Papers by Paulo de Tarso Presgrave Leite Soares
No dia 04/04/2024, eu disse para amigos o que se segue. "Caros amigos, estou contentíssimo e quer... more No dia 04/04/2024, eu disse para amigos o que se segue. "Caros amigos, estou contentíssimo e quero dividir com vocês esse contentamento. Um amigo, Robson Adami Campos, me colocou em um grupo de WhatsApp de <<Estudos sobre o Capital>>. Lá, um integrante desse grupo, Patrício da Fonseca, fez referência a MARX, K.; ENGELS, F. Cartas sobre o Capital. São Paulo: Expressão Popular, 2020. p. Fiquei curioso. Parece até que uma "mão invisível" me guiou (KKKK) e comprei o referido livro; Ainda estou bem no começo, mas já fiquei exultante com o que li.
Revista Fim do Mundo
Na primeira parte mostramos que há dois Lenin, bem distintos e opostos. Um Lenin que recusa a dia... more Na primeira parte mostramos que há dois Lenin, bem distintos e opostos. Um Lenin que recusa a dialética e um Lenin dialético. Na segunda parte mostramos as discordâncias com o Lenin místico, dialético. Na terceira parte mostramos a concordância com o Lenin não dialético. Na quarta parte mostramos que as discordâncias em nada diminuem nossa admiração pelo Lenin.
As defesas da reforma agrária, no Brasil, é o mote para estudar o relacionamento cidade-campo no ... more As defesas da reforma agrária, no Brasil, é o mote para estudar o relacionamento cidade-campo no desenvolvimento do capitalismo. A primeira parte mostra que os inúmeros argumentos pró-reforma agrária, em essência, reduzem- se a apenas a uma alegada capacidade para atingir três objetivos: 1) produto: aumentar a oferta de produtos do campo; 2) renda: aumentar a demanda pelos produtos industriais; e, 3) emprego: conter o êxodo rural. A segunda parte apresenta o resultado de outra extensa pesquisa bibliográfica, agora nos trabalhos de Lênin. Ela começa por mostrar a maneira como esse autor tratou cada um daqueles objetivos e que a reforma agrária não tem qualquer relacionamento com eles. Mostra, em seguida, que, no capitalismo não existe a possibilidade de um desenvolvimento não-capitalista do campo. Termina por mostrar que há, em Lênin, um critério bem definido para determinar o tipo de intervenção no campo que o marxista deve realizar. A terceira parte, com base em alguns autores sobr...
Revista Fim do Mundo
Este ensaio faz um exame da obra clássica de Lênin sobre o Imperialismo, tratando de seus traços ... more Este ensaio faz um exame da obra clássica de Lênin sobre o Imperialismo, tratando de seus traços fundamentais, da concentração e centralização do capital que conduz à monopolização, à constituição do capital financeiro e da oligarquia financeira, e à divisão do mundo entre os grandes monopólios capitalistas e entre as grandes potências. Aqui, o Imperialismo é tratado como uma fase específica do capitalismo, sua fase monopólica – fase em que deve ser situado o capitalismo contemporâneo –, em que se afirmam tendências à decomposição e ao parasitismo, ao mesmo tempo em que, em virtude da socialização da produção, se criam condições para uma transição ao socialismo. Nesse exame, subjaz uma proposição, exposta ao final, sobre o estatuto da luta de classes no pensamento de Lênin, bem como uma problematização do tratamento dado por Lenin à dialética.
Reflexões, a partir de Losurdo, sobre o marxismo ocidental Paulo de Tarso Presgrave Leite Soares ... more Reflexões, a partir de Losurdo, sobre o marxismo ocidental Paulo de Tarso Presgrave Leite Soares O tempo todo em que li O marxismo ocidental: como nasceu, como morreu, como pode renascer (2ª. reimpressão, Boitempo, de 2020), dois outros livros estiveram presentes no meu pensamento. Um deles é o Existencialismo ou marxismo?, de Gyorgy Lukács, (Ciências Humans, 1979). O outro é o Guerra-Fria Cultural, de Frances Stonor, (Record, 2008).
A crítica feita por Losurdo, no O marxismo ocidental: como nasceu, como morreu, como pode renasce... more A crítica feita por Losurdo, no O marxismo ocidental: como nasceu, como morreu, como pode renascer (2ª. reimpressão da Boitempo, em 2020), à farsa chamada de <marxismo ocidental>, quando foca nos seus representantes Agabem e Levinas, toca em um ponto constantemente esgrimido pela direita ao marxismo. Trata-se da relação entre o ser e sua consciência, ao papel da biologia na vida social. Losurdo diz que, na Introdução ao ensaio Algumas reflexões sobre a filosofia do hitlerismo, publicado por Emanuel Levinas, em 1934, Giorgio Agamben diz que "o hitlerismo nega o fundamento do <liberalismo>, da <civilização europeia>, do <espírito ocidental>, <a estrutura do pensamento e da verdade do mundo coidental>". Mais ainda, o hitlerismo "recusa a tese da <liberdade incondicionada do homem diante do mundo>, da <liberdade soberana da razão>". E continua Losurdo reproduzindo Agamben. "A tudo isso o nazismo contrapões <o biológico, com toda a fatalidade que comporta>, <a voz misteriosa do sangue>, >a ideia de raça>" (Losurdo, O marxismo ocidental, p. 156).
Domenico Losurdo, no Marxismo ocidental: como nasceu, como morreu, como pode renascer (uso a ediç... more Domenico Losurdo, no Marxismo ocidental: como nasceu, como morreu, como pode renascer (uso a edição de 2018 da Boitempo), referindo-se ao Foucault, disse: "Graças à sua análise da capacidade de propagação, ou da onipresença, do poder não só nas instituições e nas relações sociais, mas também no aparato conceitual, ele emanava uma aura de radicalismo sedutor que permitiria confrontar o poder e a ideocracia na base do <socialismo real>, cuja crise se manifestava cada vez mais claramente" (p. 142). Disse também que: "O gesto que denuncia qualquer relação de poder, ou melhor, qualquer forma de poder, tanto no âmbito da sociedade como no discurso sobre a sociedade torna muito problemática ou impossível a <negação determinada>, aquela negação de um <conteúdo determinado> que, hegelianamente, é o pressuposto de uma real transformação da sociedade, o pressuposto da revolução" (p. 142). Disse por fim que "a atenção reservada à dominação colonial é escassa ou inexistente" (p. 142). Em suma, a onipresença do poder, o<radicalismo sedutor>, torna problemática ou impossível a <negação determinada> hegeliana e faz com que a atenção do Foucault à dominação colonial seja escassa ou inexistente.
O que aprendi com Domenico Lossurdo sobre a "Teoria Crítica"
The ghost of proletarianisation scare doctors - Le Monde Diplomatique, 2013
Mercado e saúde não têm se revelado uma boa combinação: custos elevados, mau atendimento, negativ... more Mercado e saúde não têm se revelado uma boa combinação: custos elevados, mau atendimento, negativas de exames e de cirurgias. O setor público não se sai melhor. O corporativismo e uma política deliberada de privatização contribuem para isso. É nesse contexto que as reações ao Mais Médicos precisam ser analisadas.
Este exto sintetiza o que tenho lecionado na disciplina EAE 0524-Uma análise da fase monopolis ta... more Este exto sintetiza o que tenho lecionado na disciplina EAE 0524-Uma análise da fase monopolis ta do capitalismo, na FEA/USP. O que tento mostrar é: 1) que na fase monopolista do capitalismo o que está na ordem do dia é a emancipação humana e não a emancipação política ; 2) que a função das bandeiras de liberdade, pluralidade, diversidade, escolhas individuais, causas identitár ias, empoderamento é tirar o foco da luta de classes para a abolição da propriedade privada e do mercado, indispensável para eliminação da alienação e do fetichismo e a constituição do humano; 3) que essas bandeiras integram a tentativa neoliberal para a eternização das instituições burguesas; 4) que elas parecem progressistas, mas são lixo ideológico burguês, espetáculo debordiano.
This text is a summary of what I have been teaching in the 'EAE 0524-An analysis of the monopolistic period of Capitalism' course in FEA/USP. I try to demonstrate: 1) in the monopolistic phase of Capitalism the main objective is human emancipation, not political emancipation; 2) the objective of banners such as liberty, plurality, diversity, personal choice, identity, and empowerment is to shift the [political] focus from class struggle to the abolition of private property and the market, necessary to eliminate alienation and fetichism and promote humanity; 3) these banners make up the neolibera l attempt to preserve forever the bourgeois institutions; 4) they seem to be progressive, but are nothing more than the bourgeois ideological trash, the spectacle denounced by Guy Debord"
Drafts by Paulo de Tarso Presgrave Leite Soares
Recebi uma mensagem do academia.edu dizendo que havia sido publicado um texto relacionado/similar... more Recebi uma mensagem do academia.edu dizendo que havia sido publicado um texto relacionado/similar ao que lá publiquei (Conversa com os marxistas: teses atuais da esquerda).Apresento minhas divergências com o referido texto, uma obra equivocada quanto a leitura de Marx e, especialmente, do texto Questão judaica.
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This text is a summary of what I have been teaching in the 'EAE 0524-An analysis of the monopolistic period of Capitalism' course in FEA/USP. I try to demonstrate: 1) in the monopolistic phase of Capitalism the main objective is human emancipation, not political emancipation; 2) the objective of banners such as liberty, plurality, diversity, personal choice, identity, and empowerment is to shift the [political] focus from class struggle to the abolition of private property and the market, necessary to eliminate alienation and fetichism and promote humanity; 3) these banners make up the neolibera l attempt to preserve forever the bourgeois institutions; 4) they seem to be progressive, but are nothing more than the bourgeois ideological trash, the spectacle denounced by Guy Debord"
Drafts by Paulo de Tarso Presgrave Leite Soares
This text is a summary of what I have been teaching in the 'EAE 0524-An analysis of the monopolistic period of Capitalism' course in FEA/USP. I try to demonstrate: 1) in the monopolistic phase of Capitalism the main objective is human emancipation, not political emancipation; 2) the objective of banners such as liberty, plurality, diversity, personal choice, identity, and empowerment is to shift the [political] focus from class struggle to the abolition of private property and the market, necessary to eliminate alienation and fetichism and promote humanity; 3) these banners make up the neolibera l attempt to preserve forever the bourgeois institutions; 4) they seem to be progressive, but are nothing more than the bourgeois ideological trash, the spectacle denounced by Guy Debord"