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sábado, 18 de julho de 2020

Resenha Um Gosto de Amor de Susan Mallery.


Título: Um Gosto de Amor.
Série: Irmãs Keyes.
Autora: Susan Mallery.
Número de páginas: 349.
Ano de lançamento: 2011.
Compras da Cath´s.

Sinopse:
Se ela tivesse uma vida mais de pecadora do que de santa… “Responsabilidade” deveria ser um dos sobrenomes de Nicole Keyes. Afinal, não é todo mundo que se dispõe a sacrificar a própria vida para comandar a confeitaria da família e educar Jesse, a irmã caçula. Mas agora que Claire, sua gêmea, está alegremente casada enquanto Jesse deixa para trás o jeito de menina da casa de lado para se tornar uma femme fatale, a superconfiante Nicole cansou de colocar as necessidades dos outros antes das suas! Até Hawk entrar na sua vida. Ao lado do ex-jogador de futebol americano Nicole sente o gosto da liberdade que sempre buscou. Hawk parece conhecer de cor o caminho para seu coração, mas ela não vai deixá-lo se aproximar demais a ponto de parti-lo. Porém, é claro que se o passado dele continuar vivo no presente, ela não terá muita escolha…

Opinião:

Uma ida ao shopping fez eu descobrir por um acaso que estava tendo uma feirinha de livros em promoções. Como boa leitora lá fui eu investigar o que tinha de interessante e acabei dando de cara com esse livro da Susan Mallery.

Já havia lido três livros dela e adorado, então é claro que o comprei, ainda mais levando em conta que paguei R$ 10,00 por ele.

Contudo, tenho que iniciar a resenha avisando que esse é o segundo livro da série Irmãs Keyes e não li o primeiro ainda.

Em Um Gosto de Amor conhecemos Nicole Keyes, proprietária de uma confeitaria antiga na família, que criou desde pequena sua irmã mais nova Jesse e a pouco tempo se reconectou com sua irmã gêmea, Claire.

Nicole está em um momento dark da sua vida, visto que pegou Jesse aos beijos com seu marido, agora ex-marido. Então o humor dela não está nada bom quando um jovem tenta furtar donuts na sua confeitaria.

Porém, é assim que ela acaba conhecendo Hawk, ex-jogador de futebol americano, e agora técnico de colégio, que vai até a confeitaria tentar convencê-la a não dar queixa do seu aluno que tentou furtar os donuts.

Embora haja clichês, já que rola uma atração instantânea entre Nicole e Hawk, o livro se aprofunda muito bem nos personagens.

Nicole está magoada e é uma pessoa com gênio forte, que sabe que é auto suficiente e não precisa abaixar a cabeça para ninguém. Hawk é acostumado a ter as coisas do jeito dele e não tem o hábito de rever suas atitudes, mas acaba tendo que mudar isso.

Posso adiantar que nada é calmo nesse "relacionamento". Nicole acaba se responsabilizando pelo jovem que tentou roubar os donuts e Hawk tem que rever o modo como criou sua filha antes que seja tarde de mais. No meio de todo relacionamento tem muito auê e a história é bem fluída.

Li a obra em dois dias. É uma leitura cativante e que te faz nem perceber que já passou horas lendo. Os personagens principais e secundários são bem construídos e você nota que a história poderia realmente acontecer na vida real, embora, claro, tenha seus toques de romance puramente literário.

Se você gosta de romance te indico esse livro, pois eu descobri que tenho uma quedinha pelos livros dessa autora, que conquistou seu espaço no meu coração literário.


Ele provavelmente estava certo, pensou Nicole, recuando e sentindo uma súbita vontade de chorar. A explosão emocional não tinha nada a ver com Hank e tudo a ver com seu passado recente. O corpo desejava, mas a alma e o coração estavam frágeis demais.

- Deixe-me imaginar. Você está partindo para se descobrir. Bem, quer saber de uma coisa? Seus problemas irão junto com você. Entrarão em sua mala e ficarão muito à vontade quando você a desfizer. Não pode escapar das consequências do que fez, Jesse. Deveria ficar e descobrir as respostas aqui.

- Às vezes não me importo, mas outras vezes odeio que tenha sido assim. Quando estava na escola secundária havia tantas coisas que eu queria fazer, mas não podia, porque tinha de me levantar cedo para ajudar na confeitaria. As manhãs eram muito ocupadas, por isso eu não podia ficar fora até tarde da noite. Também queria poder ir ao cinema, mas tinha de estar em casa depois da escola para tomar conta de Jesse.

Hawk ficou parado no meio de sua sala de estar, vendo-a de verdade pela primeira vez em anos. Tudo continuava exatamente como quando Serena ainda estava viva. Os quadros nas paredes, a mobília, as fotografias. Até mesmo os malditos coelhos de cerâmica que ele sempre odiara.
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sábado, 11 de julho de 2020

Resenha A Grande Solidão de Kristin Hannah.


Título: A Grande Solidão.
Autora: Kristin Hannah.
Editora: Arqueiro.
Número de páginas: 400.
Ano de lançamento: 2018.
Compras da Cath´s.

Sinopse:
Alasca, 1974. Imprevisível. Implacável. Indomável. Para uma família em crise, o último teste de sobrevivência. Atormentado desde que voltou da Guerra do Vietnã, Ernt Allbright decide se mudar com a família para um local isolado no Alasca. Sua esposa, Cora, é capaz de fazer qualquer coisa pelo homem que ama, inclusive segui-lo até o desconhecido. A filha de 13 anos, Leni, também quer acreditar que a nova terra trará um futuro melhor. Num primeiro momento, o Alasca parece ser a resposta para tudo. Ali, os longos dias ensolarados e a generosidade dos habitantes locais compensam o despreparo dos Allbrights e os recursos cada vez mais escassos. Porém, o Alasca não transforma as pessoas, ele apenas revela sua essência. E Ernt precisa enfrentar a escuridão de sua alma, ainda mais sombria que o inverno rigoroso. Em sua pequena cabana coberta de neve, com noites que duram 18 horas, Leni e a mãe percebem a terrível verdade: as ameaças do lado de fora são muito menos assustadoras que o perigo dentro de casa. A Grande Solidão é um retrato da fragilidade e da resistência humana. Uma bela e tocante história sobre amor e perda, sobre o instinto de sobrevivência e o aspecto selvagem que habita tanto o homem quanto a natureza.

Opinião:

Quem segue o blog sabe que sou uma viciadinha em Kristin Hannah. Sempre brinco que são meus livros para chorar, pois é impossível sair deles sem derrubar nenhuma lágrima.

Ainda estou com problemas para conseguir descrever A Grande Solidão. A questão é que todos os livros da Hannah são pesados, principalmente em sentimentos, mas acho que esse é ainda mais pesado que os outros.

Foi a obra em que menos chorei, mas talvez uma das que tenha mais me pesado na alma. Acho que essa é a palavra principal para descrever o livro: pesado, em vários sentidos.

A Grande Solidão conta a história da família Allbrights, principalmente de Leni, a filha. Cora, a mãe, deixou sua família abastada para fugir com Ernt, o pai, quando ficou grávida na adolescência. De acordo com Cora, Ernt era maravilhoso, até ir para a guerra.

Leni mal se lembra do pai antes da guerra, mas tenta se agarrar a esperança da mãe, tendo em vista que Ernt foi feito prisioneiro de guerra e, supostamente, voltou bem diferente do que era. Ernt não para em emprego nenhum, quer se mudar de local com frequência, gasta dinheiro com o que não deve e tem problemas com bebidas. É isso que você percebe nele no início, mas piora... piora bastante.

Ernt recebe uma carta do pai de um amigo de guerra dele que foi feito prisioneiro junto e morreu na sua frente. A carta diz que esse amigo lhe deixou terras no Alasca. E assim Ernt resolve que é um grande ideia ir para o Alasca viver da natureza. Como Cora sempre concorda com ele, em pouco tempo a família está indo para o Alasca.

Ao chegar no local conhecem uma população maravilhosa que ajudam uns aos outros, mas também tem que se acostumar com sua casa ser uma cabana, com uma latrina externa, sem energia elétrica e água encanada. O local é lindo, mas também perigoso, tem ursos, lobos e o gelo pode ser bem perigoso. Desde o início são alertadas sobre os perigos do Alasca e sobre o inverno, no qual a escuridão pode durar 18h por dia.

A questão é que aos poucos vão descobrindo que Alasca pode ser um lar, mas Ernt é o perigo que está presente nesse lar. O perigo de fora nem se compara ao perigo que elas tem em casa.

Admito que penei um pouco no início do livro quando ocorre a apresentação dos personagens, mas depois que passa isso a leitura só vai. Li a obra em três dias e achei ela maravilhosa.

Contudo, saliento que em vários momento você vai ficar irritada. Ernt é um merda (e estou sendo bondosa em chamar ele só disso). Talvez não fosse antes da guerra, mas no decorrer do livro ele é um merda total. E Cora, seja por medo, seja por um amor doentio, atura muita merda.

Acho que eu não ficaria tão p* com ela se não fosse por Leni. No momento que você tem um filho cabe a você protegê-lo, inclusive do próprio pai se necessário. E Leni é submetida a uma vida obscura por causa da permanência da genitora com Ernt.

Por outro lado, Leni é aquela personagem que cresce perante seus olhos, que aos poucos vai entendendo o mundo e vendo com clareza o que acontece ao seu redor. Você torce com ela, sofre com ela e se emociona com ela.

Como disse antes, o livro é pesado. Mas é uma história que acontece em vários locais do mundo, na parte de sua essência, infelizmente.

Outrossim, faz você ver como o Alasca pode ser incrível e te faz ficar com vontade de ver a beleza que é retratada na obra.



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quinta-feira, 18 de abril de 2019

Resenha O Guia do Viajante do Caminho de Santiago - Uma Vida em 30 Dias de Daniel Agrela.


Título: O Guia do Viajante do Caminho de Santiago - Uma Vida em 30 Dias.
Autor: Daniel Alegra.
Editora: Generale.
Número de páginas: 168.
Ano de lançamento: 2013.
Cortesia da editora.

Sinopse:
Fazer o Caminho de Santiago é realizar um projeto de vida. Ao longo de mais de doze séculos, inúmeros viajantes de diversos países e culturas deixam suas casas a fim de percorrer a pé um trajeto de oitocentos quilômetros pelo norte da Espanha. Mas qual a motivação por trás de todo esse esforço? Muitas! Mas o que a maioria dos viajantes procura mesmo é o autoconhecimento, a fim de se tornar pessoas melhores. Eles querem liberar-se de pesos, sofrimentos, angústias e estresses, assim como buscam refletir muito, para, a partir disso, enxergar a vida de uma maneira diferente. Isso faz o Caminho de Santiago ser um divisor de águas na vida do viajante. Neste guia, você encontrará muitas dicas, mapas topográficos de todas as etapas, orientações sobre em que época ir, o que levar, onde comer, assim como encontrará histórias do caminho e tudo o que é preciso saber para tornar seu sonho de fazer a rota de Compostela uma realidade.
Opinião: 

O livro traz uma visão completa e muito sensitiva do que é passar pelo Caminho de Santiago. O autor detalha de forma bastante fascinante e sincera de como é tomar a decisão de fazer essa jornada tão desafiadora. O Caminho de Santiago atualmente é considerado a maior rota de peregrinação do mundo, praticada por pessoas de todas as idades, religiões ou aventureiros em busca de diversos objetivos. E existem várias rotas possíveis, sendo a mais comum delas a do Caminho Francês, que são em média 800 quilômetros de jornada. São vários os motivos que levam as pessoas a trilharem o Caminho de Santiago de Compostela, seja sair da pressão do cotidiano, um momento sabático, uma aventura nova, a experiência ideal para esquecer uma grande dor ou até um impulso impensado a maioria dos motivos levam geralmente para o mesmo objetivo: uma jornada para o autoconhecimento. Com essa premissa, o guia traz detalhadamente tudo e muito mais do que você poderia precisar de ajuda e de dicas para trilhar nessa experiência.

Com a ajuda de mapas, questões sobre o que te levaria a fazer o caminho e até como lidar nos momentos em que você pensa em desistir de completar essa jornada é abordado de forma bastante envolvente neste guia. A sensação que dá é que o autor é aquele seu melhor amigo extremamente detalhista que deseja que você tenha a melhor experiência possível ao fazer algo que ele já fez. Dá uma sensação de conforto e até começa a te desafiar a ter uma história parecida. 

Dividido em três partes o livro aborda a Orientação - que tem como objetivo apresentar o Caminho de Santiago, abordando histórias do percurso, personagens que chamaram a atenção, o significado da peregrinação, quais as possíveis rotas que podem ser utilizadas, quando fazer o percurso e os custos estimados; a Preparação - onde o autor aborda tudo o que você necessitará planejar e ter para fazer o Caminho, de condicionamento físico, educação alimentar e até o que levar na bagagem; e por fim, a terceira parte traz o Direcionamento - em que o autor traz a parte prática do livro, apresentando um descritivo de todas as etapas para a realização do Caminho, as informações e características de cada local que o peregrino irá passar durante o percurso. 

Particularmente fiquei extremamente fascinada pelo Guia. É encantador, sem dúvidas. Me deu uma vontade desesperadora de fazer a peregrinação, até dá um friozinho na barriga quando você lê! O autor não traz de forma sistemática como um manual de instruções, ele faz com que você sinta como a experiência é tão emocional, espiritual e sensível quanto física e aventureira. Se você está interessado em ter uma experiência incrível, bem excêntrica, original e ter toda a ajuda possível para tal, esse guia com certeza é para você! Juro que nunca havia pensado muito em fazer esse tipo de jornada. Apesar de ver em filmes e seriados algumas histórias semelhantes, nenhuma delas me envolveu tanto quanto o que é relatado e ensinado nesse guia. 

De início o autor relata um pouco do que ele viveu, as pessoas que ele conheceu e até as dificuldades que passou. Nada de fantasia de que tudo vai ser incrível e você só irá ter memórias de contos de fadas quando estiver trilhando esse caminho. O autor traz de forma crua, mas ao mesmo tempo muito apaixonante tudo o que você irá encontrar. Uma das partes que mais me chamou atenção e realmente tive certeza de que esse guia era incrível e desesperadamente útil para cada jornada dessa foi quando ele falou até sobre os calos dos pés e como cuidar deles! Fiquei muito apaixonada, sério. Ele até fala qual o melhor curativo e onde comprar. De que cajado seria o mais ideal para você até a onde a comida é mais barata e como descansar e descobrir como seu corpo reage e o que fazer é relatado de forma bastantes simples e gostosa de entender. Traz também detalhadamente quantos km andar por dia, onde você pode dormir e mapas de todos os dias da jornada.

Além de tudo isso, é relatado muito sobre o que você pode fazer com o seu tempo livre mentalmente. Traz conceitos como "walking meditation" do budismo, como reformular um projeto de vida, como utilizar esse momento como limpeza mental em um ano sabático e até uma reavaliação pessoal e profissional. Além de sua própria história, o guia ainda traz várias histórias diferentes e bastante únicas de todos os tipos de pessoas e suas experiências diferentes de antes, durante e depois de trilharem o Caminho de Santiago. Quase impossível você não se sentir conectado ou se identificar com pelo menos uma das histórias relatadas. No fim você está tão imerso no que pode acontecer que você está quase comprando botas novas e comprando suas passagens para a França com data para o próximo mês!

Sinceramente, não há palavras suficientes que eu possa descrever para vocês o tanto que esse guia é completo e maravilhoso. Ele traz dicas e macetes que talvez você nunca iria pensar. Fora que, na parte Direcionamento existem sempre páginas pautadas onde você pode ir anotando sua própria experiência durante o percurso! Ou seja, além de guia, ele é perfeito para ser usado como diário de bordo da jornada! E até uma parte no final para você anotar seus pensamentos e reflexões que obteve durante o percurso. E ainda mais, o guia ainda possui mapas de todos os locais e de todos os dias e fotos de todos os locais, paisagens e até das comidas oferecidas em determinados locais. Em anexo também contém fotos muito lindas e coloridas do que você vai encontrar e com frases de incentivo para o peregrino.

Resumindo, amei o guia. Passei horas me imaginando fazendo o caminho e até pesquisei como e quando eu poderia fazer essa jornada. Indico com toda a certeza de que você pelo menos poderá viajar junto com o autor ao ler essa obra. 




Essa mudança que ocorre no modo de ser de quem faz o caminho não acontece tão somente quando se chega a Santiago. Trata-se de uma mudança gradativa, que vai acontecendo dia após dia, quilômetro por quilômetro, no decorrer da peregrinação. Pouco a pouco.
Peregrinos com mais idade do que eu apresentavam um melhor desempenho, sentiam menos dores e caminhavam em seu ritmo. Foi então que me dei conta de algo fundamental: o Caminho de Santiago não é uma maratona e concluí-lo não é o objetivo principal. Essa percepção mudou minha forma de realizar as etapas em dois aspectos principais: Passei a caminhar no meu ritmo [...] e parei de pensar nas etapas que estavam por vir e passei a concentrar-me apenas naquela que estava realizando [...]. 
Nas duas vezes em que fiz o Caminho de Santiago, privilegiei três artigos de primeira necessidade para me acompanhar na viagem: mochila, botas e saco de dormir. Não economize nesses itens [...].
Composta por uma vista incrível, a Rota de Napoleão apresenta em grande estilo ao peregrino o Caminho de Santiago. A paisagem bucólica dos Pirineus, o silêncio, por vezes interrompido pelo sons das ovelhas e do vento, e o ar puro são características peculiares dessa região.
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quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Resenha Caveiras de Vitor Abdala.


Título: Caveiras.
Autor: Vitor Abdala.
Editora: Generale
Número de páginas: 190.
Ano de lançamento: 2018.
Cortesia da editora.

Sinopse:
“O menino correu pelas ruas escuras da favela olhando a todo momento para trás. Seus perseguidores gritavam para que parasse, mas ele sabia que não deveria. Talvez conseguisse chegar à sua casa se tivesse sorte. Era sua única chance. Em sua ingenuidade infantil, esperava que a mãe o protegesse”. Numa favela do Rio de Janeiro, Serginho, um menino de apenas 12 anos, é executado com um tiro na cabeça dentro de sua própria casa por cinco homens fardados de preto. Segundo a mãe do garoto, os assassinos são policiais da tropa de elite. O crime está envolto em mistério. Afinal, os caveiras, integrantes do respeitado batalhão, executaram o menino? E por que teriam feito isso? Ivo, um jovem repórter do jornal O Carioca, começa, então, uma busca para saber a verdade por trás dessa história. E, quanto mais ele aprofunda a investigação, mais se aproxima de um terrível segredo que envolve a tropa de elite. Agora, a vida de Ivo e de sua família está em risco. Caveiras é um suspense policial com elementos de horror sobrenatural que mergulha na violência do Rio de Janeiro.
Opinião:


Pessoal não sei como descrever esse livro. Meu estilo de leitura nunca foi a literatura policial, mas quando vi a sinopse pensei: parece interessante uma obra que conta um pouco sobre a tropa de elite, afinal de contas já fizeram até filmes sobre ela. O que realmente não esperava era o quão profundo seria a parte sobrenatural do livro. Pessoalmente, acho que essa parte foi bacana e bem trabalhada, mas preferia que o autor não tivesse levado para esse lado fictício.

O livro começa a história em uma favela do Rio de Janeiro, durante um tiroteio entre a Tropa de Elite e um grupo de traficantes do morro. O problema é que o chefe do tráfico foi assinado a queima roupa e não na troca de tiros e Serginho foi testemunha do crime. Para azar de Serginho, os policiais enxergaram ele, então ocorreu uma corrida desenfreada para conseguir fugir deles e chegar em casa, onde Serginho achou que estaria seguro com sua mãe. A pobre e inocente criança que acreditou na bondade da humanidade, mesmo conseguindo o feito de entrar em casa, foi arrancado dos braços de sua mãe e assassinado enquanto ela assistia essa crueldade.

Acontece que Ivo um jornalista da coluna policial, quando vai pesquisar no batalhão o que aconteceu nessa operação na favela, a princípio para saber o que foi apreendido e quantas mortes ocorreram, se depara com a mãe de Serginho e acha muito suspeita a história da senhora, começando a investigar. Não quero dar spoiler do livro, então não vou contar as descobertas do Ivo. O que posso dizer para vocês é que rola muita ação, perigos e coisas sobrenaturais.

O livro é uma leitura ótima, li ele muito rápido, mas demorei para escrever a resenha para vocês porque sou atrapalhada na vida!!! 
O meu único problema com o livro foi com final, mas acredito que seja baseado na minha reclamação da parte sobrenatural do livro, pois acho que a história seria bem mais rica se fosse explorado a realidade, que afinal de contas, também sabe ser tão (ou mais) cruel quanto o que foi apresentado no livro.





Então, eles fizeram um circulo, de mãos dadas, e começaram a orar. Ficaram ali orando por cerca de uma hora. Os 20 irmãos cristãos permaneceram no quartel, excluídos da missão da qual os demais participavam.
Fátima entrou no quarto e perguntou por que eu chorava. Tentei desconversar. Não queria revelar o motivo das minhas lágrimas. Não queria que ela também perdesse a crença na humanidade.
Perguntei ao sargento se ele achava que seus colegas poderiam ter sido submetidos a ingestão de substancias psicotrópicas naquele ritual. Se não era por isso que eles ficavam estranhos.
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sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Resenha Sedução da Seda de Loretta Chase.


Título: Sedução da Seda.
Autora: Loretta Chase.
Série: As Modistas # 1.
Editora: Arqueiro.
Número de páginas: 304.
Ano de lançamento: 2016.
Cortesia da editora.

Sinopse:
Talentosa e ambiciosa, a modista Marcelline Noirot é a mais velha das três irmãs proprietárias de um refinado ateliê londrino. E só mesmo seu requinte impecável pode salvar a dama mais malvestida da cidade: lady Clara Fairfax, futura noiva do duque de Clevedon. Tornar-se a modista de lady Clara significa prestígio instantâneo. Mas, para alcançar esse objetivo, Marcelline primeiro deve convencer o próprio Clevedon, um homem cuja fama de imoralidade é quase tão grande quanto sua fortuna. O duque se considera um especialista na arte da sedução, mas madame Noirot também tem suas cartas na manga e não hesitará em usá-las. Contudo, o que se inicia como um flerte por interesse pode se tornar uma paixão ardente. E Londres talvez seja pequena demais para conter essas chamas. Primeiro livro da série As Modistas, Sedução da seda é como um vestido minuciosamente desenhado por Loretta Chase: de cores suaves e românticas em alguns trechos, mas adornado com os detalhes perfeitos para seduzir.

Opinião:

Como tenho uma tendência a estranheza, li o segundo livro da série antes do primeiro. Acontece que me apaixonei pela escrita da Loretta e então passei a leitura do primeiro livro. Já adianto que ele não me decepcionou.

As três irmãs Noirot são mulheres nada convencionais para a época em que vivem. São independentes e modistas muito competentes.

Porém elas precisavam de uma estrela para chamar atenção da cidade para suas roupas e assim surge um plano.

Marcelline resolve viajar para convencer o Duque de Clevedon, a quando voltar a cidade, levar seu noiva Lady Clara Fairfax ao seu ateliê.

Considerando que é um romance de época, você já pode adivinhar que essa história não vai acabar bem (ou vai).

Marcelline consegue atrair o Duque com seus vestidos, mas não é somente por eles que Clevedon se sente atraído.

A partir da atração que surge entre eles, Clevedon se vê correndo atrás de Marcelline mesmo sem querer e ela se sente cada vez mais envolvida embora lute contra esse sentimento, pois o que deveria interessar era ter a Lady Clara como cliente, e como ter uma cliente depois de roubar o noivo dela?!

Não se pode dizer que os livros da Loretta são entediantes. Os personagens estão sempre se metendo em confusão ou tendo discussões acaloradas e às vezes muito doidas.

Marcelline e Clevedon conquistam como pessoas individuais e como casal.

É interessante aproveitar o livro para analisar como naquela época os homens tinham vida bem mais fácil que as mulheres e como não podemos jogar fora o avanço que várias pessoas lutaram para conseguir em um mundo machista. Temos que ir em frente e lutar pela igualdade sempre.

Mas voltando ao livro, ainda tem as aparições das outras irmãs Noirot que são sempre interessantes.

Enfim, ao longo da vida já li muitos livros de época e Loretta veio para balançar as estruturas do gênero e mostrar temperamentos fortes femininos naquela época. É como um sopro de leveza em um gênero que estava se repetindo muito. Indico totalmente a obra.



As pessoas viraram o pescoço para olhá-la. Homens dirigiam suas carruagens umas de encontro às outras. Os que estavam a pé batiam a cabeça nos postes, ou uns nos outros. E ela se divertia bastante com tudo aquilo, disso ele não tinha a menor dúvida.
Mas uma costureira? Uma lojista qualquer não era o habitual para Clevedon e qualquer coisa incomum poderia dar um tom diferente aos mexericos. Com esses pensamentos, ela chegou ao andar térreo. Não fizeram nada para acalmar a agitação que sentiam.

-  Tão delicado. Uma das coisas que sempre admirei em você é sua recusa em me tratar com uma mulherzinha imbecil. Em suas cartas, você fala o que sente. Ou, pelo menos, pensei que o fizesse. Bem, talvez você não me conte tudo mesmo.

Não faz mal, disse a si mesma. Sua filha estava viva. Suas irmãs estavam vivas. Começariam de novo. Depois daquela noite, as damas passariam a bater à sua porta.

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terça-feira, 2 de outubro de 2018

Resenha O Duelo dos Imortais de Colleen Houck.


Título: O Duelo dos Imortais.
Precursor da série Deuses do Egito.
Autora: Colleen Houck.
Editora: Arqueiro.
Número de páginas: 112.
Ano de lançamento: 2017.

Sinopse:
Quem são os deuses que regem os caminhos e descaminhos de Amon e Lily, os corajosos heróis da série Deuses do Egito? Por que esses deuses tramam conquistas e vinganças, envolvendo a humanidade em suas maquinações? E por que deixam nos ombros de alguns jovens mortais a responsabilidade pela salvação do mundo? Antes que Lily e Amon se encontrassem, antes mesmo que o caos dominasse o cosmos e os deuses precisassem de três irmãos corajosos para combater o mal, muita coisa já estava em jogo. Em O duelo dos imortais, vamos conhecer a história dos quatro irmãos que assistiam, com seus poderes especiais, o grande Amon-Rá no governo da Terra: Osíris, o generoso deus da agricultura, que ajuda os mortais a crescer e prosperar em seu ambiente natural. Ísis, a linda deusa da criação, que promove a saúde e o bem-estar. Néftis, a doce vidente, que mantém o equilíbrio entre os seres vivos e o universo. E por último Seth, o mais jovem, que cresceu desprovido de poderes e desprezado por todos. Quando, finalmente, os poderes de Seth se manifestam, que efeito sobre a humanidade terá a perigosa mistura de uma infância marcada pela rejeição, uma intensa paixão não correspondida e o incrível poder de desfazer coisas, pessoas... e até deuses? Romance, traição e vingança são os fios que tecem esta trama surpreendente, cujos personagens imortais despertam em nós os mais profundos sentimentos.

Opinião:

O Duelo dos Imortais conta a história dos deuses que vimos em vários momentos nos livros na série Deuses do Egito, com foco em Seth, Osíris, Ísis, Néftis e Amon-Rá.

Seth era o único deus que não tinha poderes e em decorrência disso passava longe de ser o centro das atenções dos irmãos.

Assim, no decorrer dos anos, ele foi acumulando ódio do restante dos deuses por causa disso. Então, quando descobre seu poder de desfazer não o usa para nada produtivo, pois está tomado pelo ódio.

Ainda, Ísis, a deusa da criação, é o objeto de desejo de Seth, que, inclusive, a observa em segredo. Porém, Ísis se apaixona por Osíris, que tenta não se render a deusa, pois o romance entre os deuses é proibido.

Dessa forma, enquanto Osíris ajuda a agricultada a prosperar, Seth destroí ela, as florestas e os animais, inclusive, humanos que passem pelo seu caminho.

Por óbvio não posso contar mais sem entregar todo o livro, que tem sua narrativa própria sobre a história dos famosos deuses.

Gostei da história deles, mas em alguns momentos eles fazem muito mimimi desnecessário. Mas acho que se pode levar como uma lição de que a verdade evita muito caos.

Osíris, ao meu ver, acaba sendo o mais queridinho do livro. Seth é imundo, é a palavra que acho que o descreve. Ísis, as vezes, é sonsa demais e Néftis podia evitar tudo, mas resolve deixar a vida seguir seu curso, o que é bem irritante. Quanto a Amon-Rá, ele se faz de cego além da conta, o que o faz parecer fraco.

Por fim, reitero que é uma boa visão da história e vale a pena a leitura se você acompanhou a série Deuses do Egito.




Com isso, desfez a língua e as mãos do homem que fabricava brinquedos. Foi uma pena, porque o homem obviamente tinha talento, mas não podia existir o risco de ele falar com Ísis antes que Seth estivesse pronto. Com uma saudação debochada, Seth saiu da casa do homem que fazia brinquedos e seguiu para o banquete com seu prêmio.



Então ele se acalmou. Mesmo que Anúbis desconfiasse que era ele o responsável pelas mortes, Amon-Rá não iria necessariamente atribuí-las ao sobrenatural. Ele já tinha sido a causa do óbito de mortais antes; de muitos, na verdade.



Será que isso prejudicaria a mente ou o coração dela? Seria arriscado experimentar algo assim em sua noiva. Ele testaria em outros antes de usar seus poderes nela. Precisava que a mente dela se mantivesse intacta para que pudesse criar feitiços.



Osíris deslizou a mão até a nuca dela e se abaixou para beijar seus lábios carnudos, interrompendo-a no meio da frase e torcendo para que estivesse transmitindo a profundidade de sua emoção naquele beijo.
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quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Resenha O Quarto Dia de Sarah Lotz.


Título: O Quarto Dia.
Autora: Sarah Lotz.
Editora: Arqueiro.
Número de páginas: 352.
Ano de lançamento: 2016.

Sinopse:
Em O Quarto Dia, Sarah Lotz conduz o leitor por uma viagem de réveillon que tinha tudo para ser perfeita. Mas às vezes o novo ano reserva surpresas desagradáveis... Janeiro de 2017. Após cinco dias desaparecido, o navio O Belo Sonhador é encontrado à deriva no golfo do México. Poderia ser só mais um caso de falha de comunicação e pane mecânica... se não fosse por um detalhe: não há uma pessoa viva sequer no cruzeiro. As autoridades acham indícios de uma epidemia de norovírus, mas apenas descobrem os corpos de duas passageiras. Para piorar, todos os registros e gravações de bordo sofreram danos irreparáveis. Como milhares de pessoas podem ter sumido sem deixar rastro? Teorias da conspiração se alastram, mas só há uma certeza: 2.962 passageiros e tripulantes simplesmente desapareceram no mar do Caribe.

Opinião:

Vou começar informando que não li o livro "Os Três", então se existem referências interligando as obras, não faço ideia. Mas como obra solo achei muito interessante de acompanhar a história de "O Quarto Dia".

Quem não quer ir em um cruzeiro? Ok, pessoas que tem medo do mar. Mas o ponto é que a maioria das pessoas adoraria. Contudo, se fosse esse cruzeiro você deveria correr para o lado oposto o mais rápido possível.

O Belo Sonhador sai para o mar com o ideal de te entregar um réveillon maravilhoso. Dentro do navio se encontra Celine del Ray e seus amigos, como ela chama as pessoas que acreditam em seus poderes de ver mortos. Como sua assessora se encontra Maddie, que não acredita no "dom" de Celine, e ela tem um guarda-costas para evitar caos nos eventos, chamado Ray (que não presta não).

No começo da obra já descobrimos que Maddie está cansada de Celine, mas se vê continuando no emprego.

Ainda temos no quarto ao lado de Celine, Helen e Elise, duas mulheres idosas que resolveram colocar fim as suas vidas nessa viagem.

Em outro andar, temos Xavier, um blogueiro que está decido a desmascarar Celine. Temos, também, Althea uma empregada que só enxerga a si mesma, inclusive, fingindo ajudar sua colega Mirasol, a qual é preguiçosa.

Logo no começo do livro temos uma crise de Celine que nunca mais retorna a ser a mesma, um assassinato, quando Gary mata uma mulher, e problemas no navio, o que o faz ficar a deriva.

Para ajudar, Jesse, médico do navio, é uma viciado em drogas, que passa a obra tentando não voltar ao seu vício. E a enfermeira Martha não enxerga que cada vez mais ele não se encontra confiável.

O único mais normalzinho é Devi, segurança do navio, que vê o assassinato como um homicídio e não tenta esconder isso e sim descobrir quem matou a mulher.

No meio do desenrolar da história de cada personagem, Maddie tentando lidar com uma Celine que se afastou dela e parece ter adquirido poderes verdadeiros, Helen e Elise enfrentando suas escolhas sobre a morte, Xavier escrevendo em seu blog  e Althea querendo se dar bem na carreira, tem o enredo das pessoas interagindo em um navio parado que não consegue contato com o exterior e não tem os suprimentos necessários.

Você nota que algo estranho está acontecendo com o navio, os passageiros notam, mas ninguém consegue explicar.

Adianto que o que faz o livro ser bom é a jornada, porque não tem explicação nenhuma para tudo que acontece no final.

Ele te deixa ligada nos personagens e na situação durante toda a obra, mas chega ao final com um grande ponto de interrogação.

Embora eu tenha gostado disso, porque talvez uma explicação não fosse satisfatória, se sente a falta de esclarecimentos, te deixa a curiosidade, mas não sei se isso não foi porque não li "Os Três".

O livro pode parecer louco, e é, mas ao mesmo tempo a jornada vale a pena, não tem como explicar exatamente, tentei contar para meu namorado e ele ficou: mas qual a explicação para isso? e não entendeu porque gostei da obra, rsrs.





Então agora ele sabia com certeza que ela fora atacada. Devi fez menção de verificar as imagens do Lounge Sandman, sem dúvida o lugar onde o homem tinha encontrado sua presa. Repassou a agravação, esperando que o programa de reconhecimento facial identificasse o agressor de Kelly. Mas nao havia pontos suficientes para o computador analisar. O rosto do homem estava escondido pelo boné e ele mantivera a cabeça baixa. Devi precisaria verificar quem, do grupo de solteiros, se parecia com a descrição do homem: branco, corpulento, aproximadamente 1,80 metro. Rogelio saberia quem combinava com essa descrição.
Comecei a me sentir mal de novo, por isso voltei à cabine. Sou a única pessoa neste andar. Fede, mas estou cansado demais para me mexer por enquanto.
Ele sorriu de novo. Não era bem o que Maddie chamaria de bonito, e não fazia seu tipo (não que tivesse qualquer tipo nos últimos tempos), mas será que o blogueiro era "completamente vil", como ela e suas amigas costumavam dizer na escola? Meu Deus, de onde isso tinha vindo? Maddie refletiu. Celine era mais do que páreo para Xavier, e talvez fosse interessante assistir.

- Sério. - Ele deu um sorriso amarelo. - Não tive a paciência necessária. Mar curti tábuas de Ouija, mexi com o arcano. Você sabe. Foi um estágio. E vi como era fácil enganar as pessoas.


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quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Resenha Maluca por Você de Rachel Gibson.


Título: Maluca por Você.
Autora: Rachel Gibson.
Editora: Jardim dos Livros.
Número de páginas: 120.
Ano de lançamento: 2014.

Sinopse:
Um charmoso policial acaba de chegar à cidadezinha de Lovett, no Texas. Seu nome é Tucker Matthews. Tudo o que ele quer é um pouco de sossego e um lar pra chamar de seu. Seu e de Pinky, sua gatinha de estimação, deixada com ele por uma ex-namorada louca. Mas parece que Tucker tem sorte (ou azar) para mulheres doidas. Sua nova vizinha é ninguém menos que Lily Brooks, ou, a Maluca Lily Darlington, famosa na cidade pelos excessos do passado, como quando entrou com o carro dentro do escritório do ex-marido cretino. Fofocas à parte, Tucker não imaginou que no lugar da suposta barraqueira fosse conhecer uma baita mulher em seus trinta e oito anos, linda, inteligente, sexy e engraçada, que irá virar sua cabeça do avesso. Maluca por você é um romance apimentando e divertidíssimo! Você não vai conseguir parar de ler!

Opinião:

Admito que comprei Maluca por você achando que o livro era maior. Achei ele barato em um site de compras e como gosto das obras que já li da autora coloquei no carrinho.

Acontece que quando chegou achei muito pequeno (levem em consideração que esperava algo grande como os outros que tenho dela, haha), mas como tamanho não é documento e já li livros ótimos com 120 páginas (Stine, adoro!), pensei: É Gibson, deve ser bom e isso que importa.

Porém, não é muito bom não. Basicamente, é sexo e... sexo. A história deixa muito a desejar quanto aos personagens e não te faz mergulhar nela.

Mas vamos  lá...

Lily Brooks, também conhecida como a Maluca Lily Darlington, agora tenta ser uma mulher respeitável, com seu salão de beleza, e uma boa mãe para Pippen, tentando apagar o passado com seu ex e pai de seu filho, chamado Ronnie, que é um perdedor.

Atualmente, ela mora perto da mãe, Louella Brooks, que gosta de dar uma xeretada na vida dos outros e contar as novidades, e leva sua vida de forma pacata.

Contudo, tudo muda quando conhece seu vizinho Tucker Matthews, que se mudou para a casa ao lado junto com sua gata, chamada Pinky.

Então é óbvio que eles sentem uma atração irresistível e acabam fazendo coisinhas por aí, mas as escondidas, pois Lily quer manter a reputação de séria.

Assim, o livro conta sobre o romance deles, mas de forma tão rápida que não te convence que eles se apaixonaram. Parece que transaram, Tucker conquistou Pippen e deu, se apaixonaram.

Os personagens não foram aprofundados. Acho que alguns pedaços ficaram um pouco sem nexo e me senti decepcionada, pois não parecia a escrita da Rachel Gibson que consegue te comover com os romances.

Não é uma porcaria de livro, melhor deixar claro, quem gosta de livro com sexo e mais sexo vai apreciar, só que falta conteúdo para conquistar quem deseja mais do que isso.



Lily fechou os olhos e aspirou o perfume dos cabelos de Pippen. Ela cuidava para que o filho não precisasse ouvir coisas a respeito da mãe esquisita dele na escola. Sabia como era isso. E fazia um esforço muito grande para garantir que nunca o constrangeria e que ele nunca precisasse ouvir os colegas chamando a mãe dele de Maluca Lily Darlington.


Tucker havia dito várias vezes que a queria. Que queria tudo relacionado a ela, mas ele não sabia tudo sobre ela. ele não conhecia seu passado. Não sabia que as pessoas achavam que ela era maluca. Pelo menos, ela imaginava que, se soubesse, ele teria mencionado logo antes de fugir para as montanhas. Não seria ela que diria a ele.



Lily enfiou os óculos no rosto. Bem, era definitivamente o fim do mundo. Não era exatamente uma aprovação absoluta da mãe, pelo menos ela não o estava acusando de crimes contra a natureza.
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quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Resenha Branca de Neve - Os Contos Clássicos.


Título: Branca de Neve.
Autor: Vários Autores.
Editora: Generale.
Número de páginas: 210.
Ano de lançamento: 2012.
Cortesia da editora.

Sinopse:
Entre os diversos autores presentes na publicação organizada por Alexandre Callari estão, os irmãos Grimm, o aristocrata Giambattista Basile, os folcloristas Joseph Jacobs, Laura Gonzenbach, Thomas Frederick Crane e Ernst Ludwig Rochholz, o romancista Alexandre Pushkin, além de um conto do próprio Alexandre Callari, que deu via a sua própria Branca de Neve, recontando a história da bela de uma maneira peculiar. As histórias de cada autor se passam nas mais variadas regiões europeias e abordam diversos temas bem atuais e humanos como a inveja, ciúme, traição e mentira, algumas com uma pitada de romance, terror, suspense e até mesmo tragédia. Todos os contos presentes no livro vêm com um comentário e análises que visam o entendimento dos elementos que compõem suas origens, já que as narrativas contém um pouco do folclore de diversos países como a Itália, Alemanha, Suíça, Escócia, Rússia, entre outros locais. Além de incorporar sua própria história sobre a Branca de Neve, Alexandre Callari também comenta sobre as variações da história e da própria personagem ao longo de cada conto e cada versão, analisando também os filmes com a personagem, desde o primeiro lançado em 1902 até os que estão prestes a serem lançados.

Opinião:

Oi gente, vim aqui para escrever sobre um clássico. Ouso dizer que uma das minhas histórias preferidas. Estamos falando de quem?!? Uma menina linda com a pele branca como a neve, lábios vermelhos como o sangue e cabelo pretos como ébano... Sim! A Branca de Neve em todas suas características peculiares.

Mas esse livro não conta a história que a maioria conhece, que é o famoso conto de fadas  da Disney. Nesse caso a obra é dividida em 3 partes. 

1ª Parte: Contam como surgiu a história e dizem que pelo fato de antigamente os romances passarem de pessoa para pessoa sem registo físico, inclusive, atravessando os países, eles iam mudando e incorporando algumas características da região.
Já adianto, que li os contos e a essência não muda: uma jovem muito bela que sempre corre risco de vida por causa da inveja de outra pessoa. 
Porém, existem algumas variações, exemplificando, nem sempre tem os anões, teve história que mostrou que em determinada região a bigamia era aceita e nem sempre era a madrasta que queria a morte da jovem. 

2ª Parte: Nos mostra que a história continua evoluindo e tendo variações, um pouco mais sutis e se tornando um pouco mais comercial, pois mostra inúmeras peças de teatro que foram feitas a partir do conto e também os filmes, incluindo até os mais recentes.

3ª Parte: Um conto totalmente novo com o nome: Mundo dos espelhos - Lobos, Sangue e Neve.

Confesso que demorei um pouco para ler este livro, pois os contos são muito estranhos diante da imagem que tinha da Branca de Neve. Embora muitos saibam sobre os Irmãos Grimm e que eles tem uma versão mais macabra sobre a história, tem coisa bem pior que foram contadas antes por outros autores. Em alguns momentos, parei e fiquei pensando, meu deus como as pessoas conseguiam ser criativas a esse ponto e tinha que me lembrar que originalmente o conto era para adultos, contado em grandes salões para entreter o povo da cidade.

Por fim, quanto a aparência do livro, absolutamente tudo a declarar!! Capa totalmente no tema, contem muitas ilustrações e todas as páginas tem uma borda detalhada. 


Havia um viúvo que tinha uma filha. A menina tinha entre 10 e 12 anos de idade. Seu pai a mandou para a escola e como ela estava totalmente sozinha no mundo, sempre a elogiava para a professora.

Era uma vez, um rei que tinha uma esposa cujo nome era Árvore-Prateada, e uma filha cujo nome era Árvore- Dourada. Certo dia, Árvore-Dourada e Árvore-Prateada fora a um vale estreito onde havia uma nascente, e nela havia uma truta.

Era uma vez, em meio ao inverno, quando flocos de neve caíam como plumas do céu, uma bela rainha, sentada ao pé de sua janela cuja madeira era feita de ébano escuro. Enquanto bordava, ela olhou para os flocos caindo e picou o dedo com sua agulha. Três gotas de sangue se derramaram na neve. O vermelho sobre o branco era tão lindo, que ela pensou: "Se ao menos eu tivesse uma filha tão alva como a neve, tão carmesim como o sangue e tão negra quanto esta moldura!"
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