Papers by Luciana M Azevedo de Almeida

Meu especial reconhecimento ao Professor Paulo Margutti, que além da orientação instrutiva e pers... more Meu especial reconhecimento ao Professor Paulo Margutti, que além da orientação instrutiva e perspicaz, me acompanhou neste período, às vezes turbulento, com gentileza, respeito, amizade e tolerância. Agradeço também ao professor Marcelo Pimenta, que me orientou numa pesquisa de iniciação científica sobre Górgias e despertou minha admiração pela filosofia grega. Aos professores do departamento, pela acolhida e confiança, em especial, à Lívia Guimarães e Ricardo Fenati, pela amizade e estímulo e, principalmente, pela convivência bem humorada que tornaram este período mais agradável. Ao Olimar Flores Júnior pela revisão dos termos gregos. Ao colega Jairo Dias de Carvalho, que se aventurou a ler este trabalho. Agradeço, ainda, à minha tia Ariana, por conferir a formatação do mesmo. Por fim, agradeço o apoio financeiro do CNPq e da FAPEMIG, sem o qual este trabalho não teria sido possível.

Dissertação de Mestrado - UFMG, 1999
À memória de meu avô Cícero. AGRADECIMENTOS Meu especial reconhecimento ao Professor Paulo Margut... more À memória de meu avô Cícero. AGRADECIMENTOS Meu especial reconhecimento ao Professor Paulo Margutti, que além da orientação instrutiva e perspicaz, me acompanhou neste período, às vezes turbulento, com gentileza, respeito, amizade e tolerância. Agradeço também ao professor Marcelo Pimenta, que me orientou numa pesquisa de iniciação científica sobre Górgias e despertou minha admiração pela filosofia grega. Aos professores do departamento, pela acolhida e confiança, em especial, à Lívia Guimarães e Ricardo Fenati, pela amizade e estímulo e, principalmente, pela convivência bem humorada que tornaram este período mais agradável. Ao Olimar Flores Júnior, pela revisão dos termos gregos. Ao colega Jairo Dias de Carvalho, que se aventurou a ler este trabalho. Agradeço, ainda, à minha tia Ariana, por conferir a formatação do mesmo. Por fim, agradeço o apoio financeiro do CNPq e da FAPEMIG, sem o qual este trabalho não teria sido possível.

O valor da obra de Untersteiner Les Sophistes é inegável. Lançar-se ao estudo dos sofistas signif... more O valor da obra de Untersteiner Les Sophistes é inegável. Lançar-se ao estudo dos sofistas significa enfrentar duas dificuldades básicas: primeiro -mesmo que reunidos sob uma designação comum, muitas são as diferenças que conferem individualidade ao pensamento de cada um desses sábios. Esta característica impõe que de antemão seja feita uma opção metodológica para a abordagem desses autores. Untersteiner revela a sua opção no próprio título de sua obra. Ao invés de reuni-los em um único conjunto, visando estudar as peculiaridades do movimento sofístico em seu todo, ele nos oferece uma obra que trata de cada um individualmente, esforçando-se em apresentar as diferenças de cada sofista: "(...) ce livre s' intitule Les Sophistes et non "La Sophistique" (...)" 1 . Diante de um conjunto de pensadores tão diversos, Untersteiner soube reunir em sua obra as principais figuras do 'movimento sofístico', mantendo as peculiaridades de cada pensador. Contudo, permanece a alcunha comum -os sofistas -que, para além das especificidades, revela uma unidade. A esse respeito destacamos mais um mérito da interpretação untersteiniana, pois ele também se preocupou em evidenciar a temática comum que subsiste às diferenças: o tema do Lógos. Os sofistas são aqueles que sabem fazer o melhor uso da linguagem. Para tanto ela é, ao mesmo tempo, objeto de reflexão e instrumento de trabalho. A segunda dificuldade é a mais considerável delas: o corpus doutrinário dos sofistas é fragmentário, corrompido e, até mesmo, pobre. Trata-se de uma dificuldade peculiar ao estudo do pensamento pré-socrático em geral, já que as fontes doxográficas, pelas quais têm-se acesso a estas doutrinas, apresentam-nas de maneira fragmentária. Tal característica das fontes disponíveis à pesquisa dos pré-socráticos torna imperativa uma opção hermenêutica: privilegiar exclusivamente o fragmento, ou, ao contrário, tentar reconstruir o todo do pensamento no qual o fragmento se insere.

Kriterion: Revista de Filosofia, 2012
É possível ser cético e ao mesmo tempo cristão? A expressão "ceticismo cristão" denota a convivên... more É possível ser cético e ao mesmo tempo cristão? A expressão "ceticismo cristão" denota a convivência paradoxal entre a recusa cética da crença e a adesão à crença na religião cristã. Cunhada por Le Vayer para classificar sua filosofia, e escolhida por Flávio Loque por evitar o anacronismo do termo "fideísmo", utilizado somente no século XiX, ela sintetiza a problemática que o trabalho irá elucidar: o das relações entre a suspensão do juízo e os critérios da escolha religiosa (p.23). os três itinerários analisados, Montaigne, Charron e La Mothe Le Vayer são escolhidos pelo fato de compatibilizarem, cada qual à sua maneira, o ceticismo e a fé cristã. Com perspicácia, Loque demonstra como, na Apologia, a solução de Montaigne para o problema da escolha religiosa é ambivalente, possibilitando que dela derivem as soluções de Charron e Le Vayer em direções distintas e mesmo antagônicas: a validação do cristianismo baseada na verossimilhança, no primeiro caso, e no outro, em uma instância extra-racional e contingente-a vontade. Além das qualidades formais do texto, sua fluidez, desenvoltura, clareza metodológica e rigor conceitual, a escolha dos autores garante ao trabalho grande relevância, fomentando o debate sobre filósofos menos frequentados. Se os estudos dedicados a Montaigne são numerosos e contam com enfoques bastante diversificados, os dedicados a Charron ou Le Vayer são mais exíguos no Brasil, salvo os trabalhos publicados e fomentados por José raimundo * Doutoranda em Filosofia pela UFMG.

O presente artigo tem como objetivo analisar as relações entre o ceticismo montaigniano e o cetic... more O presente artigo tem como objetivo analisar as relações entre o ceticismo montaigniano e o ceticismo acadêmico, a partir do ensaio 'Dos Coxos'. Pretendemos evidenciar que a presença de elementos tipicamente acadêmicos neste ensaio não caracteriza uma modificação substantiva em relação ao ceticismo de Montaigne, cujos traços essenciais permanecem ainda pirrônicos. Ao contrário, interessa-nos mostrar que convivem neste ceticismo valores e formulações destas duas versões do ceticismo antigo, na maneira como associa de forma consistente tanto a dúvida pirrônica quanto o preceito da integridade intelectual acadêmico. Partiremos das considerações avançadas por Pascal no fragmento 98 dos Pensamentos, pois elas nos permitem apurar o sentido da metáfora utilizada por Montaigne para dar título ao seu ensaio, metáfora esta que nos ajuda apreender a problemática que orienta este ensaio como um todo coerente e ilustrativo de uma apropriação singular das referidas versões do ceticismo antigo. Por fim, admitindo que a metáfora do coxo refere-se ao homem decaído, seguindo a sugestão de Pascal, avançaremos algumas considerações acerca do fideísmo em Montaigne.
Reviews of "Ceticismo e religião..." by Luciana M Azevedo de Almeida

Kriterion n. 126 (2012) pp. 601-608
É possível ser cético e ao mesmo tempo cristão? A expressão "ceticismo cristão" denota a convivên... more É possível ser cético e ao mesmo tempo cristão? A expressão "ceticismo cristão" denota a convivência paradoxal entre a recusa cética da crença e a adesão à crença na religião cristã. Cunhada por Le Vayer para classificar sua filosofia, e escolhida por Flávio Loque por evitar o anacronismo do termo "fideísmo", utilizado somente no século XiX, ela sintetiza a problemática que o trabalho irá elucidar: o das relações entre a suspensão do juízo e os critérios da escolha religiosa (p.23). os três itinerários analisados, Montaigne, Charron e La Mothe Le Vayer são escolhidos pelo fato de compatibilizarem, cada qual à sua maneira, o ceticismo e a fé cristã. Com perspicácia, Loque demonstra como, na Apologia, a solução de Montaigne para o problema da escolha religiosa é ambivalente, possibilitando que dela derivem as soluções de Charron e Le Vayer em direções distintas e mesmo antagônicas: a validação do cristianismo baseada na verossimilhança, no primeiro caso, e no outro, em uma instância extra-racional e contingente -a vontade.
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Reviews of "Ceticismo e religião..." by Luciana M Azevedo de Almeida