MAE - Museu de Arqueologia e Etnologia

A discussão que propomos neste artigo está vinculada a etapa de elaboração da dissertação de mestrado “Estudo da paisagem arqueológica em área de remanescente de quilombo e sua interface com a religiosidade de matriz africana”, que estamos desenvolvendo na comunidade remanescente de quilombo do Boqueirão no município de Vila Bela da Santíssima Trindade-MT, no Vale do Guaporé, região fronteiriça do território brasileiro.

Conceito Final ___________________ Dedico este trabalho... Ao Cauí, filho que há dezesseis anos fica alegre, triste e que tantas vezes sentiu falta da mãe que também estudava, estudava. Dedico a você filhotão, que ao nascer me devolveu a vida que andava por aí perdida... Ao Maty que não me deixa esmorecer! Que tem sempre agilidade e paciência para me tirar do limbo-dosestudantes-em-crise. E que com sua lucidez e inteligência tantas vezes me ajudou a resolver os problemas. Que dá dura e também mimos, muitos mimos carinhosos, cheirosos, saborosos, coloridos... que me faz rir feliz da vida! A Vó Antônia, minha mãe que sempre me protegeu, deu auxilio e teve cuidado com a minha vida! A Mãe, a Maria da Conceição que está orgulhosa e me observando dessa outra vida. Aos meus irmãos Valtinho, Neguinho, Alexandre e Fernanda. Cada um com nossa história nessa vida. Aos Moradores da Jaguará, que a gerações vem lutando pela vida A Vida. Agradeço v v A Lúcia Juliani pela Iniciação! Pelos infinitos auxílios! Ao Nilo por tantos anos de amizade sincera, pelo apóio, pelo incentivo, pela atenção aos meus apelos intelectuais, sempre dada com muito carinho, imaginação e competência. A minha Tia Tânia pelas primeiras letras. Ao João Rosa e sua família, pela atenção e acolhida na Jaguara. A equipe de campo da Laska que esteve comigo na Jaguará: Zé, Vinícius e Job. Aos professores Carlos Magno, Pedro Funari e Scott Allen pela gentileza e pelos textos. E pela grande relevância de suas pesquisas para os afrodescendentes e a sociedade brasileira. Ao meu professor orientador Vagner Porto, pela oportunidade e pelo incentivo. A Renata pela confecção dos mapas. A professora Lisy, por acompanhar minha trajetória todos esses anos. As mulheres maravilhosas da minha vida que tanto admiro e que tantas vezes tiveram o dom de me tirar

A discussão que propomos neste artigo está vinculada a etapa de elaboração da dissertação de mestrado “Estudo da paisagem arqueológica em área de remanescente de quilombo e sua interface com a religiosidade de matriz africana”, que estamos desenvolvendo na comunidade remanescente de quilombo do Boqueirão no município de Vila Bela da Santíssima Trindade-MT, no Vale do Guaporé, região fronteiriça do território brasileiro.

Neste artigo apresentamos os resultados da pesquisa de mestrado desenvolvida entre 2008 e 2012, no âmbito do PPGArq-MAE/USP, realizada em Vila bela, na comunidade remanescente de quilombo do “Boqueirao”, localizada no estado do Mato Grosso, alto vale do Guapore e entre comunidades religiosas afro-brasileiras em Sao Paulo e Mato Grosso. De um lado, consideramos a importância que as plantas ocupam nos cultos afro-brasileiros, e, de outro, o potencial mnemonico e distintivo das arvores, capazes de despertar recordacoes. Os dados coletados no contexto sistemico foram aplicados na interpretacao do sitio arqueologico “Porto Boqueirao” (SArqPB), com a intencao de ampliar a variacao diacronica da analise. Foi possivel chegar a parte do passado familiar de membros dessa comunidade, e tambem de um passado ancestral, pois alguns dos relacionado as suas origens africanas. Concluimos que existem arvores cujo significado simbolico tem correspondencia, tanto dos terreiros estudados, como aponta a ...

Apresentaremos as características do Programa Vamos ao Museu?, iniciativa realizada em Minas Gerais de 2006 a 2016 com o objetivo de aproximar estudantes, professores e comunidades ligados a escolas públicas e espaços museais, visando contribuir para despertar um olhar mais curioso e sensível em relação à arte e ao patrimônio cultural, e promover o fortalecimento dos processos de construção identitária nas comunidades beneficiadas. Destacaremos as ações realizadas em duas edições emblemáticas do Programa: a edição “Natureza, Educação e Cultura”, em 2013, que teve como foco o patrimônio arqueológico de Pains, Minas Gerais, e a edição “Interpretar para Empreender”, com foco na obra de Vassily Kandinsky e realizada em 2015 no âmbito do V Prêmio Ibero-Americano de Educação e Museus, concedido pelo Ibermuseos.

Este artículo presenta algunos resultados de la investigación arqueológica que he desarrollado en los últimos 10 años en la comunidad cimarrona (quilombola, en portugués) del municipio de Vila Bela da Santíssima Trindade, ubicada en el Estado de Mato Grosso, Brasil. Se plantean cuestiones centrales para la arqueología del cimarronaje, principalmente en lo que se refiere a metodologías de campo colaborativas y multivocales que buscan dar visibilidad a las poblaciones afrodiaspóricas y sus cosmologías.

Neste artigo apresentamos uma reflexão sobre experiências que vivenciamos no âmbito de um projeto de mobilidade acadêmica, direcionado para os estudos da diáspora africana. A partir de uma perspectiva alternativa, se privilegiou a colaboração e a inclusão de atividades para além daquelas oferecidas no espaço acadêmico do Museu e da Universidade. O planejamento e realização das atividades realizadas nos trinta dias da mobilidade representam uma alternativa teórico-metodológica, na formação de estudantes de arqueologia, cujo interesse acadêmico envolve contextos de diáspora africana. Essa experiência de “orientação colaborativa” é resultado não somente do entrelaçamento de nossas trajetórias acadêmicas, mas da nossa experiência afrodiaspórica de vida.

* Nós nos apresentamos como ativistas negres que buscam contribuir em um processo de aprendizado e produção de conhecimento que ocorre em um território de disputa de narrativas. Atuamos na atuamos na Mobilização Saracura Vai-Vai e este artigo é o resultado das experiências vivenciadas por nós, Paty Marinho e Rossano. Ele foi escrito a partir dessa experiência dinâmica, constantemente influenciada pelos novos documentos disponíveis no Sistema Eletrônico de Informações (SEI) e pelas narrativas da comunidade. Oferecemos uma interpretação dos eventos que temos testemunhado na luta pela preservação da memória negra no Bixiga, em São Paulo, e no Brasil. É importante ressaltar que este artigo não reflete necessariamente a opinião da Mobilização Saracura Vai-Vai.

Os estudos de sambaquis estão entre os mais recorrentes na Arqueologia Brasileira. Entretanto, poucos se dedicaram a uma abordagem sistemática das indústrias líticas destes sítios. A presente pesquisa tem como objeto o Sítio do Mar Virado, localizado na Ilha do Mar Virado, município de Ubatuba, São Paulo. Trata-se de um sítio cemitério, onde intensa atividade de lascamento era realizada.

O trabalho pode ser dividido em três partes: primeiramente buscou-se
compreender os processos formativos do sítio e o histórico das ocupações regionais. Em seguida faz-se a caracterização da indústria lítica. Por fim os resultados da análise foram abordados em sua dispersão espacial, sendo a associação aos sepultamentos a principal variável testada, com o intuito de compreender se haveria diferenças entre o material lítico que acompanhava os mortos e aquele oriundo das demais atividades realizadas no local.