Medicina

A Vila DNOCS surgiu como um local destinado aos servidores do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca -DNOCS -que era sediado em Brasília na década de 60. Com a transferência do departamento para o Nordeste, na década de 70, as casas foram ocupadas e houve migração irregular, com a construção de moradias precárias por outros moradores. A partir da década de 90, teve início a regularização fundiária. Em 2012, o Governo do Distrito Federal forneceu casas populares para os moradores da região. Contudo, não houve um planejamento social, acarretando na carência de equipamentos sociais, o que não resolveu os problemas existentes no local. Atualmente, vivem cerca de 480 famílias na Vila DNOCS.

A musicoterapia é uma formação acadêmica na área da saúde que aborda elementos musicais com a neurociência, com poucos profissionais na maioria das instituições. Utiliza a música e o sonoro como instrumentos de expressão, comunicação e intervenção, ativando processos emocionais, cognitivos e fisiológicos. Diante da sua importância na promoção da qualidade de vida de acometimentos crônicos, é fundamental para o Sistema de Saúde da Marinha. Relato de caso: A musicoterapia está presente desde 2003 na Unidade Mental de Saúde Mental da Marinha(UISM), que coordena a execução da atenção e cuidado em saúde mental. Instituição com leitos para internação psiquiátrica para pessoas em processo de desinsititucionalização e pacientes e internados para estabilização de crises. A multidisciplinar inclui o musicoterapeuta, com assistência ambulatorial aos pacientes, incluindo serviço de terapia ocupacional, criado a partir da inspiração no trabalho de Nise da Silveira. O Centro de Atenção Diária (CAD), a partir de uma revisão de estudos que utilizam o tratamento musicoterapêutico na saúde mental, observou melhorias no convívio social dos pacientes, tanto em casos agudos como nos pacientes crônicos(institucionalizados). Os musicoterapeutas trabalham realizando atendimentos em grupo e individuais, com a livre expressão, improvisação musical, prática de conjunto, coral, expressão musical e corporal. Destacam-se o coral terapêutico e o bloco de carnaval Paraíso Naval. São aplicadas técnicas de recriação musical, para estimular habilidades sociais, como comunicação, empatia, interação e senso de pertencimento, com notável melhoria de aspectos relacionados à doença e o ambiente organizacional. Em 2015, a Comissão de Desinstitucionalização viabilizou a alta hospitalar de pacientes em situação de longa permanência. O musicoterapeuta participa ativamente desse processo, por meio da criação de protocolos e estratégias para reinserção familiar e social desse indivíduo.

A depressão é um transtorno psiquiátrico que se destaca em prevalência, sendo presente em diversos contextos culturas e sociais do mundo inteiro como causa de incapacidade de pacientes. Seu tratamento é essencial para uma resposta, mas grande parcela de pessoas não responde às abordagens farmacológicas, configurando-se então como depressão resistente ao tratamento. Embora a farmacoterapia seja um dos pilares do tratamento da depressão, muitas pessoas não respondem ao uso de psicofármacos, sendo um desafio para médicos e profissionais que atuam na saúde mental. Dessa, as pesquisas relacionadas à novas abordagens para o tratamento da depressão começaram a dar novas perspectivas não-farmacológicas, como é o caso da Estimulação do Nervo vago, sendo uma importante ferramenta para casos mais graves, como é o caso da depressão resistente. O presente trabalho teve como objetivo revisar os estudos sobre a técnica de Estimulação do nervo vago como tratamento de Depressão Resistente ao Tratamento.

Na vida muitos encontros são proporcionados pela imensidão de caminhos que nos é apresentado. Em todo eles eu encontrei pessoas inspiradores e sou grata aos amigos, aos familiares e a todos que cruzaram meu rumo no tempo e espaço dessa vida que atravessou estados, países e continentes. De todos, minha mãe é o grande destaque, exemplo de sabedoria e esforço. Sem ela, meu caminho seria tortuoso demais e a conquista atual seria improvável. Aos meus amigos de Curso de Formação de Oficiais(CFO), Carlos Alberto (1T Morais), Wagner (1T Karklin) e Tamyres, que se fizeram presentes durante o processo de formação. Agradeço a toda tripulação da Unidade Integrada de Saúde Mental da Marinha (UISM), meu local de prática. A honra do convívio dos que lá desempenham suas funções me ensina a ser uma profissional cada vez melhor. O companheirismo colaborou para que eu me tornasse o que sou hoje, abrandando as lutas diárias. À minha orientadora e amiga Nathália Freire Bandeira, pela mão estendida e a compreensão para rumar este trabalho. À Marinha do Brasil por ter me concedido a oportunidade de uma formação de excelência em Psiquiatria. Destaco a minha grande inspiração, Marta Rodrigues, que considero a pessoa mais genial que passou pela minha vida, melhor amiga e mentora no campo da Neurociência. Esse agradecimento abrange todos que, cientes ou não, foram essenciais para a realização deste trabalho. E, no final desta trajetória, os exemplos recebidos refletirão diretamente na médica psiquiatra que serei. Meu muito obrigada por ter o prazer de viver essa trajetória. Resumo A depressão é um transtorno psiquiátrico que se destaca em prevalência, sendo presente em diversos contextos culturas e sociais do mundo inteiro como causa de incapacidade de pacientes. Seu tratamento é essencial para uma resposta, mas grande parcela de pessoas não responde às abordagens farmacológicas, configurando-se então como depressão resistente ao tratamento. Embora a farmacoterapia seja um dos pilares do tratamento da depressão, muitas pessoas não respondem ao uso de psicofármacos, sendo um desafio para médicos e profissionais que atuam na saúde mental. Dessa, as pesquisas relacionadas à novas abordagens para o tratamento da depressão começaram a dar novas perspectivas não-farmacológicas, como é o caso da Estimulação do Nervo vago, sendo uma importante ferramenta para casos mais graves, como é o caso da depressão resistente. O presente trabalho teve como objetivo revisar os estudos sobre a técnica de Estimulação do nervo vago como tratamento de Depressão Resistente ao Tratamento. Palavras chaves: depressão resistente, estimulação do nervo vago, tratamento nãofarmacológico para depressão

O ser humano é adepto do prazer, seja ele qual for. E tentar reviver experiências que dão prazer é também “demasiadamente” humano. Para Sigmund Freud “a compulsão à repetição e a satisfação instintiva, que é imediatamente prazerosa, parecem convergir, aqui, para uma relação íntima”. O psicanalista Jean Bergeret aponta o princípio do prazer como um direcionamento de energia ou uma descarga pulsional que tem por objetivo atingir a satisfação desejada.
Para decifrar as dimensões que entremeiam a busca pelo prazer até o adoecer, como nos Transtornos por Uso de Substâncias (TUS), é imprescindível compreender a impulsividade e compulsão como parte do constructo do comportamento.

Ferenczi e a clínica dos “pacientes difíceis”
(Disciplina: Aspectos Éticos e Legais do Tratamento de Usuários de Drogas I), da Pós-graduação em Assistência à Usuários de Álcool e Drogas(Instituto de Psiquiatria da UFRJ). Para um médico, adentrar no campo da Psicanálise pode ser desafiador e renovador, já que os conceitos parecem ser tão distintos. Os profissionais que trabalham com saúde mental apresentam certa dificuldade de agregação interdisciplinar para um mesmo fim. O diálogo entre os saberes pode parecer confuso em um primeiro momento. Durante a formação médica, pouco ou nada se estuda sobre a psicanálise e seus expoentes clássicos. Dessa forma, o nome Sándor Ferenczi pode parecer completamente estranho para um médico do século XXI. O mais curioso é que Ferenczi era médico de formação, assim como Sigmund Freud, Jacques Lacan, Melanie Klein, expoentes da psicanálise.
Para compreender sobre a importância dos estudos de Ferenczi, é preciso relembrar sobre o Complexo de édipo, norteador da teoria psicanalítica de Sigmund Freud .

Introdução: o benefício que os catadores trazem para a limpeza urbana é grande e muitas vezes passa despercebido.O catador está situado numa fronteira mal definida socialmente, entre o 'ser marginal' e o 'ser trabalhador', ocupando uma posição de limiaridade e marginalização. em 2007, ex-moradores de uma invasão que trabalham com material reciclável foram beneficiados por um projeto de construção de casas populares. Observou-se, entretanto, que ainda mantinham maus hábitos de higiene, com lixo acumulado e animais nas residências. Havia dificuldade de aumentar a busca pela atenção primária na região, e os esforços para modificar comportamentos de risco à saúde foram pouco resolutivos. Desta maneira procurou-se atender a esta demanda através de práticas educativas, que visam à construção compartilhada do conhecimento. Objetivos: Promover discussões acerca de saúde e cidadania na população alvo. Identificar as demandas de saúde da comunidade. Elaborar e promover práticas educativas de acordo com as demandas. Método: Estudo transversal, descritivo, do tipo relato de experiência, com abordagem qualitativa, realizado com os residentes da Quadra 12 C do Riacho Fundo II, mediante identificação prévia das demandas dos usuários adstritos, teorização acerca de medidas apropriadas à realidade observada e organização de práticas educativas voltadas aos aspectos de prevenção primária suscitados, seguindo os modelos de problematização freiriana e de pesquisa participante. Resultados: a população apresentou necessidades, conhecimentos e perspectivas semelhantes, o que facilitou o desenvolvimento das praticas educativas. As práticas abordaram os temas: Doenças Sexualmente Transmissíveis, métodos contraceptivos, cuidado pré e pós natal, gravidez na adolescência, drogas ilícitas e acidentes com escorpiões. Após as práticas observou-se um aumento na procura pelos serviços de saúde, confirmando a carência de informação e conhecimento da população alvo. Discussão: Segundo dados da Estratégia de Saúde da Família (ESF) nº6 , a 12C é composta por 812 pessoas, a maioria entre 20 e 59 anos, sendo 55,4% do sexo feminino. a partir da concepção de que a sexualidade é definida por parâmetros biológicos, psíquicos e sociais, promoveu-se uma discussão com os participantes, visando abarcar todos os esses aspectos: motivos para realizar ou não a prevenção, hábitos sexuais e percepções. em relação à educação financeira, Savoia et al., discutem que um indivíduo preparado para lidar com seu orçamento familiar adequadamente consegue se integrar melhor à sociedade e aumentar seu bem estar. em relação às verminoses e acidentes com escorpiões, a intenção foi promover o autocuidado e o empoderamento, de acordo com os conceitos mais atuais de prática em saúde. Quanto à abordagem sobre drogas, a literatura aponta a necessidade de planejamento com a população alvo, consideradas as suas particularidades. Conclusão: As práticas educativas visam à promoção do protagonismo do paciente em relação ao seu auto cuidado. para isso, foram realizadas sucessivas atividades buscando a troca de conhecimentos e a conscientização da população. Mais que mudanças pontuais de hábitos, buscou-se o empoderamento do indivíduo.

RESUMOObjetivo: buscar evidências sobre o uso da terapia preventiva com isoniazida na redução do risco da tuberculose ativa entre as pessoas vivendo com HIV/Aids mediante os resultados dos ensaios de liberação do interferon-gama (IGRA). Método: trata-se de estudo bibliográfico, descritivo, tipo revisão integrativa, com busca de artigos nas bases de dados publicados de 2010 a 2017. Os descritores utilizados foram HIV, AIDS, terapia preventiva com isoniazida, tratamento da infecção latente da tuberculose, interferon-gama, ensaios de liberação do interferon-gama. Resultados: selecionaram-se três artigos, com 1815 PVHA e desenvolvimento de tuberculose em apenas um caso, após 24 meses de terapia preventiva com isoniazida. Altas taxas de reversão e conversão durante o seguimento. Conclusão: consideraram-se os estudos abordando os benefícios da terapia preventiva com isoniazida a partir do resultado do IGRA apresentam-se escassos, com incipiente sugestão da limitação do teste seriado para ...

Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Antropologia, Programa de Pós-Gradução em Antropologia Social, 2011.Ao confrontar a teoria antropológica com os saberes da biomedicina, incluindo, a genética, as doenças consanguíneas e as malformações congênitas, foi possível traçar um plano de investigação etnográfica que tentaria entender como premissas tão distintas poderiam estar falando da mesma coisa, a saber, da proibição do incesto, das questões de consanguinidade com ele envolvidas, dos valores biológicos ou morais daí resultantes. Se é verdade que os casamentos consanguíneos, como é entendido pela biomedicina, são potencialmente mais nefastos para os descendentes em proporção maior que a da população não aparentada biologicamente, como se explicaria a existência de inúmeras sociedades em que os indivíduos muito próximos do ponto de vista biológico se relacionam por sucessivas gerações, como é sabido pelos inúmeros relatos antro...