Aula 4 - Memória
Aula 4 - Memória
Aula 4 - Memória
Neuropsicologia
Profª. Ana Alves
Memória
RECONHECIMENTO -
https://youtu.be/YSj2Z58vrO0?si=gKwMcla-QcWFOTee
Controle da
atenção
A memória de longo prazo ou remota (de dias, meses até muitos
anos). É a função relacionada à transferência de informações para depósitos de longo
prazo, tendo capacidade quase ilimitada. Ela também se relaciona à evocação de
informações e acontecimentos ocorridos no passado, geralmente após muito tempo do
evento (pode durar por toda a vida).
Permite a aprendizagem : envolve emocional e repetição
Memórias segundo caráter consciente
ou não
consciente do processo mnêmico
1. A memória explícita (memória declarativa) é relacionada ao
conhecimento consciente, obtido geralmente com algum esforço. Esse tipo
de memória é adquirido e evocado com plena intervenção da
consciência, incluindo as lembranças de fatos autobiográficos (memória
autobiográfica). Um episódio como ter almoçado no último domingo com a
avó pode ser lembrado com algum esforço e de forma consciente. A memória
explícita pode ser de imagens visuais, palavras, conceitos ou eventos.
Condições Clínicas:
demência frontotemporal (DFT), demência de Alzheimer, demências
vasculares e demência com corpos de Lewy, esclerose múltipla, traumatismo craniano.
Em quadros psicopatológicos como esquizofrenia, transtorno de déficit de
atenção/hiperatividade e transtorno obsessivo-compulsivo.
2. Memória Episódica
Trata-se de memória explícita, de médio e longo prazos, relacionada a eventos específicos da
experiência pessoal do indivíduo, ocorridos em determinado contexto. Relatar o que foi feito no
último fim de semana é um típico exemplo de memória episódica.
Ela corresponde a eventos específicos e concretos, comumente autobiográficos, bem
circunscritos em determinado momento e local.
Refere-se, assim, à recordação consciente de fatos reais.
Patologias
Demência de Alzheimer
Esquizofrenia
Transtorno dissociativo (aqui, a dificuldade é na evocação da memória episódica);
Doença de Parkinson
3. Memória Semântica
- Hipermnésias
Em alguns pacientes em mania ou hipomania, representações (elementos mnêmicos) afluem
rapidamente, uma tempestade de informações ou imagens, ganhando em número, perdendo,
porém, em clareza e precisão.
A hipermnésia, nesses casos, traduz mais a aceleração geral do ritmo psíquico que uma alteração
propriamente da memória. Há outro tipo de hipermnésia, chamada hipermnésia para
memória autobiográfica. Trata-se de um fenômeno raro, no qual o indivíduo tem uma
memória autobiográfica quase perfeita (Parker et al., 2006).
Amnésias (ou hipomnésias)
Denomina-se amnésia, de forma genérica, a perda da memória, seja da capacidade de fixar, seja
da capacidade de manter e evocar antigos conteúdos mnêmicos.
Amnésia anterógrada e retrógrada
Na amnésia anterógrada, o indivíduo não consegue mais fixar elementos
mnêmicos a partir do evento que lhe causou o dano cerebral. Por exemplo, ele não lembra
o que ocorreu nas semanas (ou meses) seguintes a um trauma craniencefálico. A amnésia
anterógrada é um distúrbio-chave e bastante frequente na maior parte dos distúrbios
neurocognitivos, transtornos de base orgânica.
Já na amnésia retrógrada (verificável na amnésia dissociativa), o indivíduo
perde a memória para fatos ocorridos antes do início do transtorno (ou trauma).
Sua ocorrência, sem amnésia anterógrada, é observada em quadros dissociativos
(psicogênicos), como a amnésia dissociativa e a fuga dissociativa.