Protocolos autonómicos de consulta previa indígena en América Latina: Estudios de casos en Bolivia, Brasil, Chile, Colombia, Honduras, México y Perú, 2020
CAPITULO IV
Protocolos Indígenas de Consulta e Consentimento no Brasil
Priscylla Joca
Introdução... more CAPITULO IV
Protocolos Indígenas de Consulta e Consentimento no Brasil
Priscylla Joca
Introdução....68
1. A emergência de protocolos indígenas de consulta e consentimento no Brasil ..........70
1.1. O protocolo Wajãpi .............72
1.2 O surgimento de outros protocolos indígenas ..........75
2. E o que comunicam os conteúdos dos protocolos elaborados por povos indígenas?...........................76
2.1. Dever de consultar e responsáveis pela implementação da consulta ................77
2.2. O que deve ser objeto de consulta e tomada de consentimento........................78
2.3. Normas relativas aos processos de tomada de decisão ....................................78
2.4 Normas que guiam o diálogo com o Estado .......................................................81
2.5 Regras concernentes à relação com atores não-estatais (empresas) ...............82
2.6 Necessidade de financiamento para a realização da consulta ...........................82
2.7 Indicação de possíveis apoios técnicos, acadêmicos e governamentais ...........83
2.8 Riscos ou ameaças quanto ao processo de consulta
identificados nos protocolos..............................83
2.9 Enunciados para guiar a avaliação do processo de consulta .............................84
2.10 Regras concernentes ao encerramento do processo de consulta .....................84
2.11 Referência dos protocolos aos direitos territoriais de povos indígenas ..............85
3. O nível de reconhecimento e a aplicação dos protocolos no Brasil ............................86
3.1 A aplicação do protocolo Wajãpi.....................86
3.2 Aplicação de outros protocolos autônomos de consulta e consentimento .........88
3.3 O reconhecimento dos protocolos autônomos de consulta e consentimento pelo Estado ....92
4. Contribuições dos protocolos para a implementação do DCCLPI no Brasil ...............95
4.1 Contribuições nos processos de elaboração dos protocolos .............................95
4.2 A aplicação dos protocolos como guia para a realização da consulta ...............95
Conclusão..................98
Referências ..................99
Uploads
Papers by Priscylla Joca
the Juruna/Yudjá people in relation to the consultation and environmental
impact assessment process associated with hydroelectric and mining
projects, both proposed for implementation in the Amazon region of
Brazil, affecting the traditional territory of the Indigenous people. The
study conducted research through document analysis, using the Juruna
(Yudjá) Consultation Protocol of the Paquiçamba Indigenous Land in the
Volta Grande do Rio Xingu (2017) as one of the main analysis sources.
This research reveals that Indigenous rights to land, water, territory,
self-determination, and free, prior, and informed consent have been
disregarded in consultation and environmental assessment processes.
Beyond procedures and regulations, the study indicates tensions
between divergent perspectives on land as a commodity-resource to
be exploited by the Brazilian state and the mining company versus
Juruna cosmopolitics. The latter recognizes the interconnectedness
of lands and waters and their use based on sustenance, prioritizing
socio-biodiversity, and the consultation protocols are also important
instruments for revealing aspects of Indigenous cosmopolitics.
Martins, M.P.M.J, Nóbrega, L., Pereira, L. J. (2024). Embates jurídico-políticos em torno do direito à consulta e ao consentimento: os Juruna/Yudjá e os megaempreendimentos no Rio Xingu. Revista do Ministério Público do Estado do Pará, 16 (16), 50-82.
*Este relatório está sendo publicizado com a autorização da OGM
Sabanê (Indigenous women who are members of AGIR - Association of Indigenous Women Warriors of Rondonia, Brazil) and Priscylla Joca for Revista Lüvo.
This article aims to document the phenomenon of Indigenous consultation protocols in Brazil by comparing two cases, the Juruna and the Munduruku protocols. This paper also intends to trace the emergence and uses of these protocols by the actors in place, in order to emphasize not only their legal but also political scope. The following comparison brings to light that, even though there are widespread advances and challenges regarding the Indigenous consultation protocols in Brazil and being the protocols theoretically similar, in fact, there is a significant variation in the trajectories of emergence and implementation of those protocols. In conclusion, the proposed comparison shows that a contextual and situated analysis that focuses on the strategies and practices of the actors may be more fruitful in order to understand, in practice, how the mechanisms of appropriation of the norm of FPIC and its implementation operate.
À partir de l’étude comparée de deux cas de protocoles de consultation autochtones brésiliens (les Protocoles juruna et munduruku), cet article entend documenter le phénomène en retraçant l’émergence et les usages de ces protocoles par les acteurs en place, afin d’en souligner non seulement la portée juridique, mais aussi politique. Ainsi, et c’est ce que la comparaison permet de mettre en lumière, même si les avancées et les défis des protocoles de consultation communautaires autochtones du Brésil sont en théorie similaires, on observe en réalité une grande variation au regard de leurs trajectoires d’émergence et de mise en oeuvre. La comparaison proposée montre qu’une analyse située contextuellement qui met la focale sur les stratégies et les pratiques des acteurs peut être plus fructueuse afin de comprendre, en pratique, comment opèrent les mécanismes d’appropriation de la norme de CLPE et leur mise en oeuvre.
the Juruna/Yudjá people in relation to the consultation and environmental
impact assessment process associated with hydroelectric and mining
projects, both proposed for implementation in the Amazon region of
Brazil, affecting the traditional territory of the Indigenous people. The
study conducted research through document analysis, using the Juruna
(Yudjá) Consultation Protocol of the Paquiçamba Indigenous Land in the
Volta Grande do Rio Xingu (2017) as one of the main analysis sources.
This research reveals that Indigenous rights to land, water, territory,
self-determination, and free, prior, and informed consent have been
disregarded in consultation and environmental assessment processes.
Beyond procedures and regulations, the study indicates tensions
between divergent perspectives on land as a commodity-resource to
be exploited by the Brazilian state and the mining company versus
Juruna cosmopolitics. The latter recognizes the interconnectedness
of lands and waters and their use based on sustenance, prioritizing
socio-biodiversity, and the consultation protocols are also important
instruments for revealing aspects of Indigenous cosmopolitics.
Martins, M.P.M.J, Nóbrega, L., Pereira, L. J. (2024). Embates jurídico-políticos em torno do direito à consulta e ao consentimento: os Juruna/Yudjá e os megaempreendimentos no Rio Xingu. Revista do Ministério Público do Estado do Pará, 16 (16), 50-82.
*Este relatório está sendo publicizado com a autorização da OGM
Sabanê (Indigenous women who are members of AGIR - Association of Indigenous Women Warriors of Rondonia, Brazil) and Priscylla Joca for Revista Lüvo.
This article aims to document the phenomenon of Indigenous consultation protocols in Brazil by comparing two cases, the Juruna and the Munduruku protocols. This paper also intends to trace the emergence and uses of these protocols by the actors in place, in order to emphasize not only their legal but also political scope. The following comparison brings to light that, even though there are widespread advances and challenges regarding the Indigenous consultation protocols in Brazil and being the protocols theoretically similar, in fact, there is a significant variation in the trajectories of emergence and implementation of those protocols. In conclusion, the proposed comparison shows that a contextual and situated analysis that focuses on the strategies and practices of the actors may be more fruitful in order to understand, in practice, how the mechanisms of appropriation of the norm of FPIC and its implementation operate.
À partir de l’étude comparée de deux cas de protocoles de consultation autochtones brésiliens (les Protocoles juruna et munduruku), cet article entend documenter le phénomène en retraçant l’émergence et les usages de ces protocoles par les acteurs en place, afin d’en souligner non seulement la portée juridique, mais aussi politique. Ainsi, et c’est ce que la comparaison permet de mettre en lumière, même si les avancées et les défis des protocoles de consultation communautaires autochtones du Brésil sont en théorie similaires, on observe en réalité une grande variation au regard de leurs trajectoires d’émergence et de mise en oeuvre. La comparaison proposée montre qu’une analyse située contextuellement qui met la focale sur les stratégies et les pratiques des acteurs peut être plus fructueuse afin de comprendre, en pratique, comment opèrent les mécanismes d’appropriation de la norme de CLPE et leur mise en oeuvre.
É sobre isso e sobre as reflexões, desafios e lições relacionados à elaboração e implementação dos protocolos que trata o novo livro da Rede de Cooperação Amazônica (RCA), chamado Protocolos Autônomos de Consulta e Consentimento: um olhar sobre o Brasil, Belize, Canadá e Colômbia”.
SEÇÃO 1 – MOVIMENTOS SOCIAIS, ASSESSORIA JURÍDICA POPULAR E DIREITOS............................23
LA LEY ES SOLO PARA LOS RICOS: LA MASACRE DE
CURUGUATY – Abel Areco y Lidia Ruiz Cuevas.....................25
OS TRABALHADORES AMBULANTES E O DIREITO À CIDADE:
BREVES ANÁLISES SOBRE O PAPEL DO DIREITO NAS
MOBILIZAÇÕES COLETIVAS DE GARANTIA DE DIREITOS –
Amanda Paulista de Souza...............................................................81
ASSESSORIA JURÍDICA POPULAR: UM CONCEITO,
UM MOVIMENTO – Ana Lia Almeida..........................................111
PEDAGOGIA DA ALTERNÂNCIA E SUAS BASES LEGAIS
NUMA PERSPECTIVA DE EDUCAÇÃO DESAFIADORA PARA O CAMPO: ESCOLAS COMUNITÁRIAS CASAS FAMILIARES RURAIS NO ESTADO DO PARÁ – Donária Souza Silva.......157
O DIREITO NASCIDO NO CAMPO: ESTRATÉGIAS DE ASSESSORIA JURÍDICA POPULAR NO CONFLITO SOCIOAMBIENTAL DA CHAPADA DO APODI/RN –
Maria do Socorro Diógenes Pinto, Camila Kayssa Targino Dutra e Tayro Leopoldo de Oliveira Bezerra.........................193
EDUCAÇÃO EM DIREITOS: SENTIDOS E PRÁTICAS A PARTIR DO CONTRASTE E DO DIÁLOGO ENTRE AS EXPERIÊNCIAS DAS DEFENSORIAS PÚBLICAS E DA ASSESSORIA JURÍDICA POPULAR – Marilha Gabriela Reverendo Garau e Vladimir de Carvalho Luz..................................................................................219
A EDUCAÇÃO JURÍDICA POPULAR E O RECONHECIMENTO DA VULNERABILIDADE LINGUÍSTICA DO HIPOSSUFICIENTE: CAMINHOS DE ACESSO À JUSTIÇA – Tadeu Luciano Siqueira
Andrade.......................................................................................................255
SEÇÃO 2 - DEFENSORIA PÚBLICA
E LUTAS POPULARES............................................287
PRÁTICAS PSICOLÓGICAS DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER - Aline Daniele Hoepers e
Tânia Cristina Cordeiro Aldivino................................................289
O PAPEL DA DEFENSORIA PÚBLICA NA DEFESA DOS POVOS E COMUNIDADES AFETADAS POR GRANDES EMPREEN-
DIMENTOS NO BRASIL - Andréia Macedo Barreto............317
CONSTRUÇÃO COLETIVA DE UMA NOVA CONCEPÇÃO
DE DEFENSORIA PÚBLICA, COM FOCO EM ATUAÇÕES DE
MOBILIZAÇÃO SOCIAL E EDUCAÇÃO POPULAR, EM PARCERIA COM A ASSESSORIA JURÍDICA POPULAR E OS MOVIMENTOS SOCIAIS E POPULARES - Clara Welma Florentino e Silva.....349
AS PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA E A DEFENSORIA
EM MOVIMENTO HUMANIZADOR - Cleia Simone Ferreira, Éverton Neves dos Santos e Marcos Gabriel Eduardo
Ferreira Martins de Souza.............................................................377
A ATUAÇÃO DA DPE-MA NA AFIRMAÇÃO DO DIREITO
FUNDAMENTAL AO ACESSO À JUSTIÇA: UM BALANÇO
DOS ATENDIMENTOS PRESTADOS NOS ANOS 2011-2013 PELO NÚCLEO REGIONAL DE IMPERATRIZ - Gustavo Henrique Chaves Messias e Francisco Chagas Vieira Lima Júnior........399
ACESSO À JUSTIÇA E DEMOCRACIA: UM ESTUDO DA
DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO DE CURITIBA (2011-2012) - Maikon Ferreira...................................................................................431
A DEFENSORIA PÚBLICA DE SÃO PAULO E SEU NÚCLEO ESPECIALIZADODE SITUAÇÃO CARCERÁRIA ENLAÇADO AOS DIREITOS HUMANOS NA PROMOÇÃO IRRESTRITA
DA DIGNIDADE - Paula Fabiana Dionisio...............................465
NOVOS CAMINHOS TRAÇADOS PARA A CONCRETIZAÇÃO
DO DIREITO DE ACESSO À JUSTIÇA: A RELAÇÃO ENTRE
DEFENSORIA PÚBLICA E MOVIMENTOS SOCIAIS SERÁ
UM CAMINHO? - Rivana Barreto Ricarte de Oliveira.......501
POLÍTICA JUDICIAL: DISPUTA E RESISTÊNCIA NA
DEFENSORIA PÚBLICA EM TRÊS EPISÓDIOS -
Vinícius Alves Barreto da Silva...................................................533
SEÇÃO 3 - REGULAÇÃO JURÍDICA, IMPACTOS,
INSTITUIÇÕES E GARANTIAS............................... 573
LAS 100 REGLAS DE BRASILIA COMO GARANTIA
DEL ACCESO A LA JUSTICIA - Claudio Jesús Santagati.....575
MINISTÉRIO PÚBLICO: O INIMIGO DO POVO? -
Leandro Gaspar Scalabrin.............................................................593
A MEDIAÇÃO DOS CONFLITOS FUNDIÁRIOS URBANOS
E O NOVO CPC - Claudio Oliveira de Carvalho e
Raoni Andrade Rodrigues.............................................................599
A DEFENSORIA PÚBLICA NO NOVO CÓDIGO
DE PROCESSO CIVIL - Renan Barros dos Reis.....................633
CARTA DAS “PESCADORAS ENCANTADAS”
ARAREKOLÊ - INTRODUÇÃO: DIREITOS TERRITORIAIS DE POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS EM SITUAÇÃO DE CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS
POVOS INDÍGENAS: PISA LIGEIRO, QUEM NÃO PODE COM A FORMIGA NÃO ASSANHA O FORMIGUEIRO
The contribution of the Human Rights Committee to the further development of the right of indigenous peoples to land, territory and natural resources: an analysis of the landmark decision in the case Ángela Poma Poma against Peru
Mariana Monteiro de Matos
Educação Indígena Tremembé na Aldeia de Almofala: Terra, Torém e Luta
Leonísia Moura Fernandes; Carmem Luísa Chaves Cavalcante
Desafios a uma Saúde Indigenista Específica e Diferenciada no Maranhão Diego Rodrigo Pereira; Rayssa de Sousa Morais
Com a Palavra os Povos Indígenas: o Direito ao Usufruto da Terra na Constituinte
Danielle Bastos Lopes; Thiago Ranniery M. de Oliveira
Aportes sobre História Econômica, Direitos Humanos e Povos Indígenas No Brasil
Flávia do Amaral Vieira; Isabella Cristina Lunelli
A Mercadorização do Ambiente como Violação de Direitos Indígenas: Projetos do “Desenvolvimento” e o Caso dos Tremembé de Queimadas Ronaldo de Queiroz Lima
QUILOMBOLAS: O ESCRAVO QUE MATA O SENHOR PRATICA UM LEGÍTIMO ATO DE AUTODEFESA (LUÍS GAMA)
Comunidade Remanescente de Quilombo Lagoinha de Baixo/MT: entre direitos garantidos e direitos usufruídos
Luciana Stephani Silva Iocca; Fatima Aparecida da Silva Iocca
Comunidades quilombolas: luta pela terra, luta jurídica e luta simbólica
João Augusto de Andrade Neto
Etnografia da Educação Escolar e Comunitária na Comunidade Quilombola São Raimundo de Taperu: reflexões sobre identidade, direitos e conflitos
Carine Costa Alves; Assis da Costa Oliveira
COMUNIDADES TRADICIONAIS DE TERREIRO: SARAVÁ IANSÃ A GRANDE GUERREIRA, ORIXÁ DO RAIO E DO VENTO, QUE AJUDA COM SUA ENERGIA VENCER AS LUTAS E AS DIFICULDADES. (PRECE A IANSÃ)
As Comunidades Tradicionais de Terreiros e as Ações por Igualdade Racial no Sul e Sudeste do Pará
Ivan Costa Lima; Deyziane dos Anjos Silva
Saberes e práticas educacionais nas Comunidades de Terreiros Baianos Jurandir de Almeida Araújo
DIREITOS TERRITORIAIS E QUESTÃO AGRÁRIA NO BRASIL: MALDITAS SEJAM TODAS AS CERCAS! MALDITAS TODAS AS PROPRIEDADES QUE NOS PRIVAM DE VIVER E DE AMAR! (D. PEDRO CASALDÁLIGA)
A Questão Agrária no Brasil: Contribuições acerca da luta dos camponeses, indígenas e quilombolas pelo acesso à terra
Bruno Bruziguessi
Usos do direito e conflito fundiário numa situação de fronteira
João Augusto de Andrade Neto
Fronteiras e Limites entre Lutas por Terra e Território no Norte de Minas Gerais
André Dumans Guedes
Território e Territorialidades dos Pescadores Artesanais de Ubatuba/Sp: Usos, Conflitos e Resistências
Larissa Tavares Moreno
O Indeferimento de Pedido Liminar em Ações Possessórias como Realização do Direito Fundamental à Moradia
Lucas Laitano Valente
Populações tradicionais e apossamento ilegal: para além da função social da propriedade
Marcus Eduardo de Carvalho Dantas
A Morada da Terra: a luta por direitos em um assentamento na Amazônia
Kerlley Diane Silva dos Santos
Comissão dos Assentamentos de Humaitá no Sul do Amazonas, conflitos fundiários a disputa pelo uso dos recursos
Aurelio Diaz Herraiz; Cassiano Oliveira dos Santos
Políticas Públicas e Desenvolvimento Territorial: uma Análise sobre o Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de Nova Iguaçu/RJ
Viviane Soares Lança
CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS E VIOLAÇÕES DE DIREITOS HUMANOS E AMBIENTAIS: SEM INDIGNAÇÃO, NADA DE GRANDE E SIGNIFICATIVO OCORRE NA HISTÓRIA HUMANA (MICHAEL LÖWY)
Repensando o Conceito de Direitos Humanos à Luz dos Conflitos Socioambientais Vivenciados por Povos e Populações no Ceará/Brasil Luciana Nogueira Nóbrega; Martha Priscylla Monteiro Joca Martins
A Carta de Crédito e os direitos da população afetada pela UHE Belo Monte: a violação do direito ao projeto de vida
Alysson Lopes da Costa; Kessia Silva Moraes
Territorialidades e conflitivas dos programas de desenvolvimento no Nordeste brasileiro: projetos de infraestrutura de grande escala em turismo e populações tradicionais costeiras
Potyguara Alencar dos Santos
A Construção da Hidrelétrica Belo Monte e o Despejo Forçado em Santo Antônio
Andréia Macedo Barreto
Um conflito socioambiental na Ilha Grande, Brasil: a praia do Aventureiro em disputa
Córa Hisae Hagino
Caminhos fechados: coerção aos meios de vida como forma de expulsão dos caiçaras da Jureia
Roberto Sanches Rezende; Rodrigo Ribeiro de Castro; Mauro William Barbosa de Almeida
Agrotóxicos e Estado de Exceção: a Suspensão da Legislação de Agrotóxicos em Atenção aos Interesses do Agronegócio
Cleber A. R. Folgado
O Princípio da Dignidade e o Direito à Vida e à Saúde na Realidade do Sertanejo em Meio à Seca
Stephanie da Silva Holanda
Povos e Comunidades Tradicionais e Unidades de Conservação: Limites e Possibilidades sobre a Comunidade Quilombola Fazenda Velha, no Parque Nacional da Chapada Diamantina
Clara Flores Seixas de Oliveira; Claudio Oliveira de Carvalho
A Nova Lei Florestal Brasileira e a Segurança Alimentar e Nutricional: outras colheitas jurídicas do mesmo paradigma agrário-político
Lucas Eduardo Allegretti Prates
DIREITO À CONSULTA PRÉVIA, LIVRE E INFORMADA: DENDÊ NO BACALHAU, LEGÍTIMA E GENEROSA TRANSGRESSÃO (MUNDO LIVRE S/A)
A Consulta Prévia, Livre e Informada como mecanismo de garantia de Direitos Humanos dos povos indígenas: caso Kichwa de Sarayaku vs Equador
Amanda Borges de Oliveira
O direito dos povos de decidir sobre seu próprio destino: perspectivas a partir da consulta, da participação e do consentimento
Gabriela Balvedi Pimentel
SISTEMA DE JUSTIÇA: A VIDA NÃO É A QUE A GENTE VIVEU E SIM A QUE A GENTE RECORDA, E COMO RECORDA PARA CONTÁ-LA (GABRIEL GARCÍA MÁRQUEZ)
O Poder Judiciário e os desafios à efetivação da desapropriação socioambiental
Daisy Carolina Tavares Ribeiro
A advocacia frente às contradições do sistema de justiça no tratamento dos movimentos sociais: o caso da criminalização do MST
Luiz Otávio Ribas; Tiago de García Nunes
AGROECOLOGIA: SE TEMOS DE ESPERAR, QUE SEJA PARA COLHER A SEMENTE BOA QUE LANÇAMOS HOJE NO SOLO DA VIDA (CORA CORALINA)
Notas sobre a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica
Daniele Vanessa de Souza Santos; Daniela do Carmo Kabengele
Fortalecendo a teia agroecológica: a relação do grupo universitário MUDA com agricultores familiares do estado do Rio de Janeiro
Caio Sant’Anna; Heloisa Teixeira Firmo
Prefácio // 25
Carlos Frederico Mares
PARTE I // 31
Atuação da Defensoria Pública junto a movimentos sociais e populares: uma análise sócio jurídica
A defensoria pública como ator coletivo global
Adhemar Della Torre Netto
Defensoria pública da união e movimentos sociais:
ações e inter-relações para o acesso à justiça
Ana Luisa Zago de Moraes e Beatriz Lancia Noronha de Oliveira
A importância da atuação em rede da defensoria pública, assistência jurídica popular e movimentos sociais e populares para a efetivação do direito fundamental de acesso à justiça
Camila Vieira Nunes Moura
Assessoria jurídica popular e assistência jurídica integral: diálogos necessários à concretização do direito ao acesso à justiça
Christianny Diógenes Maia; Patrícia Oliveira Gomes; Priscylla Joca
Os movimentos populares e a defensoria pública na construção de um diálogo democrático
Cleide Aparecida Nepomuceno
A legitimidade da defensoria pública para o mandado de segurança coletivo
Felipe Dezorzi Borges
A atuação do defensor público à luz da administração gerencial pública do século xxi
Júlio Cesar Matias Lobo
A capacidade postulatória do defensor público no exercício da sua função
Markênio Dutra
A defensoria pública como instrumento viabilizador ao acesso à justiça
Paula Fabiana Dionisio
Ser defensor não é fazer caridade: novos paradigmas da defensoria para a construção de uma sociedade democratica
Renata Tavares da Costa Bessa
A assessoria jurídica popular como necessária prática e fundamento para a defensoria pública
Rodrigo de Medeiros Silva
Todo defensor público é um educador jurídico popular?
A prática da educação jurídica popular em direitos humanos na relação entre a defensoria pública e movimentos sociais e populares
Tânia Regina de Matos
A possibilidade de aplicação da suspensão condicional do processo aos delitos de violência doméstica
Thiago Souto de Arruda
PARTE II // 461
Movimentos sociais e populares como sujeitos coletivos de Direitos e a importância da Defensoria Pública e da Assessoria Jurídica Popular na concretização de seus direitos
A violência institucionalizada no estado de goiás: a experiência do cerrado assessoria jurídica popular no comitê goiano pelo fim da violência policial
Allan Hahnemann Ferreira, Andryelle S. Ferreira, Erika Macedo Moreira, Cleuton C. Ripol de Freitas, Claudio Agatão Porto, Gustavo Sabino, Marcel Farah
Assessoria jurídica popular e etnodesenvolvimento: acesso à justiça no cenário dos povos e comunidades tradicionais da amazônia
Assis da Costa Oliveira
Assessoria jurídica popular para pesca artesanal: uma experiência
Elisa Celmer, Lilyan Nascimento, Michele Castro
Em busca do(s) direito(s) a terra, ao território e a cosmovivência na zona costeira do Ceará: conflitos socioambientais na comunidade do cumbe/aracati
João Luis Joventino do Nascimento
Direitos sexuais e reprodutivos: a união de forças entre a defensoria pública, a renap e o movimento feminista
Othoniel Pinheiro Neto
Defensoria pública, assessoria jurídica popular e movimentos sociais e populares: novos caminhos traçados na concretização do direito de acesso à justiça
Rachel Aparecida de Aguiar Passos
Pensando em como contribuir no empoderamento da população das favelas: quem? Nós, dos movimentos
sociais e a defensoria pública
Terezinha de Oliveira Gonzaga
PARTE III // 679
Experiências exitosas de atuação da Defensoria Pública junto a movimentos sociais e populares
Rádios comunitárias no Brasil e perspectivas futuras de atuação
André da Silva Ordacgy, Lucas Krauss, Daniela Custódio
A atuação da defensoria pública da união na defesa do direito humano à comunicação – panorama jurídico dos
cursos de defensores populares: relato de uma experiência emancipatória
Fernanda Galhardo Carpanelli, Mariana Lins de Carli Silva
e Renata Cristina do Nascimento Antão
A defensoria pública da bahia e a assessoria jurídica da comunidade remanescentes de quilombolas de são francisco do paraguaçu: experiência de acesso à justiça
Gilmar Bittencourt Santos Silva
Movimento social dos estrangeiros migrantes no Brasil e sua interseção com o papel da defensoria pública na concretização de direitos humanos
Marina Pereira Carvalho do Lago
Defensoria pública e meio ambiente: os impactos socioambientais decorrentes do avanço do agronegócio - breves considerações sobre a construção de demandas coletivas ambientais a partir do diálogo com os movimentos populares e pesquisas multidisciplinares
Wagner Giron de la Torre
PARTE IV // 825
Nós, (des)caminhos e as pontes: a realidade da busca pelo acesso à justiça exige uma maior aproximação entre Defensoria Pública, Assessoria Jurídica Popular e movimentos sociais e populares
Fórum justiça: construção coletiva de espaço para discutir política judicial com reconhecimento, redistribuição
e participação popular
Adriana Britto, Arlanza Maria Rodrigues Rebello,
Carolina Alves Vestena, Patricia F. Carlos Magno de Oliveira, Rosane M. Reis Lavigne
Os onze dias que abalaram Natal: a ocupação da câmara municipal de natal e a assessoria jurídica popular
Daniel Araújo Valença, Hélio Miguel Santos Bezerra
A legitimidade do MST à luz da desobediência civil
Danielle de Freitas Lima, Lidiana de Paiva Gomes, Francisco Nunes Fernandes Neto
Movimentos sociais e acesso à justiça: há um subtexto a ser desvelado nos discursos de deslocamento do papel do judiciário?
Gretha Leite Maia
Pesquisa e assessoria jurídica popular: por uma metodologia participante na pesquisa em direito
Ricardo Prestes Pazello
Extensão universitária e movimentos populares
Shirley Silveira Andrade
A importância sócio-jurídica do novo modelo de ouvidoria externa na defensoria pública geral do estado do ceará
Valéry Nicolas de Brito Bacellar Blanco
ANEXO I // 1045
Pacto Forum Justiça
muitas vezes descolada de um viés produtivista e mercadológico, as quais ora encontram aporte na CF/88 e em outras normatizações infra-constitucionais, ora levam a lutar por direitos ainda não reconhecidos pelo Estado (na legislação ou na dimensão da aplicação e interpretação do direito).
Palavras-chave: Função social. Direito a terra. Direito a propriedade. Advogados populares. Novos movimentos sociais.
[O artigo se encontra a partir da p. 175 da publicação "Direito de Propriedade e Meio Ambiente: novos desafios para o Século XXI"]
especial, tem resistido ao processo de implantação do CIPP, reivindicando a identidade étnica Anacé e relações diferenciadas com o território, o que pressupõe outros modelos de uso e gestão dos recursos naturais. Nesse contexto, a presente pesquisa se insere, visando conhecer
a história (ainda não contada) que envolve a construção do Complexo Industrial e Portuário do Pecém, uma história sobre propriedade, território e modelos de desenvolvimento
socioambientalmente (in)sustentáveis. Ao contarmos essa história, pretendemos identificar e caracterizar os conflitos vivenciados pelo povo Anacé, ao tempo em que buscamos chegar a uma “moral da história”: as contribuições que esse caso podem nos oferecer na compreensão
da temática sobre projetos de desenvolvimento e meio ambiente, entendido em sua perspectiva natural e cultural. Com base em pesquisas bibliográficas, documentais e de
campo, pudemos perceber que os conflitos que envolvem a construção do CIPP e os Anacé não são apenas sobre a posse ou propriedade de um dado território, mas situam-se,
principalmente, no campo do simbólico, da definição de modelos de desenvolvimento e de projetos de futuro, nas formas de produzir e gerir os recursos naturais. Na luta para permanecer no território tradicionalmente ocupado, os Anacé nos indicam a importância de voltar o nosso olhar para o local, para as contribuições que os saberes gestados a partir da vivência concreta podem oferecer, inclusive, para pensarmos em projetos coletivos de futuro.
gerações. Nesse contexto, o presente artigo se insere buscando, a partir da análise de casos, identificar se e de que modo as reflexões no campo dos direitos humanos podem contribuir para potencializar a luta contra o racismo ambiental e em prol da justiça socioambiental no país. De acordo com a análise realizada, identificamos que nem todas as concepções de direitos humanos seriam aptas a reforçar a luta em prol da justiça ambiental de povos e
comunidades tradicionais. Isso porque a construção do campo dos direitos humanos é também fruto da racionalidade moderna ocidental, racionalidade essa que, na análise de Boaventura de Sousa Santos, tem tornado invisíveis os conhecimentos produzidos por esses povos. Nesse sentido, é preciso superar as visões universalizantes ou localistas/culturalistas de direitos
humanos, buscando, a partir do reconhecimento das práticas e normatividades desenvolvidas pelos povos indígenas e pelas comunidades tradicionais, uma concepção intercultural que, ao mesmo tempo em que promova o conhecimento dessas populações, permita o diálogo necessário para a superação das violações constatadas.
Para a consecução desse objetivo, o artigo foi dividido em três partes. Assim, inicialmente, evidenciou-se a Assessoria Jurídica Popular por meio de alguns conceitos ligados a esta práxis, do seu histórico junto à luta dos movimentos sociais e populares e de características que diferenciam a AJP de outras práticas jurídicas. Em seguida, apresentou-se a dicotomia entre Serviços Legais Alternativos/Inovadores e Serviços Legais Tradicionais buscando apontar as diferenças e semelhanças desses serviços que, atualmente, aproximam-se cada vez mais.
Por fim, estabeleceu-se um diálogo entre a Assessoria Jurídica Popular e Assistência Jurídica Integral, considerado necessário e interessante para a concretização do direito de acesso à justiça.
criadouros de camarão em cativeiro instalados no território que ocupa. O presente trabalho tem o escopo de investigar a relação da Comunidade de Curral Velho com a terra, o território e o meio-ambiente, a partir de seu modo de vida, e a produção e dos impactos sócioambientais decorrentes da implantação da carcinicultura na vida e nas atividades tradicionais da comunidade. Com base em pesquisas bibliográficas, documentais e de campo, pudemos
perceber que a comunidade de Curral Velho é uma comunidade tradicional, cujo estilo de vida tem uma estreita dependência dos recursos biológicos do manguezal. Nesse sentido, os membros da comunidade compreendem o seu lugar de morada e subsistência como um território hibridizado com o meio ambiente e, portanto, distinto da propriedade reivindicada pelos donos das empresas de camarão em cativeiro. Demonstrou-se necessário resguardar o território da comunidade de Curral Velho, a partir da compreensão acerca da natureza jurídica
do ecossistema manguezal e as (im)possibilidades dessas áreas serem privatizadas, e da análise de instrumentos reconhecidos na legislação brasileira, como a reserva extrativista, destinada a abrigar as populações tradicionais e proteger os meios de vida e a cultura dessas populações.
Para citação: JOCA MARTINS, Martha Priscylla M. ; NOBREGA, L. N. . O Direito a Terra, ao Território e ao Meio Ambiente do povo do mangue: 'vivemos em Curral Velho, mas não queremos viver encurralados'. In: Marcos Wachowicz; João Luis Nogueira Matias. (Org.). Propriedade e Meio Ambiente: em busca de sua convergência. 1ed.Florianópolis: Boiteux, 2010, v. , p. 571-602.
Protocolos Indígenas de Consulta e Consentimento no Brasil
Priscylla Joca
Introdução....68
1. A emergência de protocolos indígenas de consulta e consentimento no Brasil ..........70
1.1. O protocolo Wajãpi .............72
1.2 O surgimento de outros protocolos indígenas ..........75
2. E o que comunicam os conteúdos dos protocolos elaborados por povos indígenas?...........................76
2.1. Dever de consultar e responsáveis pela implementação da consulta ................77
2.2. O que deve ser objeto de consulta e tomada de consentimento........................78
2.3. Normas relativas aos processos de tomada de decisão ....................................78
2.4 Normas que guiam o diálogo com o Estado .......................................................81
2.5 Regras concernentes à relação com atores não-estatais (empresas) ...............82
2.6 Necessidade de financiamento para a realização da consulta ...........................82
2.7 Indicação de possíveis apoios técnicos, acadêmicos e governamentais ...........83
2.8 Riscos ou ameaças quanto ao processo de consulta
identificados nos protocolos..............................83
2.9 Enunciados para guiar a avaliação do processo de consulta .............................84
2.10 Regras concernentes ao encerramento do processo de consulta .....................84
2.11 Referência dos protocolos aos direitos territoriais de povos indígenas ..............85
3. O nível de reconhecimento e a aplicação dos protocolos no Brasil ............................86
3.1 A aplicação do protocolo Wajãpi.....................86
3.2 Aplicação de outros protocolos autônomos de consulta e consentimento .........88
3.3 O reconhecimento dos protocolos autônomos de consulta e consentimento pelo Estado ....92
4. Contribuições dos protocolos para a implementação do DCCLPI no Brasil ...............95
4.1 Contribuições nos processos de elaboração dos protocolos .............................95
4.2 A aplicação dos protocolos como guia para a realização da consulta ...............95
Conclusão..................98
Referências ..................99
Para citação: JOCA MARTINS, Martha Priscylla M. ; NOBREGA, L. N. . Populações Tradicionais, Território e Meio Ambiente: um estudo sobre a carcinicultura e a comunidade de Curral Velho - Acaraú/Ceará. Anais do XIX Encontro Nacional do CONPEDI - Fortaleza/Ceará. 1ed.Florianópolis: Boiteux, 2010, v. , p. 8608-8632.
A história de luta das mulheres pelo reconhecimento do direito à igualdade tem origens bastante antigas. No entanto, somente no século XIX, elas conseguiram escrever esse direito na maioria das Constituições dos países ocidentais. No Brasil, o auge desse movimento ocorreu com a promulgação da Constituição Federal de 1988, quando se tentou romper com a tradicional discriminação sofrida pelas mulheres, ao garantir-lhes, expressamente, o direito à igualdade e ao assegurar-lhes a titularidade da plena cidadania. Entretanto, mesmo após a inserção desses direitos na Lei Fundamental de 1988, ainda se observam reflexos das desigualdades entre homens e mulheres nos mais variados espaços da vida social. O fato de ter havido deslocamentos entre as fronteiras do masculino e do feminino não autorizam a afirmação que homens e mulheres são iguais em nossa sociedade. As desigualdades de gênero persistem, encontrando eco, principalmente, na divisão do poder, na violência contra as mulheres e na política institucional. Nesse sentido, surge a necessidade de identificarmos direitos fundamentais das mulheres a partir de uma redefinição do princípio da igualdade, que mais que uma atuação passiva e absenteísta do Estado exige um agir direcionado à redução das desigualdades fáticas entre homens e mulheres. No contexto da efetivação desses direitos específicos, o Poder Judiciário ganha um relevante papel, qual seja, o de reconhecer e de garantir a concretização desses direitos. Essa tomada de posição do Poder Judiciário implica em um repensar de valores e uma ressignificação no trato das mulheres, considerando a sua dignidade e o direito à diferença.
dados estatísticos oficiais e estudos (análise crítica) de casos discutidos perante o Supremo Tribunal Federal, no contexto dos direitos das minorias. Por fim, pretendeu-se aferir como os direitos de minorias hibridizam-se com o direito de igualdade plural e intercultural, na construção social de relações concreta e materialmente igualitária entre os seres humanos considerados em suas diferenças.
Para citacão: NOBREGA, L. N. ; JOCA MARTINS, Martha Priscylla M. . 'Não mangue de min, não mangue, sou mangue vou lhe mostrar': um estudo sobre os impactos socioambientais da carcinicultura na comunidade de Curral Velho - Acaraú/Ceará. In: Sociedade Brasileira de Sociologia da Região Norte. (Org.). Amazônia: mudanças sociais e perspectivas para o século XXI. 1ed.Belém: Anais do II Encontro da Sociedade Brasileira de Sociologia, 2010, v. , p. 1-21.
Para citação: JOCA MARTINS, Martha Priscylla M. ; NOBREGA, L. N. ; SOARES, J. A. . A luta pela concretização dos direitos territoriais do Povo do Mar no litoral do Ceará-Brasil. In: XV Encontro de Ciências Sociais do Norte e Nordeste e Pré ALAS Brasil, 2012, Teresina. Anais do XV Encontro de Ciências Sociais do Norte e Nordeste e Pré ALAS Brasil - Desenvolvimento, Meio Ambiente e Paisagem Humana: desafios e perspectivas. São Paulo: Síntese Eventos, 2012. p. 1-21.
Movimento(s): Assessoria Jurídica Popular a Movimentos Populares Organizados em torno do Direito à Terra e ao Território em Meio Rural no Ceará” (2009-2011) e “Anna
Pata, Anna Yan – Nossa terra, nossa Mãe: a demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol e os direitos territoriais indígenas no Brasil em julgamento”, vinculadas ao Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal do Ceará, realizadas pelas autoras do presente artigo. Partindo de um esforço de realizar uma reflexão sobre nossas próprias escolhas metodológicas, que buscavam superar a lógica técnico-formal do Direito,
tomando-as como objeto de estudo, discutimos, no presente artigo, a produção do conhecimento no Direito, tendo como pano de fundo os múltiplos sentidos e
possibilidades do chamado “trabalho de campo”.
Escriben Liana Amin Lima da Silva y Priscylla Monteiro Joca para Debates Indígenas
negligencia del Gobierno brasileño, el Estado no ha tomado medidas especiales para las comunidades ni ha suspendido los procesos de consulta como estableció la CIDH. Los pueblos intentan resistir el avasallamiento a través de sus propios protocolos, la lucha en el Poder Judicial y la negativa a responder consultas virtuales."
By Liana Amin Lima da Silva and Priscylla Monteiro Joca for Debates Indígenas.
Através da pesquisa, em curso desde 2020, temos refletido que o desmonte e o desrespeito a direitos e a políticas existentes – muitos deles, desde a Constituição de 1988 – têm caminhado cada vez mais junto a regulações infralegais, políticas e modos de atuação de órgãos públicos que buscam institucionalizar anti-direitos coletivos, políticos, sociais, econômicos, culturais e ambientais.
Assim, o bolsonarismo vai constituindo projetos distópicos que engendram a institucionalização de absurdos no Brasil."
(Jornal Brasil de Fato, Coluna Direitos e Movimentos Sociais, 15 de abril de 2021 <https://www.brasildefato.com.br/2021/04/15/o-bolsonarismo-como-anti-mundo-ou-projeto-distopico-de-institucionalizacao-do-absurdo>)
de Jair Bolsonaro, en 2019, aggrave considérablement la situation
de l’Amazonie brésilienne et de ses peuples.
(Un article de la revue Relations. Numéro 810, Septembre–Octobre 2020, p. 27–28
À la défense de l’Amazonie et de ses peuples)
(Options d’accès : https://www.erudit.org/fr/revues/rel/2020-n810-rel05477/93989ac/)
(Journal des Alternatives. Vol.12 - No.05, mai 2021 <https://journal.alternatives.ca/Le-bolsonarisme-et-l-institutionnalisation-de-l-absurde>)
Bruce Gilbert, Érika Macedo Moreira, Hugo Belarmino de Moraes, Janaina Tude Sevá, Priscylla Monteiro Joca; Alexandre Bernardino Costa, Assis da Costa Oliveira, Diego Augusto Diehl, Guilherme Cavicchioli Uchimura, Moisés Alves Soares, Talita de Fátima Pereira Furtado Montezuma
Em busca de um conceito: o uso estratégico da categoria
“povos e comunidades tradicionais” na luta por
direitos socioambientais
Renata Carolina Corrêa Vieira
Resistência quilombola: conflitos socioambientais, injustiça
ambiental e luta por direitos
Déborah Luíza Moreira, Michelle Jaber-Silva, Michèle Sato
Mobilização de comunidades quilombolas e a interface com as instituições públicas: a aconeruq e o moquibom no Maranhão
Igor Thiago Silva de Sousa, Clarianne Natali de Campos
Educação contextualizada e seus impactos na melhoria da
qualidade do ensino e enfrentamento à pobreza no Território
do Sisal Baiano
Ana Paula Mendes Duarte, Jurandir de Almeida Araújo
Convivência com o semiárido e o uso das tecnologias sociais agroecológicas no sertão nordestino
Edir Vilmar Henig
Apropriação dos recursos naturais no Estado do Ceará:
uma abordagem a partir da noção de (in)justiça ambiental.
Francisco Wlirian Nobre
O Direito indigenista sob o viés do integracionismo: uma análise a partir da valorização da cis-heteronormatividade como modelo civilizatório
Germana Mello
Développement durable, économie verte et pratique néocoloniale: l’écotourisme au costa rica
Naomie Léonard
Conhecimentos tradicionais, patrimônio imaterial e repartição justa dos benefícios: uma análise dos sistemas de proteção no contexto latino-americano.
Luciana Iocca
A sobreposição legislativa no plano diretor de Goiânia/2007: meio ambiente, urbanismo e agrariedade
Tamiris Melo Pereira
Movimento ambientalista na China contemporânea: ambiente em disputa
Mariana Delgado Barbieri
Violência, segurança pública e condicionantes socioambientais: violações e mobilizações no contexto da Usina Hidrelétrica Belo Monte
Assis da Costa Oliveira
La Protección de los derechos socio-ambientales y su relación con la existencia indígena: el caso de la comunidad Anacé y la construcción del Complejo Industrial y Portuario del Pecém en el Estado de Ceará
Raquel Coelho de Freitas, Thaynara Andressa Frota Araripe,
Adrian Esteban Narváez Moncayo
Comitê Editorial da Revista InSURgência
APRESENTAÇÃO
A Luta pelos Direitos Socioambientais: Brasil e Canadá
em solidariedade..............................................................................................5
Bruce Gilbert, Érika Macedo Moreira, Hugo Belarmino de Moraes, Janaina Tude Sevá, Priscylla Monteiro Joca; Alexandre Bernardino Costa, Assis da Costa Oliveira, Diego Augusto Diehl, Guilherme Cavicchioli Uchimura, Moisés Alves Soares, Talita de Fátima Pereira Furtado Montezuma
DIÁLOGOS INSURGENTES
Seção de entrevistas
Social-Environmental Conflicts, Law, and Indigenous Legal
Traditions: An Interview with John Borrows...............................................14
Priscylla Monteiro Joca
DOSSIÊ
A Luta pelos Direitos Socioambientais, Brasil e Canadá em Solidariedade
Convenção 169 da OIT e a livre determinação dos povos:
protocolos autônomos de consulta como estratégia jurídica
diante das ameaças aos territórios tradicionais........................................56
Liana Amin Lima da Silva
Povos indígenas, o Estado brasileiro e a tutela contemporânea:
genealogia da luta pelos territórios e pelo meio ambiente
a partir das leis...............................................................................................78
Cristiane Gomes Julião
Brasil: A Luta dos Povos Indígenas pelos Direitos
Socioambientais e Socioculturais.............................................................156
Cristiane Gomes Julião
A Dialética do Conflito ou como Equilibrar Interesses
Individuais e Coletivos em uma Comunidade Cooperativa.....................164
Dan Furukawa Marques
Préservons nos rites ancestraux – Wôbanaki..........................................208
Réjean Obomsawin
Préservons nos rites ancestraux – Wôbanaki
(tradução em português).............................................................................221
Réjean Obomsawin, tradução de Bruce Gilbert e
Priscylla Monteiro Joca
Comunidades quilombolas acumulam conquistas,
mas não é tempo de baixar a guarda.........................................................234
Oriel Rodrigues de Moraes e Rosa Peralta
EM DEFESA DA PESQUISA
Seção de artigos livres
Pressão política da mobilização “Fora Valencius”:
protagonismo da luta antimanicomial brasileira......................................268
Beatriz Bastos Viana, Leonardo Carnut
TEMAS GERADORES
Seção de verbetes
A Convenção n. 169 da OIT e a sua aplicabilidade para
povos e comunidades tradicionais............................................................296
Renata Carolina Corrêa Vieira
PRÁXIS DE LIBERTAÇÃO
Seção de textos e documentos dos movimentos sociais
From Assimilation to Self-Determination:
Key Historical Documents from Canada...................................................304
Bruce Gilbert
Those educators who have had authority in all indian
control of indian education.........................................................................307
Foundational Document – Citizens Plus...................................................344
Statement of the Government of Canada on Indian policy
(The White Paper, 1969)...............................................................................443
POÉTICAS POLÍTICAS
Seção de textos e manifestações artísticas
Pra não dizer que não falei de flores.........................................................470
Edmundo Antonio Dias
Poema em homenagem às pescadoras.....................................................477
Maria do Livramento Santos (Mentinha)
CADERNO DE RETORNO
Seção de resenhas de textos
Resenha “Direitos territoriais indígenas:
uma interpretação intercultural”................................................................486
Flávio Roberto Batista
A apresentação pode ser vista em: https://www.youtube.com/watch?v=XMeb4YBwuPQ