Apostila - Classicismo
Apostila - Classicismo
Apostila - Classicismo
, Pilar e Viviane - 1 srie /Ensino Mdio Classicismo (1527-1580) O sculo XV traz o ser humano para o centro dos acontecimentos, relegando para segundo plano o Deus todo-poderoso do perodo medieval. Essa mudana de mentalidade, que se iniciou como Humanismo, chega ao apogeu com o Renascimento. Esse termo foi escolhido para identificar o desejo de promover uma renovao filosfica, artsticas, econmica e poltica, de modo a recriar, na Europa, uma sociedade organizada a partir dos princpios da Antiguidade clssica. O fascnio pela vida das cidades e o desejo de desfrutar os prazeres que o dinheiro podia proporcionar levaram a sociedade renascentista a cultivar cada vez mais os valores terrenos. O ser humano e sua felicidade imediata eram o centro dessa nova viso. A Era Clssica O que se convencionou denominar Era Clssica, na literatura europeia, corresponde a uma nova ordem socioeconmica que marca os sculos XVI, XVII e XVIII. A crise do feudalismo, a tomada de Constantinopla pelos turcos (1453), a expanso martima e a revoluo comercial, o desenvolvimento do capitalismo mercantil, as monarquias absolutistas formam o pano de fundo desse perodo. Assiste-se a uma retomada dos valores da Antiguidade Clssica (da a denominao), que passam a conviver com heranas esparsas dos modelos medievais. A era Clssica se estende at o estabelecimento de uma nova ordem socioeconmica, agora ditada pela Revoluo Industrial e pelas conquistas polticas e sociais da Revoluo Francesa. Na Era Clssica predomina a poesia, tanto lrica como a pica; musas ganham contornos e nomes que nos remetem mitologia; Homero, Virglio e Horcio so revisitados; exalta-se o bucolismo, o homem em seu estado natural, a vida pastoril. Ecos dessas manifestaes podem ser percebidos, com maior ou menor intensidade, na literatura produzida no Brasil dos sculos XVII e XVIII (Barroco e Arcadismo). Contextualizao das produes artsticas do Classicismo Enquanto na Idade Mdia muitos trovadores eram nobres que compunham suas cantigas e as apresentavam para outros membros do mesmo segmento social, no Renascimento esse cenrio ser alterado com o surgimento de jovens artistas, geralmente filhos de pequenos comerciantes, que vivem sob a proteo dos mercadores mais ricos e poderosos, para os quais produzem. A cultura vira um bem precioso para os novos ricos, porque, patrocinando artistas e poetas, eles justificam sua aceitao pela nobreza. Essa troca de interesses entre burgueses e artistas faz aparecer a figura do mecenas (burgus rico que exibia sua fortuna e seu poder por meio das pinturas e esculturas que encomendava para decorar seus palcios ou dos poemas que imortalizavam seu nome). A circulao das obras literrias continua sob impacto da inveno da prensa mvel. A maior facilidade de impresso faz com que mais cpias de uma mesma obra sejam produzidas, barateando o custo dos livros e tornando-os acessveis a um maior nmero de pessoas. A cultura torna-se sinnimo de qualificao social para os que no contam com um sangue nobre que lhes garanta prestgio e reconhecimento imediato. 1
O sculo XVI tambm foi marcado por dois movimentos religiosos que tiveram funda repercusso social e cultural: a Reforma protestante, liderada por Lutero, na Alemanha, e a Reforma Catlica, tambm chamada de Contrarreforma, movimento de reao da Igreja de Roma. Todas as pessoas que divulgassem ideias consideradas herticas pela Igreja eram perseguidas e, muitas vezes, condenadas morte. Dessa forma, ampliou-se a vigilncia sobre os livros por meio da publicao do Index librorum prohibitorum. Caractersticas Durante o Renascimento, os escritores investiram na recriao de temas clssicos e retomaram, em suas obras, o princpio aristotlico da mimese, que, em grego, significa imitao. Aristteles, na sua obra Potica, desenvolve a ideia de que a funo da literatura criar representaes (imitaes) das aes e comportamentos humanos, das paixes e foras que nos levam a agir. O objetivo da reproduo do comportamento humano levarnos a aprender com a imitao (mimese) da realidade. Para revelar o que est no universo, o artista do Classicismo adota a razo como parmetro de observao e interpretao da realidade. O olhar racional desencadeia, na literatura, uma das caractersticas mais marcantes da poesia do perodo: a tentativa de explicar os sentimentos e as emoes humanas. O soneto, tipo de composio preferida dos clssicos, revela o desejo de adaptar a expresso lrica a uma forma que permita o desenvolvimento de um raciocnio completo. Outra consequncia do desejo de compreender o mundo procurar conhecer a natureza humana; compreendendo a mecnica dos movimentos para serem capazes de representar o corpo humano de modo harmnico. Desta forma, revelam uma concepo de beleza associada harmonia e simetria. Os sonetos de Petrarca mostram um novo modo de tratar a temtica amorosa, em voga na Itlia desde o sculo XIII e chamado de doce estilo novo (doce, porque os poetas consideravam os versos de dez slabas mais musicais que os de sete). Os decasslabos, chamados medida nova, substituem a preferncia medieval e humanista pelos versos de sete e cinco slabas mtricas (redondilhas), denominados medida velha. O momento inicial do Classicismo em Portugal dado com a volta do poeta Francisco de S de Miranda da Itlia, em 1526. Ao ter contato com a viso humanista e com as inovaes literrias do perodo, comeou a utilizar as formas poticas classicistas inovando a cena literria portuguesa. Usou a medida nova e a velha em seus poemas, que, pelos temas abordados, tambm revelam uma face voltada para o passado e outra para o presente. Quando faz o elogia da vida rstica e defende a preservao da liberdade individual, assume um perfil renascentista. Quando critica os costumes, a ambio provocada pelo ouro e a corrupo moral, mostra sua face mais conservadora e moralista. O universalismo est presente nos texto do Classicismo tendo em vista que o novo indivduo no espera que o conhecimento do mundo lhe seja dado por revelao divina. O homem, agora, observa a natureza, documenta e analisa o que v. Lus Vaz de Cames Pouco se conhece da vida de Lus Vaz de Cames. Admite como a data provvel de seu nascimento o ano de 1524. Descendente de uma famlia de fidalgos decadentes, teria tido acesso vida palaciana durante sua juventude, de onde haurira algum benefcio para sua formao intelectual. Frequentou por algum tempo a Universidade de Coimbra. Serviu como militar no norte da frica, onde, ferido em combate, perdeu o olho direito. Em 1552, foi preso em Lisboa por ter agredido um oficial do re. Posto em liberdade em 1553 2
foi exilado. Inicia-se assim uma longa jornada de 17 anos de exlio, tendo o poeta vivido nas colnias portuguesas da frica e da sia, chegando a morar em Macau, colnia portuguesa na China. Depois de idas e vindas pela cadeia, retorna a Portugal em 1570 com os versos de Os Lusadas terminados. A obra publicada pela primeira vez em 1572 e o rei D. Sebastio, a quem teria dedicado o poema, concede-lhe uma penso de 15 mil ris por ano. O poeta morre em 1580 na misria, sendo enterrado como indigente, em vala comum. Sua obra composta de poesias lricas, uma poesia pica, trs peas para teatro e algumas cartas. Lus Vaz de Cames considerado um dos maiores poetas da lngua portuguesa. Em sua vasta obra, imortalizou as glrias de seu povo, registrou de modo sublime os sofrimentos amorosos, indagou sobre as inconstncias e incertezas da vida. Das obras de Cames, estudaremos a lrica e a pica. A lrica camoniana A poesia lrica de Cames foi reunida no livro Rimas, organizado e publicado 15 anos aps a morte do autor; o que torna a questo da autoria problemtica. A poesia lrica camoniana divide-se em: lrico amorosa e lrico filosfica. A poesia lrico amorosa est ligada a uma concepo neoplatnica do amor. Para Cames, o Amor (com inicial maiscula) um ideal superior, nico e perfeito, o Bem supremo pelo qual ansiamos. Mas seres decados e imperfeitos, somos incapazes de atingir esse ideal. Resta-nos a contingncia do amor fsico (com inicial minscula), simples imitao do Amor ideal. A constante tenso entre esses dois polos gera toda a angstia e insatisfao da alma humana. A mulher, objeto do desejo, tambm ela um ser imperfeito, espiritualizada em suas poesias, tornando-se a imagem da Mulher ideal. Busque Amor novas artes, novo engenho, Para matar-me, e novas esquivanas; Que no pode tirar-me as esperanas, Que mal me tirar o que eu no tenho. Olhai de que esperanas me mantenho! Vede que perigosas seguranas! Que no temo contrastes nem mudanas, Andando em bravo mar, perdido o lenho. Mas, conquanto no pode haver desgosto Onde esperana falta, l me esconde Amor um mal, que mata e no se v. Que dias h que n'alma me tem posto Um no sei qu, que nasce no sei onde, Vem no sei como, e di no sei porqu.
CAMES, Lus de. In: Rimas, p.118.
Na poesia lrico filosfica, Cames aborda reflexes sobre a vida, o homem e o mundo, procurando demonstrar que aquilo que observado no corresponde necessariamente realidade, o que pode levar ao equvoco. Seus principais temas so: o desconcerto do mundo, as mudanas constantes, a transitoriedade da vida. Como a base do desconcerto a falta de lgica, a anlise fracassa e o resultado sempre o sofrimento do eu lrico. Correm turvas as guas deste rio, que as do Cu e as do monte as enturbaram; os campos flore[s]cidos se secaram, intratvel se fez o vale, e frio. Passou o Vero, passou o ardente Estio, 3 Uas cousas por outras se trocaram; os fementidos Fados j deixaram do mundo o regimento, ou desvario. Tem o tempo sua ordem j sabida; o mundo, no; mas anda to confuso,
que parece que dele Deus se esquece. Casos, opinies, natura e uso fazem que nos parea desta vida A pica camoniana
As primeiras dcadas do sculo XVI foram o tempo mais brilhante da histria de Portugal. Cames escreveu o grande poema pico que celebra esse perodo Os Lusadas, uma das principais obras literrias do Renascimento europeu. A obra destinada a imortalizar os feitos do povo portugus e a exaltar a maior glria da nao foi publicada em 1572, apenas oitos anos antes de Portugal perder sua independncia, passando ao domnio espanhol. Cames segue os modelos clssicos de Homero (autor da Ilada e da Odisseia) e, sobretudo, de Virglio (autor da Eneida). Mas, como epopeia renascentista, seu poema reflete perfeitamente os ideais, a mentalidade e as contradies do sculo XVI. Caractersticas formais: Mtrica: versos decasslabos heroicos (8816 versos) Estrofao: estrofes de oitava rima (de oito versos 1102 estrofes) Rima: seguem sempre o esquema ABABABCC. Cantos: o poema divide-se em dez cantos, de extenso irregular. A diviso dos cantos em Os Lusadas: I. Introduo Proposio: trata-se da apresentao do poema, com a identificao do tema (a glria do povo navegador portugus e a memria dos reis que foram dilatando a F, o Imprio) e do heri (o navegador Vasco da Gama. A leitura do poema,porm, revela tambm o carter heroico do povo lusitano) constituda pelas trs primeiras estrofes do Canto I. Invocao: o poeta pede s musas que lhe deem um engenho ardente e um som alto e sublimado (estrofes 4 e 5 do Canto I). As musas escolhidas so as Tgides, ninfas do rio Tejo, que corta a cidade de Lisboa. Dedicatria: o poeta dedica o poema a D. Sebastio, rei de Portugal, quando o poema foi publicado estrofes 6 a 18 do Canto I. II. Narrao Desenvolvimento do tema, com relato dos episdios da viagem de Vasco da Gama e com a reconstituio da histria passada dos reis portugueses inicia na estrofe 19 do Canto I e termina na estrofe 144 do Canto X. III. Eplogo Encerramento do poema. O poeta pede s musas que calem a voz de sua lira, pois se encontra desiludido com uma ptria que j no merece ter suas glrias louvadas a partir da estrofe 145 ao final do Canto X. PROPOSIO (estrofe 3 do Canto I) Cessem do sbio Grego e do Cessem [de ser cantadas] do sbio Grego e do [sbio] Troiano as grandes navegaes que fizeram; Troiano As navegaes grandes que Cale-se a fama das vitrias de Alexandro e de Trajano que tiveram; fizeram; Cale-se de Alexandro e de Que (=porque)eu canto o peito ilustre Lusitano, Trajano
A quem Netuno e Marte obedeceram. 4 Cesse tudo o que a Musa antiga canta, Que (=porque) outro valor mais alto se alevanta.
A fama das vitrias que tiveram; Que eu canto o peito ilustre Lusitano, A quem Netuno e Marte obedeceram. Cesse tudo o que a Musa antiga canta, Que outro valor mais alto se alevanta. EPLOGO (estrofe 145 do Canto X) No mais, Musa, no mais, que a Lira No mais [= no posso cantar mais], Musa, no mais, que [=porque] tenho a Lira destemperada e a voz tenho enrouquecida; Destemperada e a voz E no[por causa] do canto, mas de ver que venho cantar a enrouquecida, gente surda e endurecida. E no do canto, mas de ver que O favor com que mais se acende o engenho venho No o d a ptria, no, que est metida Cantar a gente surda e endurecida. No gosto da cobia e na rudeza O favor com que mais se acende o Duma tristeza austera, apagada e vil. engenho No no d a ptria, no, que est metida No gosto da cobia e na rudeza Dua austera, apagada e vil tristeza.
CAMES, Lus Vaz de. Os Lusadas. So Paulo: Klick, 1999. P.288
Que de[s]pois de seu amor soube novas perguntando, d' improviso a vi chorando. Olhai que extremos de dor! Texto II Amor fogo que arde sem se ver; ferida que di e no se sente; um contentamento descontente; dor que desatina sem doer; um no querer mais que bem querer; solitrio andar por entre a gente; nunca contentar-se de contente; cuidar que se ganha em se perder;
Posto o pensamento nele, porque a tudo o Amor a obriga, cantava; mas a cantiga eram suspiros por ele. Nisto estava Lianor o seu desejo enganando, s amigas perguntando: Vistes l o meu amor? O rosto sobre ua mo, os olhos no cho pregados, que, do chorar j cansados, algum descanso lhe do. Desta sorte Lianor suspende de quando em quando sua dor; e, em si tornando, mais pesada sente a dor. No deita dos olhos gua, que no quer que a dor se abrande Amor; porque, em mgoa grande, seca as lgrimas a mgoa. 5
querer estar preso por vontade; servir a quem vence, o vencedor; ter com quem nos mata lealdade. Mas como causar pode seu favor Nos coraes humanos amizade, se to contrrio a si o mesmo Amor? Texto III Alma minha gentil, que te partiste To cedo desta vida, descontente,
Repousa l no Cu eternamente E viva eu c na terra sempre triste. Se l no assento etreo, onde subiste, Memria desta vida se consente, No te esqueas daquele amor ardente Que j nos olhos meus to puro viste. E se vires que pode merecer-te Alguma cousa a dor que me ficou Da mgoa, sem remdio, de perder-te, Roga a Deus, que teus anos encurtou, Que to cedo de c me leve a ver-te, Quo cedo de meus olhos te levou. Texto IV
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, Muda-se o ser, muda-se a confiana; Todo o mundo composto de mudana, Tomando sempre novas qualidades. Continuamente vemos novidades, Diferentes em tudo da esperana; Do mal ficam as mgoas na lembrana, E do bem, se algum houve, as saudades. O tempo cobre o cho de verde manto, Que j coberto foi de neve fria, E em mim converte em choro o doce canto. E, afora este mudar-se cada dia, Outra mudana faz de mor espanto: Que no se muda j como soa.
CAMES, Lus Vaz de.Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1988.p.269;270;284;633-634.
1. Entre os poemas lidos, quais podem ser considerados reflexivos ou filosficos? Justifique. 2. Qual dos outros dois poemas se assemelha a uma cantiga resposta. medieval? Justifique sua
3. Considerando a estrutura do texto apontado na questo anterior, possvel perceber que ele no foi composto, como as cantigas, para ser cantado, mas para ser lido. Que caractersticas das cantigas de amigo esto ausentes nesse poema e revelam essa diferena? 4. As cantigas medievais eram elaboradas e cantadas por nobres nos palcios. O contexto de produo do poema de Cames, porm, o Renascimento: os artistas so filhos de comerciantes, a Reforma protestante estimulou a alfabetizao, os textos passaram a ser impressos. Relacione essas diferenas ao fato de o poema (resposta da questo 2) no ter sido feito para ser cantado. 5. Um dos temas que se repetem na poesia lrica de Cames so os efeitos contraditrios do amor. Para abordar esse tema, ele empregou, no texto II, o paradoxo. Explique o emprego dessa figura no poema. 6. As cantigas medievais expressavam o sofrimento amoroso, mas no apresentavam uma reflexo a respeito dele, como fez Cames no texto II. Explique por que essa reflexo revela uma viso de mundo pautada mais pela razo do que pela emoo. 7. Relacione a reflexo a respeito da instabilidade do mundo, expressa por Cames, ao Renascimento. Texto V Pera o cu cristalino alevantando, Com lgrimas, os olhos piedosos 6 (Os olhos, porque as mos lhe estava atando
Um dos duros ministros rigorosos); E de[s]pois, nos meninos atentando, Que to queridos tinha e to mimosos, Cuja orfindade como me temia, Pera o av cruel assi[m] dizia: [...] " tu, que tens de humano o gesto e o peito (Se de humano matar ua donzela, Fraca e sem fora, s por ter sujeito O corao a quem soube venc-la), A estas criancinhas tem respeito, Pois o no tens morte escura dela; Mova-te a piedade sua e minha, Pois te no move a culpa que no tinha. [...]
Queria perdoar-lhe o Rei Beni[g]no, Movido das palavras que o magoam; Mas o pertinaz povo e seu destino (Que desta sorte o quis) lhe no perdoam. Arrancam das espadas de ao fino Os que por bom tal feito ali apregoam. Contra ua dama, peitos carniceiros, Feros vos amostrais e cavaleiros? [...] As filhas do Mondego a morte escura Longo tempo chorando memoraram, E, por memria eterna, em fonte pura As lgrimas choradas transformaram. O nome lhe puseram, que inda dura, Dos amores de Ins, que ali passaram. Vede que fresca fonte rega as flores, Que lgrimas so a gua e o nome Amores.
CAMES, Lus Vaz de. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1988.p.87-89.
8. No texto V, vemos que o rei est num dilema: exerce dois papis que, no momento, so inconciliveis; no sabe que deciso tomar, porque o resultado ser sempre doloroso. Quais so esses papis e por que eles so inconciliveis? Justifique com trechos que mostrem esse dilema. 9. Qual a postura do narrador diante do episdio que est narrando? Ele se mantm neutro ou se deixa envolver emocionalmente pela histria? Justifique sua resposta. 10. Nas estrofes iniciais de Os Lusadas, lemos esses versos: Cesse tudo o que a Musa antiga canta, / Que outro valor mais alto se alevanta. Os trechos em anlise reforam essa empolgao por Portugal e suas conquistas? Justifique sua resposta. 11. Explique de que maneira tanto a exaltao das conquistas portuguesas quanto a crtica aos poderosos e s navegaes so produtos da viso de mundo construda durante o Renascimento.