas do SINMETRO (Metrologia, Normalização
e Qualidade Industrial). Posteriormente, agregou-se a essas funções a Gestão da Qualidade. Os alemães
denominaram a TIB de MNPQ (Messen, Normen, Prüfen, Qualität) – explicitando o encadeamento das funções
relativas a Medidas, Normas, Ensaios e Qualidade. Nos EUA adota-se o termo Infrastructural Technologies. A
expressão MSTQ (Metrology, Standardization, Testing and Quality) é também comumente utilizada.”
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Internacionalmente, a gestão da inovação avançou em paralelo com a transformação do
paradigma técnico-econômico. Na década de 1990, sob a égide de uma economia do
conhecimento nascente e na busca de competitividade pelas empresas inseridas nas cadeias
globais de valor, a palavra tecnologia vai sendo posta de lado e a área se aproxima da discussão
de empreendedorismo e se transforma em innovation & entrepreneurship, se configurando
como subáreas do tema estratégia empresarial no campo da administração2 e do tema
engenharia de produto na engenharia de produção. Nesse contexto, a gestão do conhecimento
emerge como uma nova subárea, central na discussão da inovação.
No Brasil, com a mudança dos ciclos de políticas públicas, que passaram pela ausência
de política (1985-1998), políticas focadas em setores (1998-2004), volta das políticas de
C&T&I agora atreladas a políticas industriais e de exportação (2004-2014) e reversão do
investimento de C&T&I (2014-2022), o conceito de TIB foi esquecido, assim como o próprio
conceito de gestão da inovação, sendo a inovação em si mimetizada como um resultado do
esforço empreendedor para resolver problemas ou “dores” alheias latentes (demand pull),
esquecendo-se a grande capacidade do país em gerar tecnologias únicas para questões
nacionais. Note-se que este esquecimento não se dá por irrelevância visto que os problemas e
dilemas da propriedade industrial, por exemplo, seguem presentes. O Instituto Nacional da
Propriedade Industrial (INPI) segue levando de 8 a 10 anos para avaliar um depósito de patente,
o que afeta a competitividade do mercado e das empresas, principalmente as locais.
Globalmente é compreensível que a inovação e o empreendedorismo tenham se tornado
elementos fundamentais na criação de novos negócios e vantagens competitivas, sendo
amplamente adotados por organizações em âmbito internacional. A gestão corporativa, por sua
vez, incorporou a inovação em suas estratégias, fazendo uso de instrumentos e métodos
globalmente reconhecidos. No entanto, mesmo com essa ampla adoção, é notável a existência
de uma confusão conceitual entre inovação e transformação digital nas organizações e no
público em geral.
No Brasil, a situação ainda é pior, visto que somos pouco inovadores em tecnologias
disruptivas e focados em melhorias de processo ou incrementais, a gestão da inovação é
ignorada (com exceção de alguns rincões acadêmicos) e, muitas vezes, confundida com gestão
de tecnologia da informação (TI). O empreendedorismo é visto mais como um mecanismo de
sobrevivência do que como vocação. Assim, vemos uma profusão de projetos e propostas em
editais e chamadas de apoio à inovação ou de seleção de incubadoras e hubs que basicamente
nada têm de inovação, sendo meramente possíveis soluções criadas das cabeças dos
proponentes mais com o foco no uso de alguma tecnologia ou linguagem de programação do
que com a identificação de um mercado potencial.
Ao mesmo tempo, a desconexão entre o sistema produtivo e o sistema de ciência e
tecnologia persiste e condena o país a uma baixa dinâmica inovativa, baixa produtividade e
baixo crescimento econômico (De Negri, 2018; Gala, & Roncaglia, 2020). Assim, o país aloca
mal os poucos recursos e desperdiça chances de se desenvolver. Por isso, a discussão sobre a
gestão da inovação precisa ser reintroduzida no cenário nacional e elevada ao mesmo nível da
discussão de empreendedorismo que atualmente domina parte do noticiário. Do que adianta as
2
Note que os principais livros didáticos da área representam essa transformação. O livro Managing Innovation:
Integrating Technological, Market and Organizational Change, dos autores Joe Tidd, John Bessant e Keith Pavitt
foi lançado em 2005 (estando atualmente na sétima edição). Enquanto o livro Innovation and Entrepreneurship,
de Joe Tidd e John Bessant foi lançado em 2007 (estando atualmente na terceira edição). Enquanto isso, aqui no
Brasil, o professor Paulo Tigre lança o seu Gestão da Inovação Tecnológica em 2006, e que trata muito mais de
um livro de economia do que de gestão.
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universidades liderarem o ranking de depósitos de patentes se poucas daquelas tecnologias
serão efetivamente licenciadas?3 Do que adianta incubadoras de empresas e uma indústria de
capital de risco se não existem bons projetos?4 Do que adianta formar mestres e doutores se não
existe trabalho nos setores privado e público para eles?5
Além da falta de políticas claras, algo que já havíamos sinalizado no editorial de
setembro de 2020 (Amaral et al., 2020), como as políticas orientadas a missões (Penna, Santos,
& Pereira, 2021), faltam também as ferramentas. Em estudo recente, Santos (2021) mostrou
que boa parte dos recursos investidos pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa
do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) em editais de tecnologia e inovação nos últimos quinze
anos, na verdade, foram captados por projetos de pesquisa, isto é, em estágio anterior ao
desenvolvimento experimental e inovação. Por isso, esse editorial levanta a bandeira da
necessidade de se resgatar o conceito de TIB e se repensar a gestão da inovação como um
elemento relevante para a competividade das organizações. Para tal, as políticas de C&T&I
também precisam apoiar e financiar estudos na área de forma que as organizações sejam
capazes de incorporar técnicas gerenciais e operacionais para realizar a inovação.
Sobre a RASI
A partir de 1º de junho de 2023 a RASI entrará em uma nova fase. O professor Uálison
Rébula de Oliveira, membro do corpo permanente do Programa de Pós-Graduação em
Administração da Universidade Federal Fluminense (UFF), assumirá a chefia da equipe
editorial pelos próximos quatro anos. Diante disso, mudanças na equipe serão paulatinamente
realizadas para ajustar a estrutura da revista às novas estratégias que serão implementadas.
Além disso, já sob a nova gestão, será lançado um novo layout para o site e a revista passará a
ser publicada em formato bilíngue (português e inglês).
A todos que colaboraram com a atual gestão ao longo desse quadriênio os nossos
agradecimentos. Nesse fechamento de ciclo é importante também apresentar os dados
consolidados do período. Nesses 48 meses de gestão foram publicadas doze edições, contando
esta, além de uma edição especial, ainda na transição entre as gestões. Dentre as políticas e
práticas mais relevantes citamos a consolidação do cronograma de publicação quadrimestral, a
publicação prévia (online first), assim como algumas diretrizes editoriais, a ampliação do
conjunto de formatos aceitos para publicação, a política de aceite de submissões em três idiomas
e o modelo de financiamento com a cobrança da taxa de processamento da publicação. Uma
outra ação essencial foi a busca de editores associados externos à UFF, de forma a construir
uma visão e abrangência de âmbito nacional para as temáticas trabalhadas, assim como a
construção de um banco de avaliadores com mais de 700 integrantes e a internacionalização do
corpo editorial, o que nos traz questões e discussões mais recentes no âmbito editorial
internacional. Além disso, as métricas internas para a aprovação de artigos vêm sendo
aprimoradas. Em 2022, apenas 15,06% das submissões passaram em todos os crivos. O Quadro 1
apresenta as informações consolidadas.
3
https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2021-07/com-timidez-do-setor-privado-universidades-liderampatentes-no-brasil
4
https://www.revistari.com.br/221/1333
5
https://www.em.com.br/app/noticia/economia/2019/03/10/internas_economia,1036705/desemprego-entremestres-e-doutores-no-brasil-chega-a-25.shtml
e
https://apub.org.br/brasil-forma-mestres-e-doutores-paradesemprego/
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Quadro 1. Informações sobre a RASI entre 2019 e 2023
Itens
2019
2020
2021
Trabalhos
85
89
79
Submetidos
Trabalhos
20
26
17
aceitos
Edições
1+1 (1)
3
3
Citações
30 (2)
70
101
recebidas
H-Google
4
4
5
Fonte: elaboração própria.
(1) Edições de maio/2019 e setembro/2019
(2) Para todo o ano de 2019
(3) Dados até 31 de abril de 2023
2022
73
2023 (3)
26
Total
352
11
0
74
3
98
2
21
13
320
6
8
8
Nos nove anos de sua existência, a RASI publicou um total de 21 edições, contendo 21
editoriais e 121 artigos científicos, que representam 27,6% do total de submissões recebidas.
Esses artigos foram desenvolvidos por 388 autores, de 112 instituições diferentes.
Contabilizando autores que publicaram mais de um artigo, a média é de 2,93 autores por artigo.
Há uma centralização de autores em instituições das regiões Sul e Sudeste, em consonância
com a distribuição da estrutura de pesquisa do país. O Quadro 2 apresenta uma síntese dos
números da Revista.
Quadro 2. RASI em números
Submissões
2016 (19); 2017 (53); 2018 (40); 2019 (85); 2020 (89); 2021 (79); 2022 (73);
2023 (26); Total = 464
Editoriais
21
Publicações
121 (artigos científicos: 106, revisões de literatura: 12, casos de ensino: 2, artigos
técnicos: 1, ensaios teóricos: 0)
Autores
338 / 112 diferentes instituições / média 2,93 autores por artigo.
Áreas temáticas Empreendedorismo e Inovação (33,9%), Gestão Pública (14,8%),
Ensino/Educação (6,1%), Gestão Operações (6,1%), Estratégia (6,1%), Relações
de Consumo (5,2%), Gestão Cultural (5,2%), Gestão Portuária (5,2%), RH
(4,3%), Contabilidade (3,5%), Pesquisa Científica (2,6%), Políticas Públicas
(2,6%), Responsabilidade Social (1,7%), outros (2,7%)
Publicações de
RJ (23,4%), MG (21,8%), SP (14,6%), SC (9,7%), RS (4,5%), CE (2,3%), PR
autores
(2,1%), ES (2,1%), PB (1,7%), AM (1,7%), RN (1,7%), MT (1,4%), DF (1%),
nacionais
PE (0,8%), BA (0,8%), MS (0,8%), sem filiação (0,8%), PI (0,7%), PA (0,6%).
Publicação
Autores Nacionais
Cooperação
Autores Estrangeiros
92,6%
3,3%
4,1%
Fonte: Elaboração própria.
Agradecemos o apoio recebido do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) da
UFF, particularmente do setor de Tecnologia da Informação, que atende ao Campus Aterrado.
Assim como à FAPERJ, que vem apoiando financeiramente a Revista ao longo desses últimos
quatro anos. Por fim, lembramos o papel central dos revisores que emitem pareceres rigorosos
e contributivos. Sem essas preciosas contribuições, que são voluntárias e anônimas, não
existiriam periódicos acadêmicos.
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Como última informação, divulgamos que o XV Congresso de Administração,
Sociedade e Inovação, parceiro da Revista RASI desde a sua criação, irá ocorrer de forma online
entre os dias 6 e 8 de dezembro de 2023. A chamada de trabalhos deverá ser lançada até julho.
Acompanhe em https://congressocasi.com.br
Apresentação dos artigos desta edição
Por fim, direcionamos a sua atenção à apresentação do conteúdo dos artigos que
integram o volume 9, correspondente ao segundo semestre de 2023. Artigos estes submetidos
no decorrer de 2022, que seguiram o processo editorial até a etapa final de publicação, após as
rodadas de avaliação e revisão. Os trabalhos tratam de assuntos plurais, tais como os impactos
da Covid-19 no home office de profissionais que são mães; potencial comercial de uma invenção
pelos núcleos de inovação tecnológica; modelo de gestão do conhecimento na universidade
pública; inteligência artificial na agilidade organizacional para a orquestração de recursos;
perfil da pesquisa científica em instituição federal de ensino e aplicativos móveis desenvolvidos
por universidades federais do Brasil. Esperamos que os leitores encontrem valor na miscelânea
de temas, métodos e experiências aqui retratadas.
A edição é aberta com o artigo científico de três pesquisadores da Universidade Federal
de Lavras (UFLA), Cristiane Aparecida da Silva, Gisleine do Carmo e Mônica Carvalho Alves
Cappelle. O trabalho é intitulado “Mães em home office: O desafio do trabalho e o cuidado dos
filhos durante a pandemia da Covid-19” e faz uma investigação dos impactos da nova rotina de
cuidado com os filhos vivenciada por mães em home office durante a crise de Covid-19 sobre
as atividades profissionais.
O segundo artigo desta edição discute a inclusão de uma avaliação do potencial
comercial de invenções pelos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs), em adição à avaliação
dos três critérios de patenteabilidade. Sob o título “Um quarto critério de avaliação de invenções
pelos NITs”, o estudo foi conduzido por pesquisadores da Universidade Federal do Triângulo
Mineiro (UFTM), Douglas Moura Miranda, Camila Arantes, Demian Vidal, Gleuber Rocha,
Rosentino Junior e Paulo Sobrinho.
Em seguida, o artigo intitulado “Modelo de Gestão do Conhecimento: Uma proposta
para o contexto da universidade pública”, elaborado pelos pesquisadores Wênyka Preston Leite
Batista da Costa, Jandeson Dantas da Silva, Sérgio Luiz Pedrosa Silva da Universidade do
Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e Lydia Maria Pinto Brito, apresenta proposta de um
modelo de gestão do conhecimento para o contexto da universidade pública.
Já o artigo “AI Supports Cleantechs' Organizational Agility and Resource
Orchestration” (“O suporte da IA na Agilidade Organizacional em Cleantechs para
Orquestração de Recursos”) foi desenvolvido por Matheus Noronha e Juliano Martins, ambos
pesquisadores vinculados à Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Victor
Hayashi da Universidade de São Paulo (USP) e Tamires Camargo Lietti Lippi de Oliveira da
Shanghai Jiao Ton Univerisity. A pesquisa fundamenta-se na apresentação de um modelo de
proposição que identifique como a Inteligência Artificial (IA) potencializa a Agilidade
Organizacional (AO) para a Orquestração de Recursos (OR).
Os pesquisadores Rogério do Carmo Goncalves da Costa, Laysa Dores Firmino Neves,
Maxwel de Azevedo-Ferreira, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio
de Janeiro (IFRJ), desenvolveram o artigo “Perfil de Pesquisa Científica do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ): Mapeamento Bibliométrico dos
dados da base Web of Science”. O artigo busca traçar o perfil da pesquisa científica do IFRJ,
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bem como identificar os pesquisadores e suas áreas de atuação, além de traçar a rede de
colaboração em pesquisa entre colaboradores e instituições.
A edição se encerra com o artigo “Uso de Aplicativos Móveis Desenvolvidos por
Universidades Federais como Suporte à Gestão Acadêmica”, de autoria de três pesquisadores
da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), Renan Felipe Brito Dantas,
Cristiane Xavier Galhardo e Michely Correia Diniz. O texto visa identificar o cenário de
aplicativos móveis desenvolvidos por estas organizações acadêmicas.
Por fim, agradecemos aos nossos colaboradores – particularmente autores, revisores e
leitores – e desejamos que a audiência aproveite o conteúdo desta edição!
Volta Redonda, 1º de Maio de 2023.
Referências
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Uma Abordagem Evolucionária do Sistema Regional de Inovação do Estado do Rio de
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