Aula 11 Permuta e Doação
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CONTRATO DE DOAÇÃO
DA TROCA.-art, 533 do CC
A troca ou permuta é o contrato pelo qual as partes se obrigam a dar uma coisa por outra que
não seja dinheiro. (rem por rem)
São suscetíveis de troca todas as coisas que poderem ser vendidas, não sendo necessário
que os bens sejam da mesma espécie.
Se porventura um dos contraentes em vez da coisa, prestar um serviço, não se terá troca.
O artigo 533 dispõe que aplica-se a troca os mesmos dispositivos legais da compra e venda,
mas nos incisos I e II, estabelece normas peculiares à troca, que são:
DOAÇÃO – contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere de seu patrimônio bense
vantagens para o de outra, que o aceita (artigo 538 do CC).
ELEMENTOS DA DOAÇÃO:
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DA ACEITAÇÃO
A Aceitação pode ser expressa ou tácita e ainda algumas vezes a lei a presume.
Visto ser a doação um contrato solene (art. 541 do C.C.) lhe impões uma forma que deverá
ser observada, sob pena de não valer o contrato.
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ESPÉCIE DE DOAÇÃO
A) DOAÇÃO PURA - feita por mera liberalidade, sem condição presente ou futura, sem
encargos, sem termo, etc.
B) DOAÇÃO REMUNERATÓRIA, feita com o propósito de pagar um serviço prestado pelo
donatário, mas cujo corespectivo não foi, ou não podia ser exigido.
C) DOAÇÃO COM ENCARGO – na qual se impõe ao donatário uma contraprestação que lhe
deve cumprir e donde resulta vantagem para o doador ou para terceiros.
D) DOAÇÃO EM FORMA DE SUBVENÇÃO PERIÓDICA – é doação condicional resolutiva,
isto é, constitui-se como pensão regular prestada pelo doador, extinguindo-se com sua
morte, salvo se houver disposição em contrário. Significa constituição de renda, a título
gratuito (artigo 456 do CC).
E) DOAÇÃO COM CLÁUSULA DE RETORNO - possibilitada pelo artigo 547 do CC, é ela
portadora de uma condição resolutiva expressa, visto que entre as cláusulas do negócio
uma dispõe sobre a volta ao patrimônio do doador dos bens doados, caso este sobreviva
ao donatário.
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DOAÇÃO DE PARTE INOFICIOSA
ART. 549 DO C.C - nula a doação quanto à parte que exceder e de que o doador no
momento da liberalidade, podia dispor por testamento.
A lei civil restringiu a liberalidade de testar, das pessoas com herdeiros necessários, à
metade de seus bens. A outra metade constitui reserva ou legítima de seus descendentes e
ascendentes.
Se a pessoa não tem herdeiros necessários (ascendentes, descendentes ou cônjuges),
ampla é a liberdade de doar ou de testar, a qual só encontram obstáculo na impossibilidade de
fazer doação de todos os bens.
Para se calcular o montante do patrimônio é por conseguinte o montante que pode alienar a
título gratuito, fixou o legislador o momento da liberalidade.
A ação revogatória da doação inoficiosa deve ser proposta desde o momento da
liberalidade, quando começa a correr a prescrição.
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DOAÇÃO DE PAIS A FILHOS- Art 544 CC
É aquela que importa em adiantamento da legítima, ou seja, daquilo que por morte
do doador o donatário receberia.
Estas doações são meras liberalidades e o que a diferencia das outras doações é o fato
de o artigo 544 do C.C. considerá-las adiantamento de legítima.
O propósito do legislador é assegurar a igualdade dos quinhões hereditários.
Para a liberalidade beneficiar um filho em detrimento dos outros é preciso que o
doador o inclua em sua quota disponível, com expressa menção de que o donatário
fica dispensado da colação.
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DOAÇÃO DE TODOS OS BENS DO DOADOR – art. 548 do C.C.,
É nula a doação de todos os bens sem reserva de parte, ou renda suficiente para
subsistência do doador.
Nula será tal doação, mesmo que haja para o donatário o encargo de prover a subsistência
do doador enquanto este viver (RT 515/87 e 461/89).
A proibição do artigo 548 do C.C. poderá ser ilidida se o doador se reservar o usufruto dos
bens (RT 114/78; 440/76 e 461/193).
A lei brasileira é incisiva ao determinar a nulidade integral, embora a nulidade apenas da
metade permitisse ao doador viver bem.