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Semana 7 (1)

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Escola Japonesa

Prof. Alexandre Dias


Objetivos:

Elencar os principais tipos de desperdício nas operações de manufatura

Dominar as diferenças entre o sistema empurrado e puxado de produção

Compreender os princípios da filosofia Toyota de produção

Compreender a origem e a evolução do movimento da qualidade


3

A crise do capital
• Conjuntura de crise não apenas nos períodos de recessão
generalizada, de caráter cíclico, mas nos períodos de retomada
econômica dentro de uma longa onda de tendência depressiva.

• Modelo de produção fordista não sustenta mais a acumulação de


capital.

Fonte: Alves (1996).


4

Determinantes da crise do capital


• Rigidez no padrão de acumulação vigente (sistema de produção).
• Resistência e poder sindical que impediam mudanças ou qualquer
flexibilização.

• Década de 30: O regime de acumulação extensivo (via aumento da


escala) não se sustentou (superprodução).
• Impossibilidade de prever o crescimento coletivo dos mercados.

Fonte: Druck (1999); Lipietz (1989).


5

Determinantes da crise do capital


• Década de 60: Diminuição dos ganhos de produtividade.
• Estrangulamento dos lucros resultante do aumento do custo salarial
unitário.
• Pessoas empregadas e bem remuneradas significa menor reserva de
mao de obra e maior custo de produção!

Fonte: Lipietz (1989).


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Resposta para a crise do capital

Perda de sustentação da lucratividade

Reestruturações das indústrias /


mercado de trabalho

Fonte: Alves (1996).


7

Resposta para a crise do capital


• Toyotismo - modelo de empresa e organização social do trabalho no
enfrentamento da crise do capitalismo.

• Conjunto de inovações organizacionais introduzidas no Japão na


década de 50 e amplamente adotadas a partir da década de 80.

Fonte: Alves (1996).


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Tipos de Desperdício na Produção

• Espera de material para fabricação

• Excessivo transporte de materiais

• Grande volume de peças em estoque

• Excesso de produção por falta de planejamento inadequado

• Tempo perdido com retrabalho

• Desperdício de material e de tempo


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Just-in-Time (na hora certa)


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O Paradigma Toyotista
• Projeto enxuto (produção lean);

• Arranjo físico e fluxo simples e produtivos;

• Manutenção preventiva total (programas de qualidade);

• Redução dos tempos de setup;

• Organização da cadeia dentro da filosofia JIT (Kanban e estoque zero);

• Envolvimento das pessoas (empowerment e polivalência). Sugimori et al. (1977).


Sistema Toyota de Produção

Maximiano (2017).
Jidoka
Interrupção da produção

Genshi genbutsu
Andon Poka-yoke
Ir e ver a fonte dos
Administração visual À prova de erros
problemas (atitude)

Maximiano (2017).
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Princípios da filosofia JIT

Takt time
ritmo da produção
sincronizada com a
demanda

O processo permite
Heijunka
um fluxo contínuo,
(nivelamento) sem faltas nem
excessos.
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Kanban
• O kanban é o instrumento que viabiliza a produção Just-in-Time.

• É um cartão utilizado por um estágio cliente, para avisar seu estágio fornecedor que
mais material deve ser enviado.
5S
5S + adequação ao uso
18

5 Whys
• Perguntar 5 vezes qual é a causa de um problema
• Por que a máquina parou?
• R.: sobrecarga
• Por que houve sobrecarga?
• R.: falta de lubrificação
• Por que a lubrificação era insuficiente?
• R.: A bomba de lubrificação não funcionou corretamente
• Por que não funcionou corretamente?
• R.: O eixo tinha desgaste
• Por que o eixo estava desgastado?
• R.: Não havia uma peneira para segurar detritos. Esta é a causa-raíz. Eliminada, a cadeia de defeitos se interrompe e
a máquina não para mais.
Resumindo: Just-in-time
Just-in-time

Fluxo Produção
Contínuo Kanban Puxada

É um modelo de produção no qual cada


processo é suprido com os itens certos, no
momento certo, na quantidade certa e no local
certo. Põe em prática a lógica da “produção
puxada” pelo cliente.
Características
Confiabilidade
Desempenho
(probabilidade
de falha)

Conformidade Durabilidade
(especificações) QUALIDADE (vida útil)

Qualidade do Qualidade
serviço Estética percebida
(serviceability)
Maximiano (2017)
Dimensões da Qualidade
Usuário e
Marketing
uso

Produção e Produção e
padrão operações

Valor e Controlad.
custo e finanças
Administração da Qualidade

Planejamento Controle Aprimoramento


Definição da qualidade Elevação das
Comparação entre a
desejada especificações dos
qualidade planejada e a
produtos e do sistema de
Especificações qualidade obtida
qualidade
Os Gurus da Qualidade: Walter Shewhart
• Físico, engenheiro e estatístico norte-americano.

• Pioneiro da aplicação estatística na qualidade (laboratórios da


Bell Telephones).

• Mentor de dois importantes militantes da qualidade: W. Deming


e J. Juran.

• Contribuições:
• Controle Estatístico de Processo (CEP)
• Carta de Controle

Maximiano (2017)
Os Gurus da Qualidade: Armand Feigenbaum
• Foi diretor mundial de produção da GE.

• Escreveu o livro “Controle Total da Qualidade”.

• Quem define a qualidade é o cliente e não a engenharia.

• A qualidade é um trabalho de todos da organização.

• Custos da qualidade: prevenção e avaliação.

• Custos da não qualidade: falhas internas e externas.


Qualidade
Total

Responsabilidade Abrange todos os Sistema da Garantia da


de todos processos qualidade qualidade
Os Gurus da Qualidade: Kaoru Ishikawa
• Nasceu em Tóquio em 1915.

• Graduado em Química, foi membro da União Japonesa de


Cientistas e Engenheiros (JUSE).

• Principais contribuições:

• Círculos de Controle da Qualidade


• Diagrama de Ishikawa
Os Gurus da Qualidade: William Deming
• Foi convidado para dirigir ações de qualidade no Japão.

• Foi um dos responsáveis pela retomada do crescimento


japonês após a II Guerra.

• Propôs um conjunto de princípios para o desenvolvimento


de um programa de gestão da qualidade.
• Constância de propósito para melhorar o produto
• Construir a qualidade desde o começo
• Liderança
• Eliminação de barreiras entre departamentos
• A causa da má qualidade é o sistema, não a força de trabalho
Maximiano (2017)
Corrente de clientes de Deming

Maximiano (2017)
O ciclo PDCA de Deming

Maximiano (2017)
Os Gurus da Qualidade: Joseph Juran
• Nasceu na Romênia em 1904 e emigrou para os EUA em 1912.

• Foi convidado para trabalhar no Japão como consultor na década


de 1950.

• Aplicou estatística aos métodos de controle de processo.

• Contribuições:

• Trilogia da qualidade: planejamento, melhoria e controle

• Melhoria contínua: pequenos passos, alta frequência e ciclos curtos de


mudança Maximiano (2017)
Evolução da Administração da Qualidade

Maximiano (2017)
Prêmios e Programas de Qualidade
• Prêmio Deming da JUSE (1951), para indivíduos e empresas que apresentam
contribuições excepcionais para a área de qualidade.

• Programa Baldrige (1987), cujo objetivo é identificar e reconhecer empresas de


classe mundial, além de aprimorar e disseminar as melhores práticas.

• Modelo EFQM (European Foundation for Quality Management), que desenvolveu


um modelo de excelência (liderança, processos e resultados).

• A FNQ (Fundação Nacional da Qualidade) e o MEG (Modelo de Excelência da


Gestão)

• A família ISO 9000, que estabelece as boas práticas de gestão da qualidade.


Referências
1. ALVES, G. A crise do capital e as transformações do mundo do trabalho. Revista Novos Rumos, v. 11, p. 24-32, 1996.

2. DRUCK, M. G. Globalização e reestruturação produtiva: o fordismo e/ou japonismo. Revista de Economia Política, v. 19, p. 31-48, 1999.

3. LIPIETZ, A. Fordismo, fordismo perfiérico e metropolização. Ensaios FEE, v. 10, p. 303-335, 1989.

4. MAXIMIANO, A. C. A. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. São Paulo: Atlas, 2017.

5. SUGIMORI, Y. et al. Toyota production system and Kanban system: materialization of just-in-time and respect-for-human system. The
International Journal of Production Research, v. 15, p. 553-564, 1977.
Obrigado.

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