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sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Harry Potter Studios - Where the magic happens

Faz hoje precisamente um ano que eu e o Moço, de férias por Terras de Sua Majestade, empreendemos a fantástica e memorável viagem de nos aventurarmos nos estúdios The Making of Harry Potter, da Warner Brothers. Por isso, em forma de comemoração, e 19523 crucios pela rede depois, aqui fica a reportagem fotográfica mais ou menos oficial ^^

A demanda começou... com a compra dos bilhetes. Com antecedência, claro, e online. A nossa ideia inicial era ir no dia no nosso aniversário que, no ano passado, calhou num domingo. Ora, sextas-feiras e fins de semana são dias péssimos para se escolher, visto que os bilhetes esgotam como pão quente. Escolhemos, então, um dos outros dias que tínhamos reservado para as nossas benditas férias e esquematizamos o itinerário para todo o dia.


Uma vez que a visita estava marcada para a tarde, aproveitámos para passar por King's Cross ainda durante a manhã, para tirarmos fotos na famosa Plataforma 9 e 3/4, assim como para ver a loja oficial que aí se localiza. Tinha ficado a dica de irmos primeiro a uma das lojas (a de King's Cross ou a dos estúdios) para nos depararmos com os produtos (e os preços) antes da tour pois, se o fizemos ao contrário, sentiríamos aquele ímpeto doido de comprar tudo e mais alguma coisa, e ficar sem galeões para o resto da vida das férias.

Depois do almoço e de umas maravilhosas cookies, apanhamos o metro para o local mais próximo dos estúdios, numa viagem de mais de uma hora mas, felizmente, à superfície. Aí, parámos para beber um café dos bons (wow!!) num "mini café" estilo quiosque dos nossos. O senhor indiano que lá estava foi super simpático e, como adivinhou para onde íamos (talvez por causa da minha t-shirt, mas não confirmo nem desminto... =P), indicou-nos o local exacto onde poderíamos apanhar o autocarro específico que faz o percurso entre aquela paragem de metro e os estúdios. No caminho, em forma de entretenimento, passou um pequeno vídeo narrado por Mr. Arthur Weasley (conhecido por Mark Williams entre os muggles) sobre os estúdios.



Mas nem pensem que tal vídeo chegou para percebermos a verdadeira dimensão da coisa. Oh não. À entrada, validamos os nossos "pré-bilhetes" e começamos logo a tirar fotos com as peças gigantescas de xadrez de feiticeiro que aí se encontram. Depois de entrarmos (e da revista), mais fotografias na entrada. Tudo lá grita magia e ainda só tínhamos passado as portas principais. Apesar de termos chegado com certa de 45 minutos de antecedência em relação à nossa tour, tentamos entrar mais cedo e ninguém pôs qualquer problema. Minutos que, posteriormente, percebemos terem sido preciosos, muito preciosos!

Num primeiro momento, entramos para uma sala onde estão expostos os posters dos vários filmes em diversos países. Um senhor fez uma pequena apresentação da tour e, seguidamente, fomos para uma segunda sala, ao estilo cinema, onde passaram um pequeno filme com um apanhado de toda a saga. Se ainda não leram todos os livros e/ou viram todos os filmes, a viagem pelos estúdios terá 284 spoilers por metro quadrado, assim como este post. Prossigam por vossa conta e risco =)





Quando a tela em que tinha sido mostrado o filme subiu... WOW!! Estávamos em frente às portas do Salão Nobre de Hogwarts, onde alunos e professores fazem as suas refeições! A rapariga que nos estava a acompanhar nesse momento perguntou se alguém fazia anos e "só não fui eu" porque não fui demasiado rápida... mas para a próxima não me apanham desprevenida! O aniversariante teve o privilégio de abrir as portas e marcar o início oficial da tour. Entramos no salão e a nossa guia contou pequenas curiosidades enquanto nos apresentava o que a divisão continha e ainda como é, de uma forma geral, a experiências nos estúdios. A partir daquela sala, ficaríamos por nossa conta. Sabiam que logo no primeiro dia de filmagens, as mesas que serviam para as refeições dos alunos, ficaram povoadas de marcas e arranhos? Confrontada com tal fenómeno, J.K. Rowling terá dito que não havia qualquer necessidade em trocar as mesas, até porque, numa escola fundada há cerca de mil anos que alojara milhares de alunos, as ditas mesas nunca poderia estar imaculadas.



Se sois daquelas pessoas que querem tirar fotos a tudo para registar o momento intensamente, ide de manhãzinha e levai lancheira. Mesmo com o deslumbramento, que não nos deixou fotografar tudo porque estávamos mais preocupados a segurar no queixo que continuava a cair a cada passo, tiramos cerca de 500 fotografias. De novo, não estava preparada para toda aquela... magia. Dizer que foi magnífico não é suficiente e quase não tenho palavras para dizer o que senti. Vimos parte do guarda-roupa dos filmes, perucas, pequenos quadros que recriavam algumas cenas dos filmes (como uma mesa de comes e bebes do baile de Yule, a cozinha d' A Toca onde tudo mexia sozinho como por magia (accionado por uns dispositivos que estavam ao alcance do público), o quartos dos rapazes e a sala comum dos Gryffindor, a sala de poções das masmorras (e aqui, confesso, quase soltei uma lágrima...), corredores do Ministério da Magia, a casa dos Dudleys e a casa dos Potter. Vi o Espelho dos Invisíveis, passeei na ponte de Hogwarts, andei na velha mota do Sirius Black, usada pelo Hagrid para resgatar o pequeno Harry dos escombros da casa dos pais, e também no pequeno Ford Anglia do mesmíssimo Mr. Weasley! Ai ai, se eles soubessem que eu nem carta de condução tenho!!



 

Apanhamos o Hogwarts Express na Plataforma 9 & 3/4 e fomos até Hosmead, onde bebemos cerveja de manteiga (sem álcool). Não gostei muito, mas fiquei com a caneca ^^ Vimos monstros fantásticos que pareciam vivos e que mexiam segundo os nossos comandos, passeei pela Diagon Alley e vi, lindo e maravilhoso, o castelo de Hogwarts numa reprodução em miniatura... mas gigante!! Graças ao sistema de luzes, era possível ver a escola em toda a sua extensão, quer de dia, quer de noite. Vimos um milhar de adereços, desenhos, projectos, e tantas mas tantas outras coisas que não poderia descrever aqui com exactidão, sob pena de levar meses a fazê-lo. A última sala era uma reprodução de parte da loja do Mr. Ollivander, em que cada caixinha de varinha continha o nome de uma pessoa que tornou todo aquele mundo mágico possível.






Sim, podem dizer que é uma óptima forma de fazer a franquia render dinheiro extra, mas saber que, caso contrário, todas aquelas coisas magníficas ficariam fechadas num armazém, ao pó e a degradar-se, para ficarem subterradas em entulho e serem descobertas daqui a vinte ou trinta anos... não, seria um crime demasiado grande e difícil de suportar, sobretudo para os fãs que, considerem loucos ou não, sentem aquela história como sua e como fazendo parte da sua vida. Eu cresci a ler os livros da Jo, cresci com as personagens, visto termos idade tão próxima e tendo eu começado a saga, precisamente, com 11 anos, altura em que os jovens feiticeiros recebem a sua tão famosa e esperada carta de Hogwarts. A minha anda perdia... a coruja que a transportava devia estar bêbeda... ou então era prima da Errol.




Quando percebi que a tour tinha acabado... quase quis voltar para trás e fazer tudo outra vez, em reverse. Não queria, de todo, sair de lá e voltar ao triste e enfadonho mundo real. A própria loja era um mundo, mas... não tinha cachecóis. Compramos apenas algumas coisas mais pequenas, como pins e emblemas, caso contrário, ficaríamos, efectivamente, sem galeões para o resto da vida das férias. Saídos dos estúdios, voltamos a King's Cross a correr, e compramos os tão desejados itens, entre trocas e baldrocas de linhas de metro. Nesse dia, não houve um segundo de hesitação sobre qual carruagem tomar. Há coisas que nos movem. De volta a casa dos nossos amigos, onde ficamos alojados e até à qual ainda tivemos de percorrer uma viagem de regresso de cerca de duas horas entre metros e comboio, e onde chagamos já bem depois das dez horas da noite, só conseguimos comer umas tostas mistas e enroscar-nos nos lençóis. Mas o coração estava cheio ^^ 

Se voltarmos a Londres, meus amigos, não se enganem... voltarei aos estúdios de Harry Potter, quanto mais não seja para ver a Floresta Proibída e todas as atracções que eles vão acrescentando ao seu mundo encantado.

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Acontecimentos de Merdi Gras

Para mim, que ainda só terei uma semana de férias em Agosto, enquanto espero por mais dias sem mexer um mindelo esparramada no sofá, enquanto as tarefas domésticas que tenho em cima do lombo se multiplicam à velocidade de um funil, a época em que vivo é parecida com a páscoa: tempo de contrição, até ao esperado momento em que o comum dos mortais tira a barriga de misérias papando uma quantidade insana de chocolate até ter uma valente dor de barriga, naquela que é mundialmente conhecida como watching animation movies and eating chocolate day. Ou entra de férias, no meu caso.

Mas como eu ia a dizer, até lá, é tempo de passar um mau bocado, pelo menos, sem as regras de alimentação extremamente restritas e apalermadas da páscoa, expecto para aqueles que vão pagar a gula ao ministro do culto. "Ai não posso comer carne quando me apetece? Vou já abrir os cordões à bolsa e vamos ver se não me posso empandeirar com uma vitela assada da quarta-feira de cinzas!". Ou, aproveitando a analogia acima, de quem tem empregada doméstica (se bem que eu até gosto de peixe, apesar de uma tosta mista vir mesmo a calhar em qualquer altura do ano).

Toda esta conversa faz-me lembrar de um acontecimento que ocorreu há uns tempos, em forma de "oh senhores, vou mandar esta gaja pela janela do comboio e quando ela se esborrachar contra a protecção sonora mais próxima, acabaram-se os problemas. Os dela, e os meus, que é estar a ouvi-la".


A tarde prometia. Ia a uma festa com o Moço, comer cheesecake de oreo e conhecer um gato. O comboio já estava semi cheio, por isso, tivemos que nos sentar ao lado de uma rapariga chorosa, que piava ao telemóvel um desgosto amoroso tipicamente pital. Até aí, nada de novo. Quem nunca encontrou uma cena destas na vida, ou não é deste mundo, ou tem uma sorte do caraças. O qual não é, como irão ver, o meu caso.

A rapariga malditou-se em como ele já não queria nada com ela, que tinha que tirar as coisas dela da casa dele e que não queria ficar a trabalhar no sítio onde estava nem mais um dia, mas tinha que dar uns dias à casa. Uns dez minutos depois de mi mi mis, o silêncio. Que só durou escassos segundos, o tempo necessário para a moça ligar a outra pessoa. Chorou, voltou a repetir a toda uma história, mas acrescentou alguns pormenores. "Já a primeira vez foi assim, agora à segunda já não volto!" Espera lá, essa cassete já está a passar em repeat?!


Confesso que cheguei, no início, a ter pena da rapariga, porque não é fácil interromper as férias com a família com quem se estás de vez em quando, porque mudaste-te completamente para outra cidade por causa da pessoa que gostas, mas que, milagrosamente, acabou de se borrifar em ti. Pela segunda vez. Mas de mim ninguém tem pena, nem das restantes pessoas que se encontravam naquela carruagem, até porque a moça não falava propriamente baixo. Eu bem tentava iniciar todo o tipo de conversas com o Moço para não estupidificar, ou cometer um crime de sangue.

Toda esta história foi ganhando novos e retorcidos contornos ao longos das restantes chamadas que a moça foi fazendo para várias pessoas. Lá pela oitava chamada, deixei dar conta das vezes que ela repetia a conversa toda a uma criatura diferente ao telemóvel. "Não quero é estar a contar à macacada toda...". Pois não, mas estás a contar porra da tua vida toda ao resto do jardim zoológico e eu não quero sabeeeeeerr!! "Amanhã bebo uma garrafa de vinho, ressaco e isto passa." Grande filosofia, acho que vou adoptar. Só que não.


À páginas tantas, eu desisti de ter uma conversa com o Moço, pois o patife não largava a m*rda do telemóvel. Crescia em mim a vontade latente de, já que estava para mandar um pontapé na gaja para a enviar a alta velocidade para o poste da Ren mais próximo, economizar nos golpes à Karaté Kid e, num só salto, mandar gaja, Moço e o telemóvel de ambos com os porcos. Mas contive-me. Até porque pouco depois percebi que o telemóvel era o veículo que o Moço estava a usar para contar a toda a gente que encontrasse nas redes sociais do nosso pesadelo.

Finalmente tivemos que sair... e a rapariga lá continuou os seus telefonemas, atrás de nós, mas rumo ao alfa-pendular. De zero a "oh meu Deus ele tem um saca-rolhas", o quão traumatizante foi para mim? Algures perto do "çocorrr!!". E só porque acabei de me lembrar desta situação traumática, vou ali comer um chocolate, que eu mereço.



* Mardi Gras está mal escrito ali no título, mas foi de propósito. Só para esclarecer =)

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Mini-férias ^^


Há cerca de três semanas, para comemorar o meu vigésimo sétimo aniversário, eu e o Moço decidimos passar uns dias num sítio agradável do nosso Portugal. Como só teríamos três dias para essas nossas mini-férias, procuramos uma localidade que ficasse perto, ou seja, pelo Norte do país, e que fosse pequena, pois a idea não era propriamente ver coisas mas sim descansar. Acabamos por optar por Ponte da Barca.

Uma vez que não temos carro, o único transporte possível para nós foi o autocarro. Ficamos num aparthotel com um ar primaveril e mesmo virado para as piscinas públicas da vila.  Por acaso, acabamos por não ir, apesar do valor para ali estar "de molho" um dia inteiro fosse irrisório. Cada mini apartamento tinha um tema, e o nosso era sobre Dom Quixote. O aparthotel tinha também um terraço enorme, com espreguiçadeiras e toldo, cadeiras e mesas, para todos os hóspedes, do qual, claro, fizemos uso para as nossas leituras de final de tarde.

Vista parcial do terraço do aparthotel.

A Vila era pequena e pacata, tal como desejávamos. No primeiro dia, sexta, vimos tudo o que havia para ver. No sábado acordamos tarde e demos um passeio mais demorado para tirar fotos e também para meter os pés na água gelada do rio.



Ainda tivemos tempo para visitar a típica tasca do sítio, onde o Moço comeu umas belas de umas pataniscas (segundo diz ele, eu não gosto de tal iguaria) e onde compramos algumas lembranças para nós e também para oferecer.

No domingo o nosso pequeno almoço foi constituído, entre outras coisas, pelos docinhos típicos da Barca, os Magalhães. São uma espécie de barquinho, mas comêmo-los antes de nos lembrar-mos de tirar fotografias... Por isso, à falta de melhor, deixo-vos aqui o link de uma imagem tirada das internets.

No seu todo, foram umas mini férias bem pequeninas, mas souberam mais que bem. O já velhinho "vá para fora cá dentro", que deu para conhecer uma terra nova de Portugal e, essencialmente, para descansar da azáfama da cidade e do dia-a-dia.