Aula 1 - Insuficiência Respiratória Aguda

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Assistência de

enfermagem na
Insuficiência
respiratória aguda

Maria Inês Salati


Cronograma
• 30/8 até 25/10/21
• Carga horária: 96h
• Avaliações pela plataforma, em teste
• Serão colocadas dias:
• 16/9
• 02/10
• 21/10
• Nota final: média das 3 notas tiradas nas avaliações
Insuficiência respiratória aguda
(IRpA)
• É a incapacidade aguda do sistema respiratório em
manter a ventilação e/ou a oxigenação do organismo.
• A ventilação caracteriza-se pela entrada e saída de ar
pelos pulmões , podendo ser espontânea, assistida
e/ou controlada e sua eficiência pode ser avaliada
pelos níveis de gás carbônico arterial (PaCO2)
Sistema respiratório
IRpA

• A oxigenação caracteriza-se pela manutenção de


níveis previstos de oxigênio no sangue arterial e sua
eficiência pode ser avaliada pela relação entre os
níveis de oxigenação no sangue arterial (PaO2) e a
fração inspirada de O2 (FiO2)
IRpA

• Pode ser classificada por sua incapacidade de manter


a ventilação (insuficiência respiratória ventilatória) –
tipo I e/ou por sua incapacidade de manter a
oxigenação (insuficiência respiratória hipoxêmica) –
tipo II
IRpA ventilatória - causas

• Disfunções do drive respiratório (SNC)


• Disfunção neuromuscular
• Disfunções da caixa torácica
• Disfunção das vias aéreas (anafilaxia, obstrução por
corpos estranhos, aspiração de conteúdo gástrico,
disfunções da laringe, exacerbação da asma, DPOC...)
IRpA hipoxêmica - causas

• Disfunção do parênquima
• Disfunções cardíacas
• Disfunções da vasculatura pulmonar
IRpA

• Diagnóstico da insuficiência respiratória é


fundamental
• O tratamento: medicamentoso, oxigenioterapia,
suporte ventilatório não invasivo e invasivo
• Multidisciplinar
Sintomatologia

• os sinais e sintomas refletem os efeitos da hipoxemia e/ou da


hipercapnia sobre o SNC e o sistema cardiovascular
IRpA - sintomatologia

• Dispneia,Taquipneia, Apneia
• Taquicardia, hipotensão
• Uso da musculatura acessória
• Dessaturação da hemoglobina em ar ambiente
(spO2<90% com FiO2 de 21%)
• Cianose
• Confusão mental, rebaixamento do nível de consciência
• Suporte • PaCO2 • Suporte
de O2 aumentand ventilatório
o não
(>45mmHg invasivo
• Coleta de ) e/ou
gasometria
arterial • pH • Intubação
diminuindo
• VM
(<7,35)

• IRpA
ventilatória
Insuficiência respiratória
hipoxêmica
• Disfunção do parênquima pulmonar:
• pneumonia,
• atelectasia,
• síndrome do desconforto respiratório agudo,
• insuficiência cardíaca,
• arritmias,
• hipertensão pulmonar
Insuficiência respiratória
hipoxêmica

• Diminuição da PaO2
• Distúrbio da relação ventilação/perfusão
• Aumento do shunt pulmonar (boa perfusão, mas
má ventilação) – pneumonia, edema, contusão
pulmonar
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA
VENTILATÓRIA
Hipoventilação e/ou
DISFUNÇÃO DO
hiperventilação
DRIVE
exagerada
Diminuição do drive:
Drogas barbitúrico, opiáceo,
anestésicas, alcalose metabólica,
AVC, asma, lesões do centro
respiratório
Miastenia
Aumento do drive: acidose
gravis,
metabólica, ansiedade,
broncoaspiraçã
lesão estrutural do centro
o, DPOC
respiratório
agudizada
O que fazer nas disfunções de
drive:
• Intubação orotraqueal
• Ventilação mecânica
• Retirar os fatores causais: drogas sedativas, analgésicos
opioides
• Correção dos distúrbios ácido-base
• Ações: preparo do material, cuidados com parâmetros
ventilatórios, observar padrão respiratório, troca gasosa,
oximetria de pulso, estabilidade respiratória e
cardiovascular, exame físico
Insuficiência respiratória
ventilatória
Disfunções
Avaliação adequada
neuromusculares
Trauma
raquimedular,
Líquor
compressão
medular (tumores e Eletroneuromiografia, CT,
hérnias) RM nos casos de TRM

Lesões do
neurônio motor e VC baixo, FR alta, PI
periférico, baixa (<30 cmH2O),
miastenia grave fadiga muscular,
O que fazer:

• Avaliação adequada de cada etiologia e tratamento


pertinente a ela
• Observar a evolução da doença de base
• Intubação eletiva e ventilação mecânica para evitar
intubação de urgência e suas complicações
• Se houver melhora do quadro: ventilação não invasiva
• Se cronificação da fraqueza neuromuscular:
traqueostomia
Insuficiência respiratória
ventilatória

Disfunções da Cifoescoliose
caixa torácica grave
Nutrição com maior
Ventilação quantidade de lipídeos e
mecânica não menos carboidratos
invasiva/invasiva (menor produção de
CO2)
Treinamento muscular
Menor ventilação-
respiratório para aumento
minuto sem fadiga
da força muscular e evitar
respiratória
fadiga
O que fazer:

• Observação do padrão respiratório


• Oximetria de pulso
• Nível de consciência
• Controle de ventilação mecânica
• Cuidados com intubação traqueal
• A conduta médica poderá ter intervenção cirúrgica
Insuficiência respiratória
ventilatória
Disfunções das Quadros leves a
vias aéreas graves
Asma: causa obstrução
Anafilaxia: importante da via aérea,
adrenalina SC ou IM; broncodilatadores, corticoides,
anti-histamínicos, BIPAP, intubação, VM
corticoides

DPOC: retentores de CO2, BIPAP,


Obstrução: investigar hipoventilação controlada (VC e
a causa, FR baixa, fluxo inspiratório alto
broncoscopia
O que fazer:

• Checar a resistência das vias aéreas


• Acompanhamento da resposta aos broncodilatadores
• Acompanhamento da melhora respiratória: oximetria,
padrão respiratório, esforço inspiratório, perfusão
periférica,
Monitorização do paciente:

• Frequência respiratória: manter entre 12 e 20 rpm


• Supervisionar o volume corrente: acima de 5 ml/kg
• Gasometria arterial
• Suporte ventilatório não invasivo e invasivo
• Acompanhar a oxigenação e redução do esforço
respiratório
• Pressão nas vias aéreas, complacência e resistência
pulmonar
Volume corrente e frequência
respiratória

• Ventilômetros do tipo Wright (ventilação espontânea)


• Fluxômetros de fluxo expiratório (intubados)
• Garante ventilação adequada, possíveis vazamentos
no tubo orotraqueal e no circuito do ventilador,
possibilidade de início do desmame da ventilação
mecânica
Medida da pressão nas vias
aéreas

• Permite a medida da complacência e da resistência da


via aérea
• Medida da resistência da via aérea:
Pico de pressão inspiratória - pressão de platô
Oximetria de pulso

• Acesso não invasivo à saturação arterial de oxigênio


• Detecção das mudanças na absorção das luzes
vermelha e infravermelha durante o pulso arterial
• Interferem: hipotensão, hipoperfusão, pele escura,
mal posicionamento do sensor
Gasometria arterial

• Amostra de sangue arterial


• Verifica a gravidade da IRespA, condições metabólicas
e do pH,
• A PaO2 deve ser analisada de acordo com a FiO2 em
que foi coletada a gasometria
• Cálculo da relação PaO2 /FiO2, que classifica a IRA
hipoxêmica em leve, moderada e grave
IRpA hipoxêmica – PaO2/FiO2

• Normal: acima de 450


• Leve: <=300 e >200
• Moderada: <=200 e >100
• Grave: <=100
• Indicam a classificação da Síndrome do desconforto
respiratório do adulto/ grau de shunt
pulmonar/oxigenação pulmonar
Disfunções cardíacas

• Disfunção do ventrículo esquerdo aguda geram


aumento da pressão de capilar pulmonar com
encharcamento dos espaços intersticiais e nos casos
mais graves, do parênquima pulmonar.
• Poderá ser necessário suporte ventilatório para
manter oxigenação e diminuição da pressão no
ventrículo esquerdo
• CPAP, BIPAP com níveis de pressão inspiratória suficiente
para diminuir o trabalho respiratório
• E pressões expiratórias positivas para diminuição do
retorno venoso e melhora da performance do ventrículo
esquerdo, da complacência e da oxigenação dos pulmões
nos casos leve e moderado
• Nos casos graves: intubação orotraqueal, ventilação
mecânica e uso de PEEP
Síndrome do desconforto
respiratório agudo

• É a apresentação clínica de uma lesão pulmonar


aguda que, do ponto de vista anatomopatológico
caracteriza-se por um dano alveolar difuso e, do
ponto de vista fisiopatológico, pelo desenvolvimento
de edema pulmonar devido o aumento da
permeabilidade da membrana alvéolo capilar
pulmonar, acarretando perda de áreas aeradas.
Consequências clínicas

• Redução da troca gasosa (desequilíbrio ventilação/ perfusão –


principalmente shunt pulmonar)
• Hipoxemia
• Manutenção da PaCO2 a custa de aumento do volume-minuto
• Redução da complacência pulmonar (pulmão rígido), difícil de
ventilar
• Vasoconstricção hipóxica
Etiologia

• Origem pulmonar: aspiração de conteúdo


gástrico, pneumonia, quase afogamento, inalação
de gases tóxicos, contusão pulmonar)
• Origem extra pulmonar: sepse, politrauma,
politransfusão, pancretaite, embolia gordurosa.
Objetivos:

• Melhorar/manter boa ventilação e oxigenação tecidual


sem fadiga respiratória
• Ventilação invasiva e não invasiva
Diagnósticos de enfermagem
principais:

• Padrão respiratório ineficaz


• Perfusão tissular periférica ineficaz
• Ansiedade
• Ventilação espontânea prejudicada
• Troca de gases prejudicada
• Fadiga
• Risco de intolerância a atividade
Referências bibliográficas

• BARBAS, Carmem Silvia Valente; MATOS, Gustavo Faissol Janot


de; SCHULTZ, Marcus J.. Insuficiência respiratória aguda:
insuficiência respiratória aguda. In: KNOBEL, Elias. Condutas
no paciente grave. 4. ed. São Paulo: Atheneu, 2016. Cap. 64.
p. 685-696.
• ANTUNES, Telma; SALLUM, Ana Maria Calil. Síndrome do
desconforto respiratório agudo.In: SALUM, Ana. Discussão de
casos clínicos e cirúrgicos. 2.ed. São Paulo: Atheneu. 2018.
Cap. 12. p. 117-123.

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