Gênero Romance

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GÊNERO ROMANCE

Módulos 9, 10 e 11
O QUE VOCÊ CONHECE POR
ROMANCE?
VAMOS COMEÇAR?
ELEMENTOS ESSENCIAIS

 Herdeiro direto da estrutura narrativa da epopéia clássica, o romance


emerge – como é concebido hoje – entre meados do século XVI e início
do século XVII, especialmente na Espanha, expandindo-se em seguida
pela Inglaterra, França, e Alemanha. Já no século XVIII, ele havia se
transformado na mais popular de todas as formas literárias.
ROMANCE X EPOPÉIA

 A metrificação é abandonada;
 Prosa de tom coloquial torna-se uma característica da linguagem narrativa;
 Emerge sem regras fixas ou modelos a ser obedecidos;
 Os personagens centrais – os heróis- deixam de ser o aristocrata guerreiro ou
o grande homem de aventuras e conquistas, com os seus rígidos códigos de
honra e seus valores típicos da natureza. Ao contrário, o que se vê agora são
homens comuns, normalmente de origem burguesa ou plebeia, que vivem
dramas corriqueiros.
ROMANCE X EPOPÉIA

 Um maior realismo;
 Um verdadeiro mergulho no cotidiano;
 Os personagens já não são personalidades inteiriças e perfeitas;
 Os conflitos acontecem dentro do próprio personagem;
 Choque dos indivíduos com o mundo, expresso sobretudo na luta dos
mesmos contra as normas e os preconceitos sociais;
 Sede de amor, de justiça e de dignidade humana impelem-no ao desejo de
mudança de mundo geralmente insensível e injusto.
A BUSCA DA VEROSSIMILHANÇA

 Desde seu início, o romance apresenta, em maior ou menor escala, uma forte índole
realista, pois os escritores buscaram elaborar uma síntese entre os dois elementos
fundamentais do gênero:

- Personagens fictícios que vivem acontecimentos imaginários.


- O contexto histórico e as circunstâncias reais (costumes, espaço físico-geográfico,
vida cotidiana, etc.) em que esses personagens se movimentam.

* Foi rompido somente pelo chamando romance gótico, na Inglaterra. Aqui, apresenta-se
cenas carregadas de mistério e eventos sobrenaturais e eventos que desafiam a ordem
lógica do mundo.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA

 O termo romance apareceu pela primeira vez na Europa, durante a Idade Média.
Inicialmente, o termo identificava a língua corrente que resultava na progressiva
transformação do latim vulgar do período anterior. Em seguida, passou a designar
certas composições literárias de caráter narrativo e escritas em versos, já que
deveriam ser recitadas por menestréis e trovadores. Os referidos romances – que
alguns chamam de épica medieval – apresentavam enredos complicados, conceitos
idealistas e aristocráticos, sendo, portanto, pouco marcados pelo realismo. Essa forma
literária acabou se consolidando em duas tendências básicas:
- O romance de cavalaria;
- O romance sentimental.

* Ainda nos primórdios do Renascimento, obteve grande sucesso o romance pastoril, em


que pastores expressavam sua visão sobre o amor e a vida.
NASCE O ROMANCE

 O romance- como hoje é entendido – nasceu entre meados dos século XVI e início do
XVII, no momento em que os valores cortesãos, guerreiros, aristocráticos e galantes –
de caráter nitidamente feudal – eram destruídos pelo surgimento dos Estados
modernos e pela complexidade crescente do universo mercantil-burguês. O prestígio
da classe senhorial entrou em declínio, e o capitalismo, mesmo que em sua forma
primitiva, consagrou outros ideais, como a ascensão social e a constituição da riqueza
individual.
 Servindo à burguesia em ascensão, com a Revolução Industrial Inglesa, na segunda
metade do século XVIII, o romance tornou-se o porta-voz de suas ambições, desejos,
e, ao mesmo tempo, ópio sedativo ou fuga da mesmice.
NASCE O ROMANCE

 Estrutura do romance romântico:

- Oferecia uma imagem otimista, cor-de-rosa, formada de encontro entre duas pessoas
para realizar o desígnio maior segundo os preceitos em voga, o casamento.
- Apresentava aos burgueses a imagem do que pretendiam ser, do que sonhavam ser,
e não do que eram efetivamente.
- Crítica ao sistema, muitas vezes, sutil e implícita, quando não involuntária, outras
vezes declarada e violenta.
O SÉCULO DO ROMANCE

 O século do romance foi, sem dúvida, o XIX. Só durante a era napoleônica (1799-
1815), calcula-se que tenham sido publicados cerca de quatro mil romances, o que
atesta a impressionante aceitação do gênero.
 A partir dessa época, que corresponde à do Romantismo e, depois, à do Realismo, a
narrativa longa de ficção tornou-se, no dizer do crítico Vitor Manuel de Aguiar e Silva:

(...) a principal forma artística para exprimir os multiformes aspectos do


homem e do mundo, quer no romance psicológico (confissão e análise das
almas); quer como romance histórico (ressureição e interpretação de épocas
passadas); quer no romance poético e simbólico; quer no romance de análise
e crítica da realidade social.
O SÉCULO DO ROMANCE

 Especialmente, a partir de 1850, o gênero experimentou extraordinário sucesso.


Surgiu um conjunto de obras primas escritas por: Flaubert, Dostoievski, Eça de
Queirós e Machado de Assis.
 As técnicas narrativas tornaram-se mais requintadas, aprofundaram-se as experiências
humanas e ampliaram-se as visões de mundo. Desde a velha Grécia, a literatura não
falava tão proximamente aos homens comuns.
FIM DO ROMANCE?

 É verdade que, após a notável emergência do referido grupo de autores, o romance


entrou em um relativo declínio. Esse fato levou alguns historiadores literários e
mesmo alguns ficcionistas, em meados do século XX, a anunciar o desaparecimento
das formas narrativas e até da própria literatura. A era da letra escrita teria chegado
ao fim, substituída por formas visuais de expressão, como o cinema e a televisão.
Todavia, esse apocalipse não se cumpriu. Ao contrário, no século XXI, o romance
continua cada vez mais vivo, abordando novos temas e revestindo-se de novas
maneiras de apresentação ficcional.
VAMOS COMEÇAR?
TIPOS

Por tipo de abordagem:


 Romance Urbano – A vida social das grandes cidades é retratada e as tramas incluem
intrigas amorosas, traições, ambientes urbanos e situações cotidianas das pessoas
que vivem nas cidades.
 Romance Regionalista – Apresenta questões sociais de determinadas regiões do Brasil,
com o destaque de suas características e linguajar típico.
 Romance Indianista – Apresenta a vida e os costumes indígenas, sendo encontrado
principalmente durante o Romantismo.
 Romance Histórico – Este tipo de romance destaca a vida e os costumes de certa
época e região da história, misturando fatos reais e fictícios.
TIPOS

Quanto à escola literária ou época:


 Romance Romântico – Destacam-se os ideais cavalheirescos, a idealização da mulher
e o heroísmo.
 Romance Realista – Os temas são influenciados pelo cientificismo da época, sendo
carregado de críticas sociais.
 Romance Naturalista – Possui basicamente as mesmas características das narrativas
realistas e foram produzidos no mesmo período.
 Romance Modernista – É caracterizado pelo caráter revolucionário, trazendo consigo
fortes críticas sociais e novas visões do mundo.
REQUISITOS PARA UM BOM
ROMANCE

 1) Um enredo suficiente rico, forte e convincente para manter no leitor a mesma


pergunta aflita: “e agora”? Que vai acontecer? E depois?;
 2) Personagens verosímeis à imagem e semelhança dos seres humanos, “gente”
como nós, mas substancialmente diferentes;
 3) Reconstituição da natureza ou do espaço onde a história transcorre.
REQUISITOS PARA UM BOM
ROMANCE

 1) Um enredo suficiente rico, forte e convincente para manter no leitor a mesma


pergunta aflita: “e agora”? Que vai acontecer? E depois?;
 2) Personagens verosímeis à imagem e semelhança dos seres humanos, “gente”
como nós, mas substancialmente diferentes;
 3) Reconstituição da natureza ou do espaço onde a história transcorre.

Fonte: http://revistas.ufcg.edu.br/ch/index.php/RLR/article/view/1185/764
GALERIA DOS PRINCIPAIS ROMANCISTAS
MUNDIAIS

Nesta obra, a paródia apresenta uma forma invulgar. O


protagonista, já de certa idade, entrega-se à leitura desses
romances, perde o juízo, acredita que tenham sido
historicamente verdadeiros e decide tornar-se um cavaleiro
andante. Por isso, parte pelo mundo e vive o seu próprio
romance de cavalaria. Enquanto narra os feitos do Cavaleiro da
Triste Figura, Cervantes satiriza os preceitos que regiam as
histórias fantasiosas daqueles heróis de fancaria. A história é
apresentada sob a forma de novela realista. É considerada a
grande criação de Cervantes. O livro é um dos primeiros das
línguas europeias modernas e é considerado por muitos o
expoente máximo da literatura espanhola. Em princípios de
maio de 2002, o livro foi escolhido como a melhor obra de
ficção de todos os tempos. A votação foi organizada pelo Clubes
do Livro Noruegueses e participaram escritores de
reconhecimento internacional.
GALERIA DOS PRINCIPAIS ROMANCISTAS MUNDIAIS

Orgulho e preconceito é a obra-prima da


escritora britânica Jane Austen que tem como
pano de fundo a burguesia inglesa do início do
século XIX. Vemos no romance como as relações
movidas por amor e dinheiro podem ser
promíscuas e mesquinhas, encobertas pelo véu
da sociedade burguesa.

Indicação: O Clube de Leitura de Jane Austen


GALERIA DOS PRINCIPAIS ROMANCISTAS
MUNDIAIS

Numa cidadezinha da Inglaterra, uma jovem dá à luz um


menino e morre em seguida. O pequeno órfão recebe o
nome de Oliver Twist e vive seus primeiros nove anos em
instituições de caridade. Não suportando tantos maus-
tratos, Oliver foge para Londres, onde inadvertidamente
se junta a um bando de marginais, comandado por um
dos grandes vilões da história da literatura — Fagin.
Passa por muito sofrimento antes de viver feliz com a
herança que o pai lhe deixou e a inesperada família que
encontrou. Publicado originalmente em folhetim, em
1837-8, Oliver Twist é um dos livros mais famosos de
Charles Dickens (1812-70) e o primeiro romance em
língua inglesa a ter uma criança como protagonista.
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MUNDIAIS

Uma desconstrução do Brasil, por meio da ironia,


que escancara a hipocrisia da nossa elite
dirigente no século 19. Machado de Assis dá voz
a um narrador defunto que, longe da vida social,
pode zombar do caráter das pessoas com quem
conviveu. O romance também é importante por
se valer de novas técnicas narrativas, fazendo-se
a obra mais inovadora daquele século.
GALERIA DOS PRINCIPAIS ROMANCISTAS
MUNDIAIS

É o precursor da autoficção, um romance


carregadamente autobiográfico, centrado nas
desilusões do menino Sérgio em um colégio que
era tido como o melhor o país. Ele descobre a
falsidade e os comportamentos sórdidos de um
mundo onde não há lugar para o amor e a
amizade. Escrito com um cuidado de poeta
parnasiano, este é o romance brasileiro em que
a linguagem literária chegou ao seu ápice.
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Um romance montado com cenas avulsas, a


partir de quadros, em que Graciliano Ramos
acompanha a rotina desesperadora de
nordestinos que vivem de fazenda em fazenda,
isolados do mundo. Fabiano e Sinhá Vitória têm
que tomar uma decisão crucial, eternizar este
ciclo de exploração ou tentar dar aos filhos o
estudo que eles nunca tiveram. Mais do que um
romance sobre a seca e o nordeste, é uma
narrativa sobre o poder da linguagem.
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MUNDIAIS

No início da obra há uma série de reportagens


fictícias que explicam a existência de um grupo
de menores abandonados e marginalizados que
aterrorizam a cidade de Salvador e é conhecido
por Capitães da Areia. Após esta introdução,
inicia-se a narrativa que gira em torno das
peripécias desse grupo que sobrevive
basicamente de furtos. Porém, apesar de certa
linearidade, a história é contada em função dos
destinos de cada integrante do grupo de forma a
montar um quebra-cabeça maior.
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Um clássico da literatura brasileira, com


adaptações para a televisão, o cinema e o
teatro, O Meu Pé de Laranja Lima é desses livros
que marcam época. Lançado em 1968, trata-se
de uma história fortemente autobiográfica, que
demonstra a mão de um escritor experiente,
ciente do efeito que pode provocar nos leitores
com suas cenas e a composição de seus
personagens. O protagonista Zezé tem 6 anos e
mora num bairro modesto, na zona norte do Rio
de Janeiro. O pai está desempregado, e a família
passa por dificuldades.
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MUNDIAIS

É o livro mais importante de Clarice Lispector,


marcado por uma estrutura solta, que não tem
começo nem fim — inicia e termina com
reticências. O que o leitor acompanha é parte
dos intermináveis questionamentos de uma
narradora atormentada pela necessidade de se
conhecer, ampliando metaforicamente o eu e o
agora até os primórdios da vida no planeta.
GALERIA DOS PRINCIPAIS ROMANCISTAS
MUNDIAIS

Início da década de 1990. Numa ilha do Atlântico


Sul que sofre as graves consequências de uma
guerra civil, um personagem do mestre Charles
Dickens é capaz de mudar o destino de uma
adolescente e de toda a sua comunidade. Seu
nome é sr. Pip. Em uma bela homenagem àquele
que é considerado o maior escritor inglês do
século XIX, um dos mais premiados autores da
Nova Zelândia na atualidade, apresenta a
comovente história de Matilda, uma jovem que
revela, com suas próprias palavras, a
simplicidade e o heroísmo.
GALERIA DOS PRINCIPAIS ROMANCISTAS
MUNDIAIS

Protagonista e narradora de Hibisco roxo, a adolescente


Kambili mostra como a religiosidade extremamente “branca” e
católica de seu pai, Eugene, famoso industrial nigeriano,
inferniza e destrói lentamente a vida de toda a família. O
pavor de Eugene às tradições primitivas do povo nigeriano é
tamanho que ele chega a rejeitar o pai, contador de histórias
encantador, e a irmã, professora universitária esclarecida,
temendo o inferno. Mas, apesar de sua clara violência e
opressão, Eugene é benfeitor dos pobres e, estranhamente,
apoia o jornal mais progressista do país. Durante uma
temporada na casa de sua tia, Kambili acaba se apaixonando
por um padre que é obrigado a deixar a Nigéria, por falta de
segurança e de perspectiva de futuro. Enquanto narra as
aventuras e desventuras de Kambili e de sua família, o
romance também apresenta um retrato contundente e original
da Nigéria atual, mostrando os remanescentes invasivos da
colonização tanto no próprio país, como, certamente, também
no resto do continente.
A ESTRUTURA

 Personagens;
 Ação;
 Tempo;
 Espaço;
 Narrador;
 Ênfase
A ESTRUTURA

 Personagens
Quem são? Pessoas que vivem dramas e situações, à imagem e semelhança do ser
humano;
Quantas são? O número de personagens no romance varia de obra para obra, mas o
ficcionista pode livremente povoar a narrativa duma série delas ou reduzi-las ao mínimo
essencial para haver conflitos desencadeadores da ação.
A ESTRUTURA

1) Quanto a sua proeminência no desenrolar da narrativa:

a) Protagonistas;
b) Antagonistas;.

2) Quanto à sua universalidade:

c) Personagens planas;
d) Personagens redondas.
A ESTRUTURA

O tempo: Há romances que podem se estender por um século ou mais. Outros duram uma parcela
significativa da vida dos personagens. A maioria abrange um período de muitos anos. E raros
transcorrem em vinte e quatro horas ou menos.

Modalidades básicas de tempo:

 O histórico: obedece ao ritmo do relógio, consoante as mudanças regulares operadas no âmbito da


Natureza e perceptíveis: a alternância da noite e do dia, o fluxo-refluxo das marés, as estações, o
movimento do sol, etc.
 O psicológico: o tempo psicológico possui um sentido subjetivo, pois o que predomina não é a
ação da personagem, mas sim os seus pensamentos, lembranças, reflexões e
sentimentos dentro de um determinado contexto. Ou seja, sabemos que o nosso próprio
pensamento não é linear, ele vai e vem no passado, no presente e até mesmo no futuro. Portanto,
quando se fala de uma obra com tempo psicológico, estamos querendo dizer que a produção literária
foi realizada com foco no interior da personagem e é o oposto do tempo cronológico.
A ESTRUTURA

Os tipos de narradores que mais aparecem nos romances são:

 Narrador-personagem: é aquele que participa da história. Ele pode ser um dos personagens
principais ou ser apenas um personagem secundário. Sendo um porta-voz de histórias narradas em
primeira pessoa, esse tipo de narrador apresenta relação intrínseca com os demais personagens.
 Narrador-protagonista: narra uma história do ponto de vista de quem é o personagem principal.
Todas as ações narrativas giram em torno dele e, portanto, trata-se de uma produção notadamente
subjetiva. Ao ser o ponto central da narração, esse tipo de narrador tem conhecimento privilegiado
de toda a história e articula as informações do jeito que lhe convém.
 Narrador-onisciente: é aquele que conta a história em terceira pessoa e, às vezes, admite a
narração em primeira pessoa fazendo algumas intromissões pessoas acerca das ações narradas.
Pensando no conceito de onisciência que significa a capacidade de estar a par de tudo, de saber as
coisas em sua totalidade, o narrador onisciente é uma categoria que conhece toda a história a ser
contada, ele sabe a trama em detalhes.
A ESTRUTURA

 Narrador-observador: é aquele que estrutura o discurso narrativo com a voz em terceira pessoa
e não participa ativamente de uma ação narrativa. Esse tipo de narrador apenas expõe os
eventos observados por ele, mantendo o distanciamento e a objetividade do contar, afinal, ele
desconhece o íntimo dos personagens e das ações por eles praticadas.
 Narrador não confiável: é aquele que tem a sua credibilidade comprometida, seja por mentir ou
por apresentar uma sanidade mental questionável. Ao contar mentiras, ocultar informações o
narrador não age em conformidade com as normas narrativas da obra. Porém, é difícil mensurar
se o leitor realmente entende todas as normas, afinal, a contradição do narrador só pode se dar
em contraposição ao entendimento que o leitor tem daquele mundo ficcional.
 Narrador-testemunha: é um dos personagens inseridos na história, mas ele não é o principal.
Esta categoria de narrador analisa tudo o que acontece e conta a história em primeira pessoa.
Ele vivencia os fatos, mas como não é o protagonista, sua narrativa apresenta uma visão
secundária.
ROMANCE JUVENIL: TENDÊNCIAS

a) obras que se destinam a um público homogêneo e preconcebido: para a estudiosa, leva em consideração o interesse
mercadológico no estabelecimento de nichos mais precisos. Nesse âmbito, é requerida a produção de obras com
temáticas “próprias” para a faixa etária, assim teremos narrativas que levantam discussões sobre drogas, bulimia,
sexo etc., funcionando como uma espécie de manual de autoajuda.
b) obras denominadas como nova literatura em valores : são obras que apresentam normas de conduta, que tratam de
sentimentos vividos por adolescentes ou abordam a realidade de adultos.
c) obras fantásticas ou maravilhosas: ao contrário das anteriores que retratam a realidade, estas empregam “[...]
ingredientes da mitologia, dos contos maravilhosos, a tensão e o enfrentamento entre seres do bem e do mal, e a
presença de seres mágicos, que permitem expandir as fronteiras tediosas e chatas do mundo real.”
d) obras com protagonistas adolescentes: identificada por Robledo, em uma pesquisa sobre jovens leitores latino-
americanos, como uma literatura em que há presença de personagens jovens entre 12 e 16 anos. O enredo é sempre
o mesmo, o adolescente tem um conflito com um adulto, que representa uma autoridade para ele. A narrativa não
apresenta recursos literários relevantes, o elemento mais encontrado é o flashback ou a não linearidade da narrativa,
em que passado e presente se alternam.

Fonte: http://revistas.ufcg.edu.br/ch/index.php/RLR/article/view/1185/764
O PRÊMIO

 O Prêmio Jabuti é o mais


tradicional prêmio literário do
Brasil, concedido pela Câmara
Brasileira do Livro. Criado em
1959, foi idealizado por Edgard
Cavalheiro quando presidia a
CBL, com o interesse de premiar
autores, editores, ilustradores,
gráficos e livreiros que mais se
destacassem a cada ano
ROMANCES JUVENIS PREMIADOS

Os critérios considerados pelos avaliadores nas categorias infantil e juvenil na edição de


2018, de acordo com o regulamento do Prêmio Jabuti, são:

 atratividade e estímulo à leitura; convite à imaginação;


 caráter formativo em conhecimentos ou de valores;
 adequação da linguagem e do tema à faixa etária.

Fonte: http://revistas.ufcg.edu.br/ch/index.php/RLR/article/view/1185/764
ROMANCES PREMIADOS

Fonte:
http://revistas.ufcg.edu.br/ch/index.php/RLR/article/
view/1185/764
E O QUE OS LEITORES ESTÃO LENDO?
VOCÊ CONCORDA?
CONFIRAM!

https://1001livrosbrasileirosparalerantesdemorrer.
wordpress.com/2017/01/01/desafiolivrosbr/

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