Segregation has been one of the most persistent features of urban life and, accordingly, one of t... more Segregation has been one of the most persistent features of urban life and, accordingly, one of the main subjects of enquiry in urban studies. Stemming from a tradition than can be traced back to the Chicago School in the early 20th Century, social segregation has been seen as the natural consequence of the social division of space. Such naturalised understanding of segregation as “territorial segregation” takes space as a surrogate for social distance. We propose a shift from the focus on the static segregation of places – where social distance is assumed rather than fully explained – to how social segregation is reproduced through embodied urban trajectories. We do so exploring the spatial behaviour of different social groups as networks of movement that constitute opportunities of co-presence. This alternative view takes back the original idea of segregation as “restrictions on interaction” to recast the spatiality of segregation potentially active in the circumstances of social contact and encounters in the city. This approach to segregation as a subtle process that operates ultimately through trajectories of the body is illustrated by an empirical study in a Brazilian city.
Our paper introduces the theoretical and methodological grounds for a new approach to problems of... more Our paper introduces the theoretical and methodological grounds for a new approach to problems of internal relations between urban patterns in the city creation process. The first problem relates to the conditions of convergence of patterns of accessibility, location, density and pedestrian movement -distinct material processes whose deep mutual implications seem to tie and mix them in the form of the city itself. Approaches to urban morphology and growth as different as space syntax and spatial economics are based on the central proposition that patterns overlap in time, an axiom that allows them to show, for instance, how accessibility affects location or movement. We challenge such teleological perspective, arguing that convergence is likely to always contain dissonance between patterns, deeply entrenched in the collisions of materialities and temporalities of distinct urban processes, among other contingencies. Furthermore, dissonance may help to explain recognizable differences in pattern correlations. We introduce a methodology to assess levels of convergence/dissonance in urban systems in time, or how patterns relate as cities grow and change.
Uma das principais preocupações sociais de nossos dias é a de afirmar a cidade como o locus da pl... more Uma das principais preocupações sociais de nossos dias é a de afirmar a cidade como o locus da pluralidade e urbanidade. Este artigo investiga as condições em que a interação entre atores socialmente distintos pode emergir. Propondo uma mudança na ênfase tradicional na segregação territorial para um conceito de segregação como “restrição das interações” – um conceito capaz de reconhecer a centralidade da copresença e do corpo na segregação – o artigo traz uma abordagem às dinâmicas do encontro e como atores se agregam e formam redes sociais presenciais no espaço urbano. Essa cartografia das ações cotidianas, aplicada em um estudo empírico envolvendo 148 atores de classes sociais distintas na cidade de Niterói, no estado do Rio de Janeiro, nos permitirá reconhecer a estruturação de redes segregadas, bem como das possibilidades de interação e integração entre diferentes mundos sociais coexistentes em uma única cidade.
O artigo apresenta uma abordagem alternativa à possibilidade de planejar coexistência na cidade. ... more O artigo apresenta uma abordagem alternativa à possibilidade de planejar coexistência na cidade. Propõe-se que, antes de conceber e projetar espaços de coexistência é necessário compreender as condições urbanas para promover o reconhecimento das diferenças, no espaço concreto, entre indivíduos, grupos e classes. Desenvolve-se uma abordagem capaz de identificar padrões distintos de apropriação do espaço profundamente relacionados à formação de redes sociais: a espacialização de práticas e movimentos corporais, as quais constituiriam padrões de encontro e possibilidades controladas de comunicação – fatores que estão no cerne da emergência de redes sociais. Este artigo aborda os processos de segregação dinâmica na cidade, desvelando o papel do espaço na convergência ou divergência das experiências urbanas de indivíduos, grupos ou classes.
O artigo analisa o desempenho do sistema de transporte público do município do Rio de Janeiro ten... more O artigo analisa o desempenho do sistema de transporte público do município do Rio de Janeiro tendo em vista uma possível acentuação das assimetrias territoriais na cidade, no que se refere ao desequilíbrio da distribuição espacial de residentes em relação aos postos de trabalho. Nesse sentido, problemática da mobilidade urbana será analisada segundo uma perspectiva sistêmica do planejamento e da gestão urbanos. Nessa fase inicial da pesquisa, propomos um diagnóstico baseado na análise de três cenários/hipóteses: (a) o desequilíbrio entre a distribuição espacial da população e do mercado de trabalho, (b) a distribuição espacial deficitária dos equipamentos/infraestruturas de transporte e (c) os limites da estrutura morfológica viária em receber os deslocamentos crescentes no atual cenário de origens e destinos. Utilizamos os dados do Censo Demográfico para os anos de 1991, 2000 e 2010, da Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE para o período de 2000 e 2012, e as bases geográficas da prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro – pontos de embarque/desembarque do transporte público e limites administrativos – para a produção de um axial viário que nos permitiu a realização das análises de sintaxe espacial.
Abstract. Segregation has been one of the most persistent features of cities and therefore one of... more Abstract. Segregation has been one of the most persistent features of cities and therefore one of the main research topics in social studies. From a tradition that can be traced back to the Chicago School in the early 20th century, social segregation has been seen as the natural consequence of the social division of space, reducing segregation territorial segregation and taking the space as a substitute for social distance. We propose a change in the focus of static segregation of places to as social segregation is played by embodied urban trajectories. We analysed trajectories of groups of social actors differentiated by income levels in Rio de Janeiro, Brazil. Firstly, we used metadata from Twitter users moving around the city to derive geographic coordinates and timestamp of tweets, and identified users’ origins and destinations. Then we crossed information on trajectories with socioeconomic data in order to see potential social networks according to income, assess their spatial behaviour and potential spaces of social convergence – a geography of the segregative / integrative potential of encounters. This approach is intended to recast the spatiality of segregation potentially active in the circumstances of social contact in the city rather than in static territories and patterns of residential location. Key words: segregation, mobilities, social networks, Big Data.
A segregação tem sido uma das características mais persistentes nas cidades e um dos principais t... more A segregação tem sido uma das características mais persistentes nas cidades e um dos principais temas de investigação em estudos urbanos e sociológicos. Partindo de uma tradição que remete à Escola de Chicago no início do século XX, a segregação social tem sido vista como a consequência natural da divisão social do espaço, reduzindo o fenômeno da segregação à segregação territorial e assumindo o espaço como razão e explicação suficientes para a distância social. Propomos uma mudança do foco na visão da segregação estática dos lugares para um entendimento da segregação social ocorrendo nas ações e trajetórias dos atores urbanos. Analisamos as rotinas de grupos de atores sociais diferenciados por níveis de renda no Rio de Janeiro, fazendo uso de metadados de usuários do Twitter em suas movimentações na cidade. Em seguida, cruzamos essas trajetórias com dados socioeconômicos, a fim de identificar as redes de apropriação dos usuários de acordo com sua renda, de modo a examinar seu comportamento espacial em uma geografia do potencial de segregação / integração dos encontros na cidade. Esta abordagem busca a espacialidade da segregação ativa nas circunstâncias do contato social na cidade, para além dos territórios estáticos e padrões de localização residencial. Palavras-chave: segregação, mobilidades, redes sociais, de Big Data.
Our paper introduces the theoretical and methodological grounds for a new approach to problems of... more Our paper introduces the theoretical and methodological grounds for a new approach to problems of internal relations between urban patterns in the city creation process. The first problem relates to the conditions of convergence of patterns of accessibility, location, density and pedestrian movement -distinct material processes whose deep mutual implications seem to tie and mix them in the form of the city itself. Approaches to urban morphology and growth as different as space syntax and spatial economics are based on the central proposition that patterns overlap in time, an axiom that allows them to show, for instance, how accessibility affects location or movement. We challenge such teleological perspective, arguing that convergence is likely to always contain dissonance between patterns, deeply entrenched in the collisions of materialities and temporalities of distinct urban processes, among other contingencies. Furthermore, dissonance may help to explain recognizable differences in pattern correlations. We introduce a methodology to assess levels of convergence/dissonance in urban systems in time, or how patterns relate as cities grow and change.
Segregation has been one of the most persistent features of urban life and, accordingly, one of t... more Segregation has been one of the most persistent features of urban life and, accordingly, one of the main subjects of enquiry in urban studies. Stemming from a tradition than can be traced back to the Chicago School in the early 20th Century, social segregation has been seen as the natural consequence of the social division of space. Such naturalised understanding of segregation as “territorial segregation” takes space as a surrogate for social distance. We propose a shift from the focus on the static segregation of places – where social distance is assumed rather than fully explained – to how social segregation is reproduced through embodied urban trajectories. We do so exploring the spatial behaviour of different social groups as networks of movement that constitute opportunities of co-presence. This alternative view takes back the original idea of segregation as “restrictions on interaction” to recast the spatiality of segregation potentially active in the circumstances of social contact and encounters in the city. This approach to segregation as a subtle process that operates ultimately through trajectories of the body is illustrated by an empirical study in a Brazilian city.
Our paper introduces the theoretical and methodological grounds for a new approach to problems of... more Our paper introduces the theoretical and methodological grounds for a new approach to problems of internal relations between urban patterns in the city creation process. The first problem relates to the conditions of convergence of patterns of accessibility, location, density and pedestrian movement -distinct material processes whose deep mutual implications seem to tie and mix them in the form of the city itself. Approaches to urban morphology and growth as different as space syntax and spatial economics are based on the central proposition that patterns overlap in time, an axiom that allows them to show, for instance, how accessibility affects location or movement. We challenge such teleological perspective, arguing that convergence is likely to always contain dissonance between patterns, deeply entrenched in the collisions of materialities and temporalities of distinct urban processes, among other contingencies. Furthermore, dissonance may help to explain recognizable differences in pattern correlations. We introduce a methodology to assess levels of convergence/dissonance in urban systems in time, or how patterns relate as cities grow and change.
Uma das principais preocupações sociais de nossos dias é a de afirmar a cidade como o locus da pl... more Uma das principais preocupações sociais de nossos dias é a de afirmar a cidade como o locus da pluralidade e urbanidade. Este artigo investiga as condições em que a interação entre atores socialmente distintos pode emergir. Propondo uma mudança na ênfase tradicional na segregação territorial para um conceito de segregação como “restrição das interações” – um conceito capaz de reconhecer a centralidade da copresença e do corpo na segregação – o artigo traz uma abordagem às dinâmicas do encontro e como atores se agregam e formam redes sociais presenciais no espaço urbano. Essa cartografia das ações cotidianas, aplicada em um estudo empírico envolvendo 148 atores de classes sociais distintas na cidade de Niterói, no estado do Rio de Janeiro, nos permitirá reconhecer a estruturação de redes segregadas, bem como das possibilidades de interação e integração entre diferentes mundos sociais coexistentes em uma única cidade.
O artigo apresenta uma abordagem alternativa à possibilidade de planejar coexistência na cidade. ... more O artigo apresenta uma abordagem alternativa à possibilidade de planejar coexistência na cidade. Propõe-se que, antes de conceber e projetar espaços de coexistência é necessário compreender as condições urbanas para promover o reconhecimento das diferenças, no espaço concreto, entre indivíduos, grupos e classes. Desenvolve-se uma abordagem capaz de identificar padrões distintos de apropriação do espaço profundamente relacionados à formação de redes sociais: a espacialização de práticas e movimentos corporais, as quais constituiriam padrões de encontro e possibilidades controladas de comunicação – fatores que estão no cerne da emergência de redes sociais. Este artigo aborda os processos de segregação dinâmica na cidade, desvelando o papel do espaço na convergência ou divergência das experiências urbanas de indivíduos, grupos ou classes.
O artigo analisa o desempenho do sistema de transporte público do município do Rio de Janeiro ten... more O artigo analisa o desempenho do sistema de transporte público do município do Rio de Janeiro tendo em vista uma possível acentuação das assimetrias territoriais na cidade, no que se refere ao desequilíbrio da distribuição espacial de residentes em relação aos postos de trabalho. Nesse sentido, problemática da mobilidade urbana será analisada segundo uma perspectiva sistêmica do planejamento e da gestão urbanos. Nessa fase inicial da pesquisa, propomos um diagnóstico baseado na análise de três cenários/hipóteses: (a) o desequilíbrio entre a distribuição espacial da população e do mercado de trabalho, (b) a distribuição espacial deficitária dos equipamentos/infraestruturas de transporte e (c) os limites da estrutura morfológica viária em receber os deslocamentos crescentes no atual cenário de origens e destinos. Utilizamos os dados do Censo Demográfico para os anos de 1991, 2000 e 2010, da Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE para o período de 2000 e 2012, e as bases geográficas da prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro – pontos de embarque/desembarque do transporte público e limites administrativos – para a produção de um axial viário que nos permitiu a realização das análises de sintaxe espacial.
Abstract. Segregation has been one of the most persistent features of cities and therefore one of... more Abstract. Segregation has been one of the most persistent features of cities and therefore one of the main research topics in social studies. From a tradition that can be traced back to the Chicago School in the early 20th century, social segregation has been seen as the natural consequence of the social division of space, reducing segregation territorial segregation and taking the space as a substitute for social distance. We propose a change in the focus of static segregation of places to as social segregation is played by embodied urban trajectories. We analysed trajectories of groups of social actors differentiated by income levels in Rio de Janeiro, Brazil. Firstly, we used metadata from Twitter users moving around the city to derive geographic coordinates and timestamp of tweets, and identified users’ origins and destinations. Then we crossed information on trajectories with socioeconomic data in order to see potential social networks according to income, assess their spatial behaviour and potential spaces of social convergence – a geography of the segregative / integrative potential of encounters. This approach is intended to recast the spatiality of segregation potentially active in the circumstances of social contact in the city rather than in static territories and patterns of residential location. Key words: segregation, mobilities, social networks, Big Data.
A segregação tem sido uma das características mais persistentes nas cidades e um dos principais t... more A segregação tem sido uma das características mais persistentes nas cidades e um dos principais temas de investigação em estudos urbanos e sociológicos. Partindo de uma tradição que remete à Escola de Chicago no início do século XX, a segregação social tem sido vista como a consequência natural da divisão social do espaço, reduzindo o fenômeno da segregação à segregação territorial e assumindo o espaço como razão e explicação suficientes para a distância social. Propomos uma mudança do foco na visão da segregação estática dos lugares para um entendimento da segregação social ocorrendo nas ações e trajetórias dos atores urbanos. Analisamos as rotinas de grupos de atores sociais diferenciados por níveis de renda no Rio de Janeiro, fazendo uso de metadados de usuários do Twitter em suas movimentações na cidade. Em seguida, cruzamos essas trajetórias com dados socioeconômicos, a fim de identificar as redes de apropriação dos usuários de acordo com sua renda, de modo a examinar seu comportamento espacial em uma geografia do potencial de segregação / integração dos encontros na cidade. Esta abordagem busca a espacialidade da segregação ativa nas circunstâncias do contato social na cidade, para além dos territórios estáticos e padrões de localização residencial. Palavras-chave: segregação, mobilidades, redes sociais, de Big Data.
Our paper introduces the theoretical and methodological grounds for a new approach to problems of... more Our paper introduces the theoretical and methodological grounds for a new approach to problems of internal relations between urban patterns in the city creation process. The first problem relates to the conditions of convergence of patterns of accessibility, location, density and pedestrian movement -distinct material processes whose deep mutual implications seem to tie and mix them in the form of the city itself. Approaches to urban morphology and growth as different as space syntax and spatial economics are based on the central proposition that patterns overlap in time, an axiom that allows them to show, for instance, how accessibility affects location or movement. We challenge such teleological perspective, arguing that convergence is likely to always contain dissonance between patterns, deeply entrenched in the collisions of materialities and temporalities of distinct urban processes, among other contingencies. Furthermore, dissonance may help to explain recognizable differences in pattern correlations. We introduce a methodology to assess levels of convergence/dissonance in urban systems in time, or how patterns relate as cities grow and change.
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