Daniel Ferraz
Daniel Ferraz is a professor at the Department of Modern Languages and at the Post Graduate Program of English linguistics and literary Studies at the University of São Paulo. He has a Post-doctorate a PhD and a Master´s on language education from USP (Universidade de São Paulo, Brasil). He did part of his PhD (CAPES sandwich) at the Center of Globalization and Cultural Studies - Universityof Manitoba, Canada. His educational/research interests have been: language education, literacies, cultural studies, gender and sexuality studies, philosophy of languages, and teacher education.
Supervisors: prof. Dr. Walkyria Monte Mór (USP) and prof. Dr. Lynn Mario T. Menezes de Souza
Supervisors: prof. Dr. Walkyria Monte Mór (USP) and prof. Dr. Lynn Mario T. Menezes de Souza
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Papers by Daniel Ferraz
dominam o nosso imaginário.
we call for a redefinition of the process of translanguaging and look for an understanding of this process beyond bilingualism and multilingualism. We defend the need to expand our understanding of translanguaging and situate it also within named and “bounded” languages. In order to tackle translanguaging and gender inclusive language, each section starts with the problematization of one or more Linguistic Landscape(s) from two contexts: The University of São Paulo or the city of São Paulo and we discuss the concepts of Différance and the trans-subaltern, the epistemic and violent representation of the Other, and how the concepts of Police and Politics (RANCIÈRE, 2004; 2010) hugely influence the aesthetics and
meaning-making of translanguages and trans-bodies.
desenvolvemos cinco seções: a primeira, descreve, valoriza e destaca a linguagem inclusiva e a acessibilidade de corpos no espaço do museu. Na segunda e terceira seções, com foco
epistemológico, discutimos a exposição permanente, propondo um passeio pelas ruas, praças e becos
do museu e suas instalações em forma de árvores, famílias e raízes etimológicas. A quarta parte do texto focaliza a exposição temporária “Nhe'ẽ Porã: Memória e Transformação” em que discutimos
perspectivas sobre a língua portuguesa a partir das epistemes dos povos indígenas e quilombolas. A quinta seção propõe um movimento autocrítico e discute uma prática pedagógica e cultural, com base na educação linguística em língua inglesa, realizada no MLP com nossos alunos da Universidade de São Paulo em 2022.
Em cada seção, iniciamos com leituras realizadas sobre um incomodador (da filosofia, sociologia, educação) para em seguida enriquecer o texto com as teorias do próprio incomodador, todas acompanhadas das vozes desses autores e, quando possível, também com exemplos do Brasil da década de 2020. Ao final de cada seção/incomodador, propusemo-nos a responder às seguintes questões: por que esse incomodador nos ajuda a pensar a sociedade? Por que esse incomodador incomoda a EL?
Seríamos capazes de distinguir quem foram/são esses criadores da cientificidade? Eles ainda vivem para nos julgar, e aceitar (ou não)? E mais... de onde vem o empoderamento desfrutado por revistas, artigos, livros, etc., um poder de determinar “faça de acordo com o que quero”, ou seu fato será (des)considerado apenas uma opinião?
Essa reiterada predominância da dita metodologia científica, centrada na universalidade de fatos, caracterizada por uma escrita formal, acadêmica e rebuscada, por um autor que fala de outros autores mais antigos e mais importantes(?), ou que faz com que o pesquisador escreva em segunda pessoa do plural para incluir o próprio orientador (como se orientador e orientando não discordassem de nada), ou mesmo em terceira pessoa para esconder ‘toda’ sua subjetividade (será?), parece estar sendo, pelo menos ligeiramente, ameaçada.
Tem-se apresentado como alternativa uma espécie de “metodologia da problematização subjetiva”, com grande potencial para preparar o pesquisador não só em suas reflexões teóricas, mas também em sua prática profissional e cidadã, fatores tão requeridos em nossa sociedade contemporânea de rápidas transformações.
Vem dessa ideia, por exemplo, a pesquisa Autoetnográfica, construída a partir da observação do pesquisador sobre o que é aplicado na sua própria realidade, podendo ter a participação de terceiros, mas sempre a partir de seu próprio olhar sobre um fato. Afinal, poderia ele ter o olhar de outro, não sendo ele o outro? Trata-se de um processo de auto-ação-reflexão, não para a criação de hipóteses, mas para aplicações possíveis à realidade do seu contexto e sua trajetividade, e consequente reflexão e teorização acerca delas.
No contexto de pesquisa na sala de aula, ao problematizarmos a necessidade do professor de reconhecer deficiências e sucessos na educação, a incessante busca, avaliação, criação/adequação e atualização das metodologias e dos materiais disponíveis, sempre (re)questionar suas visões de língua, linguagem e educação mas também a visão de sociedade, do currículo e do seu papel como professor, perguntamos, além de tamanha responsabilidade que carrega com sua prática, o que mais é preciso para um professor criar sua autoetnografia e conseguir fazer com que a ciência lhe dê crédito e reconhecimento por isso?
Percebemos, ainda, que muitas vezes na escrita acadêmica existe uma separação entre “nós” e “eles” à medida que nos reconheçamos como professores ou como pesquisadores. Isto é, quando me coloco ‘somente’ como professora de línguas, refiro-me aos pesquisadores da linguística dizendo que “eles” têm a função de estudar sobre determinados fatos educacionais, ao passo que, na função de pesquisadora da linguística, refiro-me aos professores como observadores de uma prática que cabe a “eles”. Ou seja, ora pertenço a um grupo, e ora pertenço ao outro. Sob essa perspectiva, gostaríamos de saber o que falta para que professores que também são pesquisadores possam se incluir e serem reconhecidos cientificamente em ambos grupos ao mesmo tempo, para que haja uma transição em sua (nossa) escrita e também na (nossa) fala ao reconhecermo-nos em ambos papeis ao mesmo tempo? E, afinal, o que faz do pesquisador um pesquisador? Não seria todo professor um pesquisador em sua sala de aula?
Por fim, e ainda acerca desse distanciamento entre “dois mundos” que, na verdade, são um só, questionamos: como aproximar o campo acadêmico dos professores em prática, e vice-versa? E como seguirmos, a partir daí, para o desenvolvimento de uma inteligência mais coletiva acerca de fatos linguísticos e educacionais, talvez por meio de autoetnografias colaborativas?
i. Brief overview of the Brazilian geographical space in sociopolitical contexts ;
ii. Brief overview of the geographical space’s educational system(s) in Brazil;
iii. Survey of critical literacy work in Brazil;
iv. Visions for moving into more transnational work ;
v. Implications for our social responsibility as academics .
tecnológicos e de relações transnacionais, identificamos que frente à grande diversidade
linguística e sociocultural, uma visão inclusiva no que se refere à imigração, língua e
educação é indispensável, já que uma das primeiras barreiras que os imigrantes encontram ao
chegar à um novo país é a língua. Este artigo objetiva explorar como se dá a integração de
imigrantes na cidade de São Paulo, buscando compreender como os processos de
aprendizagem de línguas aconteceram em contextos translíngues. Por meio de metodologia
qualitativa, esta pesquisa coletou autonarrativas de falantes translíngues para análise. Alguns
resultados apontam para uma aprendizagem de línguas permeada por um conjunto de
emoções, identidades e desafios. Outrossim, apontam para as contribuições das teorias sobre
translinguismo no contexto educacional.
Palavras-chave: Translinguismo. Imigração. Educação linguística. Pesquisa narrativa.
visual, as salas de aula ainda se apresentam como um espaço dedicado para o texto escrito, e as aulas de língua estrangeira, mesmo quando fazem uso dos novos meios de comunicação, fundamentam-se, mormente, nos aspectos estruturais da língua, ignorando, assim, os potenciais das imagens para promover discussões acerca de temas sociais, políticos e culturais. Este artigo
busca explorar as oportunidades que surgem com o uso da visualidade em
sala de aula, quando este trabalho é agregado à prática de Letramento Visual e seus aspectos críticos. A metodologia consiste em revisão da literatura sobre letramento visual e análise crítica de cenas dos filmes 007 Contra o Satânico Dr. No (1972) e Kingsman: Serviço Secreto (2014) no tocante à representação que os dois filmes fazem do Outro não-hegemônico.
world based on images that have been published on social media during the pandemic crisis. By questioning the abyssal lines (SOUSA SANTOS, 2007) imbued and naturalized by the projects of Modernity and Humanism, the article discusses the ways in which nature invaded, in the middle of the pandemic, “this side” of modernity. The following section explores the undemocratic
virus by problematizing the abyssal lines of social class differences. Then, in
order to further complexify the stark differences between white supremacy and black genocide, the next section demonstrates that we have not overcome this historical crisis of humanity. Section five investigates the abyssal lines between access to education and the perpetuation of a project for education that secures the denial of its existence. In the conclusion, we explain the reasons that make
us conceive of these images as procedural micropolitics that have the potential to construct “new modes of subjectivity” (GUATTARI; ROLNIK, 1996, p. 30) and suggest a pedagogy of visual literacy and its micropolitics and an epistemic turn in the notions of “crisis”.
literacy and politics by presenting a discursive analysis of the new
National Literacy Policy under the Brazilian far-right
neoconservative government. In doing so, the text departs from a
brief genealogical exercise in which the theorizations on literacies
studies in Brazil and elsewhere are compared and contrasted, with
emphasis to the evolving notions of critique and citizenship.
Analysis has shown that the new Brazilian National Literacy Policy
is part of an orchestrated set of actions in which neoliberal,
religious, ideological and militaristic driving forces operate despite
official claims of discursive neutrality. By advocating in favor of
socially-just literacy pedagogies and by cherishing the notions of
critique as ‘reading as we read ourselves’ and ‘active citizenship’,
this paper calls for a reimagined self-critique along with a set of
collective actions if literacy researchers and teachers wish to
tackle the challenges and complexities surrounding literacy wars
in neoconservative times.
Resumo: Esta entrevista com a Profa. Dra. Clea Schmidt da Universidade de Manitoba, Canadá, apresenta as perspectivas dos professores Schimdt e Ferraz em relação à educação linguística no Canadá e no Brasil. A conversa focaliza temas essenciais para a educação linguística em ambos os contextos: políticas neoconservadoras, neoliberalismo, plurilinguismo, imigração, comunidade LGBTQ, práticas de ensino, políticas linguísticas e formação docente.
dominam o nosso imaginário.
we call for a redefinition of the process of translanguaging and look for an understanding of this process beyond bilingualism and multilingualism. We defend the need to expand our understanding of translanguaging and situate it also within named and “bounded” languages. In order to tackle translanguaging and gender inclusive language, each section starts with the problematization of one or more Linguistic Landscape(s) from two contexts: The University of São Paulo or the city of São Paulo and we discuss the concepts of Différance and the trans-subaltern, the epistemic and violent representation of the Other, and how the concepts of Police and Politics (RANCIÈRE, 2004; 2010) hugely influence the aesthetics and
meaning-making of translanguages and trans-bodies.
desenvolvemos cinco seções: a primeira, descreve, valoriza e destaca a linguagem inclusiva e a acessibilidade de corpos no espaço do museu. Na segunda e terceira seções, com foco
epistemológico, discutimos a exposição permanente, propondo um passeio pelas ruas, praças e becos
do museu e suas instalações em forma de árvores, famílias e raízes etimológicas. A quarta parte do texto focaliza a exposição temporária “Nhe'ẽ Porã: Memória e Transformação” em que discutimos
perspectivas sobre a língua portuguesa a partir das epistemes dos povos indígenas e quilombolas. A quinta seção propõe um movimento autocrítico e discute uma prática pedagógica e cultural, com base na educação linguística em língua inglesa, realizada no MLP com nossos alunos da Universidade de São Paulo em 2022.
Em cada seção, iniciamos com leituras realizadas sobre um incomodador (da filosofia, sociologia, educação) para em seguida enriquecer o texto com as teorias do próprio incomodador, todas acompanhadas das vozes desses autores e, quando possível, também com exemplos do Brasil da década de 2020. Ao final de cada seção/incomodador, propusemo-nos a responder às seguintes questões: por que esse incomodador nos ajuda a pensar a sociedade? Por que esse incomodador incomoda a EL?
Seríamos capazes de distinguir quem foram/são esses criadores da cientificidade? Eles ainda vivem para nos julgar, e aceitar (ou não)? E mais... de onde vem o empoderamento desfrutado por revistas, artigos, livros, etc., um poder de determinar “faça de acordo com o que quero”, ou seu fato será (des)considerado apenas uma opinião?
Essa reiterada predominância da dita metodologia científica, centrada na universalidade de fatos, caracterizada por uma escrita formal, acadêmica e rebuscada, por um autor que fala de outros autores mais antigos e mais importantes(?), ou que faz com que o pesquisador escreva em segunda pessoa do plural para incluir o próprio orientador (como se orientador e orientando não discordassem de nada), ou mesmo em terceira pessoa para esconder ‘toda’ sua subjetividade (será?), parece estar sendo, pelo menos ligeiramente, ameaçada.
Tem-se apresentado como alternativa uma espécie de “metodologia da problematização subjetiva”, com grande potencial para preparar o pesquisador não só em suas reflexões teóricas, mas também em sua prática profissional e cidadã, fatores tão requeridos em nossa sociedade contemporânea de rápidas transformações.
Vem dessa ideia, por exemplo, a pesquisa Autoetnográfica, construída a partir da observação do pesquisador sobre o que é aplicado na sua própria realidade, podendo ter a participação de terceiros, mas sempre a partir de seu próprio olhar sobre um fato. Afinal, poderia ele ter o olhar de outro, não sendo ele o outro? Trata-se de um processo de auto-ação-reflexão, não para a criação de hipóteses, mas para aplicações possíveis à realidade do seu contexto e sua trajetividade, e consequente reflexão e teorização acerca delas.
No contexto de pesquisa na sala de aula, ao problematizarmos a necessidade do professor de reconhecer deficiências e sucessos na educação, a incessante busca, avaliação, criação/adequação e atualização das metodologias e dos materiais disponíveis, sempre (re)questionar suas visões de língua, linguagem e educação mas também a visão de sociedade, do currículo e do seu papel como professor, perguntamos, além de tamanha responsabilidade que carrega com sua prática, o que mais é preciso para um professor criar sua autoetnografia e conseguir fazer com que a ciência lhe dê crédito e reconhecimento por isso?
Percebemos, ainda, que muitas vezes na escrita acadêmica existe uma separação entre “nós” e “eles” à medida que nos reconheçamos como professores ou como pesquisadores. Isto é, quando me coloco ‘somente’ como professora de línguas, refiro-me aos pesquisadores da linguística dizendo que “eles” têm a função de estudar sobre determinados fatos educacionais, ao passo que, na função de pesquisadora da linguística, refiro-me aos professores como observadores de uma prática que cabe a “eles”. Ou seja, ora pertenço a um grupo, e ora pertenço ao outro. Sob essa perspectiva, gostaríamos de saber o que falta para que professores que também são pesquisadores possam se incluir e serem reconhecidos cientificamente em ambos grupos ao mesmo tempo, para que haja uma transição em sua (nossa) escrita e também na (nossa) fala ao reconhecermo-nos em ambos papeis ao mesmo tempo? E, afinal, o que faz do pesquisador um pesquisador? Não seria todo professor um pesquisador em sua sala de aula?
Por fim, e ainda acerca desse distanciamento entre “dois mundos” que, na verdade, são um só, questionamos: como aproximar o campo acadêmico dos professores em prática, e vice-versa? E como seguirmos, a partir daí, para o desenvolvimento de uma inteligência mais coletiva acerca de fatos linguísticos e educacionais, talvez por meio de autoetnografias colaborativas?
i. Brief overview of the Brazilian geographical space in sociopolitical contexts ;
ii. Brief overview of the geographical space’s educational system(s) in Brazil;
iii. Survey of critical literacy work in Brazil;
iv. Visions for moving into more transnational work ;
v. Implications for our social responsibility as academics .
tecnológicos e de relações transnacionais, identificamos que frente à grande diversidade
linguística e sociocultural, uma visão inclusiva no que se refere à imigração, língua e
educação é indispensável, já que uma das primeiras barreiras que os imigrantes encontram ao
chegar à um novo país é a língua. Este artigo objetiva explorar como se dá a integração de
imigrantes na cidade de São Paulo, buscando compreender como os processos de
aprendizagem de línguas aconteceram em contextos translíngues. Por meio de metodologia
qualitativa, esta pesquisa coletou autonarrativas de falantes translíngues para análise. Alguns
resultados apontam para uma aprendizagem de línguas permeada por um conjunto de
emoções, identidades e desafios. Outrossim, apontam para as contribuições das teorias sobre
translinguismo no contexto educacional.
Palavras-chave: Translinguismo. Imigração. Educação linguística. Pesquisa narrativa.
visual, as salas de aula ainda se apresentam como um espaço dedicado para o texto escrito, e as aulas de língua estrangeira, mesmo quando fazem uso dos novos meios de comunicação, fundamentam-se, mormente, nos aspectos estruturais da língua, ignorando, assim, os potenciais das imagens para promover discussões acerca de temas sociais, políticos e culturais. Este artigo
busca explorar as oportunidades que surgem com o uso da visualidade em
sala de aula, quando este trabalho é agregado à prática de Letramento Visual e seus aspectos críticos. A metodologia consiste em revisão da literatura sobre letramento visual e análise crítica de cenas dos filmes 007 Contra o Satânico Dr. No (1972) e Kingsman: Serviço Secreto (2014) no tocante à representação que os dois filmes fazem do Outro não-hegemônico.
world based on images that have been published on social media during the pandemic crisis. By questioning the abyssal lines (SOUSA SANTOS, 2007) imbued and naturalized by the projects of Modernity and Humanism, the article discusses the ways in which nature invaded, in the middle of the pandemic, “this side” of modernity. The following section explores the undemocratic
virus by problematizing the abyssal lines of social class differences. Then, in
order to further complexify the stark differences between white supremacy and black genocide, the next section demonstrates that we have not overcome this historical crisis of humanity. Section five investigates the abyssal lines between access to education and the perpetuation of a project for education that secures the denial of its existence. In the conclusion, we explain the reasons that make
us conceive of these images as procedural micropolitics that have the potential to construct “new modes of subjectivity” (GUATTARI; ROLNIK, 1996, p. 30) and suggest a pedagogy of visual literacy and its micropolitics and an epistemic turn in the notions of “crisis”.
literacy and politics by presenting a discursive analysis of the new
National Literacy Policy under the Brazilian far-right
neoconservative government. In doing so, the text departs from a
brief genealogical exercise in which the theorizations on literacies
studies in Brazil and elsewhere are compared and contrasted, with
emphasis to the evolving notions of critique and citizenship.
Analysis has shown that the new Brazilian National Literacy Policy
is part of an orchestrated set of actions in which neoliberal,
religious, ideological and militaristic driving forces operate despite
official claims of discursive neutrality. By advocating in favor of
socially-just literacy pedagogies and by cherishing the notions of
critique as ‘reading as we read ourselves’ and ‘active citizenship’,
this paper calls for a reimagined self-critique along with a set of
collective actions if literacy researchers and teachers wish to
tackle the challenges and complexities surrounding literacy wars
in neoconservative times.
Resumo: Esta entrevista com a Profa. Dra. Clea Schmidt da Universidade de Manitoba, Canadá, apresenta as perspectivas dos professores Schimdt e Ferraz em relação à educação linguística no Canadá e no Brasil. A conversa focaliza temas essenciais para a educação linguística em ambos os contextos: políticas neoconservadoras, neoliberalismo, plurilinguismo, imigração, comunidade LGBTQ, práticas de ensino, políticas linguísticas e formação docente.
The three authors of this work have researched images and visual literacies for at least two decades. Their master's and doctoral dissertations have investigated the studies of images, in multifaceted perspectives. Thus, this book presents Visual Literacies as essential pedagogical practices in language and teacher education classes.
jovem, maduro e preocupado em discutir seus aprofundamentos teóricos, filosóficos, práticos, didáticos de maneira leve, acessível e criativa,
(a) Ferraz expõe seu modo de pensar de maneira a ser entendido por
mais pessoas possível, sem exigir que sua ampla audiência esteja,
necessariamente, filiada a mesma linha de pesquisa. Assim, poderá
chegar a uma diversidade maior de interessadas(os) no tema de sua
obra. (b) Ele ressignifica os estudos linguísticos acerca do aprendizado
de línguas, originalmente produzidos em/por outras culturas acadêmicas, relendo a relação língua-linguagem no seu espectro educacional,
posicionando-a dentro do conceito de Educação Linguística. Essa
elaboração é construída segundo os contextos em que se vê desafiado: ora são contextos brasileiros, ora regionais, ora refletem as salas
de aula, ora pessoais, ora são situações das diversidades nas quais éS U M Á R I O 19
ativista, ou dos campos políticos em que milita. (c) Discute suas propostas teórico-didático-acadêmicas em que se constata a proposição
de uma nova academia: nos designs de aulas, de textos, de seminá-
rios, em que renova as relações verticalmente hierárquicas praticando
dialogismos horizontalizados, como a prática dialógica não poderia
deixar de ser. (d) Constrói seus textos e capítulos subscrevendo-se à
perspectiva de multimodalidade da linguagem, como todas(os) certamente constatarão. Enfim, desenvolve um trabalho e uma linguagem
que propulsiona o exercício de transver o mundo" Walkyria Monte Mor
Especificamente sobre este livro, nosso desafio foi o de revisitar nossos estudos e discussões ao longo desses cinco anos, a partir dos membros presentes nos anos de 2022 e 2023 e de suas releituras das lives dos quatro ciclos de palestras. Assim, em termos metodológicos, os capítulos da Parte 1, “Ler-nos lendo: revisitando os ciclos de palestras do GEELLE”, são uma resposta a um convite para uma releitura dos ciclos de palestras do GEELLE. Assim, cada autor ou autora elegeu uma live de um dos quatro ciclos do GEELLE para reassistir e, a partir das falas, discussões e bibliografias, escrever seu próprio texto.
estudos (USP – 2019-2023 e CNPq – 2021-2023), em que os dados
foram produzidos e sistematizados por meio de encontros do grupo de pesquisa e dos 1º, 2º, 3º e 4º Ciclos de Palestras organizados entre 2019 e 20231. Especificamente sobre este livro, nosso desafio foi o de revisitar nossos estudos e discussões ao longo desses cinco anos, a
partir dos membros presentes nos anos de 2022 e 2023 e de suas
releituras das lives dos quatro ciclos de palestras. Assim, em termos
metodológicos, os capítulos da Parte 1, “Ler-nos lendo: revisitando
os ciclos de palestras do GEELLE”, são uma resposta a um convite
para uma releitura dos ciclos de palestras do GEELLE. Assim, cada
autor ou autora elegeu uma live de um dos quatro ciclos do GEELLE
para reassistir e, a partir das falas, discussões e bibliografias, escrever seu próprio texto.
A segunda parte – Letramentos Visuais e Educação Linguística – nos brinda com oito capítulos que versam sobre a educação linguística e letramentos visuais nas aulas de língua inglesa, língua espanhola e língua portuguesa. Assim, conversamos sobre os papeis dos monumentos históricos discutidos em aula com os discentes, dialogamos sobre formação docente em língua espanhola por meio de relatos autoetnográficos, apresentamos um projeto de ensino de língua inglesa por meio de fotografias no contexto do ensino médio, discorremos sobre as contribuições dos letramentos visuais para os alunos portadores de TDAH, entrecruzamos a escrita imagética, literatura e letramento crítico, apresentamos um trabalho de letramentos visuais com alunos da EJA, adentramos as questões étnico-raciais, culturais e de diversidade e encerramos com uma discussão filosófica a partir de duas atividades realizadas com estudantes de ensino médio.
A obra está divida em 3 partes.
Parte 1 – O que são letramentos visuais/What are visual literacies? é composta por quatro capítulos que apresentam perspectivas sobre o que entendemos por letramentos visuais.
Parte 2 - Questões filosóficas em torno da imagem / Philosophical inquiry in relation to images é composta por três capítulos que problematizam as imagens por meio das filosofias e filósofos pós-estruturalistas da linguagem (por ex., Bakhtin, Foucault, Derrida, entre outros), bem como filósofos e sociólogos como por exemplo Sousa Santos, de Souza, Mignolo, Lyotard e Latour.
Parte 3 – Investigações em torno da fotografia, televisão e cinema / Investigating photography, television, and cinema encerra “com chave de ouro” ao apresentar nove capítulos sobre letramentos visuais entrecruzados com estudos/usos de fotografia, televisão e mídias de massa e cinema
By unsettling the idea that “The teacher talks about reality as if it were
motionless, static, compartmentalized, and predictable” (FREIRE,
2005, p. 71) by “filling” the students with the contents of his narration
(Ibid.), “but rather as someone who endeavors to provoke, encourage,
construct, generate, and advance, with others, critical questionings,
understandings, knowledges, and actionings; other ways of thinking
and of doing with” (WALSH; MIGNOLO, 2018, p 83), this book reiteratestime and again that undergraduate students do have their own voices,
and even though many still think that students should be given voice, we
all know they have always got it. The problem is that education simply
tries to eradicate it. Undergraduate students come to us with different
and multifaceted ways of looking at society and education, with their
own ways of dealing with contemporary conflicts, gender, sexuality,
politics, languages and cultures
Estamos vivenciando, no momento em que se publica esta obra, um ataque às áreas das humanidades, mais especificamente às formações docentes realizadas em âmbitos universitários estaduais e federais em nosso país. Os letramentos, bem como as políticas linguísticas e educacionais, que têm como princípio uma educação com vistas à emancipação crítica e cidadã por parte dos educandos. Assim, o livro está dividido em três partes: a primeira discorre sobre os letramentos, sob vieses teóricos e práticos; a segunda explora as interfaces entre os letramentos e os estudos linguísticos; já a terceira focaliza as políticas linguísticas.
Este livro surge para dar voz a professores, pesquisadores, linguistas e linguistas aplicados para que discutam a Educação Linguística em inglês por meio de temas atuais e, mais do que nunca, necessários. Poderia ser mais uma obra em que especialistas são convidados a responder uma ou algumas questões propostas pelos organizadores, mas não é. Os questionamentos são formulados por alunos graduandos e pós-graduandos da Universidade Federal do Espírito Santo, integrantes do Grupo de Estudos sobre Educação Crítica em Língua Estrangeira (GEEC-LE), além de professores da rede pública, inspirados pelas leituras de textos escritos e palestras proferidas pelos autores dos diversos capítulos (Profa. Dra. Sandra Gattolin).
Dowloand gratuito no site da editora CRV (ebook):
https://editoracrv.com.br/produtos/detalhes/33974-crv
The book you are about to read is certainly an important footstep into the construction of a post-colonial University and, thus, into the decolonization of teacher education. It helps us (the readers) de (re) construct the traditional epistemologies that have dominated the University practices for years and brings an important contribution to the studies of critical literacies and critical language education.
One important epistemic break is having undergraduate students’ voice being heard throughout the lines of this book. Hardly ever have we seen this practice in the academic field. This breaks with the rigid hierarchies imposed by the Modern Sciences and legitimates other kinds of knowledge. Students become protagonists of their own academic path.
In addition, the themes of research chosen by the authors are samples of transdisciplinary knowledge. Language, culture, learning styles, literature, music, translation, technologies, gender and race issues are themes in dialogue. These themes show that students are engaged in critical education, which is crucial for the decolonization of the University knowledge (Prof. Dr. LUCIANA FERRARI - Federal University of Espírito Santo - UFES).
Ao primar por uma perspectiva crítica para o ensino de línguas estrangeiras, os textos que compõem essa coletânea recuperam a função social e política de uma língua estrangeira na escola e na sociedade, trazendo, para alunos em formação e professores em serviço, um sopro de esperança (no sentido freiriano) ao ilustrar mobilizações possíveis com vistas a transformações de seus contextos locais. Ao mesmo tempo, a obra contribui para fortalecimento da produção científica no campo da Linguística Aplicada brasileira, ao apresentar, com qualidade, o resultado de pesquisas acadêmicas (Profa. Dra. Ana Paula Duboc - Universidade de São Paulo).
Neste livro encontramos estudos muito bem desenvolvidos sobre a diversidade linguístico-cultural que vivenciamos nos dias de hoje e que se encontra, a meu ver, em um momento de grande embate com “forças centrípetas”, conforme Mikhail Bakhtin, que teimam em puxar as reflexões sobre língua e cultura para um centro conservador, na maioria das vezes, bastante reacionário. Assim tem se dado em discussões sobre línguas e suas variações, sua heterogeneidade constitutiva. Forças centralizadoras teimam em querer afirmar normas e padrões para as línguas, imaginando, sempre, uma homogeneidade e uma estabilidade para elas. Assim, também, tem se dado em reflexões sobre a diversidade cultural e o conjunto de forças que desejam sobrepor culturas, mantendo ou criando hierarquizações, especialmente a partir de categorias modernas como progresso, evolução, civilidade, estrutura, ordem e organização. No âmbito dessas forças centralizantes, existiriam estruturas linguísticas superiores, formas linguísticas mais corretas do que outras, e, dentro da mesma lógica, expressões culturais mais desenvolvidas, evoluídas, acabadas, ética, cognitiva ou esteticamente. (Luciano Novaes Vidon - Universidade Federal do Espírito Santo)
Assim, este livro está dividido em três partes, a saber: 1. Estudos analítico-descritivos; 2. Estudos sobre texto e discurso; e 3. Linguística aplicada. Cada uma delas representa uma linha de pesquisa de nosso Programa.
Walkyria Monte Mor
ainda, o conceito de máquinas desejantes de Deleuze a Guattari como
algo potente para pensarmos as relações propiciadas pelo mundo digital contemporâneo. Na segunda seção, discutimos educação, educação
linguística e formação na era digital, mostrando que os discursos de influenciadores digitais não estão tão distantes das realidades de nossos
alunos. Além disso, mostramos que é preciso reformarmos filosoficamente os nossos pensamentos em relação ao educar na era digital, principalmente quando pensamos em sociedades com características tipográficas e lineares e pós-tipográficas e digitais.
chamava Programa de Língua e Literatura Inglesa e Norte-Americana) completa 50 anos em
2021. É um programa que se destaca pela pesquisa em torno da língua inglesa gerada num país
de língua portuguesa.
Propomos marcar este momento com um volume de trabalhos acadêmicos que mostre a
abrangência e a relevância nacional e internacional da pesquisa feito no âmbito deste programa,
tanto pelos docentes atuais, itinerantes e aposentados, quanto pelos egressos do programa.
Os trabalhos podem tratar de qualquer tema desenvolvido dentro do escopo do programa,
nas três grandes áreas de língua, literatura e tradução. São bem-vindos:
Trabalhos de cunho histórico-retrospectivo-prospectivo
Pesquisas inéditas
Relatos de grupos ou projetos de pesquisa
Trabalhos baseados em teses defendidas
As propostas devem ser submetidas em forma de resumo de não mais de 500 palavras
(sem contar título e bibliografia).
Prazo: 31 de janeiro de 2022
Tamanho: de 1.500 a não mais de 4.500 palavras