Reviews of my work by João Lupi
Review of the book O Pacto das Fadas na Idade Média
Papers by João Lupi
Editorial y Librería Universitaria UCCuyo, 2020
ACTAS
2º CONGRESO INTERNACIONAL
DE ESTUDIOS PATRÍSTICOS
Los descubrimientos de manuscritos de la ... more ACTAS
2º CONGRESO INTERNACIONAL
DE ESTUDIOS PATRÍSTICOS
Los descubrimientos de manuscritos de la antigüedad tardía:
su impacto en los estudios patrísticos y en la contemporaneidad
Compliladores
Patricia Andrea Ciner
José Antonio Carrascosa Fuentes
IS THE DISCOVERY OF THE GNOSTIC AND APOCRYPHAL GOSPELS AS A "WEAPON" AGAINST CHRISTIANITY? THE CASE OF THE GOSPELS OF
JUDAS AND OF MARIA MAGDALEN, p. 22-41
Edited Books by João Lupi
LUPI, João et DAL RI Jr., Arno (Org.s). Humanismo medieval. Caminhos e descaminhos. Ijuí: Unijuí, 2005
Quando em l998 se preparava em Londrina o I Ciclo de Estudos Medievais nem os mais entusiastas es... more Quando em l998 se preparava em Londrina o I Ciclo de Estudos Medievais nem os mais entusiastas esperavam que o tema despertasse o interesse de tão grande número de pessoas. O Grupo de Estudos da Antiguidade e Idade Média do Paraná, organizador do Encontro, acreditava numa boa afluência; mas a divulgação da proposta entre os professores da rede pública levou a Londrina nesse ano quase oitocentas pessoas. O afluxo de estudiosos, curiosos e interessados em conhecer a Idade Média em todos os seus aspectos históricos e culturais mostra o quanto uma parcela significativa dos intelectuais brasileiros ao investigar suas raízes está percebendo claramente como estas se inserem na cultura ocidental. É verdade que o Brasil deve aos pesquisadores e estudiosos do nosso século XX algumas obras que, com grande profundidade e perspicácia, nos mostraram quem somos, como somos, como nos definimos; mas estávamos chegando quase ao final do século sem, como intelectualidade no seu conjunto, nos preocuparmos com o “de onde viemos?” Dentro do espírito do Novo Mundo e das utopias medievais e renascentistas que perpassavam as mentalidades de navegantes e povoadores era preciso olhar o futuro e criar uma entidade social autônoma; o passado europeu podia ser respeitado – e nem sempre o foi – mas era preferencialmente ignorado. Temos ainda hoje certa dificuldade de nos percebermos como parte integrante de uma sociedade ocidental vasta no espaço e no tempo. Mas à medida que íamos conhecendo nossa história continental e nossas identidades sociais nascia em alguns a compreensão de que nas origens renascentistas e locais não estava toda a explicação do homem brasileiro. Assim, primeiro isoladamente, depois em pequenos grupos, começou a busca e a leitura pelo humanismo medieval; quem viajava para a Europa, ou lá estudava, já procurava os vestígios de uma Idade Média que era – e ainda é para a maioria sul-americana – significado de atraso e obscurantismo. Vieram depois as traduções de obras (ensaios, estudos) francesas, inglesas, italianas e outras que mostram a falta de fundamento desses preconceitos; nasceram as associações de âmbito nacional: Comissão Brasileira de Filosofia Medieval, em 1982, Associação Brasileira de Estudos Medievais, em 1996; e os grupos e entidades locais e regionais. Em poucos anos os medievalistas brasileiros passaram a constituir o maior contingente de estudiosos da Idade Média na América Latina: não só em número, mas em qualidade. Em breve se passou da fidelidade aos mestres europeus para a autonomia: pontos de vista novos, temas específicos que os europeus não desenvolvem, já não são raros; e nos lançamos, sem medo de errar, a publicar trabalhos que aos mesmos europeus, estão interessando. Maturidade na interpretação, e tranquilidade nos objetivos mostram que já não é preciso explicar nem justificar porque estudamos temas medievais. Em todas as áreas das humanidades nossos medievalistas já adentraram, e se em algumas os estudos são poucos - como nas artes em geral, e nas ciências, ou nas culturas nórdicas e bizantina – em todas a capacidade e competência estão à vontade diante de colegas que, nas mesmas áreas, estudam períodos mais recentes da civilização ocidental. Deste modo se preencheu o hiato, ou melhor, o fosso, que mediava entre a Antiguidade Clássica e a Modernidade do Novo Mundo, e pudemos localizar o encadeamento que, visível sobretudo na Literatura e na História Política, faltava para nos unir a Roma e à Grécia. Foi este longo percurso, acelerado nos últimos vinte anos pela vontade e obra de muitos pioneiros, que venceu a barreira do descrédito – e da repulsa muitas vezes – da possibilidade de invocar “os nossos antepassados medievais” como fundamento da cultura brasileira. Foi ele também que mostrou sua força em Londrina de tal modo que se pedia a continuidade, a qual veio a ter em Maringá em 2000, onde contou com o expressivo apoio do Mestrado em Educação da Universidade Estadual onde existe uma linha de pesquisa sobre Antiguidade e Idade Média. Estava consolidado não só um grupo de estudos com distribuição e realizações de âmbito estadual, mas também um evento que nos congregava e se abria para o restante do Brasil. Assim, no último dia do encontro em Maringá se propôs que o Ciclo seguinte, a se realizar em 2002, tivesse lugar em Florianópolis, com a expressa intenção de despertar em Santa Catarina um interesse que ainda se restringia a poucas pessoas. Após algumas hesitações decidiu-se ampliar o Grupo de Estudos, que deixou de ser designado “do Paraná”, para abranger tendencialmente toda a Região Sul; manteve-se contudo a conotação “da Antiguidade e Idade Média” pois não se queria perder a característica que fazia do grupo uma entidade de certo modo única no País: a ideia de ligar a Antiguidade Clássica de Roma e da Grécia com a Medievalidade. A escolha do tema do III Ciclo também foi objeto de consultas e sondagens: de fato em 2002 tinha aparecido uma vertente menos comum: como a equipe organizadora estava ligada às Ciências da Educação houve diversas comunicações e palestras versando a história e os temas educacionais e de estudo das ciências; o próprio tema do II Ciclo – “Saber e Poder” chamava a atenção para esses mesmos aspectos da produção e transmissão do conhecimento. Por outro lado em Florianópolis tinha sido realizado (2001) um Festival de Artes Medievais acompanhado de um Colóquio (de que adiante se falará). Entenderam, portanto, os promotores do III Ciclo que o tema geral que melhor correspondia a essa evolução e amplitude dos encontros de medievalistas era o de Humanismo medieval perspectivado em seus caminhos e descaminhos; repare-se, porém, que nem toda essa variedade está aqui representada, pois o conjunto editado não corresponde à totalidade de trabalhos apresentados no III Ciclo, uma vez que nem todos os participantes entregaram seus trabalhos para publicação. Infelizmente, nesta preparação e juntada de textos de encontros para publicação não é raro haver enganos e falhas de comunicação, que procuramos evitar, mas dos quais, se os houve, pedimos desculpa. Por outro lado deve notar-se que o evento foi, em número de inscritos e de apresentações, bem mais modesto que os seus antecessores I e II: escassez de verba, pequeno grupo organizador, e outras circunstâncias, de cuja responsabilidade não somos isentos, para isso contribuíram; mas sentimo-nos realizados por pelo menos três motivos: muitos estudantes e professores catarinenses se apresentaram e certamente em muitos deles o interesse pela cultura medieval foi despertado ou ganhou alento com o III Ciclo, podendo destacar-se, por exemplo, os alunos de História da Universidade Federal; de todo o Brasil (do Maranhão ao Rio Grande do Sul) concorreram para Florianópolis estudiosos que aqui ajudaram a criar um clima favorável ao desenvolvimento, tão iniciante ainda, dos estudos medievais no Estado; a qualidade e variedade dos trabalhos apresentados compensou os esforços para atrair os de fora e interessar os locais, podendo lembrar-se: a palestra de abertura em que a Professora Lênia Márcia Mongelli comentou o Sétimo Selo de Ingmar Bergmann; o humanismo medieval na poesia franciscana que foi o tema da conferência da Professora Vilma de Katinszky B. de Souza, e a relação de continuidade entre o humanismo clássico e o da Antiguidade Tardia, na conferência do Professor Renan Frighetto; ou ainda a presença maciça do grupo de estudos Celtas e Germânicos falando das raízes proto-históricas da Literatura medieval. Só por estes exemplos se verifica como se consolidaram dois dos objetivos principais: o do Ciclo, pela demonstração da validade e significado preciso da expressão humanismo medieval; e o do Grupo (antigo GEAMPAR, agora GEAMPAR/SC) ao expor a continuidade (e as diferenças, certamente) entre humanismo clássico e humanismo da Idade Média. Esta ideia de humanismo medieval delineou-se como uma forma complexa, variada dos personagens se inserirem e viverem num mundo dilacerado por contradições, que iam da crueldade ao misticismo, do cavalheirismo à sexualidade desenfreada, do horror da morte à austeridade na vida, da vivência do paganismo celta e germânico ao fanatismo cristão, da exaltação cortês da dama ao apagamento social da mulher. Cada uma dessas experiências e condutas de vida podem ter sido realidade noutras épocas e lugares de modo semelhante, mas a sua coexistência conflitante é que constitui, no seu conjunto, o modo de ser da cultura da Idade Média, ou melhor, o humanismo medieval, em seus caminhos e descaminhos. Por conveniência de publicação incluímos nesta antologia alguns textos apresentados no Colóquio de Estética Medieval realizado em Florianópolis em 2001. O Colóquio compôs a versão acadêmica, teórica e filosófica, do Festival de Artes medievais que se realizou nos mesmos dias. A complementaridade Festival/Colóquio teve diversos objetivos: mostrar o lado festivo, artístico, alegre e humanista da cultura medieval para o contrapor à opinião comum da Idade das trevas; pela motivação da arte e do espetáculo trazer mais estudiosos que se interessem pela medievalidade; e relacionar a arte e cultura dessa época com traços e elementos da cultura popular brasileira, desfazendo assim o preconceito que faz do Brasil um povo sem antepassados medievais. Como se pode verificar, os objetivos gerais do Colóquio de Estética aproximam-no do III Ciclo de Estudos, pelo que se optou por uma publicação conjunta dos trabalhos.
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2º CONGRESO INTERNACIONAL
DE ESTUDIOS PATRÍSTICOS
Los descubrimientos de manuscritos de la antigüedad tardía:
su impacto en los estudios patrísticos y en la contemporaneidad
Compliladores
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IS THE DISCOVERY OF THE GNOSTIC AND APOCRYPHAL GOSPELS AS A "WEAPON" AGAINST CHRISTIANITY? THE CASE OF THE GOSPELS OF
JUDAS AND OF MARIA MAGDALEN, p. 22-41
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2º CONGRESO INTERNACIONAL
DE ESTUDIOS PATRÍSTICOS
Los descubrimientos de manuscritos de la antigüedad tardía:
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IS THE DISCOVERY OF THE GNOSTIC AND APOCRYPHAL GOSPELS AS A "WEAPON" AGAINST CHRISTIANITY? THE CASE OF THE GOSPELS OF
JUDAS AND OF MARIA MAGDALEN, p. 22-41