Book Reviews by Pâmela Costa
O presente ensaio visa analisar as crônicas de Clarice Lispector, partindo da leitura de Georges ... more O presente ensaio visa analisar as crônicas de Clarice Lispector, partindo da leitura de Georges Didi-Huberman, em sua obra “A vertical das emoções: as crônicas de Clarice Lispector”. Num primeiro momento, vamos investigar o gênero crônica, ou seja, se podemos compreender a crônica clariceana como uma filosofia do ordinário. Nosso caminho, será o cruzo entre A descoberta do mundo e A vertical das emoções. Escrever é como sangrar, diz Clarice: “eu dava e dava como sangue irrompe uma veia seccionada”, quando se sangra, se perde algo, é uma doação, nesse sentido, nesse re-corte, com base nas reflexões de Didi Huberman, pensaremos as crônicas de Clarice Lispector como a filosofia do cotidiano, que nos convida a pensar, nos ensina a ver o mais ordinário acontecimento e a movimentar as emoções, sendo assim, pensar com e-moção e sentir com inteligência. Clarice Lispector fala de uma sensibilidade inteligente, ela nos convida a brincar de pensar, ou seja, a filosofar. Suas crônicas causam incômodo, ensinam a ver e a olhar para além do que está dado, o mais comum acontecimento é transformado em uma narrativa que toma, marca e atravessa em golpes de navalha, isto é, em vertical. O pensamento clariceano se dá através do hífen, pois é no entre que ele acontece.
travessias: entre brechas, rastros e rasuras, 2024
travessias: entre brechas, rastros e
rasuras
TRADUÇÃO: O SÉCULO XX JACQUES DERRIDA - Richard Popkin, Avrum Stroll., 2024
Esta é uma tradução da seção “Jacques Derrida” do livro Skeptical Philosophy for Everyone (Filoso... more Esta é uma tradução da seção “Jacques Derrida” do livro Skeptical Philosophy for Everyone (Filosofia Cética para Todos), no capítulo The Twentieth Century (Século XX) da referida obra, da página 133 a 143.
DERRIDA E LISPECTOR E AS METONÍMIAS DO COMER BEM, 2024
O objetivo deste artigo é provocar uma reflexão para a questão do sujeito, a partir da entrevista... more O objetivo deste artigo é provocar uma reflexão para a questão do sujeito, a partir da entrevista ‘Il faut bien manger’ ou le calcul du sujet de Jacques Derrida, concedida a Jean-Luc Nancy e publicada no ano de 1989 na revista francesa Cahiers Confrontation n° 20. Para cumprir nossa proposta, inicialmente apresentaremos as reflexões de Derrida sobre a pergunta “Quem vem depois do sujeito?”. Veremos em que sentido o pensamento de Derrida diverge dos discursos que proclamam a liquidação do sujeito. Posteriormente, pretendemos mostrar que o deslocamento da questão do sujeito pode resultar na necessidade de repensar as fronteiras que separam o animal humano do animal não-humano. Dessa forma, a questão concernente ao sujeito aparece intrinsecamente associada às estruturas que asseguram os limites entre o ser humano e o animal. É a partir deste ponto que desenvolvemos a noção de metonímias do comer bem. Para isso, entendemos ser de extrema importância trazer para nosso diálogo a obra Paixão segundo G.H., da escritora Clarice Lispector, para compreendermos a abertura que Derrida e Clarice oferecem para pensarmos o tema da alteridade, hospitalidade e, de forma mais específica, as metonímias do comer bem.
Resumo: O objetivo deste trabalho é apresentar algumas reflexões sobre o surgimento da literatura... more Resumo: O objetivo deste trabalho é apresentar algumas reflexões sobre o surgimento da literatura na Alemanha do século XVIII. Teremos como base Otto Maria Carpeaux e sua obra História concisa da literatura alemã. Destacando principalmente o movimento Sturm und Drang-"Tempestade Ímpeto", alguns nomes se destacam, como Hamann, Herder, Lenz e, sobretudo, Goethe e Schiller. Conhecido também como pré-romantismo, os jovens poetas e filósofos tinham um profundo desejo e admiração pelo mundo helênico. Como veremos, serão caracterizados pelo forte desejo de expurgar os sentimentos, emoções, exaltar a arte, a literatura, o poema e o gênio. Nesse período, o espírito alemão aspirava por algo inédito, único e de grande impacto. Nesse sentido, é um período de grande relevância para compreendermos a relação entre a filosofia e as artes em geral, pois foi nesse período que a relação foi intensificada. Em suma, é contra o racionalismo exacerbado que os alemães buscaram a "paixão é o ímpeto-Drang, que se espelha no íntimo da alma humana a tempestade, Sturm".
Corpos-Fronteira e o Conto Maria: Um Diálogo Entre Mbembe e Conceição Evaristo, 2024
O objetivo deste ensaio é fazer uma leitura do conto Maria, de Conceição Evaristo, a partir das r... more O objetivo deste ensaio é fazer uma leitura do conto Maria, de Conceição Evaristo, a partir das reflexões do filósofo Achille Mbembe, principalmente, com base em seus apontamentos presentes em suas obras Políticas da Inimizade e Brutalismo. Somando-se a isso, buscamos refletir a partir da imagem-questão Maria, as relações de inimizades, corpo-fronteira e o extermínio do outro. Diante da sociedade da inimizade, o outro é marcado principalmente pelas questões raciais, suscitando assim a construção de fronteiras. Partimos da reflexão que Maria torna-se o corpo-fronteira, o corpo brutalizado, o corpo que é visto como o inimigo, e dentro dessa lógica, deve ser eliminado. Em conformidade, com o filósofo camaronês a sociedade da inimizade é movida pela pulsão de separação, e do aniquilamento, e dessa forma, constrói o cenário ético-político, denominado pelo pensador de brutalismo.
LITERATURA PENSANTE: RASTROS DE DERRIDA, LISPECTOR E NIETZSCHE, 2024
e a coisa mesma (...) sempre escapa Jacques Derrida capta essa coisa que me escapa e, no entanto,... more e a coisa mesma (...) sempre escapa Jacques Derrida capta essa coisa que me escapa e, no entanto, vivo dela e estou à tona de brilhante escuridão. Clarice Lispector Saber dançar com os pés, com os conceitos, com as palavras; ainda tenho que dizer que é preciso saber dançar com a pena-que é preciso aprender a escrever? Friedrich Nietzsche RESUMO O presente ensaio é um convite para Brincar de pensar. Atravessados pela crônica de Clarice Lispector, uma abertura acontece, e nesse movimento, somos convidados a pensar junto com outrem. Dessa forma, vamos seguir alguns rastros de Jacques Derrida, a partir de sua entrevista, realizada por Derek Attridge, em 1989: "Essa estranha instituição chamada Literatura". Com base em suas elucubrações, iremos pensar o conceito de Literatura, dialogando com a escrita, o corpo e o movimento, que permeiam a escrita-corpo de Lispector e Nietzsche. O filósofo alemão sempre elaborou críticas à tradição metafísica, defendendo uma visão holística do mundo. Para Nietzsche, tudo é corpo. Essa concepção reverbera em seu estilo de escrita ou em seus "estilos", como comenta Derrida. De forma semelhante, Lispector esboça uma experimentação da escrita, costurando seus textos de muitas maneiras, a partir de fragmentos e anotações, como se estivesse tecendo um "livro montagem". Além disso, o escritor alemão busca aproximar seus estudos da vida, sendo contra ao pensamento que se pretende neutro e desinteressado. Nietzsche tem um certo gosto por uma escrita que se movimenta, pois, para ele, só é válido os "pensamentos caminhantes". Lispector, assim como Nietzsche, salienta que a escrita deve ser tecida com sangue, como se de fato a palavra fosse ferir a matéria. É, portanto, por essa via que caminharemos.
Esse texto tem como fio condutor a reflexão: qual é a tarefa da educação? Apostamos em uma educaç... more Esse texto tem como fio condutor a reflexão: qual é a tarefa da educação? Apostamos em uma educação descolonial, imbricada diretamente na desconstrução da colonialidade, trabalhando nas impossibilidades, nas brechas, bordas e rasuras. Seguindo as veredas e vencendo as demandas atuais, os profissionais da educação possuem a tarefa de re-aprender a ver, isto é, transver o mundo, diante disso, para construir balaios de experiências, compreendemos que a educação deve estar completamente implicada em uma política de vida, rompendo com a lógica dominante e hegemônica dos saberes, apostando em saídas e bordando possibilidades de um ensino pautado na descolonização. Garantindo a vivacidade das existências, este texto cruza com vozes de pensadoras/es, filósofas/os e educadoras/es essenciais para construirmos um olhar alumiado para as pluralidades dos saberes, driblando, gingando e construindo práticas miúdas, cotidianas e contínuas para termos uma educação que alumbra os seres e as coisas do mundo.
ENSAIO SOBRE EROS E O ENSINO DE FILOSOFIA: UMA REFLEXÃO A PARTIR DE PLATÃO E HAN, 2023
RESUMO: A proposta deste texto é oferecer um ensaio sobre eros e o ensino de filosofia no context... more RESUMO: A proposta deste texto é oferecer um ensaio sobre eros e o ensino de filosofia no contexto da cultura contemporânea, muito marcada pela lógica da positividade. Nossos principais interlocutores nessa trajetória são Platão e Byung-Chul Han, que nos provocam a pensar o exercício do filosofar e os desafios da atividade docente com a filosofia, numa perspectiva de, dialogando com esses filósofos, sustentar a importância da construção de relações afetivas, da presença de eros no exercício característico da filosofia.
VIVÊNCIAS DA PEDAGOGIA LIBERTADORA DE PAULO FREIRE NA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA, 2022
A prática extensionista no contexto das universidades brasileiras apresenta limitações cuja super... more A prática extensionista no contexto das universidades brasileiras apresenta limitações cuja superação está intimamente atrelada ao tipo de relação que se estabelece com os sujeitos envolvidos e as concepções acerca do que se entende por produção de conhecimento e educação. A partir de uma perspectiva freiriana de comunicação com a sociedade, destacamos como ponto de partida três questões centrais à práxis extensionista que frequentemente representam dificuldades a serem superadas: o seu impacto na transformação social para a superação das opressões; o modo dialógico e horizontal de interação com os sujeitos e a investigação da realidade social como tema central para o desenvolvimento de ações; e o caráter democrático, participante e interdisciplinar na produção de conhecimento. Nesse contexto, a partir da concepção defendida por Paulo Freire, a relação entre a universidade e a sociedade deve se dar numa perspectiva não autoritária, de diálogo e construção conjunta, com vista à transformação da realidade.
Trata-se de uma resenha da obra Sociedade da transparência, publicada em 2012 na Alemanha e em 20... more Trata-se de uma resenha da obra Sociedade da transparência, publicada em 2012 na Alemanha e em 2018 traduzida no Brasil. Neste livro o filósofo aponta para a necessidade de pensarmos a transparência como um instrumento de vigilância e controle, cuja aparência tentadora é a da liberdade e da imediação. Ele o aproxima da ideia de pornografia, pois defende que há em vigor um visão de mundo que associa o acesso irrestrito, sobretudo nas redes sociais, como grande benefício da vida contemporânea. No entanto, podemos perceber ao longo do livro que estamos diante de uma situação violenta, complexa e ameaçadora para a vida humana e alguns dos valores por nós defendidos há muito tempo.
Neste livro o filósofo sul coreano Byung-Chul Han nos apresenta a ideia de transparência como um ... more Neste livro o filósofo sul coreano Byung-Chul Han nos apresenta a ideia de transparência como um conceito imprescindível para compreender os fenômenos sociais e cibernéticos que consolidam a sociedade contemporanea como um regime de controle, cujo reflexo imediato é a cultura da exibição, da desritualização e da nudez. Contudo, para Han, essa exibição exacerbada que se transformou no modo de ser e estar do homem contemporâneo, que se oferece na forma da transparência, sugerindo algo benéfico e importante, constitui efetivamente uma sociedade pornográfica, que nada tem de sedutora, construitiva ou reflexiva.
Revista Ensino e Pesquisa, 2017
Trata-se de uma resenha do livro recém-publicado do filósofo germano-coreano Byung-Chul Han, que ... more Trata-se de uma resenha do livro recém-publicado do filósofo germano-coreano Byung-Chul Han, que reflete sobre as condições do homem no século XXI, sobretudo a partir do aumento das patologias neurológicas decorrentes das relações com o trabalho e desempenho individual.
Papers by Pâmela Costa
Vida Nosso quarto pensador contemporâneo, Jacques Derrida, é um cético radical. Mas ao contrário ... more Vida Nosso quarto pensador contemporâneo, Jacques Derrida, é um cético radical. Mas ao contrário de todos os céticos modernos que examinamos neste trabalho, seus antecedentes não vêm da tradição Cartesiana. Na verdade, como Wittgenstein, ele é um anti-Cartesiano. Suas raízes intelectuais são encontradas nas tradições alemãs e austríacas de G. W. F. Hegel, Martin Heidegger e Edmund Husserl. Estes filósofos, como Moore e Wittgenstein, são anti-céticos. Embora sua terminologia filosófica exiba ressonâncias deles, suas opiniões estão em forte oposição ao tipo de "dogmatismo"que eles defendem. Mas o ataque de Derrida ao dogmatismo é ainda mais amplo. Ele ataca alguns dos mais fortes defensores da certeza na tradição Anglo-Americana, entre eles: Wittgenstein, Austin e John Seattle. Derrida nasceu na Argélia em uma família judaica, mas passou a maior parte de sua vida na França. Ele é, sem dúvida-e em um interessante sentido-, a figura mais controversa que discutimos neste livro. Ao contrário de Russell, que gerou oposições públicas às suas opiniões políticas, mas cujas credenciais filosóficas nunca foram contestadas, mesmo
e a coisa mesma (...) sempre escapa Jacques Derrida capta essa coisa que me escapa e, no entanto,... more e a coisa mesma (...) sempre escapa Jacques Derrida capta essa coisa que me escapa e, no entanto, vivo dela e estou à tona de brilhante escuridão. Clarice Lispector Saber dançar com os pés, com os conceitos, com as palavras; ainda tenho que dizer que é preciso saber dançar com a pena-que é preciso aprender a escrever? Friedrich Nietzsche RESUMO O presente ensaio é um convite para Brincar de pensar. Atravessados pela crônica de Clarice Lispector, uma abertura acontece, e nesse movimento, somos convidados a pensar junto com outrem. Dessa forma, vamos seguir alguns rastros de Jacques Derrida, a partir de sua entrevista, realizada por Derek Attridge, em 1989: "Essa estranha instituição chamada Literatura". Com base em suas elucubrações, iremos pensar o conceito de Literatura, dialogando com a escrita, o corpo e o movimento, que permeiam a escrita-corpo de Lispector e Nietzsche. O filósofo alemão sempre elaborou críticas à tradição metafísica, defendendo uma visão holística do mundo. Para Nietzsche, tudo é corpo. Essa concepção reverbera em seu estilo de escrita ou em seus "estilos", como comenta Derrida. De forma semelhante, Lispector esboça uma experimentação da escrita, costurando seus textos de muitas maneiras, a partir de fragmentos e anotações, como se estivesse tecendo um "livro montagem". Além disso, o escritor alemão busca aproximar seus estudos da vida, sendo contra ao pensamento que se pretende neutro e desinteressado. Nietzsche tem um certo gosto por uma escrita que se movimenta, pois, para ele, só é válido os "pensamentos caminhantes". Lispector, assim como Nietzsche, salienta que a escrita deve ser tecida com sangue, como se de fato a palavra fosse ferir a matéria. É, portanto, por essa via que caminharemos.
O objetivo deste artigo é provocar uma reflexão para a questão do sujeito, a partir da
entrevista... more O objetivo deste artigo é provocar uma reflexão para a questão do sujeito, a partir da
entrevista ‘Il faut bien manger’ ou le calcul du sujet de Jacques Derrida, concedida a Jean-Luc
Nancy e publicada no ano de 1989 na revista francesa Cahiers Confrontation n° 20. Para cumprir
nossa proposta, inicialmente apresentaremos as reflexões de Derrida sobre a pergunta
“Quem vem depois do sujeito?”. Veremos em que sentido o pensamento de Derrida diverge
dos discursos que proclamam a liquidação do sujeito. Posteriormente, pretendemos mostrar
que o deslocamento da questão do sujeito pode resultar na necessidade de repensar as
fronteiras que separam o animal humano do animal não-humano. Dessa forma, a questão
concernente ao sujeito aparece intrinsecamente associada às estruturas que asseguram os
limites entre o ser humano e o animal. É a partir deste ponto que desenvolvemos a noção
de metonímias do comer bem. Para isso, entendemos ser de extrema importância
trazer para nosso diálogo a obra Paixão segundo G.H., da escritora Clarice Lispector, para
compreendermos a abertura que Derrida e Clarice oferecem para pensarmos o tema da
alteridade, hospitalidade e, de forma mais específica, as metonímias do comer bem.
n. 41 (2024): Derrida Hoje: Perspectivas da Desconstrução Vol. II , 2024
O objetivo deste artigo é provocar uma reflexão para a questão do sujeito, a partir da entrevista... more O objetivo deste artigo é provocar uma reflexão para a questão do sujeito, a partir da entrevista ‘Il faut bien manger’ ou le calcul du sujet de Jacques Derrida, concedida a Jean-Luc Nancy e publicada no ano de 1989 na revista francesa Cahiers Confrontation n° 20. Para cumprir nossa proposta, inicialmente apresentaremos as reflexões de Derrida sobre a pergunta “Quem vem depois do sujeito?”. Veremos em que sentido o pensamento de Derrida diverge dos discursos que proclamam a liquidação do sujeito. Posteriormente, pretendemos mostrar que o deslocamento da questão do sujeito pode resultar na necessidade de repensar as fronteiras que separam o animal humano do animal não-humano. Dessa forma, a questão concernente ao sujeito aparece intrinsecamente associada às estruturas que asseguram os limites entre o ser humano e o animal. É a partir deste ponto que desenvolvemos a noção de metonímias do comer bem. Para isso, entendemos ser de extrema importância trazer para nosso diálogo a obra Paixão segundo G.H., da escritora Clarice Lispector, para compreendermos a abertura que Derrida e Clarice oferecem para pensarmos o tema da alteridade, hospitalidade e, de forma mais específica, as metonímias do comer bem.
Revista Ensaios, Apr 3, 2017
O presente ensaio faz uma analise do pathos dionisiaco, exaltado no personagem Andre, do romance ... more O presente ensaio faz uma analise do pathos dionisiaco, exaltado no personagem Andre, do romance Lavoura Arcaica de Raduan Nassar. Nos referenciamos na obra de Friedrich Nietzsche O Nascimento da Tragedia, onde encontramos primeiramente as definicoes das pulsoes apolineas e dionisiacas, segundo o filosofo elas se mantem em constante conflito no homem, importante ressaltar, que vamos visitar a primeira fase intelectual de Nietzsche para analisar o romance. Nesse sentido, investigamos, como Andre entrega-se ao pathos dionisiaco , ou melhor, como deixa aflorar seu extase pela vida. O amor por sua irma, trara o seu aniquilamento. Dionisio e o deus barbaro que vem do oriente, e traz a tona o lado humano mais vivo e criativo, de entrega e amor. O que nosso ensaio analisa e o pathos do personagem, que rompe com os padroes da epoca e de sua familia em busca de seu eu no mundo, amor e desejos.
Este artigo apresenta o dificil dilema entre os interesses locais e os globais e a situacao das u... more Este artigo apresenta o dificil dilema entre os interesses locais e os globais e a situacao das universidades frente a globalizacao, colocando em analise seus impactos economicos, sociais e tecnologicos. Buscamos analisar os pontos positivos e negativos que a globalizacao traz, tanto do ponto de vista cientifico, economico, tecnologico e social. A globalizacao e apontada como responsavel pelo avanco da tecnologia, da economia e da ciencia, no entanto tambem e a responsavel pelo acesso desproporcional aos recursos e pela falta de equidade sociais, gerando incerteza e instabilidade.
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Book Reviews by Pâmela Costa
Papers by Pâmela Costa
entrevista ‘Il faut bien manger’ ou le calcul du sujet de Jacques Derrida, concedida a Jean-Luc
Nancy e publicada no ano de 1989 na revista francesa Cahiers Confrontation n° 20. Para cumprir
nossa proposta, inicialmente apresentaremos as reflexões de Derrida sobre a pergunta
“Quem vem depois do sujeito?”. Veremos em que sentido o pensamento de Derrida diverge
dos discursos que proclamam a liquidação do sujeito. Posteriormente, pretendemos mostrar
que o deslocamento da questão do sujeito pode resultar na necessidade de repensar as
fronteiras que separam o animal humano do animal não-humano. Dessa forma, a questão
concernente ao sujeito aparece intrinsecamente associada às estruturas que asseguram os
limites entre o ser humano e o animal. É a partir deste ponto que desenvolvemos a noção
de metonímias do comer bem. Para isso, entendemos ser de extrema importância
trazer para nosso diálogo a obra Paixão segundo G.H., da escritora Clarice Lispector, para
compreendermos a abertura que Derrida e Clarice oferecem para pensarmos o tema da
alteridade, hospitalidade e, de forma mais específica, as metonímias do comer bem.
entrevista ‘Il faut bien manger’ ou le calcul du sujet de Jacques Derrida, concedida a Jean-Luc
Nancy e publicada no ano de 1989 na revista francesa Cahiers Confrontation n° 20. Para cumprir
nossa proposta, inicialmente apresentaremos as reflexões de Derrida sobre a pergunta
“Quem vem depois do sujeito?”. Veremos em que sentido o pensamento de Derrida diverge
dos discursos que proclamam a liquidação do sujeito. Posteriormente, pretendemos mostrar
que o deslocamento da questão do sujeito pode resultar na necessidade de repensar as
fronteiras que separam o animal humano do animal não-humano. Dessa forma, a questão
concernente ao sujeito aparece intrinsecamente associada às estruturas que asseguram os
limites entre o ser humano e o animal. É a partir deste ponto que desenvolvemos a noção
de metonímias do comer bem. Para isso, entendemos ser de extrema importância
trazer para nosso diálogo a obra Paixão segundo G.H., da escritora Clarice Lispector, para
compreendermos a abertura que Derrida e Clarice oferecem para pensarmos o tema da
alteridade, hospitalidade e, de forma mais específica, as metonímias do comer bem.