Gênero Romance
Gênero Romance
Gênero Romance
Módulos 9, 10 e 11
O QUE VOCÊ CONHECE POR
ROMANCE?
VAMOS COMEÇAR?
ELEMENTOS ESSENCIAIS
A metrificação é abandonada;
Prosa de tom coloquial torna-se uma característica da linguagem narrativa;
Emerge sem regras fixas ou modelos a ser obedecidos;
Os personagens centrais – os heróis- deixam de ser o aristocrata guerreiro ou
o grande homem de aventuras e conquistas, com os seus rígidos códigos de
honra e seus valores típicos da natureza. Ao contrário, o que se vê agora são
homens comuns, normalmente de origem burguesa ou plebeia, que vivem
dramas corriqueiros.
ROMANCE X EPOPÉIA
Um maior realismo;
Um verdadeiro mergulho no cotidiano;
Os personagens já não são personalidades inteiriças e perfeitas;
Os conflitos acontecem dentro do próprio personagem;
Choque dos indivíduos com o mundo, expresso sobretudo na luta dos
mesmos contra as normas e os preconceitos sociais;
Sede de amor, de justiça e de dignidade humana impelem-no ao desejo de
mudança de mundo geralmente insensível e injusto.
A BUSCA DA VEROSSIMILHANÇA
Desde seu início, o romance apresenta, em maior ou menor escala, uma forte índole
realista, pois os escritores buscaram elaborar uma síntese entre os dois elementos
fundamentais do gênero:
* Foi rompido somente pelo chamando romance gótico, na Inglaterra. Aqui, apresenta-se
cenas carregadas de mistério e eventos sobrenaturais e eventos que desafiam a ordem
lógica do mundo.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
O termo romance apareceu pela primeira vez na Europa, durante a Idade Média.
Inicialmente, o termo identificava a língua corrente que resultava na progressiva
transformação do latim vulgar do período anterior. Em seguida, passou a designar
certas composições literárias de caráter narrativo e escritas em versos, já que
deveriam ser recitadas por menestréis e trovadores. Os referidos romances – que
alguns chamam de épica medieval – apresentavam enredos complicados, conceitos
idealistas e aristocráticos, sendo, portanto, pouco marcados pelo realismo. Essa forma
literária acabou se consolidando em duas tendências básicas:
- O romance de cavalaria;
- O romance sentimental.
O romance- como hoje é entendido – nasceu entre meados dos século XVI e início do
XVII, no momento em que os valores cortesãos, guerreiros, aristocráticos e galantes –
de caráter nitidamente feudal – eram destruídos pelo surgimento dos Estados
modernos e pela complexidade crescente do universo mercantil-burguês. O prestígio
da classe senhorial entrou em declínio, e o capitalismo, mesmo que em sua forma
primitiva, consagrou outros ideais, como a ascensão social e a constituição da riqueza
individual.
Servindo à burguesia em ascensão, com a Revolução Industrial Inglesa, na segunda
metade do século XVIII, o romance tornou-se o porta-voz de suas ambições, desejos,
e, ao mesmo tempo, ópio sedativo ou fuga da mesmice.
NASCE O ROMANCE
- Oferecia uma imagem otimista, cor-de-rosa, formada de encontro entre duas pessoas
para realizar o desígnio maior segundo os preceitos em voga, o casamento.
- Apresentava aos burgueses a imagem do que pretendiam ser, do que sonhavam ser,
e não do que eram efetivamente.
- Crítica ao sistema, muitas vezes, sutil e implícita, quando não involuntária, outras
vezes declarada e violenta.
O SÉCULO DO ROMANCE
O século do romance foi, sem dúvida, o XIX. Só durante a era napoleônica (1799-
1815), calcula-se que tenham sido publicados cerca de quatro mil romances, o que
atesta a impressionante aceitação do gênero.
A partir dessa época, que corresponde à do Romantismo e, depois, à do Realismo, a
narrativa longa de ficção tornou-se, no dizer do crítico Vitor Manuel de Aguiar e Silva:
Fonte: http://revistas.ufcg.edu.br/ch/index.php/RLR/article/view/1185/764
GALERIA DOS PRINCIPAIS ROMANCISTAS
MUNDIAIS
Personagens;
Ação;
Tempo;
Espaço;
Narrador;
Ênfase
A ESTRUTURA
Personagens
Quem são? Pessoas que vivem dramas e situações, à imagem e semelhança do ser
humano;
Quantas são? O número de personagens no romance varia de obra para obra, mas o
ficcionista pode livremente povoar a narrativa duma série delas ou reduzi-las ao mínimo
essencial para haver conflitos desencadeadores da ação.
A ESTRUTURA
a) Protagonistas;
b) Antagonistas;.
c) Personagens planas;
d) Personagens redondas.
A ESTRUTURA
O tempo: Há romances que podem se estender por um século ou mais. Outros duram uma parcela
significativa da vida dos personagens. A maioria abrange um período de muitos anos. E raros
transcorrem em vinte e quatro horas ou menos.
Narrador-personagem: é aquele que participa da história. Ele pode ser um dos personagens
principais ou ser apenas um personagem secundário. Sendo um porta-voz de histórias narradas em
primeira pessoa, esse tipo de narrador apresenta relação intrínseca com os demais personagens.
Narrador-protagonista: narra uma história do ponto de vista de quem é o personagem principal.
Todas as ações narrativas giram em torno dele e, portanto, trata-se de uma produção notadamente
subjetiva. Ao ser o ponto central da narração, esse tipo de narrador tem conhecimento privilegiado
de toda a história e articula as informações do jeito que lhe convém.
Narrador-onisciente: é aquele que conta a história em terceira pessoa e, às vezes, admite a
narração em primeira pessoa fazendo algumas intromissões pessoas acerca das ações narradas.
Pensando no conceito de onisciência que significa a capacidade de estar a par de tudo, de saber as
coisas em sua totalidade, o narrador onisciente é uma categoria que conhece toda a história a ser
contada, ele sabe a trama em detalhes.
A ESTRUTURA
Narrador-observador: é aquele que estrutura o discurso narrativo com a voz em terceira pessoa
e não participa ativamente de uma ação narrativa. Esse tipo de narrador apenas expõe os
eventos observados por ele, mantendo o distanciamento e a objetividade do contar, afinal, ele
desconhece o íntimo dos personagens e das ações por eles praticadas.
Narrador não confiável: é aquele que tem a sua credibilidade comprometida, seja por mentir ou
por apresentar uma sanidade mental questionável. Ao contar mentiras, ocultar informações o
narrador não age em conformidade com as normas narrativas da obra. Porém, é difícil mensurar
se o leitor realmente entende todas as normas, afinal, a contradição do narrador só pode se dar
em contraposição ao entendimento que o leitor tem daquele mundo ficcional.
Narrador-testemunha: é um dos personagens inseridos na história, mas ele não é o principal.
Esta categoria de narrador analisa tudo o que acontece e conta a história em primeira pessoa.
Ele vivencia os fatos, mas como não é o protagonista, sua narrativa apresenta uma visão
secundária.
ROMANCE JUVENIL: TENDÊNCIAS
a) obras que se destinam a um público homogêneo e preconcebido: para a estudiosa, leva em consideração o interesse
mercadológico no estabelecimento de nichos mais precisos. Nesse âmbito, é requerida a produção de obras com
temáticas “próprias” para a faixa etária, assim teremos narrativas que levantam discussões sobre drogas, bulimia,
sexo etc., funcionando como uma espécie de manual de autoajuda.
b) obras denominadas como nova literatura em valores : são obras que apresentam normas de conduta, que tratam de
sentimentos vividos por adolescentes ou abordam a realidade de adultos.
c) obras fantásticas ou maravilhosas: ao contrário das anteriores que retratam a realidade, estas empregam “[...]
ingredientes da mitologia, dos contos maravilhosos, a tensão e o enfrentamento entre seres do bem e do mal, e a
presença de seres mágicos, que permitem expandir as fronteiras tediosas e chatas do mundo real.”
d) obras com protagonistas adolescentes: identificada por Robledo, em uma pesquisa sobre jovens leitores latino-
americanos, como uma literatura em que há presença de personagens jovens entre 12 e 16 anos. O enredo é sempre
o mesmo, o adolescente tem um conflito com um adulto, que representa uma autoridade para ele. A narrativa não
apresenta recursos literários relevantes, o elemento mais encontrado é o flashback ou a não linearidade da narrativa,
em que passado e presente se alternam.
Fonte: http://revistas.ufcg.edu.br/ch/index.php/RLR/article/view/1185/764
O PRÊMIO
Fonte: http://revistas.ufcg.edu.br/ch/index.php/RLR/article/view/1185/764
ROMANCES PREMIADOS
Fonte:
http://revistas.ufcg.edu.br/ch/index.php/RLR/article/
view/1185/764
E O QUE OS LEITORES ESTÃO LENDO?
VOCÊ CONCORDA?
CONFIRAM!
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