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sábado, 27 de agosto de 2016

Não perguntes, quando podes ser tu a responder

Segundo Assunção Cristas, a nova líder do CDS/PP, há, no processo de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, muitas perguntas por responder.
Estou em crer que sim, que haverá, de facto, muitos pormenores a esclarecer. Estranha-se, porém, que não tenha sido a própria a dar resposta à principal questão em aberto, a qual se prende com o facto de o governo de que fez parte ter deixado apodrecer a situação da Caixa até ao ponto de haver agora a necessidade de a recapitalizar em montantes inimagináveis, pelo menos, para o cidadão comum. 
A resposta por parte dos lideres dos partidos integrantes do (felizmente) defunto governo é tanto mais imperiosa quando é certo que ficou demonstrado, graças à actuação do actual Governo, que era possível capitalizar a Caixa com dinheiros públicos sem afectar o défice.
Aconselho, pois, a senhora Assunção Cristas a seguir o conselho que lhe deixo em título, se quiser ser levada a sério, o  que, confesso, está a ser cada vez mais difícil, atento o jaez das suas intervenções públicas.
(notícia e imagem daqui)

sábado, 27 de abril de 2013

Profissão: coveiros

Só uma mente tão "brilhante" quanto a do ministro Álvaro é que estaria à altura de conceber e impor à administração da Caixa Geral de Depósitos uma estratégia comercial que passa pela concessão de crédito  "custe o que custar", seguindo, também neste particular, o figurino que é imagem de marca do governo de Passos, Gaspar & Portas desde que assumiu funções.
Isto afirmo eu, porque é mais que evidente que uma tal orientação só pode ter como resultado a abertura de mais um "buraco", este do tamanho de mais uns quantos milhares de milhões de euros, provavelmente, tantos quantos os que vierem a ser emprestados sob pressão. 
Verdade seja dita que a estratégia do Álvaro faz sentido se considerarmos que os actuais governantes são  peritos a escavar. Tão bons coveiros eles têm sido que, se não era esta a profissão de origem, pela competência demonstrada no cavar e no escavacar, disfarçam mesmo muito bem.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

"Pirou-se"




"António Nogueira Leite apresentou a sua demissão da Caixa Geral de Depósitos (CGD) onde ocupava a vice-presidência da Comissão Executiva."

Levou algum tempo entre o dito e o feito, mas certo que é que Nogueira Leite cumpriu o prometido. Ameaçou "pirar-se" e "pirou-se". De vez ?

(Notícia e imagem daqui)

sábado, 22 de setembro de 2012

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Amnésias

É impensável supor que o actual primeiro-ministro e líder do Partido campeão da "transparência" e cultivador, em exclusivo, da "Política de Verdade" seja capaz de mentir. Por isso, as contradições entre o dito e o feito por Passos Coelho, só podem ser fruto  de ataques de amnésia, por sinal, cada vez mais frequentes.
Não vou, porém, enumerar aqui os casos de amnésia já detectados. Por um lado, seria fastidioso descrevê-los tão numerosos já eles são, tendo em conta o pouco tempo que Passos Coelho leva na chefia do Governo. Por outro lado, tal trabalho seria inútil, pois, graças ao labor de O Jumento, o leitor tem à sua disposição um Mentirómetro, onde facilmente pode seguir a evolução dos ataques de amnésia. 
Não resisto, no entanto, em trazer à colação o caso da administração da Caixa Geral de Depósitos que é, além do mais, um exemplo de amnésia dupla:
Esquecido da proclamada orientação do Governo de reduzir os cargos de gestores públicos, no caso da Caixa, Passos Coelho optou por aumentar o número de gestores de 7 para 11. Dir-se-á que não é nada de mais para quem tem que arranjar lugar para os muitos "companheiros" que há que tempos estão na fila à espera que chegue a sua hora. Digo "companheiros" e digo bem, porque no PSD não há boys, como se sabe, mas "companheiros" não faltam.
A amnésia, no entanto, não se ficou por aqui. Passos Coelho, ao optar por um novo modelo de gestão, com dois presidentes, um não executivo (Faria de Oliveira, presidente na administração anterior) e outro executivo (José de Matos, vindo do Banco de Portugal) esqueceu-se de que o modelo agora escolhido já teve uma anterior edição em que as coisas não correram nada bem. Melhor dizendo, a experiência acabou mesmo muito mal, com António Sousa, presidente não executivo (chairman)  às turras com Mira Amaral, presidente da comissão executiva (ceo).
Se tudo o que se diz aqui corresponde à realidade, é bem provável que o resultado da nova edição não seja melhor do que o da anterior. Direi mesmo que muito pelo contrário. A solução encontrada parece conter todos os ingredientes para conduzir ao desastre.

É, no entanto, de inteira justiça reconhecer que a amnésia de Passos Coelho tem intermitências. Por exemplo, Passos Coelho não se esqueceu  de recompensar o Doutor António Nogueira Leite pelos seus "conselhos" ao atribuir-lhe um lugar na nova administração. A escolha de Nogueira Leite prova, ademais, que a amnésia de Passos Coelho não é um caso completamente perdido. Felizmente, dirão os "companheiros" ainda em lista de espera.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Patusco ! ... disse ele

Pelos vistos, o Bloco de Esquerda, pela voz do seu deputado Francisco Louçã, continua a contestar o negócio entre a Caixa Geral de Depósitos e o empresário Manuel Fino, não aceitando as explicações dadas pela Caixa, indo ao ponto de qualificar o comunicado da Caixa como "patusco", por defender o Governo e "escandaloso" porque mente ao país. A contestação do negócio por parte do Bloco é um direito que inquestionavelmente lhe assiste, mas manda a verdade que se diga que a sua posição neste caso merece também a qualificação de "patusca". Senão vejamos:
É evidente, por um lado, que o comunicado da Caixa não pode ter tido o objectivo de defender o Governo, pela razão simples de que o acto em questão não é da responsabilidade do Governo, mas da própria Caixa. Bem andou, pois, o ministro das Finanças quando declarou que "era o que faltava que eu tivesse de responder pelos actos de gestão administrativa da Caixa Geral de Depósitos", posição que, por sinal, coincide com a tese já aqui defendida e que, aliás, é a que decorre da legislação comercial em vigor.
Por outro lado, não há qualquer fundamento para se poder afirmar que a Caixa mentiu ao país, pois esta limitou-se a tornar públicos os termos e os fundamentos do negócio. A discordância em relação ao negócio é legítima, como se disse. No entanto, afirmar que se mentiu implica dar um passo e emitir um juízo de valor sobre a seriedade das pessoas que o simples bom senso deveria evitar. Todavia, bom senso, parece ser coisa que não abunda lá para os lados do Bloco e de Louçã, como se deduz do que fica dito.
Louçã é considerado, julgo que a justo título, um académico prestigiado, mas afigura-se-me que andará um pouco afastado da realidade do que é o mundo dos negócios. A propósito deste caso e das posições de Louçã recordo que faz parte da sabedoria popular a noção de que muitas vezes vale mais um acordo, ainda que não inteiramente satisfatório, do que uma prolongada litigância nos tribunais. Esta sabedoria popular tem, a meu ver, inteira aplicação neste caso.
Bom senso a menos e demagogia a mais talvez expliquem a posição do Bloco. É o que penso do caso, ainda que esta posição também possa ser considerada "patusca". E por que não, aceito eu. Sou, tal como Louçã, cidadão português, (e há mais tempo) e tenho por isso os mesmos direitos e até, por coincidência, também me chamo Francisco!
Aditamento:
O PS viabiliza ida do presidente da CGD ao Parlamento . Prova de que quem não deve, não teme !

Tanta suspeição já fede !

Já disse algures que o país fervilha de suspeições. Não há negócio que não suscite interrogações e não sofra constestação, como foi agora o caso do negócio entre a Caixa e o empresário Manuel Fino a que me refiro na mensagem anterior.
Afinal, a explicação sobre a "bondade" do negócio até é simples: de acordo com a administração da Caixa, a posição de que passou a ser detentora corresponde a uma participação financeira ‘charneira’ que, para analistas de bancos de investimento que consultou, tem um valor superior ao preço pago pela Caixa. Segundo os analistas, o preço-alvo para a cimenteira que é de 5,55 euros por acção, ou seja, 14% superior ao preço pago pela CGD.
Não discuto se o valor indicado pelos analistas é ou não o preço justo. O que digo é que não é um valor fixado arbitrariamente pela administração da Caixa e, consequentemente, também não é um preço de favor.
Acrecente-se que, ainda de acordo com a Caixa, a execução das garantias do empresário Manuel Fino era uma “solução precipitada” e que poderia “também criar forte instabilidade na estrutura accionista da Cimpor”, alegação que também merece algum acolhimento, acho eu.
Sendo assim, como justificar tanta suspeição ?
Não dará para ver que, com tanta suspeição, o ar já fede?
E a quem aproveita ? Ao país, não. Seguramente. Acho eu.