Seminario Meio Aberto SEDSODH.

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Seminário estadual de medida

socioeducativa em meio aberto: famílias


e adolescentes “meu lugar de voz”

Departamento Geral de Ações Socioeducativas do Estado


do Rio de Janeiro (DEGASE)
Assessoria de Relações Interinstitucionais (ASSRIN)
Juliana Bronze – Assistente Social

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Intersetorialidade no Sistema de Garantia de
Direitos e pertencimento/participação social de
famílias e adolescentes

articulação de vários setores das políticas


públicas para alcance de melhores
Intersetorialidade resultados à complexidade das demandas
apresentadas

• A intersetorialidade como instrumento de garantia de


direitos de adolescentes e famílias X conjuntura
política de ações ainda fragmentadas, isoladas e
hierarquizadas

• Estratégia de ação que possibilita um olhar sobre


adolescentes e famílias a partir da totalidade das suas
necessidades sociais.

• Participação social dos/as usuários/as das políticas


públicas
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Intersetorialidade no Sistema de Garantia de Direitos e
pertencimento/participação social de famílias e
adolescentes

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Intersetorialidade no Sistema de Garantia de Direitos e o
pertencimento/participação social de famílias e
adolescentes

Pertencimento e participação social de famílias e adolescentes

- Pertencimento - resgate dos sentidos e significados que este conceito


nos apresenta. “Pertencer” é se ver num determinado lugar, numa determinada
relação. E se ver num espaço ou relação pressupõe escuta, reconhecimento de
sua fala, do seu lugar e das suas necessidades. Sobretudo, ter respeitada sua
cultura, seus modos de vida, suas diferenças. E além disso, pertencer nos
remete a fazer parte de algo, de uma situação, de um espaço, de um grupo, de
uma Instituição. Nesse sentido, participar dos processos que estamos
envolvidos/as, pressupõe ter voz, fala, escuta e reconhecimento.

-Portanto, a percepção de pertencimento de uma pessoa ao grupo ou Instituição


pressupõe o seu reconhecimento pelos sujeitos ali presentes, o respeito às
diferenças e o direito à participação que possibilite opinar e contribuir no grupo.
Sem contar, que a sensação de pertencimento e participação, em qualquer
campo, tende a aumentar o grau de adesão e engajamento nas ações
construídas.

- E pensando no lugar dos/as profissionais que atendem adolescentes e famílias,


como essas considerações podem nos ajudar a propiciar espaços que
produzam mais pertencimento e participação desses sujeitos.
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Intersetorialidade no Sistema de Garantia de Direitos e o
pertencimento/participação social de famílias e
adolescentes

A política de atendimento socioeducativo dá um salto importante ao


longo da história no que tange ao seu arcabouço legal e normativo,
mas ainda com significativos descompassos nas práticas
institucionais

- Doutrina situação irregular - o Estado colocava na família a total responsabilidade


pelo cuidado e sustento dos chamados “menores”. Quando a família era considerada
incapaz ou fora dos padrões morais e higiênicos, destituía-se o poder familiar e
institucionalizavam-se as crianças e adolescentes, que passavam a ser socializadas em
instituições de internamento.

- Doutrina de proteção integral - Junto ao ECA , o artigo 227 da Constituição Federal


implicou, pela primeira vez na história do país, o Estado e a sociedade a dividirem com a
família a responsabilidade pela garantia dos direitos das crianças e adolescentes.
Passa-se a ter o reconhecimento da co-responsabilidade pelos direitos de crianças e
adolescentes com a família, a instituição familiar passa a ocupar o centro das políticas
de proteção social, necessitando de apoio para desenvolver seu potencial protetivo,
independente das alterações e mudanças nas composições e arranjos familiares com as
quais nos deparamos na contemporaneidade (Carvalho,2008).

- De fato, é inegável que a família nem sempre se configura como lugar de


apoio, cuidado e proteção para os filhos, mas no que tange ao atendimento de
famílias e adolescentes não se deve ignorar as condições concretas de vida e a
falta de acesso aos direitos sociais a que estão expostas grande parte das famílias 5
Intersetorialidade no Sistema de Garantia de Direitos e o
pertencimento/participação social de famílias e
adolescentes

- Avanços nos dispositivos jurídicos brasileiros, mas com ainda significativos


descompassos nas práticas institucionais. E sobre esse gargalo, ele
envolve uma série de questões políticas, econômicas, orçamentárias e
culturais. Mas vou destacar duas considerações sobre isso:

1- a forma como essas famílias ainda são vistas - concepções de famílias ainda
alicercadas na ideia de famílias desestruturadas; a família como lócus do desvio e
a culpabilização pela situação do/a adolescente, dentre outras. A difusão da ideia
de que as famílias falharam, fracassaram no cuidado com os seus filhos,
atestando uma suposta falência e incapacidade das famílias pobres,
culpabilizando-as, e ignorando ou ocultando a base material das precárias
condições de vida de grande parte destas famílias brasileiras.
.
O Caderno de Orientações Técnicas: Serviço de Medidas Socioeducativas em Meio
Aberto (Brasil, 2016) enfatiza que, ao mesmo tempo em que a família é tida
como um espaço privilegiado de proteção e cuidado, também pode se
caracterizar como um espaço contraditório, marcado por conflitos,
desigualdades, violações, levando seus membros a situações de risco e
influenciando suas trajetórias. Portanto, a proposta aqui não culpabilizá-las,
mas reconhecer suas vulnerabilidades e defender a promoção do acesso
às políticas públicas, as quais devem apoiá-las no exercício de sua função
protetiva.
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pertencimento/participação social de famílias e
adolescentes

- Essa concepção de famílias por parte da sociedade e do Estado, muitas


vezes, decorre de um processo de assimilação cultural hegemônica, de
um discurso midiático que envolve a moralização e a criminalização da
pobreza e o apelo à punição.

2 - desafios do atendimento familiar na medida socioeducativa -


importância da participação das famílias nos PIAS; o papel da medida
socioeducativa no fortalecimento dos vínculos familiares; a necessidade da
articulação em rede para oferta de suporte às famílias e acesso às políticas
públicas; a importância da formação profissional para o atendimento
qualificado às famílias.

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pertencimento/participação social de famílias e
adolescentes

Considerações finais

- Como pensarmos estratégias, ações, atividades que possam propiciar a


mobilização e a participação mais ativa de famílias na socioeducação?
- Vivemos um cenário de significativo afastamento das famílias dos serviços
públicos, incluindo-se aqueles atinentes ao atendimento socioeducativo, seja
pela pós pandemia, intensificação das expressões da questão social, seja por
uma descrença nos serviços públicos, entre outros.

- Apostas:

- Investir em condições para elas estarem presente;


- Possibilitar espaços de escuta de suas necessidades sociais;
- Se aproximar do território, da realidade local, via integração com a rede.

- Informe/Convite: I Encontro Regionalizado de Socioeducação da


Baixada Fluminense: integrando os Programas de meio fechado e aberto
(parceria entre SEDSODH e DEGASE com previsão para o mês de setembro)

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pertencimento/participação social de famílias e
adolescentes

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Obrigada!

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Moraes, 111, Galeão – Ilha do
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TEL: (21) 2332-7737
(21) 96540-2052
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6ªfeira de 8h às 17h.

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