Books by Lapoujade David
Sur la philosophie d'Étienne Souriau.
NB : Les références des textes précédés d'un astérisque renvoient à deux paginations distinctes, ... more NB : Les références des textes précédés d'un astérisque renvoient à deux paginations distinctes, la première à l'édition originale, la seconde à la nouvelle édition.
Papers by Lapoujade David
Regards contemporains sur la philosophie moderne, 2022
Comment Deleuze se rapporte-t-il à l'histoire de la philosophie ?
Deleuze a eu très tôt l'intuition d'un concept de différence interne conçue en et pour elle-même,... more Deleuze a eu très tôt l'intuition d'un concept de différence interne conçue en et pour elle-même, non pas une différence relative aux termes qu'elle différencie, mais une différence en soi, qui ne diffère que d'elle-même puisque c'est en cela que consiste son être : une différence qui diffère ou dont l'en-soi consiste à différer de soi. C'est ce dont témoigne déjà l'un des premiers textes de Deleuze sur les îles désertes ; c'est ce dont témoigne également le compte-rendu consacré au livre de Jean Hyppolite, Logique et existence ; et c'est ce dont témoigne surtout l'article de 1956, « La conception de la différence chez Bergson » 1 . Deleuze y déclare dès la première ligne : « La notion de la différence doit jeter une certaine lueur sur la philosophie de Bergson, mais inversement le bergsonisme doit apporter la plus grande contribution à une philosophie de la différence ». L'important ici n'est pas tant la « lueur » que Deleuze jette sur le bergsonisme, que la série d'opérations subreptices par lesquels le bergsonisme « contribue » à une philosophie de la différence. En effet, il ne s'agit pas seulement pour Deleuze d'expliquer Bergson, mais d'y déposer l'oeuf dont sortira plus tard Différence et répétition. Le jeune Deleuze est une sorte de coucou philosophique. Pour lui, le bergsonisme est tout autant une philosophie séminale qu'une philosophie inséminée. Le titre de l'article le confirme à sa façon : il est question de la conception de la différence, non pas de Bergson, mais chez Bergson. Ce qu'il faut alors tenter de repérer, ce sont ces opérations par lesquelles [240] Deleuze insémine une philosophie de la différence au coeur du bergsonisme.
Scepticisme et littérature : le cas Henry James [Paru in Comment peut-on être sceptique ? Hommage... more Scepticisme et littérature : le cas Henry James [Paru in Comment peut-on être sceptique ? Hommage à Didier Deleule, Honoré Champion, 2010, p. 205-214] -Vous voyez bien plus de choses que moi, dans cette affaire, rétorqua-t-il aussitôt. -Évidemment : je vous y vois, vous ! -Soit donc ! Vous voyez bien plus de choses en moi… -que vous-même ? Très probablement. Mais est-ce qu'on n'en a pas le droit ? Henry James, Les Ambassadeurs.
La méthode romanesque de James est placée sous le signe du perspectivisme. On sait que chaque réc... more La méthode romanesque de James est placée sous le signe du perspectivisme. On sait que chaque récit est ordonné par un « point de vue », composé selon la perspective d'un personnage « focal ». La narratologie a clairement dégagé la structure de ces récits « focalisés » où un narrateur se tient par-dessus l'épaule d'un témoin privilégié, « réflecteur » ou « réverbérateur » de ce qui se passe. Tout se passe comme si le narrateur, « délégué impersonnel de l'auteur », disposait avec le personnage focal d'une sorte de miroir qui réfléchit pour lui l'ensemble de la situation dont il fait le récit. Comme une monade leibnizienne, le personnage focal est un « miroir vivant de l'univers ». Si bien que le jeu incessant chez James des projections, dédoublements, symétries, avant de recevoir un sens psychologique ou psychanalytique, peut se concevoir comme un ensemble d'opérations qui relèvent de la géométrie optique.
À ce moment-là, dans l'impossibilité matérielle d'aller plus loin, j'aurais été sans doute obligé... more À ce moment-là, dans l'impossibilité matérielle d'aller plus loin, j'aurais été sans doute obligé de m'arrêter, quitte à la rigueur à repartir aussitôt en sens inverse, ou beaucoup plus tard, en me dévissant en quelque sorte, après m'être serré à bloc. Ce qui aurait constitué une expérience riche en intérêt et en nouveauté, s'il est vrai, comme je me le suis laissé dire, ne pouvant faire autrement, que même le chemin le plus terne a une tout autre allure, un tout autre terne, au retour qu'à l'aller, et inversement. Inutile de biaiser, je sais un tas de choses ».
Deleuze: política e informação [trad. Luiz B. L. Orlandi] Quais são os liames entre política e in... more Deleuze: política e informação [trad. Luiz B. L. Orlandi] Quais são os liames entre política e informação em Deleuze? Se a questão merece ser levantada, é porque não param de nos dizer que estamos na idade da informação, do " conhecimento global " , considerado como terceira idade do conhecimento. A primeira idade, dizem–nos, é a do conhecimento individual e reflexivo: eu sou, eu sou um sujeito cognoscitivo. A segunda idade é a do conhecimento coletivo: nós sabemos, todos nós podemos saber graças à imprensa, à televisão, aos " mass media ". Mas a Internet introduz uma terceira idade do saber: todos nós não apenas sabemos, como também sabemos que todos os outros sabem o que sabemos. É um novo regime de informação, no qual alguns veem uma nova democratização do conhecimento: um conhecimento coletivo, sem hierarquia, que se desdobra sob forma de rede, de maneira horizontal. E como não invocar, então, o conceito de " rizoma " , forjado por Deleuze e Guattari? Quer dizer, uma espécie de radícula que se estende em todas as direções como desdobramento de uma multiplicidade crescente sem unificação possível, à maneira da grama. Quem não ouviu esses discursos sobre a Internet, sobre as novas redes e sobre a relação global/local? Apenas um exemplo. Na França, um grupo de professores criou uma rede de trocas de informações sobre o exercício de sua profissão, reunindo mais de 80.000 usuários, para atenuar as insuficiências do sistema vertical da educação nacional que nunca soube colocar a serviço dos seus funcionários um tal dispositivo. Ter– se–ia aí um modelo de circulação de informações, ao mesmo tempo global e local, dotado de funcionamento democrático, horizontal, não controlado por instância superior. E, sob certos aspectos, essa circulação constitui um novo tipo de poder, pois o saber pode ser posto à disposição de todos e tornar–se uma força coletiva: o horizontal contra o vertical. Chegou–se a dizer que, assim, retornar–se–ia à conviviabilidade de lugares da vila em que os habitantes se reuniriam para falar coletivamente dos problemas locais: do mais arcaico ao mais contemporâneo, a famosa " aldeia global ". Esses exemplos, esses modelos de discurso são familiares a todos… Em quê isso concerne o pensamento de Deleuze (com Guattari)? A questão se coloca tanto mais que Deleuze quase nada conheceu da Internet. Ele não conheceu sua amplitude e nem a maneira pela qual nossos modos de existência
Naquele momento, na impossibilidade material de ir mais longe, eu teria sido obrigado a deter-me,... more Naquele momento, na impossibilidade material de ir mais longe, eu teria sido obrigado a deter-me, sem dúvida, pronto, a rigor, para voltar a partir em sentido inverso, imediatamente ou muito mais tarde, quando, de algum modo, eu me desatarraxasse de mim mesmo depois de ter-me bloqueado. Isso teria constituído uma experiência rica em interesse e novidade, se é verdade, como fui levado a dizer sem que pudesse fazê-lo de outro modo, que mesmo o mais pálido caminho comporta um andamento totalmente distinto, uma outra palidez, tanto ao retornar quanto ao ir, e inversamente. Inútil tergiversar, sei um monte de coisas".
Folha de S. Paulo, 2000
Sobre Arturo Bispo
Talks by Lapoujade David
Folha -Por que Deleuze deve se posicionar contra a psicanálise? Trata-se de causas políticas?
Antes de tudo, gostaríamos de saber o que te levou a trabalhar sobre Bergson, quais problemas con... more Antes de tudo, gostaríamos de saber o que te levou a trabalhar sobre Bergson, quais problemas conduziram você a ele, e o que você procurava? Sempre trabalhei sobre Bergson, como estudante e depois como professor. A princípio, é um gosto por sua filosofia, um gosto intraduzível, mas que eu explorei, um gosto pelos problemas que ele coloca, por sua escrita elegante e direta. Em seguida, este gosto se reforçou com a leitura de Deleuze, que me fez gostar de Bergson de outro jeito. Mas se escrevi este livro é por causa de um livro anterior sobre William e Henry James, Fictions du pragmatisme. Em Henry James, notadamente, encontramos personagens que vivem fechados numa espécie de tempo exterior, como a personagem da novela A fera na selva que espera, ao longo de toda sua vida, o acontecimento que deverá transfigurá–la. Tudo se passa como se ela vivesse no exterior do tempo que passa. E quando ela, enfim, 'desce' no tempo é para saber que é tarde demais, que o tempo passou… Ora, é isso que me fascina, a experiência pela qual entramos no tempo para passar com ele, e fazer morrer aquilo a que nos apegávamos – ao invés de se colocar de fora e de o ver passar, permanecendo apegados às pequenas eternidades artificiais. Parece– me que isso é a própria experiência do bergsonismo: passar para o interior do tempo ao invés de pensá–lo de fora. Sua leitura de Bergson coloca o foco sobre o problema da liberdade. Como se relaciona a liberdade com a crítica à inteligência? Qual é o tema da liberdade bergsoniana, ou em todo caso, o que é que se liberta e do que se liberta? Mas a liberdade é precisamente isso para Bergson: descer no tempo e encontrar a continuidade subterrânea da qual somos feitos. Como em Henry James, é uma maneira de romper com o destino preexistente. A liberdade em Bergson é inseparável da afirmação de si, de um eu profundo, como ele diz. Porém, este eu profundo se confunde com as emoções mais intensas que experimentamos ao longo de nossa vida – o que não quer dizer, necessariamente, as mais fortes ou as mais violentas. Só se entra no interior do
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