Farsa de Inês Pereira - Resumo

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Pontos chave da obra:

 Inês aprendeu a lição: mais vale um camponês humilde, que lhe faça todas
as vontades («asno que me leve»), do que um marido de comportamento
refinado, mas que a maltrate («cavalo que me derrube»).
Personagens:
Mãe
Crítica de Inês, a quem chama preguiçosa, quando constata que ela se quer casar
para passar a ter uma vida de liberdade, começa por lhe dizer que ainda é cedo
para o fazer; quando entende que Inês está decidida a casar com o Escudeiro,
percebendo quem ele é, tudo faz para a dissuadir; contudo, uma vez a filha
casada, aceita com compreensão o facto, dá-lhe bons conselhos e organiza uma
festa. É a Mãe conselheira – embora não ouvida.

A Filha- Inês Pereira


 Pretende casar-se, pois está convencida de que o casamento a libertará do
trabalho a que a Mãe a obriga; mas só casará com um homem discreto, isto
é, que saiba falar bem, que seja educado, e –imprescindível – que saiba
tocar e cantar. Isso é o que importa – e não a riqueza.

 Recusa um pretendente que não tem as qualidades exigidas e acaba por se


casar – apesar dos avisos da Mãe – com o homem dos seus sonhos, que
rapidamente se revela um pesadelo… Mas, uma vez morto, Inês muda de
ideias, pois a «experiência» mostrou-lhe outro caminho a seguir: casar-se
com quem seja rico, embora atoleimado, e a deixe fazer o que entender.

A Alcoviteira – Leanor Vaz


É a intermediária entre Inês Pereira e o pretendente Pero Marques, tanto na
primeira tentativa deste – infrutífera – como na segunda – que resultou. Amiga da
Mãe, dá, como esta, conselhos idênticos aos que ela dava à filha – no sentido de
um casamento de natureza prática, racional. Falhou na primeira tentativa,
conseguiu na segunda.

Os judeus casamenteiros – Latão e Vidal


Contratados por Inês para lhe encontrarem o marido discreto, conseguem-no no
Escudeiro, depois de muito procurar. São eles que casam ambos, rindo por vezes
das suas atitudes e criticando-os em apartes.

Pero Marques
 O modelo do homem nada fadado para a relação com as mulheres. Cobre-se
de ridículo na primeira aproximação a Inês: não sabe falar, desorienta-se,
revela não ter hábitos sociais – rústico, desconhece o que é e para que serve
uma cadeira – oferece a Inês presentes dos quais ela se ri, enfim, o oposto
do homem caracterizado pela discrição que Inês pretendia.

 Conseguindo finalmente casar-se com Inês, cobre-se de maior ridículo na


cena final, quando a leva às costas para ir ter com um amante dela.

O escudeiro Brás da Mata


 Brás da Mata, vindo da baixa nobreza arruinada, mas bem-falante,
tocador de viola, fazendo-se passar por quem não é – tem até um criado
que lhe dá um pretenso estatuto social –, é o homem discreto por quem
Inês anseia. E com quem casa.
 Mas depressa se revela um marido tirano – prende a mulher em casa,
não a deixando sair por motivo nenhum. Justifica-se dizendo ser ela um
«tesouro» que um homem «discreto» como ele deve saber guardar,
esconder.
 Decide ir para o serviço militar e morre – não em combate, mas a fugir,
covardemente, da «batalha».

O moço
É a voz que critica e denuncia a pobreza do Escudeiro, a fome que o faz
passar, as promessas nunca cumpridas de pagar o que lhe deve… Apesar de
maltratado, lamenta a morte do Escudeiro em contraste com Inês Pereira,
que com ela rejubila.

Fernando e Luzia
São amigos de Inês trazidos pela Mãe para a festa do casamento com Brás
da Mata. Participam no baile, cantam, desejam felicidades aos noivos.

O Ermitão
Clérigo sensual, servidor «de Cupido», mais um na galeria vicentina, seduz
Inês estando já casada com Pero Marques. Promete-lhe que o pecado será
remido pelas esmolas que ela lhe dá.

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