Urbe - Revista Brasileira de Gestão Urbana, Dec 2012
Uma das ideias mais centrais e talvez menos esclarecidas em arquitetura e estudos urbanos – sobre... more Uma das ideias mais centrais e talvez menos esclarecidas em arquitetura e estudos urbanos – sobretudo desde o trabalho seminal de Jacobs até as recentes ênfases da economia urbana – diz respeito ao papel da forma arquitetônica na “vitalidade urbana”, um conjunto de qualidades sociais e microeconômicas de nossas cidades. Entretanto, edifícios podem realmente afetar seus entornos urbanos? Teriam morfologias distintas efeitos também distintos sobre o que ocorre nos espaços públicos? Este artigo investiga a forma construídacomo condição da copresença e a atividade social e econômica no espaço urbano – dinâmicas locais com implicações de ampla escala na cidade. Propõe uma abordagem para identificar os efeitos da forma arquitetônica,de modo a distingui-los dos efeitos de outros aspectos da estrutura urbana como a acessibilidade, everificar de fato sua existência e, se confirmada, sua extensão. A abordagem é aplicada em um estudo empíricoem 24 áreas no Rio de Janeiro. Finalmente, o artigo lança os fundamentos de uma teoria probabilística dos efeitos da arquitetura que visa contribuir para uma resposta mais precisa a uma questão que captura a imaginação espacial: o quanto a arquitetura importa para a vitalidade urbana?
From Jacobs' seminal insights to recent works in urban economics, one of the most emphasized ... more From Jacobs' seminal insights to recent works in urban economics, one of the most emphasized and least closely examined notions in urban studies is the role of architectural and urban form in the "vitality" of our cities, a set of social and microeconomic qualities. However, can buildings really affect their urban surroundings? Would distinct architectural morphologies have distinct effects over local socioeconomic processes? This paper looks into built forms as a condition for co-presence and social activity in urban space. It advances an approach able to identify precisely the existence and extension of effects of architectural morphology on local socioeconomic processes, with potential large-scale effects, in a way to disentangle them from the effects of urban structures such as the street network. We apply the approach in an empirical study in twenty-four areas in Rio de Janeiro. Finally, the paper establishes the grounds for a probabilistic theory of the socia...
Investigamos a forma arquitetônica e sua influência sobre a vitalidade dos espaços urbanos, parti... more Investigamos a forma arquitetônica e sua influência sobre a vitalidade dos espaços urbanos, partindo da hipótese de que tipos mais contínuos e compactos, em contraposição a isolados e em torre, possuem maior capacidade de promover vitalidade nas ruas. Isso aconteceria por diversos motivos: esses tipos proporcionariam maior contato e proximidade com o espaço público e portanto maior oportunidade de interação; menores distâncias a serem percorridas e maior densidade de atrativos; maximização da superfície de contato entre público e privado; e adequação para usos comerciais e de serviços, com consequente estímulo da vida microeconômica. Para testar essas hipóteses, desenvolvemos uma metodologia que pudesse comparar os efeitos dos diferentes tipos arquitetônicos, bem como de suas características desagregadas, sobre a vitalidade urbana, ao mesmo tempo controlando os efeitos de variáveis externas, a saber, acessibilidade proporcionada pelo sistema viário e densidade. Os resultados mostram...
Uma das ideias mais centrais e talvez menos esclarecidas em arquitetura e estudos urbanos -sobret... more Uma das ideias mais centrais e talvez menos esclarecidas em arquitetura e estudos urbanos -sobretudo desde o trabalho seminal de Jacobs até as recentes ênfases da economia urbana -diz respeito ao papel da forma arquitetônica na "vitalidade urbana", um conjunto de qualidades sociais e microeconômicas de nossas cidades. Entretanto, edifícios podem realmente afetar seus entornos urbanos? Teriam morfologias distintas efeitos também distintos sobre o que ocorre nos espaços públicos? Este artigo investiga a forma construída como condição da copresença e a atividade social e econômica no espaço urbano -dinâmicas locais com implicações de ampla escala na cidade. Propõe uma abordagem para identificar os efeitos da forma arquitetônica, de modo a distingui-los dos efeitos de outros aspectos da estrutura urbana como a acessibilidade, e verificar de fato sua existência e, se confirmada, sua extensão. A abordagem é aplicada em um estudo empírico em 24 áreas no Rio de Janeiro. Finalmente, o artigo lança os fundamentos de uma teoria probabilística dos efeitos da arquitetura que visa contribuir para uma resposta mais precisa a uma questão que captura a imaginação espacial: o quanto a arquitetura importa para a vitalidade urbana?
Resumo. O trabalho de reflexão e ação sobre a cidade e, especificamente, sobre a morfologia urban... more Resumo. O trabalho de reflexão e ação sobre a cidade e, especificamente, sobre a morfologia urbana, é propício à exploração das potencialidades da Computação Gráfica e das novas tecnologias da informação, tendo em vista que o processo decisional do planejamento urbano demanda rapidez e precisão e exige dos agentes recursos de exposição de informações transparentes e confiáveis. Neste universo, surgem os chamados Regimes Urbanísticos -parâmetros normativos que traduzem as diretrizes da política urbana -dentre os quais os mais importantes para a configuração da cidade são as chamadas Normas de Ocupação do Solo, comumente conhecidas como Regimes Construtivos. Atualmente, a aplicação dos regimes construtivos por parte dos agentes do desenvolvimento urbano em cidades como Porto Alegre é ainda uma atividade um tanto rústica, feita geralmente de forma manual. Isto revela uma demanda por ferramentas computacionais práticas e efetivas, capazes de permitir especulações morfológicas interativas. Este artigo apresenta a fase atual de desenvolvimento de uma ferramenta de simulação gráfica voltada à área da Arquitetura e Urbanismo, a qual gera a representação visual tridimensional de uma edificação a partir da entrada dos regimes construtivos determinados pelo Plano Diretor Municipal. A ferramenta permite a interação com a representação gráfica gerada, de modo a apoiar o lançamento do projeto e sua posterior validação, a partir de técnicas da Computação Gráfica que facilitam o insight espacial por parte do usuário.
Our paper introduces the theoretical and methodological grounds for a new approach to problems of... more Our paper introduces the theoretical and methodological grounds for a new approach to problems of internal relations between urban patterns in the city creation process. The first problem relates to the conditions of convergence of patterns of accessibility, location, density and pedestrian movement -distinct material processes whose deep mutual implications seem to tie and mix them in the form of the city itself. Approaches to urban morphology and growth as different as space syntax and spatial economics are based on the central proposition that patterns overlap in time, an axiom that allows them to show, for instance, how accessibility affects location or movement. We challenge such teleological perspective, arguing that convergence is likely to always contain dissonance between patterns, deeply entrenched in the collisions of materialities and temporalities of distinct urban processes, among other contingencies. Furthermore, dissonance may help to explain recognizable differences in pattern correlations. We introduce a methodology to assess levels of convergence/dissonance in urban systems in time, or how patterns relate as cities grow and change.
Complexidade, Mobilidade, Memória e Sustentabilidade Natal, 18 a 21 de setembro de 2012 1 Tipos a... more Complexidade, Mobilidade, Memória e Sustentabilidade Natal, 18 a 21 de setembro de 2012 1 Tipos arquitetônicos e vitalidade urbana: um estudo sobre as possíveis relações entre a arquitetura e o uso dos espaços públicos Building types and urban vitality: a study on the relations between architecture and the use of public spaces PALAVRAS-CHAVE: tipologias edilícias, vitalidade urbana, movimento de pedestres, sintaxe espacial.
Urbe - Revista Brasileira de Gestão Urbana, Dec 2012
Uma das ideias mais centrais e talvez menos esclarecidas em arquitetura e estudos urbanos – sobre... more Uma das ideias mais centrais e talvez menos esclarecidas em arquitetura e estudos urbanos – sobretudo desde o trabalho seminal de Jacobs até as recentes ênfases da economia urbana – diz respeito ao papel da forma arquitetônica na “vitalidade urbana”, um conjunto de qualidades sociais e microeconômicas de nossas cidades. Entretanto, edifícios podem realmente afetar seus entornos urbanos? Teriam morfologias distintas efeitos também distintos sobre o que ocorre nos espaços públicos? Este artigo investiga a forma construída como condição da copresença e a atividade social e econômica no espaço urbano – dinâmicas locais com implicações de ampla escala na cidade. Propõe uma abordagem para identificar os efeitos da forma arquitetônica,de modo a distingui-los dos efeitos de outros aspectos da estrutura urbana como a acessibilidade, e verificar de fato sua existência e, se confirmada, sua extensão. A abordagem é aplicada em um estudo empírico em 24 áreas no Rio de Janeiro. Finalmente, o artigo lança os fundamentos de uma teoria probabilística dos efeitos da arquitetura que visa contribuir para uma resposta mais precisa a uma questão que captura a imaginação espacial: o quanto a arquitetura importa para a vitalidade urbana?
Urbe - Revista Brasileira de Gestão Urbana, Dec 2012
Uma das ideias mais centrais e talvez menos esclarecidas em arquitetura e estudos urbanos – sobre... more Uma das ideias mais centrais e talvez menos esclarecidas em arquitetura e estudos urbanos – sobretudo desde o trabalho seminal de Jacobs até as recentes ênfases da economia urbana – diz respeito ao papel da forma arquitetônica na “vitalidade urbana”, um conjunto de qualidades sociais e microeconômicas de nossas cidades. Entretanto, edifícios podem realmente afetar seus entornos urbanos? Teriam morfologias distintas efeitos também distintos sobre o que ocorre nos espaços públicos? Este artigo investiga a forma construídacomo condição da copresença e a atividade social e econômica no espaço urbano – dinâmicas locais com implicações de ampla escala na cidade. Propõe uma abordagem para identificar os efeitos da forma arquitetônica,de modo a distingui-los dos efeitos de outros aspectos da estrutura urbana como a acessibilidade, everificar de fato sua existência e, se confirmada, sua extensão. A abordagem é aplicada em um estudo empíricoem 24 áreas no Rio de Janeiro. Finalmente, o artigo lança os fundamentos de uma teoria probabilística dos efeitos da arquitetura que visa contribuir para uma resposta mais precisa a uma questão que captura a imaginação espacial: o quanto a arquitetura importa para a vitalidade urbana?
From Jacobs' seminal insights to recent works in urban economics, one of the most emphasized ... more From Jacobs' seminal insights to recent works in urban economics, one of the most emphasized and least closely examined notions in urban studies is the role of architectural and urban form in the "vitality" of our cities, a set of social and microeconomic qualities. However, can buildings really affect their urban surroundings? Would distinct architectural morphologies have distinct effects over local socioeconomic processes? This paper looks into built forms as a condition for co-presence and social activity in urban space. It advances an approach able to identify precisely the existence and extension of effects of architectural morphology on local socioeconomic processes, with potential large-scale effects, in a way to disentangle them from the effects of urban structures such as the street network. We apply the approach in an empirical study in twenty-four areas in Rio de Janeiro. Finally, the paper establishes the grounds for a probabilistic theory of the socia...
Investigamos a forma arquitetônica e sua influência sobre a vitalidade dos espaços urbanos, parti... more Investigamos a forma arquitetônica e sua influência sobre a vitalidade dos espaços urbanos, partindo da hipótese de que tipos mais contínuos e compactos, em contraposição a isolados e em torre, possuem maior capacidade de promover vitalidade nas ruas. Isso aconteceria por diversos motivos: esses tipos proporcionariam maior contato e proximidade com o espaço público e portanto maior oportunidade de interação; menores distâncias a serem percorridas e maior densidade de atrativos; maximização da superfície de contato entre público e privado; e adequação para usos comerciais e de serviços, com consequente estímulo da vida microeconômica. Para testar essas hipóteses, desenvolvemos uma metodologia que pudesse comparar os efeitos dos diferentes tipos arquitetônicos, bem como de suas características desagregadas, sobre a vitalidade urbana, ao mesmo tempo controlando os efeitos de variáveis externas, a saber, acessibilidade proporcionada pelo sistema viário e densidade. Os resultados mostram...
Uma das ideias mais centrais e talvez menos esclarecidas em arquitetura e estudos urbanos -sobret... more Uma das ideias mais centrais e talvez menos esclarecidas em arquitetura e estudos urbanos -sobretudo desde o trabalho seminal de Jacobs até as recentes ênfases da economia urbana -diz respeito ao papel da forma arquitetônica na "vitalidade urbana", um conjunto de qualidades sociais e microeconômicas de nossas cidades. Entretanto, edifícios podem realmente afetar seus entornos urbanos? Teriam morfologias distintas efeitos também distintos sobre o que ocorre nos espaços públicos? Este artigo investiga a forma construída como condição da copresença e a atividade social e econômica no espaço urbano -dinâmicas locais com implicações de ampla escala na cidade. Propõe uma abordagem para identificar os efeitos da forma arquitetônica, de modo a distingui-los dos efeitos de outros aspectos da estrutura urbana como a acessibilidade, e verificar de fato sua existência e, se confirmada, sua extensão. A abordagem é aplicada em um estudo empírico em 24 áreas no Rio de Janeiro. Finalmente, o artigo lança os fundamentos de uma teoria probabilística dos efeitos da arquitetura que visa contribuir para uma resposta mais precisa a uma questão que captura a imaginação espacial: o quanto a arquitetura importa para a vitalidade urbana?
Resumo. O trabalho de reflexão e ação sobre a cidade e, especificamente, sobre a morfologia urban... more Resumo. O trabalho de reflexão e ação sobre a cidade e, especificamente, sobre a morfologia urbana, é propício à exploração das potencialidades da Computação Gráfica e das novas tecnologias da informação, tendo em vista que o processo decisional do planejamento urbano demanda rapidez e precisão e exige dos agentes recursos de exposição de informações transparentes e confiáveis. Neste universo, surgem os chamados Regimes Urbanísticos -parâmetros normativos que traduzem as diretrizes da política urbana -dentre os quais os mais importantes para a configuração da cidade são as chamadas Normas de Ocupação do Solo, comumente conhecidas como Regimes Construtivos. Atualmente, a aplicação dos regimes construtivos por parte dos agentes do desenvolvimento urbano em cidades como Porto Alegre é ainda uma atividade um tanto rústica, feita geralmente de forma manual. Isto revela uma demanda por ferramentas computacionais práticas e efetivas, capazes de permitir especulações morfológicas interativas. Este artigo apresenta a fase atual de desenvolvimento de uma ferramenta de simulação gráfica voltada à área da Arquitetura e Urbanismo, a qual gera a representação visual tridimensional de uma edificação a partir da entrada dos regimes construtivos determinados pelo Plano Diretor Municipal. A ferramenta permite a interação com a representação gráfica gerada, de modo a apoiar o lançamento do projeto e sua posterior validação, a partir de técnicas da Computação Gráfica que facilitam o insight espacial por parte do usuário.
Our paper introduces the theoretical and methodological grounds for a new approach to problems of... more Our paper introduces the theoretical and methodological grounds for a new approach to problems of internal relations between urban patterns in the city creation process. The first problem relates to the conditions of convergence of patterns of accessibility, location, density and pedestrian movement -distinct material processes whose deep mutual implications seem to tie and mix them in the form of the city itself. Approaches to urban morphology and growth as different as space syntax and spatial economics are based on the central proposition that patterns overlap in time, an axiom that allows them to show, for instance, how accessibility affects location or movement. We challenge such teleological perspective, arguing that convergence is likely to always contain dissonance between patterns, deeply entrenched in the collisions of materialities and temporalities of distinct urban processes, among other contingencies. Furthermore, dissonance may help to explain recognizable differences in pattern correlations. We introduce a methodology to assess levels of convergence/dissonance in urban systems in time, or how patterns relate as cities grow and change.
Complexidade, Mobilidade, Memória e Sustentabilidade Natal, 18 a 21 de setembro de 2012 1 Tipos a... more Complexidade, Mobilidade, Memória e Sustentabilidade Natal, 18 a 21 de setembro de 2012 1 Tipos arquitetônicos e vitalidade urbana: um estudo sobre as possíveis relações entre a arquitetura e o uso dos espaços públicos Building types and urban vitality: a study on the relations between architecture and the use of public spaces PALAVRAS-CHAVE: tipologias edilícias, vitalidade urbana, movimento de pedestres, sintaxe espacial.
Urbe - Revista Brasileira de Gestão Urbana, Dec 2012
Uma das ideias mais centrais e talvez menos esclarecidas em arquitetura e estudos urbanos – sobre... more Uma das ideias mais centrais e talvez menos esclarecidas em arquitetura e estudos urbanos – sobretudo desde o trabalho seminal de Jacobs até as recentes ênfases da economia urbana – diz respeito ao papel da forma arquitetônica na “vitalidade urbana”, um conjunto de qualidades sociais e microeconômicas de nossas cidades. Entretanto, edifícios podem realmente afetar seus entornos urbanos? Teriam morfologias distintas efeitos também distintos sobre o que ocorre nos espaços públicos? Este artigo investiga a forma construída como condição da copresença e a atividade social e econômica no espaço urbano – dinâmicas locais com implicações de ampla escala na cidade. Propõe uma abordagem para identificar os efeitos da forma arquitetônica,de modo a distingui-los dos efeitos de outros aspectos da estrutura urbana como a acessibilidade, e verificar de fato sua existência e, se confirmada, sua extensão. A abordagem é aplicada em um estudo empírico em 24 áreas no Rio de Janeiro. Finalmente, o artigo lança os fundamentos de uma teoria probabilística dos efeitos da arquitetura que visa contribuir para uma resposta mais precisa a uma questão que captura a imaginação espacial: o quanto a arquitetura importa para a vitalidade urbana?
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