Antimicrobianos Princípios Gerais1

Fazer download em pptx, pdf ou txt
Fazer download em pptx, pdf ou txt
Você está na página 1de 25

ANTIMICROBIANOS:

PRINCÍPIOS GERAIS
PARA SUA
UTILIZAÇÃO
ANTIMICROBIANOS
I. Histórico

Descoberta da Penicilina
(1928)

Alexander Fleming

Transformação em
antibióticos e
produção comercial
(1941)
Penicillium notatum
II. Critérios para indicação de terapia antimicrobiana

PROCESSO INFECCIOSO
 DIAGNÓSTICO CLÍNICO (anamnese e exame físico)
 DIAGNÓSTICO POR EXAMES COMPLEMENTARES (exames de
sangue, urina, imagens, etc.)
 DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO (cultura/isolamento microbiológico)

PROCESSO INFECCIOSO GRAVE SEM DIAGNÓSTICO


 Risco de morte, conduta imediata, esquema empírico com ampla
cobertura microbiana
 Coletar culturas de sítios orgânicos (sangue, urina, líquor, fezes,
etc.)
III. Critérios para escolha do antimicrobiano

a) SÍTIO INFECCIOSO/ETIOLOGIA PROVÁVEL:


Ex.: amigdalite bacteriana em pediatria (estreptococo, tratamento
com penicilinas)

b) EFICÁCIA DO ANTIBIÓTICO CONTRA O AGENTE ETIOLÓGICO:


Ex.: gonorreia (gonococo, tratamento com dose única de
ciprofloxacino ou ceftriaxona)

c) CULTURA/ANTIBIOGRAMA (teste de sensibilidade in vitro):


Ex.: bactérias multirresistentes adquiridas no hospital
(Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter baumanii)
d) MENOR OCORRÊNCIA DE EFEITOS ADVERSOS:
Ex.: diabetes mellitus, preferir antibióticos não nefrotóxicos

e) FACILIDADE DE USO E PERIODICIDADE:


Ex.: pneumonias comunitárias, antibióticos - fluoroquinolonas:
levofloxacino e moxifloxacino

f) CUSTO:
Ex.: condições de igualdade terapêutica, o menos dispendiosa
deve ser o preferido
IV. Métodos de obtenção

a) NATURAL (fermentação de culturas de fungos):


Ex.: penicilina (Penicillium notatum), gentamicina (Mornadella
purpúrea)

b) SÍNTESE LABORATORIAL:
Ex.: cloranfenicol e fluoroquinolonas

c) SEMISSÍNTESE:
Ex.: Semi-sintéticos - são antimicrobianos naturais, modificados
pela adição de grupamentos químicos, tornando-os menos
suscetíveis à inativação pelos microrganismos (derivados da
penicilina, cefalosporinas, tetraciclina, eritromicina)
V. Estrutura química
VI. Vias de administração

a) VIA ORAL
 Facilidade de uso, economia, boa aceitação
 Limitações: absorção baixa, inativação gástrica, intolerância
digestiva e infecções graves

b) VIA INTRAVENOSA
 Escolha para terapia antimicrobiana em pacientes graves

c) VIA INTRAMUSCULAR
 Apenas para antibióticos em dose única (penicilina benzatina
para amigdalites) ou poucas doses (penicilina benzatina para
tratamento de sífilis tardia)
d) USO TÓPICO
 Atende a necessidade de determinadas especialidades médicas
(oftalmologia, otorrinolaringologia, ginecologia e dermatologia)

e) VIA INTRATECAL
 Rara, assim como a intraventricular em recém-natos, apenas
quando o antibiótico não ultrapassa a barreira hematoliquórica

f) VIA RESPIRATÓRIA
 Inalatória ou pulmonar, antibióticos inalados na fibrose cística e
bronquiectasia, pneumonia hospitalares
FARMACOCINÉTICA (pK)
Estuda o caminho percorrido pelo fármaco no organismo animal
(representa o que o organismo faz com a droga)

FARMACODINÂMICA (pd)
Estuda ações da droga no organismo (local e mecanismo de ação,
efeitos desejáveis e indesejáveis)
FARMACOCINÉTICA

1- ABSORÇÃO

 Transferência do fármaco desde o local de administração até


a circulação sanguínea

 Depende de mecanismos de transporte passivo (difusão) ou


ativo (ATP), pH, via de administração (via parenteral
endovenosa > concentração sanguínea) e biodisponibilidade
2- DISTRIBUIÇÃO

a) MENOR AFINIDADE DO ANTIBIÓTICO COM PROTEÍNAS


PLASMÁTICAS
 Maior distribuição (fração livre, exerce atividade
antimicrobiana)

b) VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO
 Real, distribuição por todos os líquidos do organismo

c) ANTIBIÓTICOS LIPOSSOLÚVEIS
 Ex.: fluoroquinolonas, tigeciclina, > penetração tecidual

d) ANTIBIÓTICOS HIDROSSOLÚVEIS
 Ex.: beta-lactâmicos, > penetração plasmática e extra celular
3- METABOLISMO (biotransformação)

Fígado
 Reação fase I
 Oxidação (citocromo P450)
 Redução
 Hidrólise
 Reação fase II
 Conjugação

Composto versus substrato:


 Indutor - ↑ atividade enzimática X substrato - ↑ metabolismo
↑ excreção
 Inibidor - ↓ atividade enzimática X substrato - ↓ metabolismo
↓ excreção
4- EXCREÇÃO

Renal
 Filtração glomerular
 Secreção tubular ativa (proximal)
 Reabsorção tubular passiva (distal)
 Ex.: penicilina (70% excreção renal)

Trato biliar
 Ex.: ceftriaxona (45% biliar), anfotericina B desoxicolato
(20% biliar/fecal)

Trato intestinal (fecal)


 Ex.: linezolida (excreção não renal, 65% e 9% fecal),
tigeciclina (59% biliar/fecal)
CURVA FARMACOCINÉTICA
É o tempo necessário para que a maior concentração sérica
obtida pelo antibiótico se reduza à metade.

Pico plasmático

Biodisponibilidade

Quanto > a meia vida,


> o intervalo entre duas
administrações do antibiótico
Efeito
bacteriostático
ANTIMICROBIANOS (Farmacodinâmica)
 Antibióticos concentração dependentes

Cmax/CIM: dose única diária. Ex.: aminoglicosídeos


AUC/CIM: > dose/dia > AUC. Ex.: fluoroquinolonas

 Antibióticos tempo dependentes

t > CIM: infusão prolongada ou contínua, maior efeito


bactericida. Ex.: meropenem (3h), piperacilina-tazobactam (4h)

 Efeito pós-antibiótico

Supressão do crescimento microbiano mesmo depois da


droga estar abaixo da CIM
VII. Efeitos adversos
Ação toxicológica do antibiótico:

 Dose terapêutica X Dose tóxica


Ex.: penicilinas e cefalosporinas possuem dose terapêutica
menor do que a dose tóxica
anfotericina B e aminoglicosídeos possuem dose tóxica
maior do que a dose terapêutica
 Dose dependentes
 Hipersensibilidade
Dependem exclusivamente do paciente
VIII. Combinações de antibióticos

a) SINERGISMO (associação benéfica potencial)


 Ex.: ampicilina + gentamicina (endocardite por enterococo)

b) ANTAGONISMO (efeito obtido é menor do que a soma)


 Ex.: associação de antibióticos bacteriostáticos e bactericidas

c) INDIFERENÇA (atuações antimicrobianas isoladas)


 Ex.: associação de antibióticos bacteriostáticos

d) Riscos relacionados
 Antagonismo, incompatibilidade na associação, efeitos
adversos potencializados, não disponibilidade e custo
IX. Uso de antibióticos na gravidez
Exemplos de categoria B: antimicrobianos seguros na gravidez:
Anfotericina B, penicilinas, cefalosporinas, azitromicina, meropenem,
clindamicina, metronidazol, fosfomicina
X. Uso de antimicrobianos na insuficiência renal

Avaliação pela filtração glomerular através da depuração (clearance)


da creatinina sanguínea (ClCr)

ClCr = (140 – idade) X peso


72 X creatinina sanguínea

Graus de insuficiência renal:


> 50-90, 10-50, < 10

Antimicrobianos que não necessitam de ajuste na insuficiência renal:


Ex.: azitromicina, oxacilina, rifampicina, itraconazol,
cetoconazol, moxifloxacina, ceftriaxona, anfotericina B, linezolida,
polimixina B
XI. Uso de antimicrobianos na insuficiência hepática

Alterações no metabolismo (disfunção hepática) ou na


excreção biliar

Necessitam de ajuste na insuficiência hepática grave:


Ex.: caspofungina, clindamicina, cloranfenicol,
itraconazol, voriconazol, metronidazol
XII. Vancomicina

Antimicrobiano com penetração tecidual variável e dependente do


nível de inflamação

Nível sérico (vale) deve ser monitorado e possui maior acurácia para
vancocinemia

Idealmente obtida por coleta sanguínea antes da 4ª ou 5ª dose

Paciente não grave: dose, 1g EV 12/12h


Paciente grave: dose de ataque, 25-30mg/Kg
XIII. Dose de antimicrobianos em obesos

Estudos mais consistentes para aminoglicosídeos

 Dose de gentamicina = peso ideal + (peso real – peso ideal) X 0,43

 Dose de amicacina = peso ideal + (peso real – peso ideal) X 0,38

 Peso ideal

Alt. Métrica Masculino Feminino


1,52 cm 49,6 Kg 45,0 Kg
1,63 cm 54,9 Kg 50,4 Kg
1,65 cm 59,3 Kg 54,8 Kg
1,68 cm 63,8 Kg 59,3 Kg
1,73 cm 68,2 Kg 63,7 Kg
1,78 cm 72,7 Kg 68,2 Kg
1,83 cm 77,1 Kg 72,6 Kg
XIV. Antibiótico terapia sequencial

Passagem da via intravenosa para via oral após melhora


clínica do paciente

Vantagens:
 Antibióticos com elevada biodisponibilidade
 Redução de risco de adquirir infecção hospitalar
 Melhora da qualidade de vida do paciente
 Fármaco economia
Obrigado!!!

Você também pode gostar