Papers by Rodrigo Oliveira Fonseca
Fragmentum 1519-9894 / 2179-2194, 2024
Há décadas o mundo vive com intensidade o fim do fim das ideologias, o fim do fim da História do ... more Há décadas o mundo vive com intensidade o fim do fim das ideologias, o fim do fim da História do discurso fukuyamista, o esgarçamento de supostos consensos e da política como administração tecnocrática, bem pontuada pela crise financeira de 2007-2008, a desglobalização de capitais, o recrudescimento das guerras, a intensificação dos processos migratórios, da violência policial e da execução de lideranças populares, a disseminação de movimentos e governos de extrema-direita, mas também o aumento do número de greves, ocupações e levantes popularesI. Dentre estes, cabe citar aquele dos zapatistas em 1994, a proliferação de ocupações de terra no Brasil e de movimentos altermundistas de Londres a Seattle ainda na década de 90 (que ensejaram a realização dos Fóruns Sociais Mundiais), a Primavera Árabe, o Black Lives Matter, o Occupy e acampadas, as manifestações de 2013 e a primavera secundarista no Brasil, os protestos no Chile em 2019, os coletes amarelos na França, e muitos outros movimentos que mexeram fortemente com o quadro político em diversos países do mundo.
A Conjuração Baiana e os desafios da igualdade no Brasil: história e discurso, 2016
Os planos de um levante revolucionário republicano na Bahia de fins do XVIII produziram um aconte... more Os planos de um levante revolucionário republicano na Bahia de fins do XVIII produziram um acontecimento histórico não apenas na esteira da sua descoberta pelas autoridades coloniais, mas sobretudo pelos deslocamentos sociais e políticos que encaminhavam. O texto se desenvolve em torno de duas perguntas: Pode-se falar em determinação estrutural na atuação política dos revolucionários baianos? O agenciamento de 1798 representou uma lição negativa? Com essas duas questões - difíceis - se buscou avançar no conhecimento dos processos de subjetivação política em uma formação escravista colonial, em suas bases históricas e discursivas, no processo de sua constituição e na investigação de possíveis heranças nas conjunturas das décadas seguintes.
Diálogos com Analistas de Discurso: reflexões sobre a relevância do pensamento de Michel Pêcheux hoje, 2023
Uma tentativa de responder brevemente às boas questões formuladas por Evandra Grigoletto e Thiago... more Uma tentativa de responder brevemente às boas questões formuladas por Evandra Grigoletto e Thiago César da Costa Carneiro, a seguir:
"No artigo Posição sindical e tomada de partido nas Ciências Humanas e Sociais, Pêcheux ([1976] 2015e) apresenta uma problematização sobre a “americanização” das pesquisas em Ciências Humanas e Sociais (CHS), assim como apresenta uma discussão sobre a filiação burguesa dos intelectuais de esquerda. Considerando essa problematização, você concorda que há intelectuais de esquerda filiados à burguesia? Como podemos definir a burguesia nos dias atuais? Estamos diante de uma contradição? O funcionamento do discurso reformista de que Pêcheux ([1976] 2015e) falava no artigo ainda é válido para os dias atuais?"
Linguagem em (Dis)curso, 2019
Resumo O presente artigo visa a cotejar os pressupostos epistemológicos da Análise Materialista d... more Resumo O presente artigo visa a cotejar os pressupostos epistemológicos da Análise Materialista de Discurso com as críticas epistemológicas de Paul Feyerabend e o paradigma indiciário do historiador Carlo Ginzburg. Passando pelas relações entre Estado, ciência, subalternidade e materialismo, identifica proximidades entre as abordagens de Michel Pêcheux em torno das exceções, e de Ginzburg em torno do excepcional. Discute o lugar das evidências e dos procedimentos contraindutivos na prática científica, assim como o pluralismo metodológico dos estudos históricos, pontuando diversos cruzamentos entre as investigações dos historiadores, o anarquismo epistemológico de Feyerabend e os procedimentos de análise discursiva estabelecidos por Pêcheux e outros analistas, como Eni Orlandi e seu conceito de recorte discursivo. Partindo das implicações deste conceito, o artigo traz os resultados da análise do depoimento de um diretor do sindicato dos rodoviários da Bahia, contrário à liberação das...
Línguas e Instrumentos Línguísticos, 2022
No presente artigo apresento a importância e o lugar do silêncio no trabalho do historiador com o... more No presente artigo apresento a importância e o lugar do silêncio no trabalho do historiador com o arquivo e, para isso, traço um panorama das principais questões e operações desse trabalho e sublinho alguns problemas e soluções referentes à noção de condições de produção dos discursos (sobre a qual existe uma expectativa de que ela representa certa ancoragem dos discursos na história). Conclui-se que o levantamento e descrição da cena interlocutiva dos assédios, disputas e deslocamentos em torno do fazer sentido, o levantamento das condições interdiscursivas de produção do discurso, ganha estatura e estatuto explicativo com o apoio da dimensão espacial, reparável, relacional, contraditória, configuracional e exploratória do ofício do historiador, ponto forte do trabalho com o silêncio no fazer historiográfico.
Caderno de Letras, 2022
RESUMO: O presente ensaio identifica a estrutura básica (ou "núcleo motor") dos enunciados narrat... more RESUMO: O presente ensaio identifica a estrutura básica (ou "núcleo motor") dos enunciados narrativos de Jair Bolsonaro que apontam para a não realização de eleições em 2022. Em uma abordagem histórica e discursiva, investiga fatores sociais e textualidades que, não sendo realizadas na cadeia significante daqueles enunciados, configuram as próprias condições de produção desse discurso golpista. Chega-se ao entendimento de um jogo disjuntivo assimétrico entre enunciação e discurso, entre uma defesa de atitudes democráticas (palanque de enunciação) e um alerta/ameaça de ruptura inexorável no horizonte histórico (historicização), entre aquilo que o enunciador precisa dizer e aquilo que os interlocutores precisam entender.
Entremeios, Revista de Estudos do Discurso, Dec 30, 2019
Resumo. Com o propósito de apresentar este dossiê temático, o presente texto perpassa as transfor... more Resumo. Com o propósito de apresentar este dossiê temático, o presente texto perpassa as transformações das relações de trabalho na contemporaneidade e o modo como as práticas de linguagem são afetadas e intervêm nessas transformações. As formas de designação dos trabalhadores, as discursividades em torno do trabalho, os dizeres acerca do desemprego e do desempregado, a marginalização e desvalorização de categorias de profissionais como as prostitutas e os tradutores, os discursos da qualidade, os movimentos semânticos entre trabalho e emprego, os sentidos de corporação e a universidade corporativa, os desafios dos profissionais de ensino de língua, a junção educação e trabalho, pensada em relação à EJA e ao trabalho no campo (língua e resistência), são os temas dos trabalhos aqui reunidos.
Revista Conexão Letras, 2015
O artigo discute criticamente, no âmbito do materialismo histórico, a relação entre prática polít... more O artigo discute criticamente, no âmbito do materialismo histórico, a relação entre prática política e materialidade sócio-histórica, visando superar os modelos que neutralizam as forças produtivas e a disciplina capitalista de empresa e que acabam substituindo um intelecto político-formal por um intelecto administrativo-gestorial. Considerando que a prática política ocupa um lugar central na conformação das classes sociais, propõe-se aqui caracterizar esta “conformação” enquanto vertreten, representação, agenciamento, e este “lugar central” em meio a processos de deslocamento e desidentificação frente às formas históricas e discursivas de assujeitamento e ordenamento dos corpos sociais. As principais contribuições teóricas mobilizadas provêm de Michel Pêcheux, João Bernardo, Jacques Rancière e Gayatri Spivak.
Organon, 2012
Resenha de ORLANDI, Eni Puccinelli. Discurso em Análise: Sujeito, Sentido, Ideologia. Campinas, S... more Resenha de ORLANDI, Eni Puccinelli. Discurso em Análise: Sujeito, Sentido, Ideologia. Campinas, SP, Pontes, 2012. 239p.
Cadernos do IL, 2012
Dentre diferentes formas de conceber a práxis, há uma que poderá servir ao desenvolvimento de uma... more Dentre diferentes formas de conceber a práxis, há uma que poderá servir ao desenvolvimento de uma noção propriamente discursiva de práxis: anseio de sentido mal discernido que funciona como impulso à ação (SAMPAIO & FREDERICO, 2006, p. 59). No entanto, haverá de se lidar antes com algumas questões caras à teoria do discurso, como a tese althusseriana (pascalina) do assujeitamento. Através da abordagem da práxis discursiva poderá se tornar mais clara a razão pela qual nenhuma formação discursiva simplesmente baixa em subjetividades inertes e/ou indiferentes, visto que ela é, por sua própria definição em Pêcheux, um modo de relacionar-se com a ideologia vigente, que se realiza através de um trabalho dos (e nos) sujeitos na história.
Linguagem em (Dis)curso, 2019
Linguagem em (Dis)curso, 2019
Resumo O presente artigo visa a cotejar os pressupostos epistemológicos da Análise Materialista d... more Resumo O presente artigo visa a cotejar os pressupostos epistemológicos da Análise Materialista de Discurso com as críticas epistemológicas de Paul Feyerabend e o paradigma indiciário do historiador Carlo Ginzburg. Passando pelas relações entre Estado, ciência, subalternidade e materialismo, identifica proximidades entre as abordagens de Michel Pêcheux em torno das exceções, e de Ginzburg em torno do excepcional. Discute o lugar das evidências e dos procedimentos contraindutivos na prática científica, assim como o pluralismo metodológico dos estudos históricos, pontuando diversos cruzamentos entre as investigações dos historiadores, o anarquismo epistemológico de Feyerabend e os procedimentos de análise discursiva estabelecidos por Pêcheux e outros analistas, como Eni Orlandi e seu conceito de recorte discursivo. Partindo das implicações deste conceito, o artigo traz os resultados da análise do depoimento de um diretor do sindicato dos rodoviários da Bahia, contrário à liberação das...
Rede de afetos em discurso: uma homenagem a Mónica Zoppi-Fontana, 2021
Nosso objetivo teórico é buscar uma conceituação para relato de si, em sua diferença com a noção ... more Nosso objetivo teórico é buscar uma conceituação para relato de si, em sua diferença com a noção de testemunho (Mariani, 2021). Todavia, para além da visada teórica, fazemos uma discussão analítica sobre essa política do falar de si mesmo publicamente. Tomamos relatos de si que são também relatos de um conjunto de favelas, analisando o modo como a representação desse espaço faz sentido para o sujeito e assim o subjetiva (Zoppi-Fontana, 2003). Nosso corpus é formado por relatos de moradores do Complexo da Maré extraídos do projeto Histórias da Favela (de 2015 e 2016), que buscou dar maior visibilidade e escuta às favelas cariocas e seus moradores.
Revista Eletronica Mutacoes, Mar 2, 2014
Neste artigo extraimos do quadro teorico da Analise Materialista do Discurso (proposta por Michel... more Neste artigo extraimos do quadro teorico da Analise Materialista do Discurso (proposta por Michel Pecheux e pela equipe de pesquisadores que ele reuniu) algumas questoes pertinentes a pratica docente e sua relacao com as oposicoes ideologicas binarias que atravessam, organizam e estabilizam o campo dos dizeres. Das primeiras ambicoes em torno da constituicao de uma protese de leitura materialista, a teoria pecheutiana avancou (mas tambem recuou) para a ideia de provocacao a leitura , abertura para outras leituras e para a compreensao de outros sentidos presentes e possiveis no interior das dissensoes historicas e ideolo gicas. Ao final do texto, de modo consequente ao seu desenvolvimento, enumeramos tres principios do educador analista do discurso.
Anais do VI Salão de Ensino da UFRGS, 2010
A análise do discurso tem fama de ser uma teoria difícil, o que deixa muitas vezes os alunos inse... more A análise do discurso tem fama de ser uma teoria difícil, o que deixa muitas vezes os alunos inseguros para, mais do que citar, produzir as suas próprias análises, ainda que na forma deum exercício, o que compromete sua autonomia de pesquisa e de reflexão. No curso de Introdução à Análise do Discurso, ministrado por mim na graduação em Letras, venho desenvolvendo desde 2008 alguns procedimentos para que os alunos possam apropriar-se desta teoria e das questões que ela suscita quanto às coerções sócio-históricas que envolvem a interpretação dos textos – sejam eles midiáticos, artísticos, administrativos ou políticos. Em três ou quatro etapas, ao longo do semestre, os alunos têm conseguido trabalhar com questões e objetos de análises que eles próprios trazem, facilitando a incorporação de princípios da teoria na forma de compreender o funcionamento social dos discursos.
Revista História: Debates e Tendências, 2013
A greve da polícia militar da Bahia no campo do discurso: disputas pelo sentido, 2021
Prefacio escrito para o livro A greve da polícia militar da Bahia no campo do discurso, de Aretuz... more Prefacio escrito para o livro A greve da polícia militar da Bahia no campo do discurso, de Aretuza Pereira dos Santos (Pontes, 2021).
Em 1981, o general Moraes Rêgo, comandante da 6ª Região Militar, assegurava que “Todos sabem que militar não pode fazer greve. A greve é um fato tão inadmissível que nem é um ilícito militar porque não está previsto nos crimes militares”. Em 1998, dez anos após a promulgação da Constituição Cidadã, que não desmilitarizou as polícias, e poucos meses após um ciclo nacional de greves de policiais militares, uma emenda constitucional foi aprovada carimbando que “ao militar são proibidas a sindicalização e a greve”. Não teríamos aí indícios de um trabalho continuado e multifacetado de incremento da militarização das forças de segurança interna, em meio ao qual a irrupção de movimentos grevistas poderia criar problemas, instabilidades, reveses, mesmo sob a sua recuperação pelos aparelhos de governo na forma de mandatos parlamentares (como os de Bolsonaro, Sargento Isidório, Cabo Daciolo, e outros tantos maus sujeitos)? Se chacinas como a do Cabula (2015 na Bahia), a de Pau D'Arco (2017 no Pará) e a do Jacarezinho (2021 no Rio de Janeiro) são cometidas por forças policiais em serviço, e não por grupos de extermínio, e se nenhum governo civil demonstra ter poder ou disposição para intervir nas suas forças de segurança (governo civil? suas forças de segurança?), não estaríamos diante de uma gestão progressivamente militarizada do espaço público?
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Papers by Rodrigo Oliveira Fonseca
"No artigo Posição sindical e tomada de partido nas Ciências Humanas e Sociais, Pêcheux ([1976] 2015e) apresenta uma problematização sobre a “americanização” das pesquisas em Ciências Humanas e Sociais (CHS), assim como apresenta uma discussão sobre a filiação burguesa dos intelectuais de esquerda. Considerando essa problematização, você concorda que há intelectuais de esquerda filiados à burguesia? Como podemos definir a burguesia nos dias atuais? Estamos diante de uma contradição? O funcionamento do discurso reformista de que Pêcheux ([1976] 2015e) falava no artigo ainda é válido para os dias atuais?"
Em 1981, o general Moraes Rêgo, comandante da 6ª Região Militar, assegurava que “Todos sabem que militar não pode fazer greve. A greve é um fato tão inadmissível que nem é um ilícito militar porque não está previsto nos crimes militares”. Em 1998, dez anos após a promulgação da Constituição Cidadã, que não desmilitarizou as polícias, e poucos meses após um ciclo nacional de greves de policiais militares, uma emenda constitucional foi aprovada carimbando que “ao militar são proibidas a sindicalização e a greve”. Não teríamos aí indícios de um trabalho continuado e multifacetado de incremento da militarização das forças de segurança interna, em meio ao qual a irrupção de movimentos grevistas poderia criar problemas, instabilidades, reveses, mesmo sob a sua recuperação pelos aparelhos de governo na forma de mandatos parlamentares (como os de Bolsonaro, Sargento Isidório, Cabo Daciolo, e outros tantos maus sujeitos)? Se chacinas como a do Cabula (2015 na Bahia), a de Pau D'Arco (2017 no Pará) e a do Jacarezinho (2021 no Rio de Janeiro) são cometidas por forças policiais em serviço, e não por grupos de extermínio, e se nenhum governo civil demonstra ter poder ou disposição para intervir nas suas forças de segurança (governo civil? suas forças de segurança?), não estaríamos diante de uma gestão progressivamente militarizada do espaço público?
"No artigo Posição sindical e tomada de partido nas Ciências Humanas e Sociais, Pêcheux ([1976] 2015e) apresenta uma problematização sobre a “americanização” das pesquisas em Ciências Humanas e Sociais (CHS), assim como apresenta uma discussão sobre a filiação burguesa dos intelectuais de esquerda. Considerando essa problematização, você concorda que há intelectuais de esquerda filiados à burguesia? Como podemos definir a burguesia nos dias atuais? Estamos diante de uma contradição? O funcionamento do discurso reformista de que Pêcheux ([1976] 2015e) falava no artigo ainda é válido para os dias atuais?"
Em 1981, o general Moraes Rêgo, comandante da 6ª Região Militar, assegurava que “Todos sabem que militar não pode fazer greve. A greve é um fato tão inadmissível que nem é um ilícito militar porque não está previsto nos crimes militares”. Em 1998, dez anos após a promulgação da Constituição Cidadã, que não desmilitarizou as polícias, e poucos meses após um ciclo nacional de greves de policiais militares, uma emenda constitucional foi aprovada carimbando que “ao militar são proibidas a sindicalização e a greve”. Não teríamos aí indícios de um trabalho continuado e multifacetado de incremento da militarização das forças de segurança interna, em meio ao qual a irrupção de movimentos grevistas poderia criar problemas, instabilidades, reveses, mesmo sob a sua recuperação pelos aparelhos de governo na forma de mandatos parlamentares (como os de Bolsonaro, Sargento Isidório, Cabo Daciolo, e outros tantos maus sujeitos)? Se chacinas como a do Cabula (2015 na Bahia), a de Pau D'Arco (2017 no Pará) e a do Jacarezinho (2021 no Rio de Janeiro) são cometidas por forças policiais em serviço, e não por grupos de extermínio, e se nenhum governo civil demonstra ter poder ou disposição para intervir nas suas forças de segurança (governo civil? suas forças de segurança?), não estaríamos diante de uma gestão progressivamente militarizada do espaço público?
Link para o dossiê: http://marxismo21.org/marxismo-linguagem-e-discurso/
- Entrevistas e Depoimentos: Eni Orlandi, Roselis Batista, Julieta Haidar, Francine Mazière, Régine Robin, Jacques Guilhaumou, Paul Henry, Michel Plon, Marie-Anne Paveau
O conjunto dos textos apresenta uma ancoragem material para compreender os efeitos de uma história sempre contraditória e sempre incompleta, pois não se encerra e persiste em contradizer os dizeres sobre o “fim da história” e o “fim das ideologias” que nas últimas décadas vêm sendo esgarçados e revertidos. Este livro é constituído por conversas com autores que conheceram Michel Pêcheux e que, em muitos casos, cooperaram na forja da teoria materialista do discurso. Apresentamos não relatos de uma história da Análise de Discurso, mas diferentes histórias que se cruzam, se distanciam, dialogam, se contradizem. Realizadas em condições distintas, essas heterogêneas interlocuções dão a dimensão das formas de trabalho do coletivo que se formou sob o significante “Análise de Discurso francesa”.
O livro pode ser adquirido pelo site da Editora da Unicamp: http://www.editoraunicamp.com.br/