Ceticismo, Descartes e Hume

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FILOSOFIA

11ºANO
O que é conhecer? Será possível conhecer?
O QUE É CONHECER?
TIPOS DE CONHECIMENTO
 Prático: Eu sei fazer…
 Contato: Eu conheço alguém/algo…
 Proposicional: Eu sei que/como…
EXERCÍCIO 1 : TIPOS DE
CONHECIMENTO
DEFINIÇÃO TRIPARTIDA DO
CONHECIMENTO SEGUNDO PLANTÃO
 Crença: Eu acredito em P.
 Verdade: É verdade que P.
 Justificação: Eu tenho razões para acreditar em P.

 São necessárias e suficientes.


SERÁ POSSÍVEL CONHECER?
CETICISMO
 Ceticismo: Não podemos conhecer nada com certeza. Não é possível
justificar as nossas crenças. Se não temos fontes de justificação
satisfatórias, então devemos suspender o juízo.

 Argumento da divergência de opinião; Argumento da ilusão; Argumento da


regressão infinita
ARGUMENTOS
 Argumento da divergência de opinião: Se fosse possível justificar as
nossas crenças, não haveria lugar para divergência de opiniões. Logo, é
impossível justificar as nossas crenças.
 Argumento da ilusão: Tudo o que é uma fonte de justificação segura do
conhecimento não nos engana. Os sentidos enganam-nos. Logo, os
sentidos não são uma fonte de justificação segura do conhecimento.
 Argumento da regressão infinita: A justificação de qualquer crença é
inferida de outras crenças. Se a justificação de qualquer crença é inferida
de outras crenças então dá-se uma regressão infinita. Se há uma regressão
infinita, as nossas crenças não são justificadas. Logo, as nossas crenças
não são justificadas.
A RAZÃO- DESCARTES
 Objetivo: Destruir os céticos
 Como? Construir um sistema de justificação de crenças, com base na
razão, encontrado uma crença básica onde todas as justificações
convergem.

 Crença básica: uma crença que se justifica a si mesma, derrotando assim


o argumento da regressão infinita. E é uma crença indubitável. Descartes
vai encontrar a crença básica a partir da Dúvida Metódica.
CARACTERÍSTICAS DA
DÚVIDA METÓDICA
 Metódica : encontrar a crença básica;
 Provisória: é temporária;
 Universal: engloba todas as crenças;
 Hiperbólica: Considerar falso, tudo aquilo de que seja possível duvidar.
CAMINHO DA DÚVIDA
 Crenças a priori: crenças sem recurso á experiência (ex: 2+2=4)

 Crenças a posteriori: crenças com recurso á experiência (ex: Em


Portugal fala-se português.)
CRENÇAS A POSTERIORI
Argumento dos sentidos enganadores
1. Devemos considerar falso, todas as crenças das quais podemos duvidar.
2. Os sentidos, por vezes, são enganadores.
3. Se 2. , então devemos duvidar dos sentidos.
4. Se 3. , então devemos considerar a informação dos sentidos falsa.

 Logo, as crenças formadas pelos sentidos são falsas.


CRENÇAS A POSTERIORI
Argumento do sonhos
1. Devemos considerar falsas, todas as crenças das quais podemos duvidar.
2. O estado de sonho e de vigília, não podem ser distintos com clareza.
3. Se 2. , então devo duvidar das crenças produzidas pelo estado de vigília.
4. Se 3. , então devo considerar tais crenças como falsas.

 Logo, as crenças produzidas em estado de vigília são falsas.


CRENÇAS A PRIORI
Argumento do génio maligno
1. Devemos considerar falso, todas as crenças das quais podemos duvidar.
2. Existe a possibilidade de existir um génio maligno (enganador) que nos
faz errar sempre que produzo um raciocínio lógico-matemático.
3. Se 2. , então devo duvidar das crenças lógico-matemáticas.
4. Se 3. , então devo considerar tais crenças como falsas.

 Logo, as crenças lógico-matemáticas são falsas.


O CAMINHO DA DÚVIDA: O QUE
NOS RESTA?
 Cogito ergo sum
 Prova que existimos como coisa pensante.
 É uma crença básica, indubitável e derrota o argumento da regressão
inifinita.
 O cogito é claro e distinto.
 Uma crença só é verdadeira se for clara e distinta.
ARGUMENTO DO COGITO
1. Se produzo pensamentos, ainda que falsos, estou a pensar.
2. Se duvido de que penso, então essa duvida é ela mesma um
pensamento.
3. Para pensar tenho que existir como coisa que pensa.
4. Não posso duvidar de que penso, sem pensar.
5. Eu penso.

 Logo, existo como coisa pensante.


ARGUMENTO ONTOLÓGICO-
A PRIORI
1. Concebo clara e distintamente a ideia de um ser perfeito na minha
mente.
2. Se um ser é perfeito, contém, em si, todas as perfeições.
3. A existência é uma perfeição.
4. Se concebo clara e distintamente, um ser perfeito existe.
5. Logo, um ser perfeito existe.
6. A um ser perfeito eu chamo de Deus.

 Deus existe.
ARGUMENTO DA MARCA- A
POSTERIORI
1. A ideia de um ser perfeito só pode ter origem num ser igualmente
perfeito.
2. Os seres humanos são imperfeitos.
3. Os seres humanos têm a ideia de perfeição.
4. A ideia de perfeição teve de ser colocada nos seres humanos por um ser
perfeito.
5. O único ser perfeito é Deus.
6. Para 4. , Deus tem que existir.

 Deus existe.
TIPOS DE IDEIAS
 Inata: ideias que nascem connosco e que descobrimos racionalmente.

 Factícias: ideias produzidas pela imaginação.

 Adventícias: ideias com origem na experiência.


CRITICAS A DESCARTES
 O conceito de perfeição parece incluir uma ou mais contradições
(omnipotência e suma bondade): se este é o caso, então a ideia não é
clara e distinta. Se não é clara e distinta não podemos conceber a ideia de
perfeição como verdadeira.
 Deus garante que tudo o que é claro e distinto é verdade: mas só
por ele demonstrar que Deus existe se a ideia de perfeição for clara e
distinta, ou seja, precisamos de garantir a existência de Deus para provar a
existência de Deus.
 O cogito é abusivo: se pensarmos apenas se segue que há pensamento,
não que existimos como coisas pensantes.
A EXPERIÊNCIA- HUME
 É necessária a experiência para além do conto. É possível distinguir o
estado de sonho do estado de vigília.
Argumento
1. Muita da informação que processamos é nos dada através dos sentidos.
2. Sem o sentido correspondente, não podemos conhecer determinadas
informações.
3. Com o sentido correspondente é possível conhecer essa informação.

 O conhecimento tem origem na experiência.


IMPRESSÃO E IDEIA
Impressão Ideia

 Perceção mental forte, isto é,  Perceção mental fraca, isto é,


clara e vivida que adquirimos menos clara e vivida, que deriva
através da experiência imediata. da experiência mas não da
imediata.
TIPOS DE IMPRESSÕES
 Impressão interna: os sentimentos
 Impressão externa: diretamente dos sentidos
 Impressão simples: básica, isto é, não podem ser decompostas em
outras impressões
 Impressão complexa: composta por várias impressões simples.
TIPOS DE IDEIAS
 Ideia simples: ideia básica que deriva de uma impressão simples
 Ideia complexa: uma junção de várias ideias simples
PRINCIPIO DA CÓPIA OU
DERIVAÇÃO
 Não existe nenhuma ideia por muito complexa que seja, que não derive da
experiência. As ideias são cópias das nossas impressões que obtemos
através da experiência. Mesmo as ideias que não derivam diretamente da
experiência, rementem para impressões primitivas.
PRINCIPIO DA BIFURCAÇÃO
Relação de ideias Questões de facto
Intuitivamente ou demonstrativamente Requerem verificação empírica
corretas
Necessárias, isto é, a sua negação Contingente, isto é, a sua negação não
implica uma contradição. implica uma contradição.
A priori (através da razão) A posteriori (através da experiência)
Não substanciais, isto é, não descrevem o Substanciais, isto é, descrevem o mundo.
mundo.
2+2=4 A camisola do Pedro é azul.
O PROBLEMA DA
CAUSALIDADE
 Existem proposições que se referem ao mundo (à experiência) que nã
correspondem a qualquer tipo de impressão observável no momento ou no
passado, nomeadamente proposições que exprimem relações causais.
 Se a causalidade não pode ser inferida com base na razão, nem através da
experiência das relações causais que nos passam impressões
correspondentes, como podemos justificar o raciocínio causal?
COMO PODEMOS JUSTIFICAR O
RACIOCÍNIO CAUSAL?
 Não podemos justificar, mas podemos explicar, através da conjunção
constante.
 Conjunção constante: Ao observar repetidamente uma sequencia entre os
fenómenos (A e B), temos tendência a concluir que existe uma relação
causal entre os mesmos, onde o primeiro (A) é a causa do segundo (B), o
seu efeito.

Hábito: é um fenómeno Conjunção constante Nasce de um sentimento


psicológico que nos permite de impressão interna: a
fazer previsões. Quando expectativa
observamos que um outro, de
forma constante, concluímos
que esse efeito irá continuar a
ter os mesmos efeitos.

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