Pediatria 6

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DEMONTRACAO DAS TECNICAS NA AVALIACAO DA

CRIANCA
Normal Desnutrição Ligeira Desnutrição Moderada Desnutrição Grave
Altura ≥ -1 DP ≥ –2 e < –1 DP ≥ –3 e < –2 DP <-3 DP

(cm) (kg) (kg) (kg) (kg)


65 ≥ 6.6 6.1 - 6.5 5.6 - 6 < 5.6
65.5 ≥ 6.7 6.2 - 6.6 5.7 - 6.1 < 5.7
66 ≥ 6.8 6.3 - 6.7 5.8 - 6.2 < 5.8
66.5 ≥ 6.9 6.4 - 6.8 5.8 - 6.3 < 5.8
67 ≥7 6.4 - 6.9 5.9 - 6.3 < 5.9
67.5 ≥ 7.1 6.5 - 7 6 - 6.4 <6
68 ≥ 7.2 6.6 - 7.1 6.1 - 6.5 < 6.1
68.5 ≥ 7.3 6.7 - 7.2 6.2 - 6.6 < 6.2
69 ≥ 7.4 6.8 - 7.3 6.3 - 6.7 < 6.3
69.5 ≥ 7.5 6.9 - 7.4 6.3 - 6.8 < 6.3
70 ≥ 7.6 7 - 7.5 6.4 - 6.9 < 6.4
70.5 ≥ 7.7 7.1 - 7.6 6.5 - 7 < 6.5
71 ≥ 7.8 7.1 - 7.7 6.6 - 7 < 6.6
71.5 ≥ 7.9 7.2 - 7.8 6.7 - 7.1 < 6.7
72 ≥8 7.3 - 7.9 6.7 - 7.2 < 6.7
72.5 ≥ 8.1 7.4 - 8 6.8 - 7.3 < 6.8
73 ≥ 8.1 7.5 - 8 6.9 - 7.4 < 6.9
73.5 ≥ 8.2 7.6 - 8.1 7 - 7.5 <7
Metodologia para medir o perímetro craniano
(PC)
 Para medir o perímetro craniano, utiliza-se uma fita
métrica flexível, que se aplica por cima da arcada
orbitária, sobre as protuberâncias do osso frontal, ao
mesmo nível de cada lado do crânio, e sobre a
protuberância occipital externa.
Metodologia para medir o perímetro braquial (PB)
 O perímetro braquial é a medida da circunferência do
braço esquerdo em centímetros (cm). Pode ser utilizado
em crianças acima de 65 cm ou idade superior de 6
meses, adultos que não podem ser pesados (quando o
paciente não pode ficar na balança ou quando não há
balança), grávidas ou puérperas até 6 meses após o
parto.
Interpretação dos resultados:
Idade Idade 5-10 anos Idade 11-
6meses- 14anos
5anos
Desnutrição Entre 11,5 e Entre 13,0 e 14,5 Entre 16 e 18,5
moderada 12,5 cm cm cm

Desnutrição < 11,5 cm < 13,0 cm < 16 cm


grave
Cálculo e interpretação do índice de massa corporal - IMC - em criança
 Para calcular o IMC é preciso medir o peso em Kg, e a altura em
metros; após obter estes valores aplica-se a seguitne fórmula:
 IMC=P/A² (P= peso em Kg, e A= altura em metros)
 Interpretação dos resultados:
 Usando a tabela de IMC para Idade localizar a linha correspondente à
idade do paciente e, nessa linha, verificar em qual das colunas do
estado nutricional se encontra o valor de IMC calculado.
 Como usar a Tabela de IMC/Idade - Exemplo:
 A Maria tem 8 anos e 8 meses e tem uma altura igual a 1,1 m e pesa
16,5 kg.
 1. Calcule o IMC da doente, usando a seguinte fórmula:
 IMC = Peso em kg / Altura em m2
 IMC = 16,5 / (1,1 x 1,1) = 16,5 / 1,21
 IMC = 13,6 kg/m²
• Procure na tabela das raparigas a linha
referente aos 9:0 anos de idade
• Em seguida, procure com o dedo na linha
horizontal e da esquerda para direita, o IMC
calculado (13,6)
• Vai verificar que 13,6 está entre 13,1 - 14,3
na classificação de Desnutrição Ligeira
 DENTIÇÃO

 A erupção dos dentes segue determinadas etapas de crescimento, e

em casos de crianças cuja idade é desconhecida pode ser usada para

avaliar a idade aproximada.

 A erupção dentária é um índice de maturação, dependente de factores

familiares. Só muito raramente constitui sinal de doença como por

exemplo hipotiroidismo e no raquitismo que apresentam atraso na

erupção dentária.

1. Dentição normal
 Durante a vida, o indivíduo apresenta duas dentições:
 A dentição decídua ou dentes de leite são os dentes que caem,

começam a surgir aos 6 meses com a erupção dos incisivos centrais

inferiores, e termina aos 30 meses com a erupção dos segundos

molares superiores decíduos. No total são 20 dentes

 A dentição permanente inicia aos 6 anos com a erupção do primeiro

molar inferior permanente ou dos incisivos centrais inferiores, e

termina aos 18-21 anos com a erupção dos terceiros molares

superiores permanentes (dentes deciso).Em total são 32


1. Alterações da dentição
 Existem factores que podem influenciar a alteração da
dentição normal, provocando o atraso da dentição, a alteração
da forma ou composição dos dentes, como:
 Factores locais: má higiene e cárie, determinam o atraso da
dentição e o surgimento de dentes com composição alterada
 Desnutrição: determina um retardo na dentição
 Alterações hormonais: no hipotiroidismo há atraso da dentição
 Factores genéticos: podem determinar atraso ou dentição
precoce
 Factores maternos que agiram na vida intra-uterina: o abuso
de álcool, a sífilis congénita determinam uma forma particular
dos dentes incisivos;
 Doenças sistémicas: no raquitismo e na síndrome de Down por
exemplo há atraso na erupção dentária
 Medicamentos: o uso de tetraciclinas no último trimestre de
gravidez ou nos primeiros meses de vida determina uma cor
amarelada, marrom dos dentes
 Traumas: em caso de trauma dentário grave dos dentes decíduo
podem ser afectados os núcleos dos dentes permanentes
determinando o não surgimento destes.
 Caso o clínico encontre uma situação de atraso da dentição, cuja
causa não seja explicável, como por exemplo uma malnutrição
crónica, ou factores genéticos, deve referir ao dentista
 INTRODUÇÃO AO DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR

 A sequência do desenvolvimento é a mesma em todas as

crianças mas a velocidade de desenvolvimento varia de

criança para criança.

 A aprendizagem e aquisição progressiva das diferentes

capacidades depende de uma complexa interacção entre

processos de maturação neuronal, factores genéticos e

estimulação ambiental, interacção que pode ser afectada

por acidentes ou doenças intercorrentes


 Os primeiros anos de vida de uma criança são muitos

importantes para a maturação e aquisição de habilidades

motoras, cognitivas e psíquicas.

 No processo de desenvolvimento a criança adquire

diferentes habilidades, que reflectem as 4 áreas de

desenvolvimento, a saber:
 Motora: ou seja a capacidade de movimentar-se; a
coordenação motora pode ser grossa, que é a capacidade
de utilizar os grandes músculos para executar
movimentos como caminhar, sentar-se; E coordenação
motora fina, a capacidade de utilizar os pequenos
músculos para executar movimentos finos como usar o
polegar e o indicador para pegar algo;
 Visual: a criança usa o aparelho visual, para focalizar
imagens, coordenar os movimentos dos olhos,
relacionando as imagens do mundo exterior com o
interior; o lactente aprende a fixar o olhar nos olhos da
mãe, a seguir os olhos da mãe, a seguir um objecto em
movimento por exemplo;
 Cognitiva: é a capacidade mental de aprender funções
tais como a capacidade de falar, pensar, raciocinar,
contar, ler, perceber, planejar, resolver problemas;
 As funções sociais e adaptativas: são habilidades nas
quais a criança aprende a relacionar-se com as pessoas
na família, na comunidade, na escola, adaptando-se sem
problemas as diferentes situações
Coordenação motora
Em relação a função motora nos primeiros anos de vida a
criança aprende a usar o sistema musculoesquelético,
aprende os movimentos e a coordená-los: por exemplo
sustenta a cabeça, fica sentada, pega coisas com as mãos,
fica em pé, caminha; nos anos a seguintes aprende
habilidades motoras mais complicadas como subir e descer
as escadas, correr, saltar com um pé.
Funções cognitivas
Em relação as funções cognitivas todas as idades são
importantes, em cada etapa da vida aprende-se determinada
habilidade; obviamente que os primeiros anos de vida são
Comportamento e adaptação Social
Nestes primeiros anos a criança aprende também a interagir com o
ambiente externo e com as pessoas: aprende a sorrir, a rir, a olhar e
a fixar uma pessoa, a olhar para um objecto que lhe interessa, a ter
medo de pessoas desconhecidas, a confiar em pessoas conhecidas.
Factoresque podem influenciar o correcto desenvolvimento
psico-motor
 Como já foi referido, para o crescimento da criança, existem
factores que influenciam o seu desenvolvimento psicomotor.
Sendo o crescimento estaturo-ponderal estritamente ligado ao
desenvolvimento psicomotor podemos concluir que todos os
factores que influenciam no processo de crescimento afectam
também, em diferentes graus o desenvolvimento psicomotor
AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR

Objectivos da avaliação do desenvolvimento psicomotor são:


1. Promoção da saúde física e mental da criança
2. Avaliação do correcto desenvolvimento da criança
3. Prevenção das causas da deficiência
4. Diagnóstico precoce e tratamento adequado dos desvios
psicomotores e das suas causas
A avaliação do DPM inclui 4 áreas fundamentais:
5. A motricidade global: que avalia a postura erecta e a marcha;
depende essencialmente da maturação do sistema nervoso e do
musculoesquelético. Cada período etário tem o seu comportamento
motor pré-programado. No período neonatal e primeiros meses de
vida o lactente apresenta alguns reflexos que são indicação de
como o sistema neuromuscular está a amadurecer.
A visão e a motricidade fina: que avalia a função visual, a
manipulação delicada, e a coordenação oculomotora

1. A audição e a linguagem: que avalia a capacidade de ouvir


e de falar, e depende do funcionamento do aparelho
auditivo, da capacidade de compreender e interpretar os
símbolos convencionais, e de querer comunicar.
2. As relações sociais e as actividades complexas do dia-a-
dia, o comportamento e a adaptação social: que avalia
todos estes componentes que dependendo largamente de
factores ambientais, sua avaliação deve ser sempre
interpretada no contexto do desenvolvimento da criança.
Reflexos do RN e lactentes:
 Reflexo de Moro: está presente desde o nascimento até
o terceiro mês. O clínico pega nas mãos do bebé juntas,
com a mão direita apoiando a cabeça na mão esquerda,
tracionando-as levemente e largando-as logo em
seguida, permitindo que a cabeça cais rapidamente uns
centímetros, observando-se a reacção do bebé. O
reflexo do Moro consiste na abdução dos braços e
flexão dos antebraços, como se o bebé estivesse
assustado . A criança geralmente emite um choro alto
depois disso. Se o reflexo estiver ausente nos primeiros
3 meses ou persistir após o 3° a 5° mês de vida pode
indicar uma doença neurológica.
 Reflexos auditivos: cocleo-palpebral ou de piscar: o bebé
responde a um barulho abrindo e fechando as pálpebras.
 Reflexo de orientação: quando perto do bebé se faz um
som forte ele vira a cabeça na direcção do som. A ausência
destes dois reflexos, levanta a suspeita de surdez.
 Reflexo de fixação para sucção: qualquer coisa que toque
na bochecha ou perto da boca da criança faz ele virar a
cabeça na direcção do estímulo (o bebé procura o mamilo);
o reflexo está presente pós-parto e desaparece quando a
criança estiver perto de um ano de idade. Este reflexo está
ausente nos lactentes muito prematuros, no caso de hipoxia
ou de trauma obstétrico e nas doenças musculares do RN.
Desaparece depois do sétimo mês. Nota: Este reflexo não
deve ser confundido com o reflexo de sucção.
 Reflexo de sucção: é causado da mesma forma que o
anterior mas consta nos movimentos de sucção. Persiste
até um ano de vida, e a sua permanência após essa idade
significa que há algo de patológico.
 Reflexo da marcha: o bebé mexe as pernas como se
estives a andar enquanto o clínico sustenta-o pelas
axilas e toca com a ponta dos pés numa superfície plana.
Esses movimentos não têm nada a ver com a marcha
propriamente dita. Desaparece após o 2° mês de vida.
 Reflexo de Landau: a partir dos 3 meses o bebé levanta
a cabeça e movimenta os membros como se estivesse a
gatinhar enquanto o clínico pega-o e levanta-o com a
barriga para baixo.
 Reflexo de Babinski: é a extensão dos dedos dos pés
provocada pela estimulação da margem lateral da planta
do pé; está presente até 12° a 18° mês de vida. Se
estiver presente após esta idade significa que há algo de
patológico.
 Reflexo palmar e plantar: O recém-nascido agarra o
dedo do clínico com força. Esse reflexo ocorre tanto nas
mãos como nos pés. O da mão em geral desaparece por
volta do 3° mês . O do pé continua até entre o 7° e 8°
mês.
 Reflexo tónico-cervical: o bebé está deitado de costas
com ombros em contacto com a mesa, o clínico ao
induzir a rotação da cabeça da criança pode observar a
extensão dos membros superiores e inferiores do lado
do rosto e extensão contralateral. Este reflexo está
presente nos primeiros 2 meses. Se for assimétrico ou
persistir após o 3° mês de vida há algo de patológico.
 Reflexo do para-quedas: Está presente a partir dos 4
meses. O clínico põe o bebé sentado na marquesa e
observa seu equilíbrio para se manter sentado, o bebé
cai lateralmente com o tronco; aos 5-6 meses o bebé
põe o braço para o lado em que está a cair.
Padrão de DPM por idade
 Podemos avaliar o desenvolvimento psicomotor
comparando com os padrões médios em intervalos de
idades chave, dos 0 aos 5 anos; ao mesmo tempo deve-se
ter atenção aos sinais de alarme de um DPM alterado, cuja
presença pode sugerir uma patologia ou simplesmente um
atraso do DPM.
 Os padrões de aquisição das diferentes habilidades estão
resumidos na tabela a seguir, Vejam
Idade Função Motora principal Função motora Aptidões Sociais Linguagem
(meses) Secundaria
2-3 Sustenta a cabeça (2m) Abre as mãos Sorri após estímulo vocal Chora
Em decúbito ventral apoia o peso nas espontaneamente Segue com o olhar
mãos e no antebraço e levanta o tórax
(3m)

4-6 Fica sentado com apoio (4m) Pega os objectos Demonstra que gosta ou Dá gargalhada, emite sons,
Fica sentado sem apoio (5-6m) Transfere objectos duma não gosta; é muito activo, exemplo lá-lá
mão para outra, para a atento e curioso
boca (5m)

9-10 Rola Opõe o polegar (pinça) Brinca Imita os sons


Gatinha Faz
“gracinhas”( palminhas,
tá-tá, esconde rosto) se
ensinado; distingue os
familiares

12-13 Tenta levantar-se Solta objectos a ordem Vem quando é chamado Fala 1-2 palavras com
Anda segurando uma mão compreende ordens significado, como mama,
simples “dá cá” e “adeus” papa

18 Sobe escada com ajuda Come com colher Imita as acções de outros Fala pelo menos 6 palavras
24 Corre; Desce a escada; dá pontapés Constrói uma torre de 6 Brinca com outros Fala frases de 2-3 palavras
blocos
Folheia um livro, folha a
folha;

17-30 Pula com ambos os pés saindo do chão Desenha rabisco circular Brinca com outros Aumenta seu vocabulário
meses
4-5 anos Fica num pé por alguns segundos, Constrói escada de 10 Brinca com outras Nomeia 4 cores, tem
salta alternadamente num e noutro pé cubos; copia a figura do crianças; escolhe os vocabulário fluente
quadrado e triângulo amigos
Veste-se sozinho
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