Ele não deixa de tentar. Mesmo que tenha passado mais de meia década. Passa os dedos pelo cabelo. Como deixar de tentar. É ela que ele quer. Está no seu sangue, no seu sopro, no seu corpo. Tem toda a história que viveram e viveriam (viverão!) bem articulada e presenciada. Olha para ela e vê-a. Conhece-a sempre. As piadas, o jeito. O que a faz rir. Sempre. Isso não mudou. Deus, como a ama tanto. Como mostrar-lhe? Envia-lhe mensagem, vídeos, imagens. Sabe que força um pouco o ritmo. Com ela, atrapalha-se. Quer dizer as coisas certas e tem noção que dá tiros no pé. É só ela que quer. Por isso insiste. Sabe que não acabou.
Eu sei que o que vou dizer é contra todas as regras subjacentes a estrelas cadentes, a pulseiras de nossa senhora do raio que o parta e de todas as velas de bolo de aniversário trincadas, mas a sério, pedir desejos, sonhos, enfim, algo que supostamente não está nas nossas mãos e iremos deixar nas mãos do destino, é algo que acabei de perceber me ultrapassa. Ou então é o destino que se está a lixar para os meus desejos pessoais. É justo. Eu e ele nunca tivemos lá grande relação. De certeza que tem gente muito mais simpática para ele. Portanto, resolução tomada: nunca pedir desejos a pulseiras, velas ou estrelas que não dependam única e exclusivamente de mim. Antes Depois E que me desculpem caso me voltem a dar pulseirinhas destas. Não uso, ou então faço desejos do género "espero lavar os dentes amanhã de manhã" ou "desejo que amanhã haja um anoitecer". Tenho dito Espiral
Comentários