Papers by LARYSSA D A S I L V A MACHADO
revista do arquivo público do estado do espírito santo, 2023
ANAIS DO I SIMPÓSIO INTERNACIONAL LABORATÓRIO HISTÓRIA, PODER E LINGUAGENS Propriedade e territórios: perspectivas pluralistas de um conceito histórico, 2023
O presente artigo buscou pincelar como o instituto da conciliação no Brasil foi tratado durante o... more O presente artigo buscou pincelar como o instituto da conciliação no Brasil foi tratado durante o período de transição da Monarquia para a República. Percebeu-se que pelo fato de o instituto da conciliação, inicialmente, estar vinculado aos juízes de paz, a forma como ela fora tratada ao longo dos anos estava fortemente ligada ao tratamento que a Monarquia queria conceder a esses juízes. Ressaltase que os juízes de paz sofreram influências liberais e sua criação foi uma resposta aos clamores pela descentralização política.
EDUCAÇÃO, RAÇA E RACISMO vol, 2023
E book Catalogacao de acervo Itapemirim, 2023
Esta obra é uma produção independente. A exatidão das informações, opiniões e conceitos emitidos,... more Esta obra é uma produção independente. A exatidão das informações, opiniões e conceitos emitidos, bem como da procedência das tabelas, quadros, mapas e fotografias é de exclusiva responsabilidade do(s) autor(es).
20 ANOS DA LEI N° 10.639/03 20 ANOS DA LEI N° 10.639/03 E 15 ANOS DA LEI N° 11.645/08: E 15 ANOS DA LEI N° 11.645/08, 2023
Esta obra é uma produção independente. A exatidão das informações, opiniões e conceitos emitidos,... more Esta obra é uma produção independente. A exatidão das informações, opiniões e conceitos emitidos, bem como da procedência das tabelas, quadros, mapas e fotografias é de exclusiva responsabilidade do(s) autor(es).
ABORDAGENS_ETNICO_RACIAIS, 2023
Anais do Congresso de Processo Civil Internacional, 2019
Nas últimas décadas do século XX, a historiografia brasileira passou a utilizar fontes
variadas ... more Nas últimas décadas do século XX, a historiografia brasileira passou a utilizar fontes
variadas que por muito tempo foram renegadas. Entre esses documentos estão os
documentos cartoriais: inventários post mortem e testamentos. Essa documentação fez com que personagens renegados, como crianças, mulheres e escravos, tivessem suas histórias reveladas. Além disso, no campo da História Social, o uso dessa documentação é uma saída para as pesquisas demográficas, uma vez que há uma carência de fontes oficiais. Esse trabalho pretende abordar a importância dessa documentação e apresentar os inventários e testamentos encontrados em Itapemirim, região sul do Espírito Santo no século XIX, região que se destacou na historiografia capixaba por suas fazendas açucareiras e cafeeiras no Oitocentos.
Ars Histórica, 2019
O presente artigo apresenta uma análise das especialidades apresentadas pelos cativos que residia... more O presente artigo apresenta uma análise das especialidades apresentadas pelos cativos que residiam, ao longo do século XIX, em Itapemirim, cidade da região sul da província do Espírito Santo. Para isso, utilizaremos três conjuntos de documentos disponíveis que trazem a profissão de muitos escravizados da região: Lista Nominal da População da Vila de Itapemirim em 1833; inventários post mortem e testamentos; e registros de batismo da Paróquia Nossa Senhora do Amparo, na Vila de mesmo nome. A ideia deste trabalho é demonstrar que os cativos que residiam naquela localidade possuíam profissões especializadas, sendo responsáveis por atividades importantes e rentáveis na comunidade. Assim, percebe-se que, as relações que os escravizados desenvolviam na sociedade iam muito além do trabalho braçal não-especializado, uma vez que, ao contrário disso, esses agentes desenvolviam funções que possibilitavam o desenvolvimento de relações sociais e econômicas na sociedade.
EM TEMPO DE HISTÓRIAS, 2020
O presente artigo pretende analisar a composição das famílias cativas do Espírito Santo entre os ... more O presente artigo pretende analisar a composição das famílias cativas do Espírito Santo entre os anos de 1850 e 1871, datas marcadas pela promulgação das leis abolicionistas Eusébio de Queirós e Lei do Ventre Livre. As regiões da província capixaba estudadas são Vitória, capital provincial, Cachoeiro de Itapemirim e Itapemirim, ambas na região sul. As três localidades possuíam economia diversificada, e portanto, a composição de suas escravarias também apresentava peculiaridades. Vitória tinha economia voltada para o abastecimento interno da província, e sua escravaria era formada por maioria de crioulos. Cachoeiro tinha como fonte econômica as lavouras de café destinadas a exportação, que era a principal fonte econômica da província. Itapemirim, por sua vez, produzia grande quantidade de açúcar, além de ser o principal porto exportador deste produto e do café para a Corte. Tanto em Cachoeiro quanto em Itapemirim a presença de africanos era grande. Essas peculiaridades são refletidas na composição das escravarias e das famílias cativas, conforme se observará neste trabalho.
Faces de Clio, 2020
O presente artigo apresenta a trama envolvendo Itapemirim, região sul do Espírito Santo, em uma c... more O presente artigo apresenta a trama envolvendo Itapemirim, região sul do Espírito Santo, em uma complexa rede de tráfico de escravos na região Sudeste após a promulgação da Lei Eusébio de Queirós. Por ser a região com menor fiscalização, inúmeros navios transportando africanos continuaram a desembarcar no litoral sul capixaba após 1850. Os mesmos eram enviados principalmente as fazendas de café em Cachoeiro do Itapemirim, a Zona da Mata de Minas Gerais e ao norte do Rio de Janeiro. As inúmeras denúncias e correspondências relacionadas ao assunto demonstram que o problema preocupava as autoridades do Império e que perduraram durante toda a década de 1860.
Vida e morte: uma análise dos registros de óbito de escravos de Itapemirim-ES (1860-1870), 2019
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por ... more Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação digital) sem a permissão prévia da editora.
“SINHÁS” E CATIVAS: AS MULHERES NA SOCIEDADE DE ITAPEMIRIM-ES DOS OITOCENTOS, 2018
O presente trabalho pretende discutir o papel desempenhado pelas mulheres na sociedade de Itapemi... more O presente trabalho pretende discutir o papel desempenhado pelas mulheres na sociedade de Itapemirim no século XIX, tanto das senhoras da sociedade quanto das cativas. Para isso, serão analisados documentos primários, tais como Lista Nominativa da População de Itapemirim de 1833, Inventários post-mortem, Testamentos e Documentos Eclesiásticos. O objetivo é identificar o papel que as mulheres desempenharam nessa sociedade, tanto as proprietárias de bens quanto as escravizadas. Os documentos apresentam mulheres como donas de fortunas em terras, joias e cativos, ao mesmo tempo que traz inúmeras cativas, que não possuíam bens, mas tinham ocupação como mucamas, cozinheiras ou rendeiras, além de chefiarem famílias, as vezes formadas por vários filhos. Assim, esse artigo quer destacar essas mulheres, que na maioria das vezes têm suas histórias ofuscadas por uma sociedade patriarcal.
Revista Ifes Ciência , 2018
Desde os primórdios da humanidade, o trabalho humano foi dividido. Aos grupos de elite era destin... more Desde os primórdios da humanidade, o trabalho humano foi dividido. Aos grupos de elite era destinada uma educação intelectual, voltada a formar um cidadão completo. Já os grupos trabalhadores recebiam uma educação técnica, voltada ao trabalho prático. Com o passar dos anos esse tipo de diferenciação não diminuiu. Ainda hoje, percebe-se a ausência da educação humanística na formação técnica. Mesmo que inúmeros autores afirmem que a educação humanística é fundamental para a formação do trabalhador, ainda assim, os cursos técnicos não oferecem aos seus alunos esse tipo de formação. O presente trabalho analisa o currículo técnico do curso de Recursos Humanos da Escola Estadual “Professor José Veiga da Silva”, em MarataízesES, observando a ausência de educação humanística na matriz curricular do curso, além de pesquisa realizada com os alunos, comprovando que a ausência da mesma é sentida pelos futuros profissionais de Recursos Humanos. Como resultado, o trabalho apresenta uma proposta curricular, acrescentando um módulo a mais no curso que contemple as disciplinas que, segundo a pesquisa, os alunos sentem falta, sendo estas baseadas na educação humanística.
Anais do V Concefor, 2018
O presente artigo pretende discutir a importância da História do Espírito Santo em sala de aula, ... more O presente artigo pretende discutir a importância da História do Espírito Santo em sala de aula, uma vez que a mesma contribui para a formação da identidade capixaba. Para isso, foi realizada pesquisa qualitativa com alunos dos novos anos do Ensino Fundamental da Escola Municipal de Ensino Fundamental “José Marcelino”, localizada no município de Marataízes-ES. Os alunos relataram o desejo de conhecerem mais sobre o assunto e que consideram importante a criação de uma disciplina escolar que trabalhe o tema.
Revista do Arquivo Público do Estado do Espírito Santo, 2020
O presente trabalho pretende discutir o papel desempenhado pelas mulheres na sociedade de Itapemi... more O presente trabalho pretende discutir o papel desempenhado pelas mulheres na sociedade de Itapemirim no século XIX, tanto das senhoras da sociedade quanto das cativas. Para isso, serão analisados documentos primários, tais como a Lista Nominativa da População de Itapemirim de 1833, Inventários post-mortem, Testamentos e Documentos Eclesiásticos. O objetivo é identificar o papel que as mulheres desempenharam nessa sociedade, tanto as proprietárias de bens quanto as escravizadas. Os documentos apresentam mulheres como donas de fortunas em terras, joias e cativos, ao mesmo tempo que traz inúmeras cativas, que não possuíam bens, mas tinham ocupação como mucamas, cozinheiras ou rendeiras, além de chefiarem famílias, às vezes formadas por vários filhos. Assim, este artigo quer destacar essas mulheres, que na maioria das vezes têm suas histórias ofuscadas por uma sociedade patriarcal.
Revista Hydra, 2020
Resumo: O presente artigo pretende realizar uma breve análise sobre as epidemias que assolaram a ... more Resumo: O presente artigo pretende realizar uma breve análise sobre as epidemias que assolaram a região de Itapemirim durante o século XIX, com destaque para as epidemias ocorridas durante a década de 1850. Ao longo dos Oitocentos, o mundo presenciou surtos epidêmicos causados pela revolução nos transportes. O encurtamento das fronteiras fez com que a circulação de pessoas, mercadorias e doenças cruzassem oceanos, alcançando vários continentes. Assim, o Espírito Santo e Itapemirim conheceram a varíola, a febre amarela e a cólera. Durante a década de 1850 a febre amarela e a cólera vitimaram uma série de pessoas em vários municípios da província, porém, Itapemirim, por ser o porto mais perto da Corte, além de porta de entrada para os males, foi uma das localidades com maior número de vítimas. A epidemia da cólera fez tantas vítimas na região, que foi preciso solicitar ao Imperador ajuda com alimentos, feita pelo Barão de Itapemirim. A quantidade de mortos por dia e os relatos de corpos esperando pelo sepultamento são amostras da situação caótica em que a região se encontrava. Palavras-chave: História de Itapemirim, história das doenças, História do Espírito Santo. Abstract: The present article intends to make a brief analysis of the epidemics that affected the region of Itapemirim during the 19th century, especially the epidemics that occurred during the 1850s. Throughout the 19th century, the world witnessed epidemic outbreaks caused by the transportation revolution. The shortening of borders made the circulation of people, goods and diseases cross oceans, reaching several continents. Thus, the Holy Spirit and Itapemirim knew the smallpox, the yellow fever and the cholera. During the 1850s yellow fever and cholera victimized a number of people in several municipalities of the province. However, Itapemirim, as the port closest to the Court, as well as a gateway to the evils, was one of the number of victims. The cholera epidemic made so many victims in the region that it was necessary to ask the Emperor for help with food, made by the Baron of Itapemirim. The number of deaths a day and reports of bodies awaiting burial are samples of the chaotic situation the region was in.
O presente artigo pretende realizar uma análise da Vila de Itapemirim, região sul do Espírito San... more O presente artigo pretende realizar uma análise da Vila de Itapemirim, região sul do Espírito Santo, partindo do ponto de vista dos que vieram para essa localidade, sendo estes colonizadores, escravos ou
viajantes. Essa região teve grande destaque político e econômico durante o século XIX na Província do Espírito Santo, graças às lavouras de cana de açúcar e café. Os fazendeiros locais, muitos deles migrantes, que vieram em busca das terras virgens do Vale do Rio Itapemirim, tornaram-se figuras importantes na política provincial e imperial, caso
de Joaquim Marcelino da Silva Lima, o Barão de Itapemirim, que ocupou o cargo de vice-presidente da província por oito vezes. Trouxeram consigo seus cativos, mas muitos outros foram adquiridos ao longo do século XIX, sendo essa região a que mais possuía escravizados africanos no Espírito Santo. A localidade também recebeu a visita de
muitos visitantes, que vieram conhecer as fazendas que se destacavam, ou estavam apenas de passagem, mas registraram as belezas, riquezas e desigualdades de Itapemirim. O auge ocorreu em 1860, com a visita de D. Pedro II e todos os conflitos que ocorreram antes e depois de sua
viagem.
O presente artigo pretende analisar a Lista Nominal da População de Itapemirim em 1833, documento... more O presente artigo pretende analisar a Lista Nominal da População de Itapemirim em 1833, documento que apresenta os 2.937 habitantes que se dividiam em 303 fogos. Dentre esse número, 1.596 almas eram cativas, a maioria de africanos. As lavouras de cana-de-açúcar instaladas em Itapemirim, a partir do século XVIII, fez com que grande quantidade de escravos chegasse à região. Nos fins dos Setecentos
e início dos Oitocentos, fazendeiros mineiros, fluminenses e paulistas migraram para o vale do rio Itapemirim e consigo trouxeram seus cativos, adquirindo outros conforme o cultivo da cana e produção de açúcar fossem bem sucedidos. Por conta disso, Itapemirim se tornou importante região de desembarque de africanos, o que pode ser demonstrado pelos números populacionais. Assim, a Lista Nominal
de 1833 revela o número elevado de escravos que havia na região, muitos deles africanos, e descreve seus nomes, cor, idade, estado civil, profissão e nacionalidade. Dos senhores, também descreve as posses, e acaba por revelar detalhes e aspectos do cotidiano dessa sociedade.
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Papers by LARYSSA D A S I L V A MACHADO
variadas que por muito tempo foram renegadas. Entre esses documentos estão os
documentos cartoriais: inventários post mortem e testamentos. Essa documentação fez com que personagens renegados, como crianças, mulheres e escravos, tivessem suas histórias reveladas. Além disso, no campo da História Social, o uso dessa documentação é uma saída para as pesquisas demográficas, uma vez que há uma carência de fontes oficiais. Esse trabalho pretende abordar a importância dessa documentação e apresentar os inventários e testamentos encontrados em Itapemirim, região sul do Espírito Santo no século XIX, região que se destacou na historiografia capixaba por suas fazendas açucareiras e cafeeiras no Oitocentos.
viajantes. Essa região teve grande destaque político e econômico durante o século XIX na Província do Espírito Santo, graças às lavouras de cana de açúcar e café. Os fazendeiros locais, muitos deles migrantes, que vieram em busca das terras virgens do Vale do Rio Itapemirim, tornaram-se figuras importantes na política provincial e imperial, caso
de Joaquim Marcelino da Silva Lima, o Barão de Itapemirim, que ocupou o cargo de vice-presidente da província por oito vezes. Trouxeram consigo seus cativos, mas muitos outros foram adquiridos ao longo do século XIX, sendo essa região a que mais possuía escravizados africanos no Espírito Santo. A localidade também recebeu a visita de
muitos visitantes, que vieram conhecer as fazendas que se destacavam, ou estavam apenas de passagem, mas registraram as belezas, riquezas e desigualdades de Itapemirim. O auge ocorreu em 1860, com a visita de D. Pedro II e todos os conflitos que ocorreram antes e depois de sua
viagem.
e início dos Oitocentos, fazendeiros mineiros, fluminenses e paulistas migraram para o vale do rio Itapemirim e consigo trouxeram seus cativos, adquirindo outros conforme o cultivo da cana e produção de açúcar fossem bem sucedidos. Por conta disso, Itapemirim se tornou importante região de desembarque de africanos, o que pode ser demonstrado pelos números populacionais. Assim, a Lista Nominal
de 1833 revela o número elevado de escravos que havia na região, muitos deles africanos, e descreve seus nomes, cor, idade, estado civil, profissão e nacionalidade. Dos senhores, também descreve as posses, e acaba por revelar detalhes e aspectos do cotidiano dessa sociedade.
variadas que por muito tempo foram renegadas. Entre esses documentos estão os
documentos cartoriais: inventários post mortem e testamentos. Essa documentação fez com que personagens renegados, como crianças, mulheres e escravos, tivessem suas histórias reveladas. Além disso, no campo da História Social, o uso dessa documentação é uma saída para as pesquisas demográficas, uma vez que há uma carência de fontes oficiais. Esse trabalho pretende abordar a importância dessa documentação e apresentar os inventários e testamentos encontrados em Itapemirim, região sul do Espírito Santo no século XIX, região que se destacou na historiografia capixaba por suas fazendas açucareiras e cafeeiras no Oitocentos.
viajantes. Essa região teve grande destaque político e econômico durante o século XIX na Província do Espírito Santo, graças às lavouras de cana de açúcar e café. Os fazendeiros locais, muitos deles migrantes, que vieram em busca das terras virgens do Vale do Rio Itapemirim, tornaram-se figuras importantes na política provincial e imperial, caso
de Joaquim Marcelino da Silva Lima, o Barão de Itapemirim, que ocupou o cargo de vice-presidente da província por oito vezes. Trouxeram consigo seus cativos, mas muitos outros foram adquiridos ao longo do século XIX, sendo essa região a que mais possuía escravizados africanos no Espírito Santo. A localidade também recebeu a visita de
muitos visitantes, que vieram conhecer as fazendas que se destacavam, ou estavam apenas de passagem, mas registraram as belezas, riquezas e desigualdades de Itapemirim. O auge ocorreu em 1860, com a visita de D. Pedro II e todos os conflitos que ocorreram antes e depois de sua
viagem.
e início dos Oitocentos, fazendeiros mineiros, fluminenses e paulistas migraram para o vale do rio Itapemirim e consigo trouxeram seus cativos, adquirindo outros conforme o cultivo da cana e produção de açúcar fossem bem sucedidos. Por conta disso, Itapemirim se tornou importante região de desembarque de africanos, o que pode ser demonstrado pelos números populacionais. Assim, a Lista Nominal
de 1833 revela o número elevado de escravos que havia na região, muitos deles africanos, e descreve seus nomes, cor, idade, estado civil, profissão e nacionalidade. Dos senhores, também descreve as posses, e acaba por revelar detalhes e aspectos do cotidiano dessa sociedade.
encontrada nos registros eclesiásticos da paróquia local, entre 1860-1870. Nesta
região encontram-se famílias matrilineares, nucleares e extensas, o que revela a
dinâmica da escravaria de Itapemirim, que durante o século XIX compreendia
importante região no Espírito Santo. A região de Itapemirim foi pouco estudada pela
historiografia capixaba. Este trabalho mostra-se relevante por apresentar as famílias
escravas presentes no livro de batismo da Paróquia Nossa Senhora do Amparo. Esta
paróquia separava livros para registros de livres e de escravos, e nem todos os batismos
foram realizados na Matriz da Vila de Itapemirim. Em outras localidades do sul da
província capixaba ocorreram batismos, alguns sendo realizados na província do Rio
de Janeiro. Também são encontrados registros de famílias formadas por africanos e
livres, porém a grande maioria era de famílias crioulas, nucleares ou matrilineares, que
batizaram um filho neste período.