Mossack Fonseca
Mossack Fonseca | |
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Fundação | 1977 |
Fundador(es) | Jürgen Mossack e Ramón Fonseca Mora |
Sede | Cidade do Panamá, Panamá |
Produtos | Serviços de advocacia |
Website oficial | www |
Mossack Fonseca é um escritório de advocacia panamenho fundado em 1977, que abriu diversas contas offshores, que se tornaram centro de um escândalo, conhecido como Panama Papers.[1][2]
Mossack é a quarta maior fornecedora de serviços offshore do mundo e já foi contratada por mais de trezentas mil empresas. Quase metade dos seus clientes está registrada em paraísos fiscais administrados pela coroa britânica, ou no próprio Reino Unido.[3]
Jürgen Mossack, um dos dois sócios da empresa, é de origem alemã e emigrou para o Panamá na década de 1960. O outro sócio é o panamenho Ramón Fonseca Mora.[4]
Em fevereiro de 2017, os dois sócios fundadores da Mossack Fonseca foram presos preventivamente, como parte de investigações relacionadas com a Operação Lava Jato no Brasil.[5][6][7]
Clientes
[editar | editar código-fonte]A operação do escritório internacional de origem panamenha é sustentada por seiscentos colaboradores em 42 países. A Mossack Fonseca opera em paraísos fiscais diversos, como as Ilhas Virgens Britânicas, o Chipre e a Suíça, além de territórios britânicos como Guernsey, Jersey e Isle of Man.[3]
De acordo com o jornal alemão Süddeutsche Zeitung, o escritório de advocacia panamenho teve como clientes vários traficantes e empresas punidas na Europa e Estados Unidos. De acordo com o jornal, entre os clientes do Mossack Fonseca estavam traficantes de droga do México, Guatemala e Europa do Leste. Também aparecem na lista um possível financista do movimento xiita libanês Hezbollah, várias pessoas que apoiaram os programas nucleares do Irã e Coreia do Norte e dois supostos aliados do presidente de Zimbábue Robert Mugabe.[8]
Dentre os clientes, ainda estão 29 bilionários listados pela Forbes, 128 ocupantes ou ex-ocupantes de cargos eletivos ou públicos, e 61 pessoas próximas ou parentes de chefes de estado ou governo.[8]
Panama Papers
[editar | editar código-fonte]Em abril de 2016, a Mossack foi envolvida no escândalo da Panama Papers, documentos que revelam que diversas pessoas governamentais e personalidades diversas possuem contas secretas em offshores.[9][10][11]
Referências
- ↑ «Panama Papers: Quem são Mossack e Fonseca, donos da empresa no centro do escândalo». Terra. 5 de abril de 2016. Consultado em 4 de março de 2017
- ↑ «'Minha vida corre perigo': a troca de e-mails que desencadeou os Panama Papers». BBC. 6 de abril de 2016. Consultado em 8 de abril de 2016
- ↑ a b «Quem são os 26 brasileiros citados por ora no Panama Papers». Exame. 4 de abril de 2016. Consultado em 8 de abril de 2016
- ↑ BBC Mundo (5 de abril de 2016). «Panama Papers: Quem são Mossack e Fonseca, donos da empresa no centro do escândalo». BBC. Consultado em 9 de abril de 2016
- ↑ «Sócios da Mossack Fonseca presos no Panamá por investigações ligadas à Lava Jato». Agência Brasil. EBC. Consultado em 4 de março de 2017
- ↑ «Justiça do Panamá decreta prisão preventiva de advogados ligados à Lava Jato». G1. Globo.com. Consultado em 4 de março de 2017
- ↑ O Estado de S.Paulo. «Mossack e Fonseca são presos no Panamá por suposto envolvimento em esquema de corrupção». Estadão Internacional. Estadão. Consultado em 4 de março de 2017
- ↑ a b «Panama Papers: traficantes estavam entre os clientes do Mossack Fonseca, diz jornal». Zero Hora. 6 de abril de 2016. Consultado em 8 de abril de 2016
- ↑ Forbes (3 de abril de 2016). «Billionaires, Former Billionaires Outed For Offshore Wealth By The Panama Papers» (em inglês). Consultado em 4 de março de 2017
- ↑ «Giant Leak of Offshore Financial Records Exposes Global Array of Crime and Corruption» (em inglês). ICIJ. 3 de abril de 2016. Consultado em 4 de março de 2017
- ↑ «Leaked papers give Fifa ethics committee new credibility crisis autor=Owen Gibson». The Guardian. 3 de abril de 2016. Consultado em 4 de março de 2017. Cópia arquivada em 3 de abril de 2016