Luiz Henrique Assis Garcia
Graduado (licenciatura- 1997), Mestre (2000) e Doutor (2007) em História pela Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FAFICH) da UFMG. Coordenou por 8 anos o Setor de Pesquisa do Museu Histórico Abílio Barreto (MHAB) em Belo Horizonte (MG). Atualmente é Professor Associado e pesquisador da ECI-UFMG, atuando especialmente no curso de Museologia e membro permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação. É um dos coordenador do grupo de pesquisa ESTOPIM (Núcleo de Estudos Interdisciplinares do Patriimônio Cultural), e criador do grupo de estudos SOMMUS (Som e Museologia), ambos na UFMG. É membro da seção latinoamericana da IASPM - International Association for the Study of Popular Music. Tem experiência nas área de História e Museologia, atuando principalmente nos seguintes temas: história da música popular brasileira, história do Brasil republicano, patrimônio e memória, paisagens sonoras, trocas culturais, museus, entorno e seu papel social. É também compositor que atua na cena musical belorizontina.
Phone: (31) 3409-6122
Address: Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Ciência da Informação.
Av. Presidente Antônio Carlos, 6627 ECI sala 4024
Pampulha
31270-901 - Belo Horizonte, MG - Brasil
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Papers by Luiz Henrique Assis Garcia
Patrimônio, no plano nacional e internacional, propomos aqui uma apresentação e um debate crítico,
alicerçados em revisão de literatura seguida de estudo de caso. Retomando as leituras teóricas que nosso grupo
de pesquisa vem realizando nos últimos anos - Heinich, Jeudy, Lowenthal, Muñoz Viñas, García Canclini,
entre outros - aliados a trabalhos recentes que têm versado sobre o conceito à luz de políticas e práticas
inovadoras que vêm transformando o campo do Patrimônio, pretendemos discutir os sentidos da autenticidade
no escopo de Cartas, Convenções e outros documentos relevantes enquanto marcos neste campo. Nesta
primeira parte daremos maior destaque ao emprego de autenticidade enquanto conceito integrado à política da
Unesco para atribuição do título de Patrimônio Cultural da Humanidade, considerando desde o trabalho
intelectual que o mobiliza articulado com um aparato de categorias (como originalidade; identidade;
pertencimento; autoria; entre outras) constituído desde a modernidade até o imperativo econômico que
intervém sobre os bens patrimonializados através da especulação imobiliária ou da indústria do turismo. Numa
segunda parte, discutiremos o caso do Conjunto da Pampulha, prosseguindo nossa crítica do documento de
inclusão na Lista, tomando como pontos de partida: a) a aplicação da categoria dentro dos Dossiês de
candidatura do Conjunto Moderno da Pampulha à lista de Patrimônio Cultural da UNESCO (2014 e 2017),
qual sentido predominante em que é empregada, o quanto é recorrente, qual seu peso dentro da argumentação,
e a forma como participa da própria constituição do objeto, considerando os textos e imagens que compõem o
documento; b) considerações a respeito da avaliação do Dossiê e das ações subsequentes da Unesco e da PBH
(proponente), investigando como se constrói essa autenticidade do ponto de vista da razão patrimonial que
desconsidera outras historicidades e referências culturais para promover o aplainamento, limando “arestas”
para apresentar a Paisagem cultural (sustentáculo adotado para a proposta final) na condição de autêntica.
Analisaremos em que medida esta construção evidencia um progressivo ajuste da proposição ao que
avaliadores externos da Unesco reconhecem como autenticidade. Em nossas considerações finais propomos um
questionamento: por que, diante das evidentes e acirradas contradições que desperta , tal categoria permanece
firmemente entre os critérios de patrimonialização.
other display techniques for ambience reconstitution, as if they were there to lend some "authenticity" to which is basically a rhetorical allusion, which constitutes the narrative from this collection of "staged" places. I propose here to make a critical reading of the exhibit based on field documentation produced by me in June 2015, creating the photographic and sound recording of the entire exhibition walkthrough,
as well as material collected on the official site of the museum and its Facebook page. From a conceptual point of view, I shall indicate two analysis routes, one goes throughthe thinking on space / place, in order to understand this movement of 'represent' and 'collect' the places associated with the Beatles in the exhibition, and another by museum studies discussions on the "reconstructions" in exhibitions. The link between these two pathways seem possible from a broader discussion of forms of appropriation and representation of the past, in dialogue with heritage historicity.
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