TORACOCENTESE
TORACOCENTESE
TORACOCENTESE
TORACOCENTESE
O que Toracocentese?
INTRODUO
Toraco= se refere ao trax. Centese= do grego kntesis, puno. A Toracocentese o mtodo indicado na presena de uma coleo pleural lquida ou gasosa para fins de diagnstico, bem como de alvio sintomtico.
Coleo lquida no espao pleural sempre anormal, porm, para abordar a cavidade pleural com segurana, necessrio que haja uma quantidade mnima de lquido no espao pleural.
Se os derrames forem menores que 10mm em radiografia em decbito lateral no devem ser rotineiramente abordados devido ao risco de complicaes.
Caso seja imprescindvel, a ultra-sonografia deve ser utilizada para melhor avaliar a localizao e a quantidade de lquido e, deste modo, melhorar a acurcia do procedimento. A ultra-sonografia tem indicao em situaes em que o exame clnico e radiolgico no conclusivo, existe uma escassa quantidade de lquido, ou h uma suspeita de derrame pleural encistado.
Local do Procedimento
Centro Cirrgico Sala de Pequenos Procedimentos Beira do Leito
rea da Puno
O melhor local para se realizar a toracocentese deve ser determinado a partir da propedutica, geralmente na regio subescapular e sempre na borda superior do arco costal, para evitar o feixe vsculo-nervoso.
Posio do Paciente
O procedimento deve ser realizado preferencialmente com o paciente sentado, com os braos e a cabea apoiados em travesseiros, sobre um anteparo (como uma mesa) ou com a mo ipsilateral ao derrame apoiada sobre o ombro contralateral.
Posio do Paciente
Os pacientes submetidos ventilao mecnica, e aqueles nos quais as ms condies clnicas no permitam este posicionamento, devem permanecer deitados em decbito lateral ou semisentados no leito.
Tcnica
Uma vez que o paciente esteja adequadamente posicionado, e demarcado o local da puno, a pele do hemitrax acometido deve ser limpa com soluo anti-sptica e o campo estril posicionado.
Tcnica
O nvel do derrame deve ser estimado com base na diminuio ou ausncia de sons na ausculta, embotamento percusso e diminuio ou ausncia do frmito. Deve-se inserir a agulha um ou dois espaos intercostais abaixo do nvel do derrame e de 5 a 10 cm lateralmente coluna. Para evitar leses intra-abominais, no inserir a agulha abaixo da nona costela.
Tcnica
Devem ser anestesiados com 10 ml de lidocana todos os planos: pele, tecido subcutneo, peristeo e pleura parietal. A anestesia da pele deve ser feita com agulha fina e utilizando-se apenas o suficiente para fazer um boto anestsico. Ao se atingir o espao pleural, e tendo sido identificada a presena de lquido, deve-se retirar a agulha e introduzir o Jelco (calibre 14 ou 16), tomando-se o cuidado de se utilizar o pertuito previamente criado. Aps a introduo do Jelco, o mandril deve ser removido, e mantido no espao pleural somente o cateter plstico.
Tcnica
A seguir, conecta-se uma seringa de 20 ml para a retirada do lquido para exames. Sempre se deve tentar esvaziar todo o lquido contido no espao pleural. No entanto, prudente no retirar mais de 1.500 ml de lquido por sesso, em virtude do risco de edema pulmonar de reexpanso. Quando o processo tiver sido concludo, remover o cateter enquanto o paciente detm a sua respirao no final expirao; cubra o local com um curativo oclusivo, e remova qualquer restante de soluo anti-sptica da pele. Recomenda-se ainda que o procedimento seja interrompido se o paciente apresentar desconforto respiratrio, tosse ou hipotenso.
Contra-indicaes
Na presena de leses de pele, tais como queimaduras por radioterapia, herpes zoster ou piodermite, a toracocentese deve ser evitada, devido aos riscos de infeco e sangramento cutneo.
Contra-indicaes
Pacientes em ventilao mecnica, ao serem submetidos toracocentese, podem desenvolver pneumotrax em 6% a 10% dos casos. No entanto, em todos os casos estudados o tratamento com drenagem da cavidade resolveu a intercorrncia. Alteraes na coagulao constituem importante contra-indicao da toracocentese.
Complicaes
Algumas complicaes podem ocorrer aps a toracocentese, sendo o pneumotrax a mais freqente. So fatores de risco para o aparecimento de pneumotrax aps a toracocentese:
inexperincia do mdico; uso de agulhas de grosso calibre; retirada de grandes volumes de lquido pleural; mltiplas perfuraes com agulha na tentativa de encontrar o lquido pleural; Presena de doena pulmonar obstrutiva crnica; Toracocenteses repetidas;
Complicaes
Tosse Hemotrax Dor Edema pulmonar de reexpanso Infeco local Laceraes hepticas ou esplnicas inadvertidas.
Complicaes
O desencadeamento do reflexo vago-vagal, traduzido por sudorese, desconforto geral e sensao de desmaio. prudente a realizao de uma radiografia de controle aps a puno do espao pleural de forma rotineira, com o objetivo de se documentar as condies pstoracocentese.
Assistncia da Enfermagem
Antes: Informar corretamente o paciente acerca do exame, dando nfase as vantagens do mesmo; Tranquilizar o paciente e pedir a sua colaborao no sentido de permanecer imovel durante a puno; Avaliar inicialmente os SSVV e funo respiratria; Se necessrio isolar o paciente com biombos; Manter ambiente aquecido e no despir demasiado o paciente; Ter junto ao paciente todo material necessrio, pronturio e exames. Ajudar a coloc-lo na posio correta e expor a zona de puno;
Assistncia da Enfermagem
Durante: Colaborar com o mdico na anestesia, na puno, na recolha de espcimes para anlises e adaptao do sistema de drenagem; Ajudar o paciente a manter-se na posio correta; Observar as fcies do paciente, o pulso, a respirao e as queixas apresentadas; No caso de toracocentese evacuadora no devem ser extrados mais de 1500ml de liquido da pleura, num perodo de 30 min, dando risco de desvio de liquido intravascular, com conseqente edema pulmonar.
Assistncia da Enfermagem
Aps: Observar e registrar as caracteristicas do conteudo drenado; Realizar curativo seco e oclusivo; Posicionar o paciente para o lado no afetado; Observar possveis complicaes; Acondicionar e identificar as amostras recolhidas e envi-las para o laboratrio; Solicitar RX aps procedimento; Manter a unidade organizada.
Referncias bibliogrficas
Auxlio da enfermagem na Toracocentese, autores: Ozilene Batista e Joo Bosco, Governo do Estado do Cear, ano 2005; Curso de diagnstico por imagem do trax, cap ii imagenologia da pleura, Arthur Soares de Souza Jr, J pneumol 25(2) mar-abr de 1999. Escola Superior de Enfermagem de Viseu, Livro de estgio de Enfermagem, Ctia Sofia Duarte et al., verso 1.1, ano 2004; Edema pulmonar de reexpanso, Eduardo Henrique Genofre et al., Jornal pneumologia 2003;29(2):101-6. Toracocentese e bipsia pleural, autores: Roberta Sales, Roberto Onishi, Jornal Brasileiro de Pneumologia. 2006;32(Supl 4):S170-S173;
Obrigada!