O objetivo deste blog é divulgar toda a minha produção poética, sem prejuízo de continuar a ser postada também no Portal de Poesia Rodolfo Pamplona Filho (www.rodolfopamplonafilho.blogspot.com).
A diferença é que, lá, são publicados também textos alheios, em uma interação e comunhão poética, enquanto, aqui, serão divulgados somente textos poéticos (em prosa ou verso) de minha autoria, facilitando o conhecimento da minha reflexão...
Espero que gostem da iniciativa...
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quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Violência Doméstica

 



 

Na penumbra da casa, a dor se esconde,No sussurro cortado, um grito responde.Olhos roxos, marcas na pele,Histórias de medo que ninguém revele.

 

O amor travestido em punho cerrado,Promessas vazias de um passado quebrado."Eu mudo, eu juro", ele diz com fervor,Mas o ciclo se fecha em pancada e pavor.

 

Copo no chão, espelho estilhaçado,A alma se perde num corpo calado.Ela finge sorrir, disfarça a ferida,Mas no fundo implora por uma saída.

 

A vizinha escuta e baixa a cabeça,O silêncio é o preço que a culpa arremessa.E as horas se arrastam no peso do açoite,Cada dia é um fim que se veste de noite.

 

Quem há de ouvir o que não é dito?Quem vai enxergar além do grito?Há vozes presas no medo escuro,Esperando a chance de um amanhã seguro.

 

Pois violência não é destino selado,Nem lágrima eterna ou caminho traçado.Haverá justiça, haverá redenção,E do pó do abuso renascerá o coração.

 

Aracaju, 18 de outubro de 2024.

sexta-feira, 26 de julho de 2024

Feminismo Negro

 



 

No coração da luta, onde a voz ressoa,

celebra-se a visibilidade da pessoa,

que não pode mais ficar calada,

nem muito menos ser silenciada.

 

Das sombras do passado, ergue-se altivo

um movimento imparável e decisivo.

Contra a opressão, levanta-se em união,

celebrando a força, a coragem e a visão.

 

Mulheres negras, guerreiras de luz,

quebram as correntes, desafiam a cruz.

Nas ruas, palcos e páginas da história,

O feminismo negro escreve sua trajetória,

reivindicando espaço, justiça e igualdade,

empoderando vidas, com amor e dignidade.

 

É a voz que ecoa, em cada canto e esquina,

A luta pelo direito de ser quem se destina.

Feminismo negro, raiz de resistência e poder,

estrela que ilumina o caminho a percorrer.

 

Salvador, 8 de junho de 2024.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Mulheres de Fibra?



 

Mulan  

Diadorim 

Maria Quitéria  

Joana D’Arc  

Por que uma mulher 

precisa virar um homem 

para ser valorizada? 

 

Salvador, 15 de junho de 2021