Prevenção de Infecção de Sítio Cirúrgico
Prevenção de Infecção de Sítio Cirúrgico
Prevenção de Infecção de Sítio Cirúrgico
INFECÇÃO DE SÍTIO
CIRÚRGICO
ANVISA, 2023
FATORES DE RISCO
Obesidade - Ajuste da dose de antibióticos
profiláticos.
Diabetes mellitus: controle da glicemia
Tabagismo: o ideal é que a abstenção seja um item
obrigatório nas cirurgias eletivas pelo menos 30 dias
antes da realização das mesmas
Uso de esteroides e outros imunossupressores: evitar
ou reduzir a dose ao máximo possível no período
perioperátorio
ANVISA, 2017
Classificação das Infecções de
Sítio Cirúrgico (ISC)
• ISC Incisional Superficial (Is):
Ocorre nos primeiros 30 dias após o procedimento
cirúrgico e engloba apenas pele e tecido subcutâneo
ANVISA, 2023
ISC Incisional Profunda (IP)
Ocorre nos primeiros 30 dias após o procedimento
cirúrgico ou até 90 dias após a cirurgia, se houver
colocação de implantes. acomete tecidos moles
profundos a incisão (ex.:fáscia e/ou músculos)
ANVISA, 2023
ISC Órgão/Cavidade (OC)
Ocorre nos primeiros 30 dias após a cirurgia ou até
90 dias, se houver uso de implantes, pode envolver
qualquer órgão ou cavidade que tenha sido aberta ou
manipulada durante um procedimento cirúrgico
ANVISA, 2023
MEDIDAS DE PREVENÇAO DE
INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO
• ISC
complicaçõessão as
mais
comuns
consequência do como
ato
cirúrgico
• Acontecem no pós-
operatório
porcentagem numa
que
varia
relaçãode 3
às a 20% em
cirurgias
realizadas,
influenciando
significativamente
morbidade na
e
mortalidade
indivíduos, além dos
de
ser uma ameaça
segurança do paciente à
ANVISA, 2017
RECOMENDAÇOES
BÁSICAS PARA TODOS
OS SERVIÇOS DE SAÚDE
• ANTIBIOTICOPROFILAXIA
• Indicação apropriada
• Descontinuar em 24 horas
prolongadas
ANVISA, 2017
Realizar tricotomia somente quando necessário (não
utilizar lâminas)
Controle de glicemia no pré e pós-operatório
imediato (<180 mg/dl)
Manutenção da normotermia em todo perioperatório
(objetivo ≥ 35,5°C)
ANVISA, 2017
Otimizar a oxigenação tecidual no peri e pós-operatório
Utilizar a Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica
(LVSC)
Realizar vigilância por busca ativa das ISC
ANVISA, 2017
Observar as tendências mostradas nos dados e
realizar correções de processo, caso necessário;
Divulgar resultados da vigilância para equipes
cirúrgicas e direção, visando à melhoria da qualidade
Educar pacientes e familiares sobre medidas de
prevenção de ISC
ANVISA, 2017
ABORDAGENS ESPECIAIS
o Investigação de portadores nasais de Staphylococcus
aureus (OXA-S e OXA-R) no pré-operatório de
procedimentos de alto risco: cirurgia cardíaca,
ortopédica (implantes).
o Descolonização dos portadores nasais que serão
submetidos a procedimentos de risco:
o Mupirocina intranasal (apresentação própria para uso
nasal) + banho de clorexedina por 5 dias (2x/d)
ANVISA, 2017
ABORDAGENS ESPECIAIS
Atualização constante dos processos no Centro
Cirúrgico (CC) e Centro de Material e Esterilização
(CME)
Atualização constante das práticas pós-anestésicas
Cuidados rigorosos com ferida cirúrgica e drenos
Atualização constante da técnica de higiene das
mãos
ANVISA, 2017
ABORDAGENS NÃO
RECOMENDADAS
Utilizar vancomicina como droga profilática
rotineiramente
Postergar a cirurgia para prover nutrição parenteral
Utilizar suturas impregnadas com antissépticos de
rotina
Utilizar curativos impregnados com antissépticos de
rotina
ANVISA, 2017
Banho
Orientar previamente o paciente nas cirurgias eletivas
quanto aos cuidados pré-operatórios e banho
Tomar banho com água e sabão antes da realização do
procedimento cirúrgico, noite anterior ou manhã da
cirurgia
Cirurgia Sabonete Antisséptico Hoeário
Neutro
Cirurgia de grande Clorexidina 2% 2 horas
porte, cirurgias Banho (corpo total antes do
com implantes procedimento
cirúrgico
Cirurgia eletiva, Sabonete neutro
pequeno e médio
porte
Cirurgias de Sabonete neutro Fica a critério
urgência da avaliação da
equipe ANVISA, 2017
assistente
Preparo pré-operatório ou
antissepsia cirúrgica das mãos
O procedimento pode ser feito com o uso de
esponjas para a realização da fricção da pele com
antisséptico degermante (Clorexidina 2% ou
Polivinilpirrolidona-iodo - PVPI) ou por meio do uso de
produto à base de álcool (PBA).
Duração do procedimento: com antisséptico
degermante: deve ser de 3 a 5 minutos para o
primeiro procedimento do dia e de 2 a 3 minutos
para as cirurgias subsequentes, se realizadas dentro
de 1 hora após a primeira fricção.
Com PBA: seguir sempre o tempo de duração
ANVISA, 2017
RECOMENDAÇÕES
Remover todos os adornos das mãos e antebraços, como
anéis, relógios e pulseiras, antes de iniciar a degermação
ou antissepsia cirúrgica das mãos
É proibido o uso de unhas artificiais
Manter unhas curtas
Manter o leito ungueal e subungueal limpos, utilizar uma
espátula para remover a sujidade
Evitar o uso de escovas por lesar as camadas da pele e
expor bactérias alojadas em regiões mais profundas da
pele; se o seu uso for inevitável, estas devem ser estéreis
e de uso único
ANVISA, 2017
CIRCULAÇÃO DE PESSOAL
Manter as portas das salas
cirúrgicas fechadas durante o ato
operatório
Limitar o número de pessoas na
sala operatória, manter o número
de pessoas necessário para
atender o paciente e realizar o
procedimento
Evitar abrir e fechar a porta da
sala operatória
desnecessariamente
ANVISA, 2017
PREPARO DA PELE DO
PACIENTE
Os seguintes cuidados devem ser seguidos durante o
preparo intraoperatório da pele do paciente:
Realizar degermação do membro ou local próximo da
incisão cirúrgica antes de aplicar solução antisséptica
Realizar a antissepsia no campo operatório no
sentido centrífugo circular (do centro para a
periferia) e ampla o suficiente para abranger
possíveis extensões da incisão, novas incisões ou
locais de inserções de drenos, com solução alcoólica
de PVPI ou clorexidina
ANVISA, 2017
PARAMENTAÇÃO
Estabelece uma barreira
microbiológica contra a
penetração de microrganismos
no sitio cirúrgico. Também tem o
sentido de proteger a equipe
cirúrgica do contato com sangue
e fluidos dos pacientes
A equipe de campo cirúrgico
deve fazer uso de paramentação
completa (avental e luvas
estéreis, touca, óculos, máscara)
ANVISA, 2017
REFERÊNCIAS
• Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à
Assistência à Saúde. Brasília: Anvisa, 2017
• NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES Nº 03/2023 Critérios
diagnósticos das Infecções Relacionadas à
Assistência à Saúde (IRAS): notificação nacional
obrigatória para o ano de 2023