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Estação Ferroviária de Oiã

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Oiã
Identificação: 37275 OIA (Oiã)[1]
Denominação: Estação Satélite de Oiã
Administração: Infraestruturas de Portugal (norte)[2]
Classificação: ES (estação satélite)[1]
Linha(s): Linha do Norte (PK 258+046)
Coordenadas: 40°32′37.34″N × 8°32′59.97″W

(=+40.54371;−8.54999)

Mapa

(mais mapas: 40° 32′ 37,34″ N, 8° 32′ 59,97″ O; IGeoE)
Município: Oliveira do BairroOliveira do Bairro
Serviços:
Estação anterior Comboios de Portugal Comboios de Portugal Estação seguinte
Oliv.Bairro
Coimbra
  R   Quintans
Aveiro
P-Campanhã

Conexões:
Serviço de táxis
Serviço de táxis
OBR
Equipamentos: Telefones públicos Acesso para pessoas de mobilidade reduzida
Inauguração:
Website:

A Estação Ferroviária de Oiã (nome anteriormente grafado como "Oyã"),[3] é uma gare da Linha do Norte, que serve a freguesia de Oiã, no Distrito de Aveiro, em Portugal.

Localização e acessos

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Encontra-se junto à localidade de Oiã, com acesso pela Rua da Comissão de Melhoramentos.[4]

Caracterização física

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O edifício de passageiros situa-se do lado nordeste da via (lado direito do sentido ascendente, para Campanhã).[5][6] Em Janeiro de 2011, possuía duas vias de circulação, com 2503 e 2379 m de comprimento, e duas plataformas, com 190 e 191 m de extensão, tendo ambas 55 cm de altura.[7]

Horário de 1933 da Linha do Norte, onde Oiã surge com a categoria de apeadeiro.
Ver artigo principal: História da Linha do Norte

Esta interface faz parte do lanço entre Estarreja e Taveiro, que entrou ao serviço no dia 10 de Abril de 1864.[8]

Em meados da década de 1930, a pedido do Conde de Águeda, foi construído um apeadeiro em Oiã.[9] Porém, desde os princípios da década de 1950 que os habitantes da freguesia pediram a ampliação do apeadeiro para uma estação, uma vez que este estava a tornar-se de ser suficiente para o movimento de passageiros e mercadorias, devido à importância económica da freguesia como um centro agrícola, a sua grande população, e a sua posição como local de passagem para as estações de Oliveira do Bairro e Quintãns.[10] Argumentaram igualmente que a instalação de uma estação em Oiã iria permitir uma redução nas despesas, uma vez que então as operações de carga e descarga de mercadorias faziam-se em Quintãs, que se situava a uma distância superior.[10] Em 1 de Maio de 1954, a Gazeta dos Caminhos de Ferro noticiou que as obras da estação já se encontravam muito avançadas.[9] Porém, a inauguração oficial só se teve lugar em 31 de Março de 1957, tendo a cerimónia incluído um banquete, vários discursos, e a celebração de uma missa, na qual se benzeram os edifícios da estação e o material circulante.[11] Após a sua inauguração, a estação passou a contar com serviços completos de passageiros e mercadorias, com um edifício para passageiros e os serviços de grande velocidade, e um cais de pequena velocidade, com três linhas de resguardo e capacidade para fazer a carga e descarga de vagões completos.[12] Este empreendimento, no valor aproximado de duzentos contos, foi feito pela Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses, com o apoio da população, que além de recursos financeiros também ajudou na execução dos trabalhos[12] Por seu turno, a abertura dos acessos à estação foi financiada pelo Ministério das Obras Públicas e pela Direcção das Estradas de Aveiro.[12]

Referências

  1. a b (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
  2. Diretório da Rede 2025. I.P.: 2023.11.29
  3. Mendonça e Costa; Amaral: “Norte - Porto, Pampilhosa, Coimbra, Alfarellos, Entroncamento, LisboaGuia Official dos Caminhos de Ferro de Portugal 168 (1913.10). Pessoa & C.ª / Typ. Horas Romanticas: Lisboa: p.83
  4. «Oiã - Linha do Norte». Infraestruturas de Portugal. Consultado em 28 de Setembro de 2016 
  5. (anónimo): Mapa 20 : Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1985), CP: Departamento de Transportes: Serviço de Estudos: Sala de Desenho / Fergráfica — Artes Gráficas L.da: Lisboa, 1985
  6. Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1988), C.P.: Direcção de Transportes: Serviço de Regulamentação e Segurança, 1988
  7. «Linhas de Circulação e Plataformas de Embarque». Directório da Rede 2012. Rede Ferroviária Nacional. 6 de Janeiro de 2011. p. 71-85 
  8. TORRES, Carlos Manitto (1 de Janeiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 70 (1681). p. 9-12. Consultado em 2 de Abril de 2014 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa 
  9. a b «Viagens e Transportes» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 67 (1593). 1 de Maio de 1954. p. 93. Consultado em 7 de Novembro de 2022 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa 
  10. a b «A freguesia de Oiã solicita uma estação da C. P.». Diário de Lisboa. Ano 31 (10456). Lisboa: Renascença Gráfica. 11 de Janeiro de 1952. p. 2. Consultado em 7 de Novembro de 2022 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa 
  11. «Viagens e Transportes» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 70 (1664). 16 de Abril de 1957. p. 155. Consultado em 7 de Novembro de 2022 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa 
  12. a b c «Inauguração festiva de uma nova estação ferroviária». Diário de Lisboa. Ano 36 (12326). Lisboa: Renascença Gráfica. 31 de Março de 1957. p. 7. Consultado em 7 de Novembro de 2022 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa 

Ligações externas

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