Papers by TITO FLAVIO RODRIGUES DE AGUIAR

Revista FÓRUM PATRIMÔNIO: Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável, 2020
Reconhecendo autenticidade como conceito chave para concepção e configuração histórica da polític... more Reconhecendo autenticidade como conceito chave para concepção e configuração histórica da política de Patrimônio, nacional e internacional, propomos aqui uma reflexão crítica, alicerçados em revisão de literatura seguida de estudo de caso. Partindo de leituras de autores como Muñoz Viñas, Lowenthal, García Canclini, Hafstein e Brumann, discutimos os sentidos da autenticidade no âmbito de Cartas patrimoniais, recomendações e outros documentos. Na primeira parte analisamos o emprego de autenticidade enquanto conceito integrado à política da UNESCO para atribuição do título de Patrimônio Mundial, partindo de uma perspectiva crítico-histórica. Na segunda, discutimos o caso do Conjunto Moderno da Pampulha, partindo da leitura crítica dos dois dossiês de candidatura desse bem cultural à inscrição na Lista do Patrimônio Mundial da UNESCO como Paisagem Cultural (2014 e 2017), enfatizando o critério de autenticidade. Por fim, questionamos por que a categoria de autenticidade permanece como critério de patrimonialização mesmo diante das contradições que desperta. Grupo de Pesquisa Estopim - autores: Aguiar, T. F. R. D. ., Assis Garcia, L. H., Lages Rodrigues, R. ., Ruoso, C., Tavares Pereira, D. ., Veríssimo Costa, D., Veiga, J. M., & Dantas Moura, M. T.

Nosso objetivo é analisar o lugar do patrimônio edificado como parte destacada das estratégias de... more Nosso objetivo é analisar o lugar do patrimônio edificado como parte destacada das estratégias de requalificação urbana. Interessa-nos discutir de que maneira os discursos do patrimônio incorporam e constroem representações tanto de cidade quanto da História como forma específica de compreensão da transformação do espaço e suas apropriações pelos citadinos. Consideraremos como isto se insere numa perspectiva da globalização, na maneira como as intervenções estandardizam o espaço urbano, ainda que modulada em termos locais. Em Belo Horizonte, a partir da década de 1980, lugares de forte significação social e simbólica, como a Praça da Estação, a Rua da Bahia e a Praça da Liberdade, vêm sendo alvo de projetos executados pelo poder público em consórcio com a iniciativa privada que concebem e praticam uma concepção cristalizada de História a ser reverenciada, uma centralidade a ser retomada, uma experiência urbana a ser enaltecida e vivenciada, em detrimento de outras. Inicialmente analisamos os projetos de requalificação e os discursos legitimadores construídos através das falas oficiais e dos meios massivos de comunicação. Mostramos como projetos e políticas públicas costumam desconsiderar as comunidades locais, impondo modelos concebidos em badalados escritórios de arquitetos do star system globalizado. A partir da reflexão de Viñas , consideramos que tais políticas não se mostram capazes de dar voz e lugar à diversidade, no máximo convivem com ela, apesar das tentativas frustradas de varrê-la. Num último momento, na passagem do projeto concebido ao espaço experienciado, constatamos as fissuras das tentativas de homogeneizar a cidade. Observamos isso tanto em resistências mais organizadas institucionalmente, como movimentos sociais e mobilizações, ou nos "contra-usos" que captamos nos trabalhos em campo. Apontamos finalmente a necessidade de rever a forma como tais políticas construídas, para que não se descartem outras leituras do patrimônio e da própria cidade como palco de vivência social e política.

REVISTA FÓRUM PATRIMÔNIO, 2021
Reconhecendo autenticidade como conceito chave para concepção e configuração histórica da polític... more Reconhecendo autenticidade como conceito chave para concepção e configuração histórica da política de Patrimônio, nacional e internacional, propomos aqui uma reflexão crítica, alicerçados em revisão de literatura seguida de estudo de caso. Partindo de leituras de autores como Muñoz Viñas, Lowenthal, García Canclini, Hafstein e Brumann, discutimos os sentidos da autenticidade no âmbito de Cartas patrimoniais, recomendações e outros documentos. Na primeira parte analisamos o emprego de autenticidade enquanto conceito integrado à política da UNESCO para atribuição do título de Patrimônio Mundial, partindo de uma perspectiva crítico-histórica. Na segunda, discutimos o caso do Conjunto Moderno da Pampulha, partindo da leitura crítica dos dois dossiês de candidatura desse bem cultural à inscrição na Lista do Patrimônio Mundial da UNESCO como Paisagem Cultural (2014 e 2017), enfatizando o critério de autenticidade. Por fim, questionamos por que a categoria de autenticidade permanece como critério de patrimonialização mesmo diante das contradições que desperta.
Grupo de Pesquisa Estopim - autores:
Aguiar, T. F. R. D. ., Assis Garcia, L. H., Lages Rodrigues, R. ., Ruoso, C., Tavares Pereira, D. ., Veríssimo Costa, D., Veiga, J. M., & Dantas Moura, M. T.
Revista CPC, Dec 29, 2023
Cadernos de Arquitetura e Urbanismo, May 23, 2022
Resumo Diante da crescente demanda por moradias no Brasil e da hegemonia de tecnologias construti... more Resumo Diante da crescente demanda por moradias no Brasil e da hegemonia de tecnologias construtivas convencionais, este trabalho trata da racionalização construtiva em Habitações de Interesse Social, com ênfase na aplicação do Light Steel Framing. A partir de avaliação pós-ocupacional 1 Este artigo toma por base a pesquisa realizada por

Revista FÓRUM PATRIMÔNIO: Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável, 2020
Reconhecendo autenticidade como conceito chave para concepção e configuração histórica da polític... more Reconhecendo autenticidade como conceito chave para concepção e configuração histórica da política de Patrimônio, nacional e internacional, propomos aqui uma reflexão crítica, alicerçados em revisão de literatura seguida de estudo de caso. Partindo de leituras de autores como Muñoz Viñas, Lowenthal, García Canclini, Hafstein e Brumann, discutimos os sentidos da autenticidade no âmbito de Cartas patrimoniais, recomendações e outros documentos. Na primeira parte analisamos o emprego de autenticidade enquanto conceito integrado à política da UNESCO para atribuição do título de Patrimônio Mundial, partindo de uma perspectiva crítico-histórica. Na segunda, discutimos o caso do Conjunto Moderno da Pampulha, partindo da leitura crítica dos dois dossiês de candidatura desse bem cultural à inscrição na Lista do Patrimônio Mundial da UNESCO como Paisagem Cultural (2014 e 2017), enfatizando o critério de autenticidade. Por fim, questionamos por que a categoria de autenticidade permanece como critério de patrimonialização mesmo diante das contradições que desperta. Grupo de Pesquisa Estopim - autores: Aguiar, T. F. R. D. ., Assis Garcia, L. H., Lages Rodrigues, R. ., Ruoso, C., Tavares Pereira, D. ., Veríssimo Costa, D., Veiga, J. M., & Dantas Moura, M. T.

Revista CPC, 2021
Diante da urgência de valorização de edificações que possuem relevância histórica e cultural, evi... more Diante da urgência de valorização de edificações que possuem relevância histórica e cultural, evidencia-se a necessidade de promoção da reabilitação e da restauração de tais construções e de investigação de materiais e processos que contribuam para tal. Este trabalho busca discutir o uso de elementos construtivos em aço em processos de reabilitação e restauração de bens do patrimônio cultural edificado, de maneira que estes voltem a atender às demandas da sociedade, em especial as simbólicas e historiográficas. Considerando as qualidades comumente atribuídas à inserção do aço nessas intervenções, como a agilidade na execução, o baixo peso próprio, a reversibilidade e a facilidade de ser feita a distinção entre novos acréscimos em aço e elementos e partes preexistentes da edificação, discute-se a sua adequação às demandas contemporâneas de novos usos e programas. Relata-se uma pesquisa desenvolvida a partir de estudo de caso que teve como objeto o Cine Theatro Brasil, em Belo Horizon...
Cadernos de Arquitetura e Urbanismo, 2018
Com as evoluções operadas ao longo dos anos, associadas a inúmeras experimentações de ordem práti... more Com as evoluções operadas ao longo dos anos, associadas a inúmeras experimentações de ordem prática, os andaimes vêm se tornando cada vez mais atraentes devido à grande flexibilidade que proporcionam. O nível tecnológico em que se encontram atualmente permite vislumbrar novas possibilidades de uso, como, por exemplo, a aplicação desses componentes para solução estrutural de edifcações. Por meio de uma pesquisa exploratória, este artigo aborda os principais sistemas utilizados nesse novo contexto e apresenta exemplos práticos da produção contemporânea do gênero, avaliando e destacando suas principais características. Percebe-se que esse tipo de estrutura pode ser muito efciente em alguns casos, e que sua relação custo-benefício pode variar muito, dependendo das soluções de projeto adotadas.

Entre 1891 e 1898, o governo do Estado empreendeu a mudanca da capital de Minas Gerais, buscando ... more Entre 1891 e 1898, o governo do Estado empreendeu a mudanca da capital de Minas Gerais, buscando integrar as varias regioes do estado e promover a modernizacao regional. A construcao de uma nova capital, a Cidade de Minas, hoje Belo Horizonte, procurou criar um centro urbano para estimular a modernizacao do estado atraves da industrializacao. O plano da Cidade de Minas, elaborado por Aarao Reis em 1895, expressou esse projeto de modernizacao, propondo uma cidade organizada em bases tecnicas apuradas, com infra-estrutura urbana sofisticada para as condicoes brasileiras do fim do seculo XIX. No plano de Aarao Reis, os suburbios foram pensados como transicao entre campo e cidade, recebendo arranjo espacial peculiar, que articulava a area urbana e a zona rural. Esse plano nao foi rigorosamente seguido na implantacao dos suburbios, cedendo lugar, em 1898 e 1899, a outra iniciativa do governo mineiro voltada para a modernizacao regional, a criacao da zona colonial. Esse empreendimento de ...
Conference Presentations by TITO FLAVIO RODRIGUES DE AGUIAR

Anais do 3º Simpósio Científico do ICOMOS Brasil, 2019
Reconhecendo autenticidade como conceito chave para a concepção e configuração histórica da Polít... more Reconhecendo autenticidade como conceito chave para a concepção e configuração histórica da Política de
Patrimônio, no plano nacional e internacional, propomos aqui uma apresentação e um debate crítico,
alicerçados em revisão de literatura seguida de estudo de caso. Retomando as leituras teóricas que nosso grupo
de pesquisa vem realizando nos últimos anos - Heinich, Jeudy, Lowenthal, Muñoz Viñas, García Canclini,
entre outros - aliados a trabalhos recentes que têm versado sobre o conceito à luz de políticas e práticas
inovadoras que vêm transformando o campo do Patrimônio, pretendemos discutir os sentidos da autenticidade
no escopo de Cartas, Convenções e outros documentos relevantes enquanto marcos neste campo. Nesta
primeira parte daremos maior destaque ao emprego de autenticidade enquanto conceito integrado à política da
Unesco para atribuição do título de Patrimônio Cultural da Humanidade, considerando desde o trabalho
intelectual que o mobiliza articulado com um aparato de categorias (como originalidade; identidade;
pertencimento; autoria; entre outras) constituído desde a modernidade até o imperativo econômico que
intervém sobre os bens patrimonializados através da especulação imobiliária ou da indústria do turismo. Numa
segunda parte, discutiremos o caso do Conjunto da Pampulha, prosseguindo nossa crítica do documento de
inclusão na Lista, tomando como pontos de partida: a) a aplicação da categoria dentro dos Dossiês de
candidatura do Conjunto Moderno da Pampulha à lista de Patrimônio Cultural da UNESCO (2014 e 2017),
qual sentido predominante em que é empregada, o quanto é recorrente, qual seu peso dentro da argumentação,
e a forma como participa da própria constituição do objeto, considerando os textos e imagens que compõem o
documento; b) considerações a respeito da avaliação do Dossiê e das ações subsequentes da Unesco e da PBH
(proponente), investigando como se constrói essa autenticidade do ponto de vista da razão patrimonial que
desconsidera outras historicidades e referências culturais para promover o aplainamento, limando “arestas”
para apresentar a Paisagem cultural (sustentáculo adotado para a proposta final) na condição de autêntica.
Analisaremos em que medida esta construção evidencia um progressivo ajuste da proposição ao que
avaliadores externos da Unesco reconhecem como autenticidade. Em nossas considerações finais propomos um
questionamento: por que, diante das evidentes e acirradas contradições que desperta , tal categoria permanece
firmemente entre os critérios de patrimonialização.
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Papers by TITO FLAVIO RODRIGUES DE AGUIAR
Grupo de Pesquisa Estopim - autores:
Aguiar, T. F. R. D. ., Assis Garcia, L. H., Lages Rodrigues, R. ., Ruoso, C., Tavares Pereira, D. ., Veríssimo Costa, D., Veiga, J. M., & Dantas Moura, M. T.
Conference Presentations by TITO FLAVIO RODRIGUES DE AGUIAR
Patrimônio, no plano nacional e internacional, propomos aqui uma apresentação e um debate crítico,
alicerçados em revisão de literatura seguida de estudo de caso. Retomando as leituras teóricas que nosso grupo
de pesquisa vem realizando nos últimos anos - Heinich, Jeudy, Lowenthal, Muñoz Viñas, García Canclini,
entre outros - aliados a trabalhos recentes que têm versado sobre o conceito à luz de políticas e práticas
inovadoras que vêm transformando o campo do Patrimônio, pretendemos discutir os sentidos da autenticidade
no escopo de Cartas, Convenções e outros documentos relevantes enquanto marcos neste campo. Nesta
primeira parte daremos maior destaque ao emprego de autenticidade enquanto conceito integrado à política da
Unesco para atribuição do título de Patrimônio Cultural da Humanidade, considerando desde o trabalho
intelectual que o mobiliza articulado com um aparato de categorias (como originalidade; identidade;
pertencimento; autoria; entre outras) constituído desde a modernidade até o imperativo econômico que
intervém sobre os bens patrimonializados através da especulação imobiliária ou da indústria do turismo. Numa
segunda parte, discutiremos o caso do Conjunto da Pampulha, prosseguindo nossa crítica do documento de
inclusão na Lista, tomando como pontos de partida: a) a aplicação da categoria dentro dos Dossiês de
candidatura do Conjunto Moderno da Pampulha à lista de Patrimônio Cultural da UNESCO (2014 e 2017),
qual sentido predominante em que é empregada, o quanto é recorrente, qual seu peso dentro da argumentação,
e a forma como participa da própria constituição do objeto, considerando os textos e imagens que compõem o
documento; b) considerações a respeito da avaliação do Dossiê e das ações subsequentes da Unesco e da PBH
(proponente), investigando como se constrói essa autenticidade do ponto de vista da razão patrimonial que
desconsidera outras historicidades e referências culturais para promover o aplainamento, limando “arestas”
para apresentar a Paisagem cultural (sustentáculo adotado para a proposta final) na condição de autêntica.
Analisaremos em que medida esta construção evidencia um progressivo ajuste da proposição ao que
avaliadores externos da Unesco reconhecem como autenticidade. Em nossas considerações finais propomos um
questionamento: por que, diante das evidentes e acirradas contradições que desperta , tal categoria permanece
firmemente entre os critérios de patrimonialização.
Grupo de Pesquisa Estopim - autores:
Aguiar, T. F. R. D. ., Assis Garcia, L. H., Lages Rodrigues, R. ., Ruoso, C., Tavares Pereira, D. ., Veríssimo Costa, D., Veiga, J. M., & Dantas Moura, M. T.
Patrimônio, no plano nacional e internacional, propomos aqui uma apresentação e um debate crítico,
alicerçados em revisão de literatura seguida de estudo de caso. Retomando as leituras teóricas que nosso grupo
de pesquisa vem realizando nos últimos anos - Heinich, Jeudy, Lowenthal, Muñoz Viñas, García Canclini,
entre outros - aliados a trabalhos recentes que têm versado sobre o conceito à luz de políticas e práticas
inovadoras que vêm transformando o campo do Patrimônio, pretendemos discutir os sentidos da autenticidade
no escopo de Cartas, Convenções e outros documentos relevantes enquanto marcos neste campo. Nesta
primeira parte daremos maior destaque ao emprego de autenticidade enquanto conceito integrado à política da
Unesco para atribuição do título de Patrimônio Cultural da Humanidade, considerando desde o trabalho
intelectual que o mobiliza articulado com um aparato de categorias (como originalidade; identidade;
pertencimento; autoria; entre outras) constituído desde a modernidade até o imperativo econômico que
intervém sobre os bens patrimonializados através da especulação imobiliária ou da indústria do turismo. Numa
segunda parte, discutiremos o caso do Conjunto da Pampulha, prosseguindo nossa crítica do documento de
inclusão na Lista, tomando como pontos de partida: a) a aplicação da categoria dentro dos Dossiês de
candidatura do Conjunto Moderno da Pampulha à lista de Patrimônio Cultural da UNESCO (2014 e 2017),
qual sentido predominante em que é empregada, o quanto é recorrente, qual seu peso dentro da argumentação,
e a forma como participa da própria constituição do objeto, considerando os textos e imagens que compõem o
documento; b) considerações a respeito da avaliação do Dossiê e das ações subsequentes da Unesco e da PBH
(proponente), investigando como se constrói essa autenticidade do ponto de vista da razão patrimonial que
desconsidera outras historicidades e referências culturais para promover o aplainamento, limando “arestas”
para apresentar a Paisagem cultural (sustentáculo adotado para a proposta final) na condição de autêntica.
Analisaremos em que medida esta construção evidencia um progressivo ajuste da proposição ao que
avaliadores externos da Unesco reconhecem como autenticidade. Em nossas considerações finais propomos um
questionamento: por que, diante das evidentes e acirradas contradições que desperta , tal categoria permanece
firmemente entre os critérios de patrimonialização.