Papers by Nina Vincent
Resenha de "Incertezas Vivas. 32a Bienal de São Paulo" com curadoria de Jochen Volz; Cocuradores:... more Resenha de "Incertezas Vivas. 32a Bienal de São Paulo" com curadoria de Jochen Volz; Cocuradores: Gabi Ngcobo, Júlia Rebouças, Lars Bang Larsen e Sofía Olascoaga
Textos Escolhidos de Cultura e Arte Populares, 2014
O artigo aborda algumas exposições do Museu do Quai Branly, em Paris, um museu de arte etnográfic... more O artigo aborda algumas exposições do Museu do Quai Branly, em Paris, um museu de arte etnográfica cercado por controvérsias desde sua criação. Partindo da perspectiva de que as classificações de objetos são culturalmente construídas, a visão atual que se têm das coleções dessa instituição é relacionada a dois contextos históricos: a história da antropologia e dos museus etnográficos europeus; e a apreciação da arte primitiva por artistas de vanguardas europeias. A análise de diferentes propostas curatoriais de exposições, temporárias e permanentes, aponta para a importância da contextualização, da forma de exibir objetos. Por meio da estética expositiva, constróise sentido sobre os objetos e se estabelece a relação que o visitante terá com eles, com a exposição e, finalmente, com as culturas apresentadas. Museu do Quai Branly; arte; exposições; curadoria.
Nina Vincent Lannes 115 PLANÈTE MÉTISSE uma exposição antropológica no Museu do Quai Branly por N... more Nina Vincent Lannes 115 PLANÈTE MÉTISSE uma exposição antropológica no Museu do Quai Branly por Nina Vincent Lannes Fig. 1 | Bandeira vudu, Haiti, séc.XX. © Musée du quai Branly. Planète Métisse 116 PLANÈTE MÉTISSE uma exposição antropológica no Museu do Quai Branly Resumo Este artigo pretende abordar algumas reflexões sobre a relação entre antropólogos, museus, objetos etnográficos e arte, partindo da apresentação de observações iniciais sobre a exposição Planète Métisse: to mix or not to mix. A exposição temporária, realizada pelo Museu do Quai Branly, em Paris, serve de fio condutor para a apresentação do projeto do museu e dos aspectos materiais e estéticos envolvidos na re-significação de objetos de diferentes culturas por parte dos diversos atores operantes em sua concepção. Palavras-chave Antropologia da Arte, Objetos, Museu, Exposição
Books by Nina Vincent
Paris, Maori. o museu e seus outros. curadoria nativa no Museu do Quai Branly.PREVIEW, 2015
Thesis Chapters by Nina Vincent
DISSERTAÇÃO. “Curadoria Nativa” no Museu “do Outro”: Um estudo sobre a exposição “Maori. Seus tesouros têm alma” e outros diálogos curatoriais no Museu do quai Branly. , 2013
Vincent, Nina. “Curadoria Nativa” no Museu “do Outro”: Um estudo sobre a exposição “Maori. Seus t... more Vincent, Nina. “Curadoria Nativa” no Museu “do Outro”: Um estudo sobre a exposição “Maori. Seus tesouros têm alma” e outros diálogos curatoriais no Museu do quai Branly. Dissertação (Mestrado em Sociologia e Antropologia). Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013.
Esta dissertação analisa a exposição “Maori. Seus tesouros têm alma” apresentada no Museu do quai Branly, em Paris - França, de setembro de 2011 a janeiro de 2012, que apresentou a cultura e a arte dos Maori, povo indígena da Nova Zelândia. A exposição foi caracterizada como a primeira experiência de “curadoria nativa” realizada na instituição e culminou com o repatriamento para a Nova Zelândia de vinte crânios mumificados maori que pertenciam a coleções de museus franceses. Ela marca o encontro do Museu Te Papa Tongarewa da Nova Zelândia, que preconiza controle nativo sobre os objetos levados para Europa por colonizadores, e o Museu do quai Branly, um museu de “arte etnográfica”, herdeiro de coleções coloniais e de uma visão universalista de culturas e de suas produções artísticas. Partindo de descrição etnográfica e análise estética, pretende-se explorar o processo de atribuição de agência a uma exposição, através da atividade curatorial. Para tanto, são relacionados elementos visuais e discursivos presentes na exposição e mobilizados para sua realização, explicitando o papel desempenhado por ela no discurso de “diálogo entre culturas” proposto pela instituição francesa. São trazidos contrapontos encontrados nas propostas curatoriais de outras exposições temporárias da mesma instituição e de sua exposição permanente, revelando o protagonismo do curador – que assume formas variadas, mais ou menos explicitadas – como principal mediador entre público e construções culturais traduzidas esteticamente.
Palavras chave: Arte, Objetos, Museu, Exposições, Curadoria, Estética, Agência, Museu do quai Branly, Maori
v.60 n.2 (2017) by Nina Vincent
Revista de Antropologia USP, v.60 n.2, 653-661, 2017
Toda bienal é um universo. Um universo recortado, mas sempre impossível de ser apreendido em sua ... more Toda bienal é um universo. Um universo recortado, mas sempre impossível de ser apreendido em sua totalidade. A 32ª Bienal de São Paulo não é exceção. Não é somente o tamanho deste modelo de expo-sição que torna complexa a tarefa de escrever uma resenha. Minhas impressões e perguntas não estão no campo da crítica de arte, escrevo como antropóloga pensando nas incertezas desse fazer nos dias de hoje. Afinal, o terreno das incertezas parece ser apropriado neste caso. Incertezas Vivas, apresentada no Parque do Ibirapuera entre setembro e dezembro de 2016, é, segundo o curador geral Jochen Volz, uma exposição montada como uma floresta, que teve como motor inicial a necessidade de se falar sobre natureza e ecologia, tema que vinha sendo abordado por muitos artistas (Volz, 2016b). O projeto expográfico, diz o curador, buscou um espaço fluido e permeável. A proposta rejeita padrões urbanos, como quadras, blocos e avenidas, preferindo pensar o local "por escala" e não "por espaço", como num jardim, com o mínimo possível de paredes. A selva de pedra paulistana cede lugar às árvores do Ibirapuera, que dialogam com os troncos calcinados retrabalhados por Frans Krajcberg, logo na entrada. A "floresta" também aparece na frequente utilização de matéria orgânica-terra, argila, madeira, plantas, alimentos, cogu-melos, cristais. Conhecimentos, tempo, corpo, extinção, transformação, cosmos são outros temas recorrentes entre os trabalhos expostos. Dois pesos, duas medidas, de Lais Myrra, condensa de maneira bem direta a ideia. Duas enormes colunas empilhadas, com as mesmas dimensões, atravessam o vão entre os andares do pavilhão, uma composta por materiais Mundos incertos sob um céu em queda: o pensamento indígena, a antropologia e a 32 a Bienal de São Paulo
Uploads
Papers by Nina Vincent
Books by Nina Vincent
Thesis Chapters by Nina Vincent
Esta dissertação analisa a exposição “Maori. Seus tesouros têm alma” apresentada no Museu do quai Branly, em Paris - França, de setembro de 2011 a janeiro de 2012, que apresentou a cultura e a arte dos Maori, povo indígena da Nova Zelândia. A exposição foi caracterizada como a primeira experiência de “curadoria nativa” realizada na instituição e culminou com o repatriamento para a Nova Zelândia de vinte crânios mumificados maori que pertenciam a coleções de museus franceses. Ela marca o encontro do Museu Te Papa Tongarewa da Nova Zelândia, que preconiza controle nativo sobre os objetos levados para Europa por colonizadores, e o Museu do quai Branly, um museu de “arte etnográfica”, herdeiro de coleções coloniais e de uma visão universalista de culturas e de suas produções artísticas. Partindo de descrição etnográfica e análise estética, pretende-se explorar o processo de atribuição de agência a uma exposição, através da atividade curatorial. Para tanto, são relacionados elementos visuais e discursivos presentes na exposição e mobilizados para sua realização, explicitando o papel desempenhado por ela no discurso de “diálogo entre culturas” proposto pela instituição francesa. São trazidos contrapontos encontrados nas propostas curatoriais de outras exposições temporárias da mesma instituição e de sua exposição permanente, revelando o protagonismo do curador – que assume formas variadas, mais ou menos explicitadas – como principal mediador entre público e construções culturais traduzidas esteticamente.
Palavras chave: Arte, Objetos, Museu, Exposições, Curadoria, Estética, Agência, Museu do quai Branly, Maori
v.60 n.2 (2017) by Nina Vincent
Esta dissertação analisa a exposição “Maori. Seus tesouros têm alma” apresentada no Museu do quai Branly, em Paris - França, de setembro de 2011 a janeiro de 2012, que apresentou a cultura e a arte dos Maori, povo indígena da Nova Zelândia. A exposição foi caracterizada como a primeira experiência de “curadoria nativa” realizada na instituição e culminou com o repatriamento para a Nova Zelândia de vinte crânios mumificados maori que pertenciam a coleções de museus franceses. Ela marca o encontro do Museu Te Papa Tongarewa da Nova Zelândia, que preconiza controle nativo sobre os objetos levados para Europa por colonizadores, e o Museu do quai Branly, um museu de “arte etnográfica”, herdeiro de coleções coloniais e de uma visão universalista de culturas e de suas produções artísticas. Partindo de descrição etnográfica e análise estética, pretende-se explorar o processo de atribuição de agência a uma exposição, através da atividade curatorial. Para tanto, são relacionados elementos visuais e discursivos presentes na exposição e mobilizados para sua realização, explicitando o papel desempenhado por ela no discurso de “diálogo entre culturas” proposto pela instituição francesa. São trazidos contrapontos encontrados nas propostas curatoriais de outras exposições temporárias da mesma instituição e de sua exposição permanente, revelando o protagonismo do curador – que assume formas variadas, mais ou menos explicitadas – como principal mediador entre público e construções culturais traduzidas esteticamente.
Palavras chave: Arte, Objetos, Museu, Exposições, Curadoria, Estética, Agência, Museu do quai Branly, Maori