Paula Visona
É doutoranda em Comunicação Social pela PUC RS, mestre em Design pela Universidade do Vale dos Sinos – Unisinos e graduada em Moda e Estilo pela UCS (Universidade de Caxias do Sul). É coordenadora dos cursos de Especialização em Design Estratégico e Especialização em Design de Moda, da Unisinos (Campus POA e Caxias do Sul). Na mesma instituição, é professora do cursos de graduação em Design e Bacharel em Moda, além de ter coordenado vários projetos de parceria entre empresas e os cursos de Design da Unisinos, caso do projeto Melissa Academy. Esse, por sua vez, culminou com o lançamento de um produto Melissa no mercado nacional, criado por alunos do curso de Bacharel em Design. Também atua como consultora de empresas, nas áreas de pesquisa de tendências e comportamento de consumo, privilegiando uma abordagem de tendências socioculturais de ciclo longo para geração de posicionamento estratégico. Como acadêmica, apresentou artigos em congressos nacionais e internacionais, focando suas investigações nas relações entre imaginário coletivo, arte, design, transgressão e tendências.
less
Related Authors
Paula Coruja
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Bruna Haubert
Universidade Feevale
Vladimir Pires
UNIRIO - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
Felipe Kanarek
Universidade do Extremo Sul Catarinense
Eveline Araujo
Universidade de São Paulo
Chiara Del Gaudio
Carleton University
Carlo Franzato
PUC-RIO
Aline Bueno
Unisinos
Uploads
Papers by Paula Visona
Palavras-chave: Imaginário social; tendências socioculturais; Coletivos Criativos.
Para tanto, relacionamos moda e design, e analisamos também o impacto de sua relação com a comunicação, objetivando localizar a emergência da moda enquanto mecanismo de identificação do devir. Partimos do princípio de que tendências surgem de ideias que permeiam vozes-consciência no cotidiano social, configurando-se como sensibilidades que emergem a partir de relações interindividuais. Apoiamo-nos no dialogismo de Bakhtin (2008), na sociologia compreensiva de Maffesoli (1988) e na antropologia interpretativista de Geertz (1978) para abordar tais atravessamentos. Apoiamo-nos, também, nos estudos culturais britânicos, para compreender como as representações sociais e identidades são construídas, visando problematizar o papel da comunicação de moda a partir de apropriações interdisciplinares.
analysis of media industry’s commands of transgression as a device of innovation think about new meanings and
increase visual communication in the pop market culture. It is used in this article a theoretical framework whose
epistemological basis was constructed from studies of social representations and technologies of domination,
whose main theories are from Espinoza, Adorno, Marin, Klossowsky and Foucault. The movements of counter
culture, especially in art and fashion, such as Dadaism and the punk movement have served as a source for a
critical analysis of the operating approach of culture, imagination and industry. This approach operation is defined
today as a repetitious layout of a marketing matrix within a transgressive culture particularly identified with the
logic of the entertainment. Thus transgression entertainment became a constant in the media that conveys aesthetic
in contemporaneity. It is possible to identify this phenomenon within the fashion system, arts and design, all ready
to innovate in aesthetic standards in order to cope with an industry image that feeds itself from a planned
transgression. Dramatic releases such as the singer Lady Gaga illustrate this thesis.
Key words: visual communication, design, fashion, transgression
Palabras Clave
comunicación, narrativas, tendencias, moda, descentralización
Palavras-chave: comunicação visual, design, moda, transgressão
Palabras – Clave: metodologias del diseño, aprendizaje organizacional, workshop.
Palavras Chave: tendências, diálogos, design de moda
tempo dos sentidos, sensações e afetos dos corpos – que partimos
para questionar a processualidade da moda, seu tempo
histórico, suas mutações e sua afi rmação contemporânea como
sistema autofágico, a partir do qual emergem os devires da
cultura. O presente artigo aborda criticamente o fenômeno da
moda como operador de consumo e produtor de tendências.
Palavras-chave: moda, dobra, contracultura.
que busca, a um só tempo, inaugurar e legitimar uma nova categoria de estilos. Esta prática,
que se engendra por mecanismos como Observatório de Moda procura construir modelos em
sintonia com as emergências socioculturais e as necessidades de consumo.
A dinâmica da moda, revela como estrutura a construção de um discurso efêmero, a ser
instaurado sob a premissa de um ciclo de vida já pré-determinado, o período que corresponde
aos lançamentos de novas coleções, a cada seis meses, ou, em períodos mais curtos. Esta
ordenação se engendra devido ao princípio de obsolescência constituinte do Sistema Moda,
que opera sob a premissa de procurar despertar e atender desejos de consumo
identificados/originados em nichos distintos do mercado.
De fato, podemos perceber a Moda tanto por aquilo que é instituído como moda, ou seja,
através do discurso institucionalizado pelas esferas que compõe o Sistema Moda, como por
aspectos ocultos, que podem ser perceptíveis através do entendimento interdiscursivo, onde é
possível identificar práticas de manipulação e apropriação dos sentidos que constituem o
discurso original.
A linguagem da moda procura atender dinâmicas que corresponderão a uma geração de mais
e mais consumo, alimentando setores da indústria que se apropriarão das múltiplas
possibilidades expressivas da cultura. Através da análise dos chamados Observatórios de
Moda, questionamos, do ponto de vista dos processos comunicacionais e do design, os
devires da moda contemporânea em função das emergências da cultura e da sociedade pós industrial.
Palavras-chave: Imaginário social; tendências socioculturais; Coletivos Criativos.
Para tanto, relacionamos moda e design, e analisamos também o impacto de sua relação com a comunicação, objetivando localizar a emergência da moda enquanto mecanismo de identificação do devir. Partimos do princípio de que tendências surgem de ideias que permeiam vozes-consciência no cotidiano social, configurando-se como sensibilidades que emergem a partir de relações interindividuais. Apoiamo-nos no dialogismo de Bakhtin (2008), na sociologia compreensiva de Maffesoli (1988) e na antropologia interpretativista de Geertz (1978) para abordar tais atravessamentos. Apoiamo-nos, também, nos estudos culturais britânicos, para compreender como as representações sociais e identidades são construídas, visando problematizar o papel da comunicação de moda a partir de apropriações interdisciplinares.
analysis of media industry’s commands of transgression as a device of innovation think about new meanings and
increase visual communication in the pop market culture. It is used in this article a theoretical framework whose
epistemological basis was constructed from studies of social representations and technologies of domination,
whose main theories are from Espinoza, Adorno, Marin, Klossowsky and Foucault. The movements of counter
culture, especially in art and fashion, such as Dadaism and the punk movement have served as a source for a
critical analysis of the operating approach of culture, imagination and industry. This approach operation is defined
today as a repetitious layout of a marketing matrix within a transgressive culture particularly identified with the
logic of the entertainment. Thus transgression entertainment became a constant in the media that conveys aesthetic
in contemporaneity. It is possible to identify this phenomenon within the fashion system, arts and design, all ready
to innovate in aesthetic standards in order to cope with an industry image that feeds itself from a planned
transgression. Dramatic releases such as the singer Lady Gaga illustrate this thesis.
Key words: visual communication, design, fashion, transgression
Palabras Clave
comunicación, narrativas, tendencias, moda, descentralización
Palavras-chave: comunicação visual, design, moda, transgressão
Palabras – Clave: metodologias del diseño, aprendizaje organizacional, workshop.
Palavras Chave: tendências, diálogos, design de moda
tempo dos sentidos, sensações e afetos dos corpos – que partimos
para questionar a processualidade da moda, seu tempo
histórico, suas mutações e sua afi rmação contemporânea como
sistema autofágico, a partir do qual emergem os devires da
cultura. O presente artigo aborda criticamente o fenômeno da
moda como operador de consumo e produtor de tendências.
Palavras-chave: moda, dobra, contracultura.
que busca, a um só tempo, inaugurar e legitimar uma nova categoria de estilos. Esta prática,
que se engendra por mecanismos como Observatório de Moda procura construir modelos em
sintonia com as emergências socioculturais e as necessidades de consumo.
A dinâmica da moda, revela como estrutura a construção de um discurso efêmero, a ser
instaurado sob a premissa de um ciclo de vida já pré-determinado, o período que corresponde
aos lançamentos de novas coleções, a cada seis meses, ou, em períodos mais curtos. Esta
ordenação se engendra devido ao princípio de obsolescência constituinte do Sistema Moda,
que opera sob a premissa de procurar despertar e atender desejos de consumo
identificados/originados em nichos distintos do mercado.
De fato, podemos perceber a Moda tanto por aquilo que é instituído como moda, ou seja,
através do discurso institucionalizado pelas esferas que compõe o Sistema Moda, como por
aspectos ocultos, que podem ser perceptíveis através do entendimento interdiscursivo, onde é
possível identificar práticas de manipulação e apropriação dos sentidos que constituem o
discurso original.
A linguagem da moda procura atender dinâmicas que corresponderão a uma geração de mais
e mais consumo, alimentando setores da indústria que se apropriarão das múltiplas
possibilidades expressivas da cultura. Através da análise dos chamados Observatórios de
Moda, questionamos, do ponto de vista dos processos comunicacionais e do design, os
devires da moda contemporânea em função das emergências da cultura e da sociedade pós industrial.