Papers by Nádia Philippsen Fürbringer
Acompanham-se as diversas ressignificações e novas articulações feitas a partir do arquivo fotogr... more Acompanham-se as diversas ressignificações e novas articulações feitas a partir do arquivo fotográfico do antropólogo Silvio Coelho dos Santos, no Museu de Arqueologia e Etnologia Professor Oswaldo Rodrigues Cabral, da Universidade Federal de Santa Catarina - Brasil (MArquE/UFSC). São mais de 2500 diapositivos acumulados em décadas de pesquisa que foram doados ao MArquE e nesta etapa da pesquisa observam-se os vários processos de reapropriações dessa coleção quando são (re)conhecidos. Discute-se o interesse de pesquisadores indígenas, especialmente alunos e formandos da Licenciatura Intercultural Indígena da UFSC Laklãnõ/Xokleng em conhecer esta coleção, e outras, através de visitas a Reserva Técnica do MArquE. Além de uma análise das oficinas realizadas sobre a constituição de uma galeria virtual das imagens produzidas em contexto de pesquisa etnográfica do antropólogo. Como estratégia de comunicação e documentação de acervos museológicos, através do processo de compartilhamento de...
Tellus A, 2014
Silvio Coelho dos Santos iniciava assim seu primeiro diario de campo: Benjamin Constant, 5 de jul... more Silvio Coelho dos Santos iniciava assim seu primeiro diario de campo: Benjamin Constant, 5 de julho 1962. Inicio este diario com nossa chegada – Roberto, Cecilia e eu – ao Municipio objetivo de nossa pesquisa: Benjamim Constant, onde chegamos as 12,10 – hora local – dia de hoje. Sede do posto Indigena Tukuna, em Mariuacu. (Santos, 1962, p. 1).Essa viagem ocorreu em julho e agosto de 1962, no Alto Solimoes, Amazonas. Enquanto auxiliares de pesquisa de Roberto Cardoso de Oliveira, Silvio Coelhos dos Santos e Cecilia Maria Vieira Helm iniciam sua trajetoria na Antropologia.
Campos - Revista de Antropologia, Jul 31, 2019
Através de um caminhar minucioso pelas produções de pesquisadores, antropólogos ou não, que se de... more Através de um caminhar minucioso pelas produções de pesquisadores, antropólogos ou não, que se dedicaram aos filmes etnográficos, Paulo Guérios apresenta ao leitor um livro baseado nas principais questões metodológicas que nortearam a produção desses filmes, seus processos de pesquisa e suas respostas estratégicas a tais questões. Destacando o caráter introdutório ao tema, o autor realiza um trabalho de fôlego ao construir a narrativa apresentando as diversas influências e suas polarizações, focando sempre na questão fílmica por meio de um texto didático ao leitor e apontando que todas as iniciativas são propostas e não definições finais e acabadas do campo em questão. O livro inicia apresentando as produções pioneiras nas décadas de 1920 e 1930, que se tornariam clássicos na área exatamente por apresentarem os primeiros questionamentos metodológicos. Ainda que existam produções fílmicas com viés etnográfico antes de Nanook of the North, de 1920, produzido por Robert Flaherty, este foi o primeiro a deixar reflexões metodológicas que continuam inspirando debates no campo. Flaherty é figura fundadora dos filmes etnográficos e dos documentários em geral, mas não tinha uma formação na Antropologia, até mesmo porque o campo estava em construção. Seus filmes geralmente são criticados pela falta de cientificidade do seu propósito, questionando as encenações das práticas dos esquimós. Mas a reconstrução do modo de vida, proposto por Flaherty, tinha também uma função metodológica de engajar a plateia que assistia ao filme, por meio da construção conjunta, realizada com a participação dos sujeitos filmados. E essas duas práticas realizadas nesse filme etnográfico ecoam hoje por meio de reflexões sobre a objetividade das imagens, a participação dos sujeitos na produção dos registros fílmicos, dos limites entre realidade e como isso se coloca na reconstrução etnográfica. De forma oposta, e complementar, às produções de Flaherty, estão as reflexões promovidas por Margaret Mead e Gregory Bateson em diversos livros, filmes e compilações fotográficas. Suas contribuições incidem não somente no campo da Antropologia Visual, mas nas teorias antropológicas como um todo. Inicialmente para cumprir um requisito de complemento visual ao trabalho que realizaram em Bali, com o passar dos anos centralizam o uso da imagem como um registro objetivo da pesquisa de campo, criando técnicas de registro dos dados imagéticos. As iniciativas desses pesquisadores geraram debates que são alimentados nos dias atuais, como por exemplo a relação entre o problema de pesquisa e o projeto fílmico, ou como orientar a captação das imagens a partir do problema de pesquisa, sem engessar a captação
I return to anthropological research about ethnographic collections. While there is a gap in re... more I return to anthropological research about ethnographic collections. While there is a gap in research in museums and /or collections, the practice of collecting in anthropology remained all these years. The analysis is about the collections of the anthropologist Silvio Coelho dos Santos, who because of their profession of anthropologist, collected objects that were donated to Museum of Archaeology and Ethnology (Marque) connected to the Federal University of Santa Catarina (UFSC) and composes the collection of Indigenous Ethnology. Added to this set, hundreds of slides and diaries of field that were accumulated over decades of research. It happens that these collections are in the process of reappropriations, new joints have reframed such museum objects and the system itself. My field part of these reappropriations observation: the process of curating the exhibition shared long-term (curator of the Museum which integrates technical and indigenous), and the interest of indigenous groups, who are students of Bachelor Intercultural Indigenous in UFSC (Kaingang, Xokleng and Guarani ) to meet these diverse collections. Besides also the creation of a virtual gallery of images produced in contexts of ethnographic research of Professor Silvio Coelho dos Santos, as a strategy for communication and documentation of museum collections, through the process of sharing images in virtual environments, exhibitions and workshops museographic university extension. First with the contribution of Tikuna and then the Xokleng (Bachelor Intercultural Indigenous / UFSC) in the construction of information on these images. There are several individuals who contribute to the construction of the memories that surround both himself Silvio Coelho dos Santos and its partners in the past, as his gaze focused on so many pictures and descriptions of their field diaries. Narratives that emerge from the life of objects and documents that are part of ethnographic collections, new voices that tell other stories.
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