7-Fisiopatologia Respiratória

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Fisiopatologia Respiratória

Funções do Sistema Respiratório


Funções do Sistema Respiratório

Dioxido de carbono provém das células mais especificamente do ciclo de krebs


Funções do Sistema Respiratório
Funções do Sistema Respiratório
Funções do Sistema Respiratório
sistema nervoso nariz osso etmoide
Funções do Sistema Respiratório
Funções do Sistema Respiratório
Funções do Sistema Respiratório
Funções do Sistema Respiratório
Funções do Sistema Respiratório
Funções do Sistema Respiratório
importante pq á medida que o ar se aproxima do alveolo a velocidade diminui
Funções do Sistema Respiratório
Funções do Sistema Respiratório

musculos adominain...?
Funções do Sistema Respiratório
Funções do Sistema Respiratório
o mesmo volume de sangue que passa na circulação pulmonar passa também a mesma
quantidade no resto do corpo

pulmonar muita baixa pressão e muito baixa resistencia


Funções do Sistema Respiratório
Funções do Sistema Respiratório

proveniente da circulação sistémica


Funções do Sistema Respiratório
Funções do Sistema Respiratório
Funções do Sistema Respiratório
Funções do Sistema Respiratório
Funções do Sistema Respiratório
Funções do Sistema Respiratório

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Funções do Sistema Respiratório
Funções do Sistema Respiratório
Funções do Sistema Respiratório
Funções do Sistema Respiratório

tudo o que está á volta dos alveolos e não é parede celular intersticio

produzem colagénio e fibras elasticas


Funções do Sistema Respiratório
ventilação e respiração são coisas diferentes!!!!!!!!!!!!

aumentar a frequencia respiratória


O CO" difunde-se mais rápido que o O2 cerca de 20x
CO2 mais influenciado
Mecânica Ventilatória

diafragma contrai desce

caixa toraxica aumenta


a preesão no interior mais baixa que a
pressão atmosférica
sem os musculos a caixa toraxica espandia
e a parte pulmonar sem a caixa colapsava

equilibrio pressões cavidade pleural Expiração diaframa relaxa


pressão superior á atmosférica
ar sai
Mecânica Ventilatória
Mecânica Ventilatória
Mecânica Ventilatória
Mecânica Ventilatória
Mecânica Ventilatória
Mecânica Ventilatória

importante!
Mecânica Ventilatória
Mecânica Ventilatória
Mecânica Ventilatória
Mecânica Ventilatória
Mecânica Ventilatória
Mecânica Ventilatória sim
Mecânica Ventilatória
Mecânica Ventilatória
Mecânica Ventilatória
Mecânica Ventilatória

pressão hidraulica diminuição perimetro para metade pressão 4 potencia


Mecânica Ventilatória
Mecânica Ventilatória

histamina vasodilatador e broncoconstritor


Mecânica Ventilatória
Mecânica Ventilatória
Mecânica Ventilatória
antes de nascer alveolos estão colapsados cehios de surfactante bebé sem surfactante muita força para poder respirar

sem surfactante os alveolos colapção


Mecânica Ventilatória
Mecânica Ventilatória
Mecânica Ventilatória
Mecânica Ventilatória
Mecânica Ventilatória
Mecânica Ventilatória
Mecânica Ventilatória
Mecânica Ventilatória

..
..

Mecânica Ventilatória
Mecânica Ventilatória
complica
Mecânica Ventilatória

o que são???

ar inspirado
Mecânica Ventilatória
Mecânica Ventilatória
Mecânica Ventilatória
Mecânica Ventilatória
Mecânica Ventilatória
Mecânica Ventilatória
Mecânica Ventilatória
Mecânica Ventilatória
Mecânica Ventilatória
não sai

Mecânica Ventilatória
Mecânica Ventilatória
Insuficiência respiratória
Insuficiência Respiratória Aguda
• Está presente em 32% dos doentes admitidos em UCIs

• Durante o internamento em UCI mais 24% dos doentes desenvolvem IRA

• Incidência 88,6 a 137,1 hospitalizações por 100.000 habitantes

• Aumenta quase exponencialmente em cada década de vida até aos 85 anos

• Taxa de mortalidade do doente crítico c/ IRA – 25-30%

• Em UCI a mortalidade dos doentes c/ IRA é duas vezes superior


Definições
• Insuficiência respiratória aguda ocorre quando:

• sistema respiratório não consegue satisfazer as necessidades


metabólicas do organismo

• Não ocorrem as trocas gasosas adequadas devido a disfunção de um


ou mais dos componentes essenciais do sistema respiratório
Definições
• Tipo 1 - Insuficiência respiratória hipoxémica:

• PaO2 < 60 mm Hg com ar ambiente e ao nível do mar


• Limitação das trocas de O2
• Aumento da fracção de shunt
• Devido a preenchimento alveolar
• Hipoxémia dificil de corrigir/refractária à suplementação de O2
Definições
• Tipo 2 - Insuficiência respiratória hipercápnica:

• PaCO2 > 45 mmHg


• Incapacidade para remover o CO2
• Diminuição da ventilação alveolar
• Associada a hipoxémia facilmente corrigível com a suplementação de
oxigénio
Definições
• Tipo 3 – Insuficiência respiratória peri-operatória

• Resulta frequentemente em insuficiência respiratória de tipo 1 ou tipo


2
• Resulta de atelectasias devidas a diminuição da capacidade residual
functional no context de alterações da mecânica da parede abdominal
• Pode ser prevenida por melhoria da técnica anestésica e/ou cirurgica –
postura, cinesiterapia, analgesia pos-operatória, redução da pressão
intra-abdominal
Definições
• Tipo 4 – secundária a instabilidade hemodinâmica

• Ocorre nos doentes intubados e ventilados durante o processo de


ressuscitação do choque

• O objectivo da ventilação é estabilizar a trocas gasosas e diminuir a carga


sobre os músculos respiratórios, diminuindo o seu consumo de oxigénio
Classificacão da Insuficiência Respiratória

• Rapidez de instalação: • Alteracão gasométrica:

Aguda Parcial

Crónica Global

Crónica agudizada
SNC / Centro Outras influências:
Imposição cortical (ansiedade)
Respiratório Imposição sistémica (sépsis;
acidose)
Sobrecarga do sistema
Via piramidal (obesidade)
Ciclo sono / vigília

C. Corno
Bomba anterior
Respiratória Neurónio motor Feedback

J. neuromuscular PaO2
PaCO2
Músculos / Caixa
torácica

Vias aéreas
Ventilação
Pulmões
minuto
Alvéolos

VasosAlfredo
sanguíneos
Martins 2011
Diagnóstico
• Clínica

• Saturação periférica de O2

• Gasometria arterial

• Radiografia do tórax
Manifestacões clínicas
• Hipoxemia: • Hipercapnia:

Alterações da consciência Taquipneia, taquicardia, HTA


Alterações do comportamento Alterações da consciência, flapping
Confusão, ansiedade Sudação
Convulsões, coma Cefaleias
Taquicardia, bradicardia Confusão, estupor
Hiper ou hipotensão Coma, convulsões
Arritmias Mioclonias
Isquemia miocardica Hipotensão
Taquipneia, cianose Arritmias
Insuficiência Respiratória: Diagnóstico

▪ PaO2 < 60 mmHg


▪Hipoxémica
GASOMETRIA DE SANGUE ARTERIAL
▪ PaCO2 > 45 mmHg
▪Hipercápnica

A interpretação dos dados laboratoriais deve ser sempre enquadrada


na informação clínica e nos dados do exame objectivo
Gasometria do sangue arterial
PaO2 pressão do oxigénio em solução no sangue arterial

SaO2 Saturação arterial da hemoglobina

Conteúdo de O2 no sangue arterial (CaO2)

Oxigénio ligado à hemoglobina=20 mL/dL Oxigénio em solução=0,3 mL/dL

CaO2 = 1,34 x [Hb] x Saturação + 0,0031 x PaO2


1.5%
Gradiente A-a de O2

PAO2-PaO2=[FiO2 (PB – PH2O)-PaCO2/QR]-PaO2

PAO2-PaO2=[FiO2 (760 – 47)-PaCO2/QR]-PaO2

PAO2 ao nível do mar c/ FiO2 = 0,21

▪ (150 - PaCO2) – PaO2

Gradiente A-a de O2 Normal FiO2 = 21% 10-20 mmHg


FiO2 = 100% < 150 mmHg
Diagnóstico diferencial entre IR aguda e crónica
• Crónica:
• Aguda:
✓Agravamento de doença crónica
✓Lesão aguda ✓pH normal
✓pH anormal ✓Compensação crónica:
✓Sem mecanismos Policitemia
compensatórios Hipercápnia/hipocápnia
crónica
✓Mal tolerada

✓Melhor tolerada
Alteração V/Q=0
Perfusão sem ventilação (Shunt)
....

• Pneumonia
• Edema pulmonar (cardiogénico e não cardiogénico)
• Atelectasia
• Colapso pulmonar
• Hemorragia ou contusão pulmonar

75% 75%

100% 75%
87.5%
Circulação Pulmonar
.....
Circulação Pulmonar
• Pressão Hidrostática – Arterial:
• Média de 15 mmHg, porém é..
• 10 mmHg maior nas bases
5 mmHg
• 10 mmHg menor no apex

15 mmHg

25 mmHg
Circulação Pulmonar
• Pressão Hidrostática – Venosa:
• Média de 5 mmHg, porém é..
• 10 mmHg maior nas base
- 5 mmHg
• 10 mmHg menor no ápice

5 mmHg

15 mmHg
Circulação Pulmonar
• Se a pressão alveolar for
maior do que a pressão
capilar os vasos fecham
e não haverá fluxo.

A pressão alveolar é igual a pressão


atmosférica, mais ou menos 1 cm H2O.
A pressão alveolar aumenta muito com a VM!!!
Circulação Pulmonar – Zonas Pulmonares
....

• Zona 1:
• Mais próxima ao ápice.
• P. alveolar> P. artéria pulmonar: não há fluxo sanguíneo
e a ventilação não é útil.
• quando há aumento da p. alveolar ou redução da p.
artéria pulmonar.
Circulação Pulmonar
prefusão e ventilação mais ponderadas

• Zona 2:
• P. artéria pulmonar> p. alveolar> p. veia pulmonares.
• Fluxo capilar intermitente depende da diferença arterial-alveolar.
Circulação Pulmonar
• Zona 3:
racio V/Q mais proximo de 1

colapso é mais facil em alguns locais que outros

• P. arterial e venosa pulmonar > P. alveolar


• Os capilares permanecem abertos e o fluxo é terminado pela diferença de
pressão arterio-venosa.
Circulação Pulmonar
Insuficiência respiratória tipo I
Compromisso de trocas gasosas
doença do pulmão se o sangue passa mas não há trocas

Redução da transferência de oxigénio da atmosfera para


o sangue arterial

Doença no pulmão
Pneumonia
Atelectasia
Doença intersticial
EAP cardiogénico
ARDS a covid 19

ARDS – acute respiratory distress syndrome


Mecanismos Fisiopatológicos da Hipoxémia

MECANISMO LOCAL CAUSA POSSÍVEL

HIPOVENTILAÇÃO Extrapulmonar Depressão do CR

COMPROMISSO DIFUSÃO Pulmonar Fibrose / Ressecção

V/Q INADEQUADA Pulmonar DPOC / TEP

SHUNT D-E Pulmonar/Extrapulmonar Pneumonia / Defeito do septo IV

FiO2 BAIXA Extrapulmonar Fumo tóxico

PAO2 BAIXA Extrapulmonar Altitude

↓↓SvO2 Extrapulmonar Febre/ débito cardíaco


Anemia/Hipoxémia/ consumo O2
Variação da PIO2 com a altitude
Insuficiência Respiratória Hipoxémica
Mecanismos patológicos pulmonares
COLAPSO ALVEOLAR

•ausência de distensão alveolar (redução da excursão diafragmática)


•absorção do gás alveolar (obstrução brônquica - atelectasia)
•compressão extrínseca (derrame pleural)

INIBIÇÃO DA VASOCONSTRIÇÃO HIPÓXICA

•pneumonia
•sepsis
•insuficiência hepática

PREENCHIMENTO ALVEOLAR (hidrostático? inflamatório? misto?)

•EAP cardiogénico
•ARDS
Alterações da difusão

• Menos frequente

• Anomalia da membrana alveolar

• Causas incluem:

• Doença pulmonar fibrosante…


“Centros Respiratórios” Medula Espinhal
(neurónios pré-motores) (neurónios motores)
Quimiorreceptores Periféricos
Músculos Respiratórios
Quimiorreceptores Centrais
Mecanorreceptores Pulmonares
Insuficiência respiratória tipo II
Hipoventilação alveolar

Redução da excreção do dióxido de carbono para a atmosfera

Alteração na bomba
Intoxicação (opiáceos; benzodiazepinas)
Obstrução das vias aéreas (DPOC; asma)
Cifoscoliose
Doença neuromuscular
Insuficiência Respiratória Hipercápnica doença respiratória tipo II

hipercápnia

PRODUÇÃO AUMENTADA (actividade metabólica aumentada)

Febre
HIPERVENTILAÇÃO ➚ aporte hidratos de carbono
Hipertermia maligna
Exercício físico excessivo

EXCREÇÃO INADEQUADA (hipoventilação alveolar)

Depressão central
Défice mecânico
Fadiga muscular
Aumento do espaço morto (Vd)
Insuficiência Respiratória Hipercápnica
alterações da DPOC
obstrutiva da vias aérias bronquite crónica
dificulta a

➢ANATÓMICAS
destruição da parede alveolar
destruição de vasos
destruição de ligações interalveolares
inflamação crónica das vias aéreas
broncospasmo
produção de muco aumentada

➢FUNCIONAIS
encerramento precoce de pequenas vias na expiração
perda de elasticidade (elastic recoil)

expiração prolongada
air trapping
hiperinsuflação PEEPi
alteração da geometria da caixa torácica
Insuficiência Respiratória Hipercápnica
DPOC – implicações fisiopatológicas

DPOC trabalho basal inspiratório aumentado

PEEPi
Redução de calibre das vias aéreas
Redução de distensibilidade tórax

DPOC força dos músculos respiratórios diminuída

Aplanamento do diafragma ( sobreposição fibras)


Descondicionamento muscular
cifoescoleose conformação da caixa toráxica deformada os pulmões são normais
Redução de aporte alimentar proteico
Utilização prolongada de corticosteróides
Níveis elevados de citoquinas circulantes
Redução dos níveis de testosterona
Redução dos níveis de hormona crescimento
Hipoventilacão alveolar
• Acompanha-se sempre de
hipercápnia
• Responde bem a
oxigenoterapia
gradiente alveolo arterial

• G(A – a)O2 normal em


pulmão normal

difusão do O2 mais facil

shante preenchido por liquido dar concentrações muiti


Causas de hipoxémia e hipercapnia
Diagnóstico diferencial

perssão arterial

PaO2 PaCO2 G(A – a)O2 Resposta


O2

VA Sim

Difusão Não

Shunt Não

VA/Q Sim
Doente com Infecção 2017-2018

Patm
FIO2

Ventilação sem
perfusão
(ventilação espaço Hipoventilação
morto)
a zona é ventilada mas não irrigada
volume corrente diminuído neurologia ou não
(dependente da caixa torácica

Alteração da
difusão
Normal

Perfusão
sem
ventilação
(shunt)
PaC02 30%

1/1 perfeito
todos vêm
bem
irrigados
diafragma para
Oxigenar
sangue

nervos do plexo frénico

tipo I
volume corrente diminui diminuir volume alveolar diminui volume corrente
Abordagem Diagnóstica da Hipoxémia

PaO2 < 60 mmHg

Sim Não
PaCO2 > 45 mmHg ?

Hipoventilação alveolar PAO2 – PaO2 aumentada ?


Sim Não

PAO2 – PaO2 aumentada ? A  PaO2 corrige c/ O2 ? FiO2 baixo/altitude

Não Sim Não Sim

HIPOVENTILAÇÃO HIPOVENTILAÇÃO SHUNT INADEQUAÇÃO V/Q


+ OUTRO MECANISMO
COMPROMISSO DA DIFUSÃO
Abordagem Diagnóstica da Hipercápnia
Insuficiência Respiratória

Hipercápnica GSA Hipoxémica

Aguda Crónica Aguda Crónica

pH < 7,30 Bicarbonato  Policitémia


Cor
pulmonale
UC Doente com Infecção 2017-2018
Mecanismos de compensação
Tratamento da Insuficiência Respiratória
prioridade – hipoxémia/hipercápnia?

OBJETIVO PRIMÁRIO - REVERTER HIPOXÉMIA Oxigénio suplementar


Suporte ventilatório

OBJETIVO SECUNDÁRIO – CONTROLAR HIPERCÁPNIA/ACIDÉMIA

TRATAR A CAUSA
Tratamento da Insuficiência Respiratória

• Hipoxemia pode causar morte em IR


• O objectivo primário é reverter e prevenir a hipoxemia.
• O objectivo secundário é controlar a PaCO2 e acidose
respiratória
• Tratamento da doença primária
• O SNC precisa ser monitorizado.
Tratamento

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