Aula 4 - Memória

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Memória

Neuropsicologia
Profª. Ana Alves
Memória

 A memória é a capacidade de recepção, codificação e armazenar (estocagem) e evocar as experiências,


impressões e fatos que ocorrem em nossas vidas.
 A capacidade específica de memorizar relaciona-se com vários fatores, entre eles o nível de consciência e
atenção, o estado emocional e o interesse motivacional e, particularmente importante, os contextos, como
lugar, momento, com que pessoas, em que tipo de atividade e em que fase da vida a codificação, o
armazenamento e a evocação das informações ocorrem.

 A memória é frequentemente reeditada, ou seja, as informações de eventos, cenas e acontecimentos do


passado, que já foram armazenadas, podem ser reconfiguradas com acréscimos de elementos novos (vividos
ou imaginados pelo próprio indivíduo ou instigados por estímulos externos, conscientes ou não).
Elementos da memória

 1. Codificação: captar, adquirir e codificar informações.


 2. Armazenamento: reter as informações de modo fidedigno.
 3. Recuperação ou evocação: também denominada de lembranças ou recordações; é fase
em que as informações são recuperadas para distintos fins.
 - Lembrança é a capacidade de acessar elementos no banco da memória de longo prazo.
 - Reconhecimento é a capacidade de identificar uma informação apresentada ao sujeito com
informações já disponíveis na memória de longo prazo.
 - Esquecimento, por sua vez, é a denominação que se dá à impossibilidade de evocar e recordar.
  Em relação à evocação, há ainda dois aspectos distintos: a disponibilidade e a acessibilidade
da informação.
 REMEMORAÇÃO
Livre e indicada
Lembrar uma lista de nomes:
- caneta, casa, azul, morango

RECONHECIMENTO -

OBS: codifica, mas n lembra livremente (lesões frontais e deterioração cognitivas


subcorticais);
NÃO codifica  amnésias hipocâmpicas;
Etapas da memorização
 Memória curto prazo ou memória imediata ou memória primária (de
poucos minutos até 3 a 6 horas). Refere-se à capacidade de reter a informação por curto
período. Também é um tipo de memória de capacidade limitada, que engloba a análise da informação
sensorial nas áreas cerebrais específicas.

 SE MANTEM INTACTA NAS SINDROMES AMNÉSICAS  representado por modificações


eletrofisiológicas

https://youtu.be/YSj2Z58vrO0?si=gKwMcla-QcWFOTee

Paradigma de Brown e Peterson: trigramas


Ex: RXT 188 ( 188... 187... 186... 185...)
 Baddeley e Hitch introduzem a Memória de Trabalho:
Permite a realização de tarefas cognitivas como:
- o raciocínio, a compreensão e a resolução de problemas;

Bloco de anotações Administrado Circuito


visuoespaciais r central fonológico

Controle da
atenção
 A memória de longo prazo ou remota (de dias, meses até muitos
anos). É a função relacionada à transferência de informações para depósitos de longo
prazo, tendo capacidade quase ilimitada. Ela também se relaciona à evocação de
informações e acontecimentos ocorridos no passado, geralmente após muito tempo do
evento (pode durar por toda a vida).
 Permite a aprendizagem : envolve emocional e repetição
Memórias segundo caráter consciente
ou não
 consciente do processo mnêmico
1. A memória explícita (memória declarativa) é relacionada ao
conhecimento consciente, obtido geralmente com algum esforço. Esse tipo
de memória é adquirido e evocado com plena intervenção da
consciência, incluindo as lembranças de fatos autobiográficos (memória
autobiográfica). Um episódio como ter almoçado no último domingo com a
avó pode ser lembrado com algum esforço e de forma consciente. A memória
explícita pode ser de imagens visuais, palavras, conceitos ou eventos.

2. A memória implícita (memória sem consciência ou não


declarativa) é um tipo de memória que adquirimos e utilizamos sem que
percebamos, sem consciência e, geralmente, sem esforço. É uma forma
relativamente automática e espontânea. Ela pode incluir procedimentos,
como muitas habilidades motoras (andar de bicicleta, saber
bordar, saber escovar os dentes), assim como conhecimentos
gerais ancorados em palavras, que adquirimos e utilizamos sem
perceber, como aprender e falar a língua materna.
Tipos de memória classificados segundo a estrutura
cerebral

 1. A memória de trabalho (working memory) situa-se entre os processos e habilidades da atenção e


os da memória imediata. São exemplos de memória de trabalho ouvir um número telefônico e retê-lo na
mente para, em seguida, discálo, assim como, ao dirigir em uma cidade desconhecida, perguntar sobre
um endereço, receber a informação e a sugestão do trajeto e, mentalmente, executar o itinerário de
forma progressiva.
 A memória de trabalho é, de modo geral, uma memória explícita, consciente, que exige esforço. Para
diferenciá-la da memória de curto prazo, deve-se realça que a memória de trabalho é plenamente
ativa, que realiza operações mentais de modo constante (por isso, “está trabalhando” constantemente).

 Condições Clínicas:
 demência frontotemporal (DFT), demência de Alzheimer, demências
vasculares e demência com corpos de Lewy, esclerose múltipla, traumatismo craniano.
 Em quadros psicopatológicos como esquizofrenia, transtorno de déficit de
atenção/hiperatividade e transtorno obsessivo-compulsivo.
2. Memória Episódica
 Trata-se de memória explícita, de médio e longo prazos, relacionada a eventos específicos da
experiência pessoal do indivíduo, ocorridos em determinado contexto. Relatar o que foi feito no
último fim de semana é um típico exemplo de memória episódica.
 Ela corresponde a eventos específicos e concretos, comumente autobiográficos, bem
circunscritos em determinado momento e local.
 Refere-se, assim, à recordação consciente de fatos reais.
 Patologias
 Demência de Alzheimer
 Esquizofrenia
 Transtorno dissociativo (aqui, a dificuldade é na evocação da memória episódica);
 Doença de Parkinson
3. Memória Semântica

 Esse tipo de memória se refere ao aprendizado, à conservação e à utilização do arquivo geral de


conceitos e conhecimentos do indivíduo (os chamados conhecimentos gerais sobre o mundo).
 Ela é, enfim, a representação de longo prazo dos conhecimentos que temos sobre o mundo, entre eles
o significado das palavras, dos objetos e das ações.
 Também, cabe assinalar, a memória semântica diz respeito ao registro e à retenção de conteúdos em
função do significado que têm. Ela é um componente da memória de longo prazo que inclui os
conhecimentos de objetos, fatos, operações matemáticas, assim como das palavras e seu uso. A
memória semântica é, de modo geral, compartilhada socialmente, reaprendida de forma constante,
não sendo temporalmente específica.
 Condições Clínicas:
 Demência de Alzheimer;
4. Memória de Procedimentos

 Trata-se de um tipo de memória automática, não consciente. Exemplos desse tipo de


memória são habilidades motoras e perceptuais mais ou menos complexas (andar
de bicicleta, digitar no computador, tocar um instrumento musical, bordar, etc.), habilidades
visuoespaciais (como a capacidade de aprender soluções de labirintos e quebra-cabeças) e
habilidades automáticas relacionadas ao aprendizado de línguas (regras gramaticais incorporadas
na fala automaticamente, decorar a conjugação de verbos de uma língua estrangeira, etc.).

 A memória de procedimentos, de modo geral, é implícita e não declarativa, mas,


durante a aquisição da habilidade, pode ser explícita na fase de aprendizado, como quando, por
exemplo, se aprende a dirigir um carro seguindo orientações verbais.
Alterações Patológicas da Memória
 QUANTITATIVAS

- Hipermnésias
 Em alguns pacientes em mania ou hipomania, representações (elementos mnêmicos) afluem
rapidamente, uma tempestade de informações ou imagens, ganhando em número, perdendo,
porém, em clareza e precisão.
 A hipermnésia, nesses casos, traduz mais a aceleração geral do ritmo psíquico que uma alteração
 propriamente da memória. Há outro tipo de hipermnésia, chamada hipermnésia para
memória autobiográfica. Trata-se de um fenômeno raro, no qual o indivíduo tem uma
memória autobiográfica quase perfeita (Parker et al., 2006).
 Amnésias (ou hipomnésias)
 Denomina-se amnésia, de forma genérica, a perda da memória, seja da capacidade de fixar, seja
da capacidade de manter e evocar antigos conteúdos mnêmicos.
 Amnésia anterógrada e retrógrada
 Na amnésia anterógrada, o indivíduo não consegue mais fixar elementos
mnêmicos a partir do evento que lhe causou o dano cerebral. Por exemplo, ele não lembra
o que ocorreu nas semanas (ou meses) seguintes a um trauma craniencefálico. A amnésia
anterógrada é um distúrbio-chave e bastante frequente na maior parte dos distúrbios
neurocognitivos, transtornos de base orgânica.
 Já na amnésia retrógrada (verificável na amnésia dissociativa), o indivíduo
perde a memória para fatos ocorridos antes do início do transtorno (ou trauma).
 Sua ocorrência, sem amnésia anterógrada, é observada em quadros dissociativos
(psicogênicos), como a amnésia dissociativa e a fuga dissociativa.

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