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terça-feira, 28 de maio de 2013
segunda-feira, 22 de abril de 2013
se um espanhol lhe pedir um chupito
Os espanhóis sentem-se bem no México pois conseguem entender o que lhes dizem. A mania de espanholizar implacavelmente qualquer palavra inglesa, para além de os fazer parecer mentecaptos em muitas discussões ao primeiro 'U dos' ou 'Piedras Rolantes', também lhes prega partidas quando pedem chupitos aos barmens mexicanos que os olham de lado e disfarçam o embaraço, apesar de estarem há muito expostos à situação de espanhóis lhes pedirem chupitos a torto e direito, às vezes em grupo. Um homem heterossexual dificilmente se habitua a uma coisa dessas. No México, como em qualquer parte do mundo civilizado, um shot diz-se... shot. Não seria assim tão complicado, mas U2 também não. Os guias mexicanos que levam os turistas de autocarro de um lado para o outro, têm sempre o cuidado de avisar os espanhóis do significado de "chupito" em mexicano, recorrendo a metáforas e eufemismos, uma vez que há sempre famílias com crianças que não podem ouvir. E não é que os espanhóis ficam surpreendidos com esta revelação e se riem?
Digamos que eu desconfiaria que pedir "una mamadita", "una chupadela", "una chupetina" ou "una chupadita" ou outro termo qualquer semelhante em portunhol, tivesse uma possível conotação sexual em qualquer língua e cultura hispânica, sendo preferível usar o seguro "shot" sem arriscar levar um tiro do barman. Mas tudo bem.
E agora uma música.
Streetlight Manifesto - Everything Went Numb
Digamos que eu desconfiaria que pedir "una mamadita", "una chupadela", "una chupetina" ou "una chupadita" ou outro termo qualquer semelhante em portunhol, tivesse uma possível conotação sexual em qualquer língua e cultura hispânica, sendo preferível usar o seguro "shot" sem arriscar levar um tiro do barman. Mas tudo bem.
E agora uma música.
Streetlight Manifesto - Everything Went Numb
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
a selecção de discos do Tolan de 2011 (sem ordem específica) #1
Degeneration Street dos The Dears... pop rock, as good a it gets.
segunda-feira, 28 de março de 2011
vestir música
Os Strokes lançaram um disco fraco depois de um disco menos bom. Isso é mau. Tenho a t-shirt dos Strokes. Era o meu adereço mais importante para sair à noite nos sítios hipsters - isso e uns ténis que tenho que dá para colar autocolantes com marcas diferentes consoante a moda, adidas, vans, sanjo, all stars, nike, lacoste, é só tirar e colar outro conforme se quiser - e de cada vez que a vestia sentia-me imbuído do espírito nova iorque fixe pop cool indie yeah.
Agora imbui-me do espírito subúrbio fatela folk uncool mainstream bleurk. Usei-a pela última vez na última passagem de ano, no Porto, depois de um ano de hibernação, porque a noite merecia, afinal tratava-se do Porto e o Porto, como toda gente sabe, tem uma enorme concentração de sítios fixes que desafiam a lógica comercial e pessoas fixes que desafiam a lógica comercial e livrarias fixes que desafiam a lógica comercial (no fundo, aquilo precisa de um FMI em cima o mais depressa possível)
Agora a minha t-shirt dos Stroeks será usada para dormir e para sessões de PS3, exposta aos elementos climatéricos indoor (cerveja, cinza incandescente e cheetos gordurentos). A dos Radiohead já não lhe toco, o último álbum, o The King of Limbs é tenebroso. Mentira, a verdade é que me está a ficar pequena, encolheu.
Uma vez fui a um concerto de Alice Cooper, não me perguntem porquê, e foi uma experiência deveras impressionante, ver pais de família com as suas t-shirts de 1983 baças da humidade e da naftalina, enchouriçados em blusões de cabedal dois números abaixo. Pensei "será que um dia em 2035 vou aparecer num reunion gig dos Strokes no pavilhão atlântico com a minha t-shirt gasta? espero morrer antes, Meu Deus".
Estou a ficar velho? Ficar velho é isto? Ver que artistas da nossa idade envelhecem em vez de ficarem permanentemente jovens e criativos, deprimindo-nos com a sensação de que a nós nos acontece o mesmo e nem nos apercebemos, estamos condenados a ser apagados por novos putos com mais ideias novas e energia.
Estou a ficar sem opções, para além da t shirt de Sonic Youth que não é boa porque não se percebe logo que é de Sonic Youth e nem é muito gira, e não me apetecia ter de recorrer a t-shirts de bandas novas, como os Vaccines ou os Go Team! ou os MGMT. Aliás, relativamente aos MGMT e aos Go Team já tentei comprar uma, mas são demasiado apalhaçadas, demasiado jovens.
Os Arcade Fire fizeram um bom disco e dou a mão à palmatória, uma vez que lhes vaticinei o fim que agora vejo nos Strokes. Não que sejam bestiais, mas aquilo é bem feito. Só que nunca vestiria uma t-shirt dos Arcade Fire, são demasiado fofinhos e queridos e bloquistas. Não posso vestir uma t-shirt de uma banda que canta coisas como:
feel like I've been living in
A city with no children in it
A garden left for ruin by a millionaire inside of a private prison
You never trust a millionaire quoting the sermon on the mount
Seriously, wtf? Parece o Carlos Cruz a queixar-se no seu diário, na cela de prisão.
O novo álbum dos Strokes Angles é globalmente fraquinho. Esta música é a melhor, vão por mim que verão que é. E é muito boa.
Agora imbui-me do espírito subúrbio fatela folk uncool mainstream bleurk. Usei-a pela última vez na última passagem de ano, no Porto, depois de um ano de hibernação, porque a noite merecia, afinal tratava-se do Porto e o Porto, como toda gente sabe, tem uma enorme concentração de sítios fixes que desafiam a lógica comercial e pessoas fixes que desafiam a lógica comercial e livrarias fixes que desafiam a lógica comercial (no fundo, aquilo precisa de um FMI em cima o mais depressa possível)
Agora a minha t-shirt dos Stroeks será usada para dormir e para sessões de PS3, exposta aos elementos climatéricos indoor (cerveja, cinza incandescente e cheetos gordurentos). A dos Radiohead já não lhe toco, o último álbum, o The King of Limbs é tenebroso. Mentira, a verdade é que me está a ficar pequena, encolheu.
Uma vez fui a um concerto de Alice Cooper, não me perguntem porquê, e foi uma experiência deveras impressionante, ver pais de família com as suas t-shirts de 1983 baças da humidade e da naftalina, enchouriçados em blusões de cabedal dois números abaixo. Pensei "será que um dia em 2035 vou aparecer num reunion gig dos Strokes no pavilhão atlântico com a minha t-shirt gasta? espero morrer antes, Meu Deus".
Estou a ficar velho? Ficar velho é isto? Ver que artistas da nossa idade envelhecem em vez de ficarem permanentemente jovens e criativos, deprimindo-nos com a sensação de que a nós nos acontece o mesmo e nem nos apercebemos, estamos condenados a ser apagados por novos putos com mais ideias novas e energia.
Estou a ficar sem opções, para além da t shirt de Sonic Youth que não é boa porque não se percebe logo que é de Sonic Youth e nem é muito gira, e não me apetecia ter de recorrer a t-shirts de bandas novas, como os Vaccines ou os Go Team! ou os MGMT. Aliás, relativamente aos MGMT e aos Go Team já tentei comprar uma, mas são demasiado apalhaçadas, demasiado jovens.
Os Arcade Fire fizeram um bom disco e dou a mão à palmatória, uma vez que lhes vaticinei o fim que agora vejo nos Strokes. Não que sejam bestiais, mas aquilo é bem feito. Só que nunca vestiria uma t-shirt dos Arcade Fire, são demasiado fofinhos e queridos e bloquistas. Não posso vestir uma t-shirt de uma banda que canta coisas como:
feel like I've been living in
A city with no children in it
A garden left for ruin by a millionaire inside of a private prison
You never trust a millionaire quoting the sermon on the mount
Seriously, wtf? Parece o Carlos Cruz a queixar-se no seu diário, na cela de prisão.
O novo álbum dos Strokes Angles é globalmente fraquinho. Esta música é a melhor, vão por mim que verão que é. E é muito boa.
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