2bim - União Europeia

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Processos de

Integração
Regional: A
União Europeia
Prof. Bruno Maciel
Objetivos da aula
+ Oferecer uma compreensão profunda do processo
de integração europeu e das instituições da EU
• Compreender o contexto histórico e as motivações da
criação da UE.
• Examinar detalhadamente as instituições e o
processo de tomada de decisões.
• Analisar o impacto da UE como um ator internacional.
As Origens da União Europeia
+ A União Europeia de hoje é resultado de um processo iniciado há
mais de meio século com a criação da Comunidade Europeia do
Carvão e do Aço (CECA).
+ A CECA, formada pelas indústrias de carvão e aço, representava
setores essenciais para o poder militar e industrial da época.
+ Em 9 de maio de 1950, o Ministro das Relações Exteriores da
França, Robert Schuman, afirmou que uma guerra entre França e
Alemanha se tornaria "não apenas impensável, mas
materialmente impossível”.
Objetivo Fundamental – Paz
Duradoura
+ Apenas cinco anos após o fim da Segunda Guerra
Mundial, a criação da CECA buscava garantir uma
paz duradoura na Europa.
+ França e Alemanha, que tinham se enfrentado em
três grandes guerras nos 80 anos anteriores, viram
na CECA uma oportunidade de coexistência
pacífica.
Imagens da + À esquerda, Berlim pós WWII
+ À direita, a Coluna de Vendome
destruição (Paris) destruída, em 1871.
Motivações Políticas da França
+ A perspectiva de uma Alemanha completamente
independente e com grande potencial industrial era uma
preocupação para a França.
+ Após a Primeira Guerra Mundial, tentativas de manter a
Alemanha enfraquecida falharam.
+ A solução era integrar a Alemanha a instituições
europeias fortes, que também vinculassem a França e
outros países, proporcionando estabilidade.
Realização da Ideia de Paz

+ A iniciativa de criar uma Comunidade Europeia


ajudou a França a se ver como líder na Europa,
apesar de essa confiança ter diminuído com a
entrada de 12 novos estados membros em 2005 e
2007.
+ A União Europeia, sucessora da CECA, tornou-se a
concretização dessa iniciativa original francesa.
Participação Alemã – Integração e
Reconstrução
+ Para a Alemanha, participar em pé de igualdade
em instituições europeias possibilitou o
desenvolvimento de relações pacíficas com outros
estados-membros.
+ Após a devastação do regime nazista, a
comunidade ofereceu aos alemães uma forma de
reconstruir sua imagem internacional.
Declaração de Schuman
e a Fundação de uma
Federação Europeia
+ Robert Schuman declarou que a
nova Comunidade seria "a primeira
fundação concreta de uma
federação europeia indispensável
para a preservação da paz".
+ A Alemanha, com uma classe
política comprometida com a
democracia federal, apoiou
consistentemente esse
desenvolvimento.
A Declaração Schuman – Um
Processo Gradual
+ Citação de Schuman: "A Europa não será feita de uma só
vez, ou de acordo com um plano único. Ela será construída
através de realizações concretas, que criem primeiro uma
solidariedade de fato."
+ Essa declaração previa o desenvolvimento da Comunidade
Europeia passo a passo, onde cada conquista fortaleceu a
confiança para novas ações comuns.
Estados Fundadores e o Ideal Federalista
+ Além de França e Alemanha, os outros estados fundadores –
Bélgica, Itália, Luxemburgo e Países Baixos – viam a
comunidade como um meio de assegurar a paz.
+ Estes países viam a Comunidade como um estágio no
desenvolvimento de uma política federal europeia.
+ O motivo de paz e segurança, essencial para a criação da
Comunidade, permanece influente nas decisões dos
governos europeus.
+ A Comunidade Europeia é vista como um sistema de
estabilidade a longo prazo.
Desenvolvimento Progressivo das
Instituições
+ As instituições e poderes da UE foram
desenvolvidos progressivamente, lidando com
temas que melhor seriam resolvidos por ações
conjuntas.
+ Esse processo gradual reflete a estratégia de
integração que começou com áreas específicas e
se expandiu para um projeto mais amplo.
Força Econômica e Prosperidade –
Motivações Econômicas da Integração
+ Embora a paz duradoura tenha sido uma motivação política
essencial, o sucesso da Comunidade Europeia exigia também
desempenho econômico.
+ A integração econômica proporcionou prosperidade aos
membros, criando incentivos para cooperação contínua.
+ Principais motivações:
Segurança: Relacionamentos econômicos e políticos como alternativa à segurança
militar.
Prosperidade: Interesse de empresas e sindicatos na criação de um mercado comum.
Proteção ambiental: Pressão de partidos verdes e organizações ambientais.
Influência Global: Projeção de interesses europeus no cenário internacional.
Racionalização da Produção –
Remoção de Barreiras
+ Fronteiras entre os estados-membros dificultavam
a produção racional entre as plantas siderúrgicas e
minas de carvão.
+ A remoção dessas barreiras e a governança
comum do mercado foram bem-sucedidas em
termos econômicos, impulsionando a eficiência e o
comércio entre os membros.
Comunidade Europeia do Carvão
e do Aço (CECA)
+ A CECA, com o tempo, foi vista como um primeiro passo
para a unificação econômica e política.
+ A reconciliação pacífica entre os estados-membros
estimulou o projeto de integração econômica como
Schuman havia idealizado.
+ Em 1954, uma tentativa de criar uma Comunidade de
Defesa Europeia foi frustrada pela Assembleia Nacional
Francesa.
CEE e a Tarifa Externa Comum
+ Em 1958, os seis estados fundadores criaram a
Comunidade Econômica Europeia (CEE), ampliando a
integração econômica ao comércio de bens.
+ A CEE, especialmente por insistência da França,
implementou uma tarifa externa comum, estabelecendo
um mercado único com políticas de comércio unificadas.
+ A tarifa comum possibilitou que a CEE negociasse em
igualdade de condições com os Estados Unidos.
A Comunidade como Ator
Internacional
+ A criação da CEE mostrou o potencial da
Comunidade como ator no sistema internacional,
capaz de influenciar globalmente.
+ Uma das motivações para a criação da Comunidade
era restaurar a influência europeia após as duas
guerras mundiais, com a UE contribuindo para a
segurança e prosperidade global.
A Perspectiva Britânica e o Papel de
Winston Churchill
+ Winston Churchill, em um discurso em Zurique, sugeriu a criação de
uma "espécie de Estados Unidos da Europa", com França e Alemanha
liderando a integração.
+ Apesar disso, a Grã-Bretanha relutou em se unir ao projeto europeu,
dada sua posição imperial e relação especial com os Estados Unidos.
+ Após falharem em criar uma área de livre comércio que incluísse a
CEE e outros países da Europa Ocidental, governos britânicos
sucessivos buscaram ingressar na Comunidade, conseguindo em
1973.
+ Apesar de sua participação ativa na criação do mercado único, os
britânicos não compartilhavam das mesmas motivações políticas
para uma integração mais profunda.
Diferenças Motivacionais Entre
Fundadores e Britânicos
+ Os motivos dos fundadores, centrados em paz e segurança,
contrastavam com os motivos econômicos e pragmáticos do Reino
Unido.
+ Essas diferenças ainda influenciam as atitudes e políticas britânicas em
relação à UE, e foram fatores importantes em eventos como o Brexit.
+ As motivações dos fundadores e do Reino Unido evoluíram, mas
continuam a moldar as atitudes em relação à UE.
+ Esses motivos são compartilhados, em diferentes proporções, por
outros estados-membros que aderiram ao longo dos anos.
Interesses de Redistribuição e
Compensação
+ Para evitar desvantagens, certos países
buscaram compensações:
França: Política Agrícola Comum (PAC) para equilibrar a
vantagem industrial alemã.
Países com economias mais fracas: Fundos estruturais
para mitigar perdas no mercado único.
Reino Unido e outros: Ajustes orçamentários devido a
contribuições líquidas elevadas.
Reformas por Instituições Mais
Eficientes e Democráticas
+ Governos, parlamentos e organizações da sociedade civil
pressionaram por reformas para tornar as instituições da
UE mais eficazes e democráticas.
+ No entanto, grupos resistem à centralização, defendendo
uma abordagem intergovernamental e preservação do
estado-nação.
+ Motivações para resistir ao federalismo:
Compromisso com o estado-nação.
Crença de que a democracia só é viável dentro de cada país.
Desconfiança em relação a estrangeiros e apego ao status quo.
A Década de 1950 – Os Tratados Fundadores da União Europeia

+ Os anos 1950 foram cruciais para a formação da Comunidade


Europeia, com a criação da CECA e as tentativas de integração
política e econômica.
+ Jean Monnet: Figura central na Declaração Schuman e no
desenvolvimento do Tratado da CECA, promovendo uma estrutura
executiva forte.
+ Monnet acreditava na necessidade de uma autoridade executiva
forte, a Alta Autoridade, baseando-se na sua experiência com a
Liga das Nações.
+ A CECA incluiu elementos embriônicos de uma legislatura e
judiciário federais, com uma Assembleia Parlamentar e um
Evolução das Instituições da UE
+ A estrutura institucional da CECA foi mantida, mas as
relações de poder evoluíram:
+ Conselho de Ministros (e depois o Conselho Europeu)
ganhou poder significativo.
+ Comissão Europeia perdeu espaço relativo ao
Conselho.
+ Parlamento Europeu e Tribunal de Justiça consolidaram
seu papel de relevância.
Compromissos no Tratado de
Roma (1957)
+ França: Exigiu uma política de energia atômica, a PAC,
associação de colônias e igualdade salarial entre gêneros.
+ Itália: Garantiu o Banco Europeu de Investimento, Fundo
Social Europeu e livre circulação de trabalhadores.
+ Esses compromissos foram incorporados nos Tratados de
Roma, criando a CEE e a Euratom.
Estrutura e Competências da CEE
+ A CEE, fundada em 1958, possuía instituições semelhantes às
da CECA, mas com uma autoridade executiva menos poderosa
chamada de Comissão.
+ Competências ampliadas: união aduaneira com tarifas externas
comuns, políticas para setores específicos (notadamente
agricultura) e cooperação geral.
+ Walter Hallstein, primeiro presidente da Comissão da CEE, era
um federalista convicto e acelerou o cronograma para a criação
da união aduaneira.
+ Nos anos 1960, a Comunidade teve crescimento econômico
significativo, com taxas de cerca de 5% ao ano, impulsionando
a confiança no projeto europeu.
Tensão entre Federalismo e
Nacionalismo – O Papel de De Gaulle
+ A visão federal de Monnet e Hallstein entrou em conflito com o
nacionalismo de Charles de Gaulle, que defendia a soberania
nacional.
+ De Gaulle bloqueou a Euratom para manter o setor atômico francês
sob controle nacional e priorizou uma "Europa das Nações".
+ Embora a Comunidade enfrentasse conflitos políticos, o
crescimento econômico e a unificação aduaneira dos anos 1960
foram sucessos notáveis.
+ O modelo de "pacotes de compromissos" dos Tratados de Roma
tornou-se um padrão na UE, integrando interesses variados dos
estados membros.
Veto de De Gaulle à Adesão do
Reino Unido (1963)
+ Em 1963, de Gaulle vetou a entrada do Reino Unido,
Dinamarca, Irlanda e Noruega na Comunidade.
+ Embora o Reino Unido tivesse uma visão de integração
similar à de Gaulle, a ação unilateral gerou a primeira
grande crise política na Comunidade.
A Política Agrícola Comum (PAC) e
o Conflito Orçamentário
+ A PAC era uma prioridade para a França, que queria que seu
financiamento viesse do orçamento da Comunidade, não dos estados
membros.
+ A Comissão e o Parlamento holandês exigiram controle parlamentar
sobre o orçamento, mas de Gaulle rejeitou, culminando na "crise da
cadeira vazia".
+ De Gaulle ordenou que seus ministros boicotassem o Conselho durante
a segunda metade de 1965, levantando temores de que ele
pretendesse destruir a Comunidade.
+ Esse boicote mostrou a resistência de de Gaulle ao controle
supranacional, provocando um impasse na governança da
Comunidade.
Compromisso de Luxemburgo (1966)
+ O "Compromisso de Luxemburgo" estabeleceu que países
poderiam usar o veto em questões de “grande importância”,
enquanto outros afirmaram seu compromisso com a votação por
maioria qualificada.
+ Na prática, o veto prevaleceu por duas décadas, com o nome
"veto de Luxemburgo" sendo mais descritivo do que
"compromisso".
+ Apesar das tensões políticas, a união aduaneira foi completada
em julho de 1968, antes do prazo estabelecido pelo tratado.
+ Com uma tarifa externa comum, a Comunidade se tornou uma
potência comercial comparável aos EUA, iniciando uma era de
liberalização do comércio internacional.
O Tribunal de Justiça e o Estado
de Direito na Comunidade
+ O Tribunal de Justiça da CEE avançou na construção do Estado
de Direito, garantindo que a legislação fosse respeitada.
+ Decisões em 1963 e 1964 estabeleceram os princípios da
primazia e do efeito direto do direito comunitário, unificando
sua aplicação nos estados membros.
+ Primazia: As leis da CEE prevalecem sobre as legislações
nacionais em áreas de competência comunitária.
+ Efeito Direto: Cidadãos e empresas podem invocar
diretamente o direito comunitário em seus países,
promovendo uma integração jurídica.
Impacto das Conquistas Jurídicas
na Coesão da Comunidade
+ Mesmo sem mecanismos de execução coercitivos, o respeito ao
direito comunitário baseado nos tratados consolidou a coesão
entre os estados membros.
+ O Tribunal de Justiça tornou-se uma peça fundamental na
estabilidade e na aplicação uniforme das leis da Comunidade
Europeia.
+ A década de 1960 exemplificou a tensão entre visões
federalistas e intergovernamentais, moldando a evolução da
CEE.
+ Os avanços comerciais e jurídicos fortaleceram a Comunidade,
apesar das resistências nacionalistas lideradas por de Gaulle.
Expansão e Aprofundamento da
Comunidade Europeia
+ Após a renúncia de Charles de Gaulle em 1969, Georges
Pompidou assumiu a presidência da França.
+ A política francesa evoluiu para um pragmatismo
intergovernamental, abrindo caminho para a entrada do Reino
Unido, Dinamarca, Irlanda e Noruega (embora esta última tenha
rejeitado em referendo).
+ Pompidou apoiou a ampliação desde que fosse acompanhada de
condições: financiamento da PAC, união monetária e
coordenação de política externa.
+ Isso visava fortalecer a integração alemã e garantir que a
expansão não enfraquecesse a Comunidade.
Propostas de União Monetária

+ Embora acordada em princípio, a união monetária


não foi implementada até os anos 1990.
+ A França preferia instrumentos federais como uma
moeda única, enquanto a Alemanha condicionava
isso a uma coordenação de políticas econômicas.
Cooperação em Política Externa

+ A cooperação em política externa, mantida separada


devido à insistência francesa, era estritamente
intergovernamental.
+ Embora útil, a sua eficácia era limitada devido ao
compromisso com a soberania nacional.
A Questão do Financiamento da
PAC e o Parlamento Europeu
+ A questão do financiamento da PAC levou a
debates sobre os poderes do Parlamento Europeu,
especialmente com apoio da Alemanha, Bélgica,
Países Baixos e Itália.
+ Pompidou aceitou o princípio de controle
orçamentário pelo Parlamento, mas excluiu a
agricultura tanto quanto possível.
Entrada do Reino Unido,
Dinamarca e Irlanda (1973)
+ Sob a liderança de Edward Heath, o Reino Unido concluiu
com sucesso as negociações de adesão.
+ Reino Unido, Dinamarca e Irlanda ingressaram em janeiro
de 1973, mas a Noruega rejeitou a adesão em referendo.
+ O Reino Unido realizou um referendo em 1975, com Harold
Wilson recomendando a permanência na Comunidade, que
foi aprovada com dois terços dos votos.
+ No entanto, o Partido Trabalhista tornou-se cada vez mais
hostil à adesão, chegando a defender a saída em 1983.
Valéry Giscard d'Estaing e as
Reformas Institucionais
+ Giscard d’Estaing, sucessor de Pompidou, fortaleceu tanto os
elementos intergovernamentais quanto os federais, incluindo a
criação do Conselho Europeu e eleições diretas para o Parlamento
Europeu.
+ Com a consulta a Jean Monnet, ele propôs que os chefes de Estado
se reunissem regularmente para tomar decisões de alto nível.
+ Em 1979, as primeiras eleições diretas foram realizadas para o
Parlamento Europeu, fortalecendo a democracia representativa na
Comunidade.
+ Esse avanço teve grande impacto no desenvolvimento futuro da
Comunidade Europeia.
O Sistema Monetário Europeu
(SME) e a Unidade Monetária
+ Roy Jenkins, presidente da Comissão em 1977, reviveu a ideia
de união monetária, resultando no Sistema Monetário Europeu
(SME) em 1979.
+ O SME, acordado por Helmut Schmidt e Giscard, incluiu o
Mecanismo de Taxas de Câmbio e a Unidade Monetária Europeia
(ECU).
+ O Reino Unido, sob a liderança do Partido Trabalhista, recusou-
se a participar do SME devido à crescente hostilidade do partido
em relação à Comunidade.
+ O padrão de alguns estados avançarem enquanto o Reino Unido
permanecia à margem seria recorrente.
Delors e o Projeto do Mercado Único
(1985)
+ Jacques Delors assumiu a presidência da Comissão em 1985,
visitando todos os estados membros para identificar projetos que
pudessem ser aceitos por todos.
+ Como federalista, Delors priorizou o mercado único, moeda única
e políticas comuns de defesa, embora enfrentasse a oposição de
Margaret Thatcher.
+ As economias europeias haviam estagnado nos anos 1970, com
barreiras não-tarifárias limitando o comércio.
+ O mercado único foi visto como uma forma de reviver a
economia e aumentar a competitividade, contando com o apoio
de empresas e associações comerciais.
O Programa do Mercado Único

+ A Comissão elaborou uma lista de 300 medidas a


serem implementadas até 1992 para remover as
barreiras não-tarifárias.
+ O comissário responsável pelo projeto foi Lord
Cockfield, ex-ministro no governo Thatcher, que
apresentou o programa no Conselho Europeu em
Milão.
O Projeto de Tratado sobre a
União Europeia
+ Inspirado por Altiero Spinelli, o Parlamento Europeu elaborou
um Projeto de Tratado que visava dar um caráter federal às
instituições da Comunidade.
+ O projeto incluía competências ampliadas, exceto em
defesa, e estabelecia que entraria em vigor com a
ratificação pela maioria dos estados membros.
+ Embora o projeto tivesse amplo apoio, a Alemanha se opôs à
exclusão provável do Reino Unido.
+ O Presidente francês François Mitterrand apoiou o projeto,
mas de forma ambígua.
Ato Único Europeu – Primeira
Conferência Intergovernamental
+ O Conselho Europeu decidiu convocar uma Conferência
Intergovernamental (CIG) para revisar o tratado, superando a
oposição britânica, dinamarquesa e grega com a primeira votação
por maioria.
+ A CIG considerou não só o mercado único, mas também várias
propostas do Projeto de Tratado.
+ Objetivo de completar o mercado único até 1992.
+ Competências ampliadas para meio ambiente, pesquisa tecnológica,
políticas sociais e coesão.
+ Introduziu votação por maioria qualificada em algumas áreas e
reforçou o Parlamento Europeu com o “procedimento de cooperação”.
Ampliação para o Sul – Grécia,
Portugal e Espanha
+ A Comunidade foi ampliada para incluir Grécia (1981),
Portugal e Espanha (1986), países que haviam
recentemente deixado regimes autoritários.
+ Esses países viam a adesão como apoio à democracia e à
modernização econômica.
+ Para apoiar o desenvolvimento das regiões economicamente
mais fracas, a política de coesão foi incluída no Ato Único.
+ Os fundos estruturais foram duplicados, ajudando no
desenvolvimento das novas nações membros e fortalecendo
o apoio ao mercado único.
O Crescimento do Parlamento
Europeu
+ Com o Ato Único, o Parlamento Europeu ganhou maior
influência sobre a legislação do mercado único e tratados
de associação.
+ Esse foi o primeiro passo no fortalecimento do papel do
Parlamento na estrutura da Comunidade.
+ Spinelli faleceu pouco após a assinatura do Ato Único,
vendo-o como um “fracasso” ou “rato morto”.
+ No entanto, o Ato Único relançou a Comunidade, com
efeitos tão abrangentes quanto os dos Tratados de Roma.
Impactos a Longo Prazo –
Maastricht e Além
+ O sucesso do Ato Único abriu caminho para os Tratados de
Maastricht, Amsterdã e Nice, que fortaleceram ainda mais as
competências e as instituições da UE.
+ O mercado único ajudou a reviver a economia europeia,
enquanto as instituições comunitárias ganharam relevância ao
lidar com a vasta legislação necessária.
+ O Ato Único Europeu representou um marco na integração,
promovendo tanto a expansão do mercado como o
fortalecimento das instituições.
+ Foi uma resposta conjunta a pressões econômicas, sociais e
políticas, moldando a UE como a conhecemos hoje.
O Tratado de Maastricht e o
Projeto da Moeda Única
+ Após o sucesso do mercado único, Jacques Delors
impulsionou o projeto da moeda única, apesar da oposição
de Thatcher e de parte da população alemã.
+ Para Helmut Kohl, a moeda única era um passo crucial
para uma Europa federal.
+ A queda do bloco soviético e a reunificação alemã abriram
a possibilidade de expandir a Comunidade para o Leste.
+ Mitterrand apoiou a reunificação desde que a Alemanha
adotasse o euro, integrando-se irrevogavelmente na
estrutura europeia.
Principais Elementos do Tratado
de Maastricht (1992)
+ Instituição do euro e do Banco Central Europeu.
+ Ampliação das competências da Comunidade em áreas como
educação, juventude, cultura e saúde pública.
+ Fortalecimento do Parlamento Europeu com o procedimento de
co-decisão e direito de aprovar a nomeação da Comissão.
+ John Major, então Primeiro-Ministro britânico, negociou a opção
de exclusão do Reino Unido na moeda única e no capítulo
social.
+ A Dinamarca também obteve exclusão em relação ao euro,
garantindo adesão com ajustes específicos.
Ratificação e Referendos do
Tratado de Maastricht
+ O tratado enfrentou dificuldades: foi rejeitado
inicialmente em referendo na Dinamarca, depois
aprovado com ajustes; e aprovado por uma
margem estreita na França.
+ Na Alemanha, a ratificação foi submetida à análise
da Corte Constitucional antes de ser validada.
Ampliação de 12 para 15
Membros
+ Em 1995, a Comunidade foi ampliada para incluir
Áustria, Finlândia e Suécia, enquanto a Noruega
rejeitou a adesão em referendo.
+ Esses países viam a adesão como uma forma de
fortalecer sua economia e integração com a
Europa.
A Conferência
Intergovernamental e o Tratado
dea crescente
+ Com Amsterdã (1997)
integração econômica e novas competências,
o Tratado de Amsterdã foi assinado em 1997 para revisar o
tratado de Maastricht.
+ Foco em políticas de emprego e fortalecimento do Parlamento
Europeu, que ganhou poder de co-decisão em novas áreas.
+ O Parlamento ganhou poder para aprovar o Presidente da
Comissão e influenciar a composição dos comissários.
+ Em 1999, o Parlamento foi central na renúncia da Comissão,
reforçando seu papel de controle sobre o executivo.
Procedimento de Cooperação
Reforçada
+ Amsterdã introduziu o procedimento de
“cooperação reforçada”, permitindo que grupos de
países avançassem em projetos específicos sem a
participação de todos os membros.
+ O mecanismo visava evitar a paralisia causada
pela exigência de unanimidade, mas ainda não
havia sido utilizado na época.
Tony Blair e Mudanças na Posição
Britânica
+ Com a vitória do Partido Trabalhista em 1997, o Reino Unido
adotou o capítulo social e expressou uma postura mais
favorável à União.
+ Blair aceitou as reformas institucionais, embora o Reino Unido
tenha mantido a exclusão dos controles de fronteira e
cooperação policial/judicial.
+ A atuação limitada da UE na crise da ex-Iugoslávia impulsionou
demandas por uma capacidade de defesa mais forte.
+ O Reino Unido se juntou à França para iniciar ações voltadas ao
fortalecimento da capacidade de defesa europeia.
Expansão para o Leste Europeu –
Transição Pós-Soviética
+ Após a queda do bloco soviético, dez países da Europa Central e
Oriental buscaram associação e, posteriormente, adesão à União
Europeia.
+ Os países precisaram transformar suas economias centralizadas e
governos autoritários em economias de mercado e democracias
pluralistas.
+ Em 1997, cinco países foram considerados prontos para iniciar as
negociações de adesão, seguidos por outros cinco em 2000.
+ Em 2004, República Tcheca, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia,
Polônia, Eslováquia, Eslovênia, Chipre e Malta ingressaram na UE;
Bulgária e Romênia se uniram em 2007.
Reformas Necessárias para a
Expansão
+ A ampliação exigiu reformas nas políticas agrícolas
e nos fundos estruturais da UE, abordadas na
Agenda 2000.
+ A expansão também trouxe a necessidade de
reformas institucionais, motivando a convocação
de uma nova Conferência Intergovernamental
(CIG).
O Tratado de Nice (2001) –
Reformas Institucionais
+ O Tratado de Nice ampliou modestamente o uso da votação por
maioria qualificada e a co-decisão com o Parlamento.
+ Ajustou o número de comissários e a distribuição de votos no
Conselho, mas gerou críticas por resultados pouco claros e
disputas de poder.
+ A Declaração de Laeken (2001) estabeleceu a Convenção
Europeia para propor reformas que atendessem tanto
federalistas quanto intergovernamentalistas.
+ A Convenção, presidida por Valéry Giscard d'Estaing, reuniu 105
membros, representando um amplo espectro político dos estados
membros e candidatos.
A Convenção Europeia e o Projeto
de Constituição
+ A Convenção, liderada por Giscard, buscou um equilíbrio entre
federalismo e intergovernamentalismo, propondo reformas para
fortalecer as instituições da UE.
+ Em julho de 2003, a Convenção aprovou um rascunho de
Constituição que incluía melhorias institucionais e bases para
uma defesa comum.
+ Em outubro de 2003, uma nova CIG discutiu o projeto e
adicionou emendas de caráter intergovernamental.
+ Em 2004, todos os estados membros e em processo de adesão
assinaram o Tratado que estabelecia uma Constituição para a
Europa.
Rejeição da Constituição em
Referendos na França e na Holanda
+ A Constituição foi ratificada por 18 países, mas rejeitada por
grandes margens em referendos na França e na Holanda,
encerrando o projeto como estava.
+ A rejeição gerou pressão para adaptar o conteúdo, levando ao
Tratado de Lisboa como alternativa.
+ Em 2007, a UE aprovou o Tratado de Lisboa, mantendo muitas
das reformas propostas no projeto de Constituição.
+ Com previsão de ratificação até 2009, o Tratado de Lisboa deu
continuidade à busca por uma UE mais eficaz e democrática,
em um formato mais aceitável aos estados membros.
As Instituições
de Governança
Europeias
Poderes e Governança da União
Europeia
+ A UE possui amplos poderes econômicos e
ambientais, além de crescente atuação em política
externa, defesa e segurança interna.
+ Pergunta central: Como esses poderes são usados
e controlados? Como a União é governada?
O Conselho Europeu e o Conselho
de Ministros
+ Conselho Europeu: Composto por Chefes de Estado
ou Governo e o Presidente da Comissão; define
diretrizes políticas gerais e resolve impasses.
+ Conselho de Ministros: Reúne ministros conforme a
área de atuação (Ecofin, Agricultura, Justiça, etc.),
exercendo funções legislativas e executivas.
Função do Conselho Europeu

+ Reúne-se 3-4 vezes por ano para decisões de alto


nível, como tratados e perspectivas financeiras de
longo prazo.
+ As conclusões são divulgadas ao público, mas a
cobertura da mídia varia entre os países, refletindo
diferentes narrativas nacionais.
Funcionamento do Conselho de
Ministros
+ O Conselho é presidido rotativamente pelos
estados membros, e os ministros participantes
variam conforme a agenda.
+ Sessões legislativas são públicas, mas grande
parte do trabalho segue um modelo de negociação
diplomática.
Desafios da Unanimidade e
Expansão
+ Com o aumento dos estados membros, alcançar
unanimidade tornou-se mais difícil, gerando
pressões para reduzir seu uso.
+ O Tratado de Nice tentou abordar essa questão,
mas conflitos entre federalistas e
intergovernamentalistas persistem.
Votação por Maioria Qualificada
(QMV)
+ Introduzida pelo Ato Único Europeu, QMV acelerou
a legislação do mercado único, substituindo a
necessidade de unanimidade.
+ QMV requer 258 de 345 votos ponderados, com
critérios baseados na população e no número de
estados.
Poderes Executivos do Conselho

+ O Conselho, além de funções legislativas, exerce


controle executivo, podendo impor exigências à
Comissão.
+ Delegação de execução às administrações
nacionais é supervisionada por uma rede de
comitês especializados.
O Papel do Coreper e Comitologia

+ Coreper: Busca consenso nas reações dos


governos às propostas da Comissão.
+ Comitologia: Comitês que supervisionam a
implementação de políticas pela Comissão, mas
que podem bloquear ações até que o Conselho
intervenha.
O Papel do Coreper e Comitologia

+ Coreper (Comitê de Representantes


Permanentes):
Proposta da Comissão Europeia: A Comissão elabora um
projeto de lei ou regulamentação.
Discussão em Coreper: Os representantes permanentes
dos estados membros avaliam a proposta, buscando
consenso antes que ela seja levada ao Conselho de
Ministros.
O Papel do Coreper e Comitologia

+ Comitologia (Processo de Comitês):


1. Supervisão e Implementação: Comitês especializados,
compostos por representantes dos estados membros,
monitoram e supervisionam a implementação das
políticas.
2. Intervenção do Conselho: Se necessário, os comitês
podem bloquear ações da Comissão até que o Conselho de
Ministros intervenha para confirmar ou reverter a decisão.
Processo de Coreper e Comitologia:
+ 1. Proposta da Comissão Europeia: A Comissão Europeia elabora e
apresenta uma proposta legislativa.
+ 2. Discussão em Coreper: O Comitê de Representantes Permanentes
(Coreper) revisa a proposta, buscando consenso entre os estados
membros antes que ela seja enviada ao Conselho de Ministros.
+ 3. Decisão do Conselho de Ministros: Dependendo do tema,
diferentes ministros participam do Conselho para discutir e decidir sobre
a proposta.
+ 4. Supervisão e Implementação - Comitologia: Após a adoção,
comitês especializados (Comitologia) monitoram e supervisionam a
implementação da legislação.
+ Se necessário, esses comitês podem bloquear a ação da Comissão até
que o Conselho de Ministros resolva a questão.
O Parlamento Europeu
+ Membros do Parlamento Europeu (MEPs) são eleitos
diretamente pelos cidadãos a cada cinco anos.
+ Atualmente, há 785 MEPs, com distribuição que
favorece estados menores, mas de forma menos
pronunciada do que no Conselho.
+ O Parlamento opera com sessões abertas ao público
e votações por maioria simples.
+ MEPs votam geralmente por grupos partidários,
como o PPE, PSE e ALDE, em vez de linhas nacionais.
Procedimentos Eleitorais e
Necessidade de Coalizões
• Todos os estados membros utilizam sistemas de representação
proporcional.
• Antes de 1999, o sistema britânico causava oscilações drásticas no
número de MEPs por partido, moderadas pela mudança para
representação proporcional.
+ Nenhum partido principal detém maioria, exigindo coalizões amplas para
aprovar legislação ou o orçamento.
+ O procedimento de co-decisão requer uma maioria absoluta de 367 votos.
+ A participação nas eleições para o Parlamento Europeu caiu de 63% em
1979 para 45,5% em 2004.
+ Razões incluem tendências gerais de abstenção e críticas ao Parlamento,
especialmente na mídia britânica.
Papel Legislativo e de Supervisão
+ O Parlamento compartilha poder com o Conselho em mais da metade
da legislação e do orçamento.
+ Poder de co-decisão ampliado pelos Tratados de Maastricht, Amsterdã
e Nice.
+ O Parlamento controla gastos não obrigatórios e supervisiona a
execução do orçamento pela Comissão.
Exemplo: atrasou a aprovação das contas de 1990 até que a Comissão alocasse
funcionários para uma unidade antifraude.
+ O Parlamento tem poder para aprovar ou rejeitar nomeações para a
Comissão, como demonstrado com Romano Prodi e José Manuel
Barroso.
+ Pode exigir explicações ou a demissão de comissários, fortalecendo a
supervisão executiva.
Comitês Consultivos da UE
+ Além do Parlamento e do Conselho, a UE conta com dois
órgãos consultivos: o Comitê Econômico e Social (Ecosoc) e o
Comitê das Regiões.
+ Ambos são consultados obrigatoriamente em certos temas e
podem emitir pareceres por iniciativa própria.
+ Cada comitê possui 344 membros, nomeados pelos estados
membros e designados pelo Conselho.
+ O Ecosoc representa interesses econômicos e sociais
variados; o Comitê das Regiões representa entidades
regionais e locais.
Função do Ecosoc e Função do
Comitê das Regiões
+ ECOSOC: Representa interesses de empregadores, trabalhadores e outras
organizações da sociedade civil.
+ Emite relatórios e pareceres que podem orientar a formulação de políticas,
embora seu impacto direto seja limitado.
+ Comitê das Regiões: Atua como a voz das autoridades regionais e locais na
UE.
+ Pode influenciar políticas relacionadas à coesão territorial, desenvolvimento
regional e subsidiariedade.
+ Embora suas opiniões sejam consultivas, ambos os comitês desempenham
papéis importantes na inclusão de diversas perspectivas.
+ O Comitê das Regiões pode ganhar mais influência com o fortalecimento de
representações regionais, como o Parlamento Escocês e a Assembleia Galesa.
A Comissão Europeia
+ A Comissão Europeia, embora não seja o executivo federal
idealizado por Monnet, possui o direito exclusivo de iniciativa
legislativa, executa políticas da UE e atua como "guardião do
Tratado".
+ É muito mais que um secretariado de organização internacional.
+ A Comissão tem o direito exclusivo de propor textos legislativos ao
Parlamento e ao Conselho.
+ Visa garantir que as leis reflitam o interesse geral da UE e dos
cidadãos, assegurando coerência no programa legislativo.
+ Exemplo: "Pacote Delors" e Agenda 2000.
+ A Comissão desempenha papel central em impulsionar pacotes de
políticas e medidas específicas.
Função de "Guardião do Tratado"
+ Assegura que tratados e leis da UE sejam aplicados pelos estados
membros.
Exemplo: Caso do embargo francês à carne bovina britânica, onde a Comissão levou a
questão ao Tribunal de Justiça.
+ Independência e Nomeação dos Comissários
+ Comissários devem ser independentes de interesses externos e
fazem um juramento solene ao assumir o cargo.
+ Desde 2005, há um Comissário por estado membro, com número
limitado após o 27º membro.
+ Tratados de Amsterdã e Nice reforçaram o papel do Presidente da
Comissão, incluindo poder de orientar politicamente e reorganizar
responsabilidades dos Comissários.
+ O Presidente pode demitir Comissários com aprovação coletiva.
Função Executiva e Desafios
+ Embora delegue a execução de políticas aos estados
membros, a Comissão enfrenta resistência na supervisão.
+ Necessidade de mais pessoal e poder para garantir
implementação adequada.
+ Reformas após a renúncia da Comissão em 1999 incluíram
mudanças em recrutamento, treinamento e procedimentos
disciplinares.
+ Introdução de uma nova unidade de auditoria para
assegurar a correta utilização dos fundos.
A Comissão como um Governo
Europeu?
+ A Comissão é central para a governança da UE, equilibrando
poder legislativo e executivo.
+ A Comissão possui semelhanças com um governo, como o
direito de iniciativa legislativa.
+ Diferenças incluem a falta de meios físicos de execução e
papéis limitados em política externa e defesa.
+ Continua a enfrentar desafios na supervisão e implementação,
mas desempenha papel crucial na integração europeia.
O Tribunal de Justiça da União
Europeia
+ O Estado de Direito é fundamental para o sucesso da Comunidade
Europeia, estabelecendo um quadro legal que governa as relações entre
estados membros e seus cidadãos.
+ A certeza jurídica proporcionada pelo Tribunal reduz riscos em
transações e fortalece a paz entre os estados.
+ A maioria dos casos de direito comunitário começa em tribunais
nacionais e chegam ao Tribunal de Justiça apenas para interpretação de
pontos de lei.
+ Casos fundamentais: primazia do direito comunitário e efeito direto,
assegurando aplicação uniforme e direitos individuais.
Estrutura do Tribunal
+ Composto por um juiz de cada estado membro, nomeado por seis
anos, com independência garantida.
+ Julga casos sobre legalidade de atos comunitários e disputas entre
estados ou entre estados e a Comissão.
+ Primazia do direito comunitário: assegura aplicação uniforme nos
estados membros.
+ Efeito direto: permite que indivíduos reivindiquem direitos nos
tribunais nacionais.
+ Para reduzir atrasos, foi criada uma Corte de Primeira Instância que
julga principalmente casos de política de concorrência e disputas
institucionais.
+ Litigantes podem apelar ao Tribunal de Justiça em questões de direito,
sendo esta a autoridade judicial final.
Execução das Decisões
+ O Tribunal depende das agências de execução dos estados
membros para aplicar suas decisões.
+ Apesar de atrasos, os estados membros não recusaram
cumprir as decisões do Tribunal.
+ A jurisdição do Tribunal é quase totalmente restrita aos
campos de competência da Comunidade e, em parte, à
cooperação policial e judicial.
+ Dentro dessas limitações, o sistema legal da Comunidade
possui características federais.
+ Suas decisões moldam a aplicação uniforme do direito
comunitário, promovendo estabilidade jurídica e política.

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