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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Porque é que a direita tem medo?

António Costa, director do Diário Económico, publica hoje um artigo de opinião a que dá o título
"O que falta para o poder cair na rua?", donde se infere que a direita de que ele é, frequentemente, porta-voz, teme que o poder caia na rua.
Não vejo razão, com base nos factos que o levam a formular a pergunta, para tamanha apreensão do opinante. Em todo caso, devo dizer que me parece de longe preferível que o poder caia na rua, que é por onde anda o povo (o detentor da soberania) do que continue nas mãos dos actuais (des)governantes que mais não têm feito que não seja impor sacrifícios aos portugueses, aumentar a pobreza e o desemprego e, em suma,  destruir a coesão social e a economia do país.
Será que a direita e o citado António Costa ainda têm dúvidas sobre os resultados desta (des)governação,  apesar do acumular dos factos e das evidências?
Ou será que é, precisamente, devido a este acumular de evidências, que a direita já não esconde que tem medo?

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Benditas almas!

Agora, até um tecnocrata como Mario Monti, já descobriu que, sozinha, a Itália não vai lá e reclama por "políticas europeias contra a crise".
No entanto, por cá não falta quem, perante a evidência de que a crise é sistémica, continue a afirmar que a crise é obra de um só homem: Sócrates.
A "inocência" desta gente é tanta que já tem lugar assegurado no paraíso.
Benditas almas!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Nem para jovens, nem para idosos...nem para ninguém

"Este país não é para jovens" é o título da crónica ontem publicada no JN pelo Manuel António Pina que se interroga no final: "Como sobreviver porém, física e moralmente, à guerra que se abate hoje sobre os jovens, condenados sem fim à vista à precariedade, à humilhação e à desesperança, impedidos de constituir família ou de ter vida própria?"
Tem toda a razão o brilhante escritor que é Manuel António Pina. Só que, no ponto em que as coisas estão, este país também não é, nem para idosos, nem  para desempregados, nem para trabalhadores, todos eles, duma maneira ou de outra, fustigados pelas medidas deste (des)governo. E, pelo caminho para o qual a direita nos empurra, não tarda nada que este país não seja bom para ninguém. 

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Querem lá ver que o Álvaro tinha razão!

Já ontem dei aqui conta dos festejos em São Bento ao serem conhecidas as previsões da OCDE que apontam para um recuo da economia portuguesa, em 2012, da ordem dos 3,2% e para um aumento do desemprego,  com este a atingir, segundo a previsão, os 13,8%. 
Devo, no entanto, confessar que não me tinha ainda apercebido que os festejos em São Bento são agora uma rotina quase diária, senão mesmo diária. É que todos os dias, ou quase, estão a surgir "boas" notícias. Hoje, por exemplo, ficámos a saber  que "para os consumidores, as perspectivas sobre a evolução da economia e da situação financeira do seu agregado familiar nunca foram tão más" e em relação "às empresas, o pessimismo é transversal a todos os sectores". (extracto da notícia:"Confiança das famílias e das empresas bate mínimo histórico")
A percepção dos consumidores e das empresas vai, pois, no sentido de que a economia portuguesa está a acelerar, e bem mais do que o previsto, em direcção ao empobrecimento que é, como o próprio Passos Coelho proclamou, a meta do seu governo. 
Cá temos, sendo assim, mais um bom motivo para o governo celebrar. Ou antes, dois motivos. É que, a manter-se este ritmo, é muito provável que a economia portuguesa  bata no fundo ainda antes do fim de 2012. E depois de bater no fundo, não havendo possibilidade de recuo, só restam duas hipóteses: ou permanece no fundo, ou cresce. Não sei qual das duas hipóteses é a mais provável. Seja como for, certo é que segunda hipótese  (a do crescimento) não é inteiramente de descartar. A verificar-se esta hipótese há que reconhecer que o ministro Álvaro tinha razão quando, aqui há dias, anunciou  para o final de 2012 o início do fim da crise. O que me leva a acreditar que o ministro Álvaro, ao contrário do que se tem dito dele, é um homem lúcido. O seu anúncio, revela, com efeito que ele, pelo menos, já tem plena consciência de que caminhamos para a pobreza a um ritmo imparável.
Será que tanta lucidez não merece também ser festejada? 

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Embusteiro: não há como o primeiro

"Seria um embuste" dizer que a economia vai crescer (afirmação atribuída pelo "Público" a Passos Coelho)
A este propósito convém lembrar que o primeiro membro do actual (des)governo a anunciar o fim da crise em 2012, não foi o ministro Álvaro. Foi precisamente um indivíduo que dá pelo nome de Pedro Passos Coelho. E cito, para não haver dúvidas: 

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Mas que rico passeio!


"Ninguém está imune aos sacrifícios" declarou Cavaco Silva ao chegar aos Açores. Ninguém (informa o "Público" de hoje) excepto o presidente da República que se fez acompanhar durante o passeio * pelos Açores por uma comitiva de 30 pessoas, incluindo a esposa do chefe da casa civil, Nunes Liberato, quatro assessores, dois consultores, uma para a comunicação social (que deve ter sido o autor da tirada sobre o sorriso das vaquinhas)  uma dúzia (sempre ouvi dizer que à dúzia é mais barato) de elementos do corpo de segurança (incluindo um tenente-coronel) dois fotógrafos oficiais (para fotografar as vaquinhas) 1 médico, 1 enfermeira (é sabido que nos Açores, não há médicos, nem enfermeiras) dois bagageiros e um mordomo. 
*O passeio, como se pode ver pela imagem supra, foi o que se pode chamar um "rico" passeio.
(Imagem daqui)
(Reeditada)

quarta-feira, 23 de março de 2011

Nem eles acreditam

"O problema de Portugal só se resolve com um Governo de salvação nacional que inclua praticamente todos aqueles partidos que defendem a democracia", diz o homem dos "truques" do Pingo Doce, Alexandre Soares dos Santos, para quem a entrada do FMI é uma "bênção".
Fica assim claro que nem os homens do PSD acreditam que um Governo de Pedro, ou de Pedro e Paulo seja capaz de resolver os problemas do país.

Andar às cegas...

PSD propõe chumbo do PEC IV sem alternativas.
Se não tem alternativas, chumbar o PEC é o mesmo que andar às cegas.
Ainda havia dúvidas sobre a irresponsabilidade de Passos Coelho e da sua trupe ?

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Nota-se pouco

Que o PSD esteja preocupado com a crise, admito que sim. Até eu. Todavia, com a líder de novo em prolongado retiro, nota-se pouco a preocupação, sobretudo ao nível das soluções. O que, aliás, se compreende, tendo em vista a confessada estratégia de Manuela Ferreira Leite de não avançar com propostas que corria o "risco" de serem copiadas pelo Governo. E se o risco é grande, Zeus meu !

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Um novo paradigma ?

Quando se assiste às sucessivas suspensões da laboração por parte de grandes empresas ( em Portugal e no estrangeiro, como é este caso, e este, a simples título de exemplo) e quando vemos grandes indústrias europeias a pedir apoio aos Estados, reclamando programas maciços de investimento e descidas de impostos, a par de despedimentos maciços, como este, pergunto-me se, afinal, a crise da economia mundial não é bem mais profunda do que o previsto e se se poderá resolver simplesmente com as medidas agora preconizadas, designadamente, pelos países do G-20.
Mais profunda não há dúvida que é, face às previsões iniciais, até porque os países produtores de petróleo (inicialmente beneficiados com a crise e a subida do preço do petróleo) estão a ver os seus projectos de investimento ir por água a baixo, face à descida do preço do crude para níveis impensáveis há poucos meses.
Face a todo este panorama e a ser verdade que já são necessários 2 planetas para suportar a actual população mundial, interrogo-me (outra vez) sobre se não seremos todos forçados a aceitar a emergência de um novo paradigma que passará, designadamente por: i) uma sociedade menos (muito menos) consumista; ii) novas formas de intervenção dos Estados na economia; iii)maior cooperação entre os Estados, com o consequente abandono das políticas imperialistas e de confrontação armada e, ao invés, com maior investimento nas políticas de educação e de erradicação da pobreza no mundo; iv) maior e mais decidido investimento na investigação e produção de energias alternativas; v), um novo modelo de produção, que admito seja capitalista (porque mais eficiente) mas menos agressivo, em que o lucro não seja o único fim a atingir, porque temperado por outros factores, como sejam, a realização pessoal dos trabalhadores e a preocupação com a sustentabilidade do planeta Terra.
Utópico ? Sem dúvida, até ao dia em que não teremos outra opção.

sábado, 11 de outubro de 2008

Até eu, e não sou presidente de coisa nenhuma ! ...

Olha a grande novidade! Até eu, e não sou presidente de coisa nenhuma, quanto mais Presidente da República! O que se espera de um Presidente da República não é que se mostre preocupado (o que não ajuda nada a restaurar a confiança), mas sim que se preocupe (sem disso fazer alarde) e ajude a resolver os problemas. Lamentações presidenciais, dispensam-se.
Disse.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

O vírus pode ser mortal

O vírus da desconfiança no mercado monetário interbancário, que explica as sucessivas subidas da Euribor, não parece ter nesta altura qualquer base de racionalidade, se considerarmos as garantias dadas pelos bancos centrais (de que não vai haver falta de liquidez) e pelos governos europeus (ao assegurar os depósitos e ao limitar a hipótese de falência dos bancos).
E, no entanto, o vírus propaga-se, afectando, como não podia deixar de ser, outros sectores da economia, com as bolsas de valores a registar sucessivos "afundanços", incluindo hoje, para não fugir à regra. A explicação para o fenómeno da desconfiança inter bancos reside certamente no facto de cada um deles julgar o vizinho pelo que tem dentro de portas: activos tóxicos em que todos alinharam, em maior ou maior grau, na época da euforia.
Seja como for, uma conclusão parece impor-se: ou se verifica uma inversão na atitude dos bancos, ou a desconfiança assumirá proporções de bola de neve. Desconfiança gera desconfiança, como, de resto, já é evidente com as bolsas de valores a cair a pique. A manter-se esta situação, mesmo os "papéis" com valor real passarão a ser contabilizados pelo valor de quinquilharia, com os consequentes reflexos negativos nos balanços.
Por uma questão de simples bom senso, para não verem os seus activos a depreciarem-se dia sim, dia sim, os bancos terão de apostar a curto prazo nos seus pares. É que a crise pode atingir limites tais que, uma vez ultrapassados, não haverá nem bancos centrais, nem governos que valham, nem aos bancos nem a nós.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

As baratas tontas



Os políticos europeus e os responsáveis pelos bancos centrais mais parecem baratas tontas à procura duma saída. Parece (com muitas reservas) que, finalmente, estarão a dar com o caminho.
Indicadores: 1) O BCE ( ao qual já dedicámos o "post" Tem Banco que é cego ... ), a Reserva Federal dos Estados Unidos e o Banco de Inglaterra resolveram, em concertação, cortar hoje em meio por cento as suas principais taxas de juro de referência. (A medida é tardia e provavelmente não poderão ficar por aqui, mas mais vale tarde do que nunca);
2) Gordon Brown sugeriu a adopção de um plano europeu de financiamento do sistema bancário, plano que, a todas as luzes, já devia estar em execução, pois não é nenhuma novidade que as taxas de juro no mercado interbancário estão a subir todos os dias por falta de confiança entre os bancos, confiança que, por isso mesmo, importa restaurar rapidamente, até porque quem paga a factura da subida das taxas de juro no mercado interbancário, acaba por ser o consumidor final e por duas vias: restrição do crédito e subida da taxas de juro dos empréstimos, designadamente nos empréstimos à habitação;
3) Finalmente, ao que afirma Sarkozy, a UE vai apresentada uma resposta coordenada para a crise financeira "nas próximas horas".
Já não era sem tempo, digo eu.
ADENDA: O Governo português também não quis ficar para trás e vai daí Sócrates resolveu anunciar que o Governo vai baixar o IRC para metade nos primeiros 12,5 mil euros de matéria colectável.
Em face do anunciado, duas conclusões se impõem: 1) Começou o bodo aos pobres (?); 2) demonstratum quod erat demonstrandum.
(Mensagem reeditada)

terça-feira, 15 de julho de 2008

Pior que a lotaria ?


Nas bolsas europeias só notícias desanimadoras, sendo que a de Lisboa leva a palma, numa tendência que já conhece algumas semanas.

Às 12h15, o índice PSI20 descia 5,16 por cento, para 7895 pontos, baixando largamente dos oito mil pontos, ao que parece, devido à saída de estrangeiros receosos de um agravamento da crise financeira nos Estados Unidos. As praças da União Europeia seguiam também com tendência descendente, caminhando para os valores mais baixos desde Maio de 2005.

As perspectivas bolsistas não são, pelos vistos, animadoras mas não me parece que se justifique qualquer alarmismo, pois as empresas não perdem valor de um momento para o outro. É natural, no entanto, que enquanto as diversas economias nacionais não interiorizarem os novos preços do petróleo e não terminar a crise financeira nos Estados Unidos, a instabilidade continue.

Nada contribuindo a actual situação para o desenvolvimento bolsista, espera-se que investir na bolsa não seja pior que apostar na lotaria.
(A ilustração foi tirada daqui)

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Se a demagogia pagasse imposto...

Socialistas chumbam propostas do PCP para combater crise


As medidas propostas pelo PCP, no essencial, ou representam aumento da despesa (é o caso do aumento intercalar dos salários dos funcionários públicos e da actualização extraordinária das pensões para 2008) ou a diminuição da receita (é o caso do congelamento dos preços dos transportes, da manutenção dos preços de um cabaz de bens essenciais e do estabelecimento de um spread máximo de 0,5 por cento no crédito à habitação concedido pela Caixa Geral de Depósitos).
Onde é que o Estado português vai buscar dinheiro para satisfazer tantas medidas é o que, pessoalmente, gostaria que os proponentes explicassem, sendo certo que o Estado português continua com o défice por resolver e que também tem visto aumentar os seus custos (é que o Estado também gasta petróleo e os juros da dívida pública têm aumentado).
É verdade que se a demagogia pagasse imposto à taxa máxima de IRS (42%) se resolvia o problema. Como porém a demagogia ainda não paga imposto nem é previsível que o venha a pagar e, por outro lado, em Portugal ainda não foi descoberta a árvore das patacas, parece que não haverá outra solução que não seja o de se aumentarem novamente os impostos. E será que os portugueses estão dispostos a suportar mais tributos? Não me parece. Assim sendo, não vejo como é que, sem demagogia, se podem propor ou aprovar tais medidas.
Em todo caso, se os proponentes e os apoiantes que por aí pululam acharem que se justifica um aumento de impostos façam o favor de darem um passo em frente e de se apresentem nos serviços de finanças a requerer o aumento da respectiva colecta.