Pediatria Aula 35 e 36

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 ALTA E ACONSELHAMENTO AOS PAIS/CUIDADORES

Critérios da alta

 O processo da alta hospitalar de todas as crianças deve ter em

conta diversos factores, nomeadamente:

Alta hospitalar no momento adequado, que depende da condição

que causou o internamento da criança. Assim por exemplo:

 Em casos de infecções agudas a criança pode ser considerada

pronta para a alta depois que sua condição clínica tenha melhorado

de forma marcada, isto é:


1. A decisão sobre quando dar alta deve ser tomada tendo em
conta outros factores, tais como:

 Condições da família e qual a sua disponibilidade para cuidar da

criança em termos de alimentação e nutrição;

 Avaliação do pessoal de saúde sobre a possibilidade do tratamento

ser completado em casa,

 Avaliação do pessoal de saúde sobre a possibilidade da família

voltar imediatamente ao hospital em caso de agravamento do estado


de saúde da criança.

1. Aconselhamento à mãe sobre o tratamento e alimentação da criança


1. No caso de se detectar que existem vacinas em falta deve-
se:
 Tomar nota no processo de internamento;
 Informar e explicar a mãe da importância desse facto;
 Administrar as vacinas em falta e registar no cartão de
saúde, antes que a criança abandone a US (para mais
detalhes sobre o esquema de vacinação, Comunicar-se com
o trabalhador de saúde que referiu a criança ou que será
responsável pelo seguimento pois o trabalhador de saúde do
1°nível que referiu a criança ou que vai seguir a criança
durante o seu seguimento deve:
 Saber exactamente o diagnóstico(s) da criança;

 Que tratamentos foram administrados durante o internamento;

 Evolução da doença e resposta ao tratamento,

 Que instruções foram dadas à mãe/cuidador em relação ao

tratamento e cuidados a ter em casa;

 Que outros assuntos devem continuar a ser seguidos, como por

exemplo as vacinações a serem administradas, controlo do


peso etc.
1. Avaliar as necessidades de saúde da mãe de modo a
providenciar tratamento, nomeadamente:
 Estado nutricional dando o aconselhamento adequado
 Estado vacinal e em caso de necessidade administrar a
vacina anti-tetânica
 Verificar se a mãe tem acesso ao planeamento familiar
bem como dar aconselhamento sobre as ITS incluindo
HIV
 Investigar TB na mãe/familiares (fazer RX tórax,
Hemograma e VS) se criança foi diagnosticada com TB
 Indagar e aconselhar sobre práticas de higiene
 Sem febre, alerta, a brincar, a comer e dormir

normalmente;

 Após o início do tratamento por via oral.

 Em casos de criança com malnutrição grave é

particularmente importante que esta:

 Tenha completado o tratamento com antibióticos,

 Tenha bom apetite e bom ganho ponderal,

 Não deve apresentar edema durante 7 dias pelo menos, se


QUANDO REGRESSAR PARA CONSULTA DE
CONTROLO EM CRIANÇAS COM >2 M
Se a criança tiver Regressar ao fim de:

 Pneumonia
 Disenteria
2 dias
 Malária (se febre persistir)
 Sarampo com complicações oculares e orais
 Diarreia persistente
 Infecção aguda ou crónica do ouvido
5 dias
 Problemas e nutrição e alimentação
 Qualquer outra doença se não melhora
 Anemia
 Suspeita sintomática ou confirmação de infecção por HIV 14 dias

 HIV possível/Exposto do HIV


 Desnutrição Aguda Moderada
30 dias
 Baixo Peso/Crescimento insuficiente
 Quando regressar para consulta de controlo
em lactentes (<2 M)
Se a criança tiver Regressar ao fim de:
 Infecção bacteriana
 Qualquer problema com alimentação 2 dias
 Candidíase Oral
 Baixo Peso 30 dias
 Anemia
14 dias
 Infecção por HIV confirmada
 HIV possível/Exposição ao HIV 30 dias
Guia de Alta
 No preenchimento da guia de alta devem-se anotar as
seguintes informações :
 • Nome da Unidade Sanitária em que a criança
esteve internada
 • Dados de identificação do paciente: NID (número
de identificação do Doente), Nome completo e Idade.
 • Proveniência.
 • Data de Internamento.
 • Data da Alta.
 • Diagnóstico Principal e outros diagnósticos: em
caso de criança com mais do que uma patologia. Ex:
Malária. Anemia Grave.
 APOIO EMOCIONAL AOS PAIS/CUIDADORES
EM CASOS DE DOENÇA GRAVE OU MORTE

Apoio Emocional
 Os pacientes com doenças incuráveis,
crónicas ou graves, podem apresentar
problemas psicológicos para aceitar a sua
doença. Para além dos próprios doentes
esses problemas também são vivenciados
pelos familiares (sobretudo em caso de
pacientes pediátricos) e, muitas vezes se
relacionam a ideias não reais relacionadas
com a cura da doença, prognóstico,
sintomatologia, estigma, etc.
Crianças gravemente doentes
 Para minimizar estes problemas e permitir que as

informações, de crianças gravemente doentes, sejam


transmitidas aos pais/cuidadores de forma menos traumáticas
possível é indispensável que o TMG ao transmitir as
informações tenha em conta os seguintes aspectos:
 • Arranjar tempo suficiente para falar a sós com os
pais/cuidadores e de preferência em particular e num lugar
calmo;
 • Mostrar bons níveis de confidencialidade;
 • Saber junto dos pais/cuidadores o que eles sabem da
situação da criança e deixá-los expressar o que sentem no seu
contexto cultural e se necessário fazer o esclarecimento e
correcção de ideias não reais que a criança possa apresentar;
 Ao revelar o problema da criança o clínico deve
mostrar a sua sensibilidade aos pais/cuidadores
através de expressões, conforme os exemplos
abaixo:
 o Sinto muito pelos resultados dos exames,
pois mostraram que o seu filho(a)/familiar sofre
de...
 o Sinto muito informar que o vosso familiar
vai ser submetido a uma intervenção cirúrgica
de emergência, etc.
 Exames laboratoriais relevantes, como por exemplo
Hb, plasmódio se tiver tido anemia e/ou malária
 • Evolução Clínica.
 • Tratamentos feitos.
 • Recomendações.
 • Atestado de hospitalização para mãe (se
trabalha) e/ou para a criança (se em idade escolar).
 • Assinatura do Clínico
 • Numa linguagem simples dizer de forma
honesta, simples e objectivo o que sabe sobre a
situação da criança;
 • Estabelecer um canal de diálogo “o mais
humano possível” que implica: não fazer juízo de
valor naquilo que é problema da criança;
 • Evitar qualquer tipo de preconceito
(relacionado a: raça, religião, status social ,
etc.);
 • Mostrar empatia quando comunicar aquilo
que acha que pode acontecer seja em termos de
uma evolução com complicações e sequelas ou
mesmo de um desfecho mais sombrio, morte;
 • Responder abertamente às questões
colocadas e encoraja-los a colocar dúvidas;

 Ter em conta que os pais podem estar tão
ansiosos e em estado de choque que podem
não ter a capacidade de acompanhar e
entender tudo na primeira conversa. Se
necessário repetir a informação nessa
ocasião ou numa outra ocasião;
 • Deixar aberta a possibilidade de voltar
a falar com eles casos achem necessário;
 • Ser o mais positivo possível e
explicando que vai fazer o possível para
reduzir o sofrimento da criança e que o
serviço de enfermagem vai contribuir para o
conforto máximo da criança;
Morte da Criança
 A morte de um filho é considerada fora do
tempo, isto é que vai contra a ordem natural das
coisas pois espera-se que os pais morram antes
das crianças. O pesar causado pela perda de
uma criança causa um luto crónico, isto é
permanece por toda a vida. O luto dos pais toma
dimensões de sofrimento muito intensas pois
afecta os indivíduos e as relações familiares. Por
isso dar apoio emocional e psicológico aos
pais/cuidadores de criança falecida é
imprescindível para o conforto e suporte para a
dor física e emocional. Sempre que possível este
apoio deve ser alargado a toda a família, sem
esquecer os irmãos da criança.

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