Mitologia Dos Orixás

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Mitologia dos Orixás

Reginaldo Prandi
Mitologia dos Orixás

Um dia, em terras africanas dos povos iorubás,


um mensageiro chamado Exu andava de aldeia
em aldeia à procura de solução para terríveis
problemas que na ocasião afligiam a todos, tanto
os homens como os orixás.
Mitologia dos Orixás

Conta o mito que Exu foi aconselhado a ouvir do


povo todas as histórias que falassem dos dramas
vividos pelos seres humanos, pelas próprias
divindades, assim como por animais e outros
seres que dividem a Terra com o homem.
Mitologia dos Orixás

Histórias que falassem da ventura e do


sofrimento, das lutas vencidas e perdidas, das
glórias alcançadas e dos insucessos sofridos, das
dificuldades na luta pela manutenção da saúde
contra os ataques da doença e da morte.
Mitologia dos Orixás

Todas as narrativas a respeito dos fatos do cotidiano,


por menos importantes que pudessem parecer, tinham
que ser devidamente consideradas. Exu deveria estar
atento também aos relatos sobre as providências
tomadas e as oferendas feitas aos deuses para se
chegar a um final feliz em cada desafio enfrentado.
Mitologia dos Orixás

Assim fez ele, reunindo 301 histórias, o que


significa, de acordo com o sistema de
enumeração dos antigos iorubás, que Exu juntou
um número incontável de histórias.
Mitologia dos Orixás

Realizada essa pacientíssima missão, o orixá mensageiro tinha diante


de si todo o conhecimento necessário para o desvendamento dos
mistérios sobre a origem e o governo do mundo dos homens e da
natureza, sobre o desenrolar do destino dos homens, mulheres e
crianças e sobre os caminhos de cada um na luta cotidiana contra os
infortúnios que a todo momento ameaçam cada um de nós, ou seja, a
pobreza, a perda dos bens materiais e de posições sociais, a derrota
em face do adversário traiçoeiro, a infertilidade, a doença, a morte.
Mitologia dos Orixás

ORUNMILÁ ou IFÁ

Conta-se que todo esse saber foi dado a um


adivinho de nome Orunmilá, também chamado
Ifá, que o transmitiu aos seus seguidores, os
sacerdotes do oráculo de Ifá, que são chamados
babalaôs ou pais do segredo.
Mitologia dos Orixás

BABALAÔS
• Pais do segredo.

• Sacerdotes do oráculo de Ifá.

• Durante a iniciação para o exercício da


atividade oracular, aprendem essas histórias
primordiais.
Mitologia dos Orixás

HISTÓRIAS PRIMORDIAIS
• Relatam fatos do passado que se repetem a cada dia na
vida dos homens e mulheres.
• Para os iorubás antigos, nada é novidade.

• Tudo o que acontece já teria acontecido.

• Identificar no passado mítico o acontecimento que


ocorre no presente é a chave da decifração oracular.
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DEZESSEIS

Os mitos orais organizados em dezesseis


capítulos.

Cada capítulo dividido em dezesseis partes.

ODU é cada segmento de um capítulo.


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ODU

Contém a história capaz de identificar tanto o


problema trazido pelo consulente como sua
solução, seu remédio mágico, que envolve a
realização de algum sacrifício votivo aos deuses,
os orixás.
Mitologia dos Orixás

BABALAÔ
Deve saber em qual dos capítulos e em que ODU
encontra-se a história que fala dos problemas de
seu consulente.
Mitologia dos Orixás

BÚZIOS
Dezesseis búzios são jogados para auxiliar na
adivinhação.
Eles indicam qual o ODU e, dentro dele, o mito
que procura.
Mitologia dos Orixás

EXU

É o mensageiro responsável pela comunicação


entre o adivinho e Orunmilá, o deus do oráculo.

É quem dá a resposta.

É quem realiza o transporte das oferendas ao


mundo dos orixás.
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ARTE da ADIVINHAÇÃO

Sobrevive na África, entre os seguidores da


religião tradicional dos orixás.

No Brasil, no candomblé.

Em Cuba, na santeria.
Mitologia dos Orixás

Na África e em Cuba  os adivinhos são os


BABALAÔS.

No Brasil, os PAIS e MÃES DE SANTO.


Mitologia dos Orixás

No Brasil
A arte divinatória com os búzios foi simplificada.
O corpo dos mitos foi desligada da prática divinatória.
Preservou-se os nomes dos ODUS, as previsões e os EBÓS
(oferendas propiciatórias) e o nome dos orixás.
Orunmilá foi sendo esquecido.
Exu passou a ocupar o papel central na prática oracular do jogo de
búzios.
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OS MITOS

Continuaram presentes na explicações da Criação.

Na composição dos atributos dos orixás.

Na justificativa religiosa dos tabus, muito


presentes no cotidiano do candomblé.
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A PARTIR DA DÉCADA de 1960

Significativo reavivamento das religiões


tradicionais dos orixás.

Na Bahia, grande expansão do candomblé e daí


para o território brasileiro.
Mitologia dos Orixás

PUBLICAÇÕES

Proliferação de publicações sobre a religião dos orixás.

Textos oraculares, coletâneas de mitos e fórmulas rituais


colhidos na África, em Cuba e no Brasil foram publicados
por pesquisadores e sacerdotes.

Publicados, no entanto, de forma fragmentada e pouco


sistematizada.
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PESQUISADORES e INTERESSADOS

Pesquisadores e seguidores (povo-de-santo).

Adesão de segmentos sociais de outras etnias.

Brancos provenientes de camadas sociais com mais


escolaridade.

O novo segmento culto contribuiu para o crescimento de


uma literatura.
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OBJETIVO DO LIVRO MITOLOGIA DS


ORIXÁS
Juntar e organizar os mitos africanos e afro-
americanos dos orixás.
Mitologia dos Orixás

OS ORIXÁS e OS MITOS
Mitologia dos Orixás

ORIXÁS

São deuses que receberam de OLODUMARÊ ou


OLORUM a incumbência de criar o mundo.

Cada um ficou responsável por um aspecto da


natureza, da vida social e da vida do homem.
Mitologia dos Orixás

PANTEÃO IORUBANO
Cerca de uma vintena.
Cultuados na África e na América.
Alguns esquecidos ou lembrados conforme o
lugar.
Mitologia dos Orixás

EXU
ou
LEGBÁ
ou
BARÁ
ou
ELEGUÁ
Mitologia dos Orixás

EXU

Orixá sempre presente.

O culto de cada um dos outros orixás depende de


seu papel de mensageiro.

Sem ele orixás e humanos não podem se


comunicar.
Mitologia dos Orixás

EXU

Sem sua participação não há movimento,


mudança ou reprodução, nem trocas mercantis,
nem fecundação biológica.

Grosseiramente identificado, pelos missionários


cristãos, com o diabo.
Mitologia dos Orixás

OGUN
Mitologia dos Orixás

OGUN

Governa o ferro, a metalurgia, a guerra.

Dono dos caminhos, da tecnologia e das


oportunidades de realização pessoal.
Mitologia dos Orixás

OGUN
Num tempo arcaico, era o orixá da agricultura, da caça e
da pesca. Muito próximo de Oxóssi ou Odé e outros
orixás caçadores como Erinlé ou Ibualama, Logum Edé e
Otim, donps da vegetação e da fauna.

Detém a chave da sobrevivência do homem através do


trabalho.
Mitologia dos Orixás

OXÓSSI
ou
ODÉ
Mitologia dos Orixás

OXÓSSI
Orixá da caça e da fartura.
Associado ao frio, à noite e à lua, suas plantas são refrescantes.
Ligado à floresta, à árvore, aos antepassados.
Ensina o equilíbrio ecológico e não o aspecto predatório da
relação do homem com a natureza.
Rege a lavoura e a agricultura.
Mitologia dos Orixás

ERINLÉ
ou
IBUALAMA
Mitologia dos Orixás

ERINLÉ

Caçador, pescador e médico-botânico, neste aspecto muito

similar a Osanyin (Ossain), pelo que o cajado dos sacerdotes

de Erinlé (òsù-erínlè) assemelha-se ao cajado dos sacerdotes

de Ossain.

Embora possa ser descrito como uma divindade hermafrodita,

nas terras Yorubás é cultuado como uma divindade masculina.


Mitologia dos Orixás

ERINLÉ

No candomblé Ketu, no Novo Mundo, Erinlé é apresentado

muitas vezes como Oxóssi ou Ibualama, um velho caçador, ou

como Inlé, um jovem delicado.

Certo é que Erinlé mora na floresta como Ossain e Oxóssi,

possuindo ainda ligação com Okô, o Orixá da agricultura, e ao

mesmo tempo nas águas como Yemanjá, Oxum e Otin.


Mitologia dos Orixás

ERINLÉ

Dessa ligação com as águas se diz que Erinlé mora


onde a água doce se encontra com a água salgada.

Erinlé seria acompanhado por Abatan, sua


contrapartida feminina, metade do equilíbrio
masculino-feminino.
Mitologia dos Orixás

LOGUM EDÉ
Mitologia dos Orixás

LOGUM EDÉ
É o orixá da riqueza e da fartura.

Filho de Oxum e Oxóssi, deus da guerra e da água.

É, sem dúvida, um dos mais bonitos orixás do


Candomblé, já que a beleza é uma das principais
características dos seus pais.
Mitologia dos Orixás

LOGUM EDÉ
Dizem que apresenta uma dualidade masculina-feminina.
Versões antigas afirmam que é um orixá do sexo masculino.
Não muda de sexo a cada seis meses.

Sua dualidade se dá em nível comportamental, já que em determinadas


ocasiões pode ser doce e benevolente como Oxum e em outras, sério e
solitário como Oxóssi.

É um orixá de contradições; nele os opostos se alternam.

É o deus da surpresa e do inesperado.


Mitologia dos Orixás

OTIM
Mitologia dos Orixás

OTIM

Filha de Erinlé, orixá da caça.

Alguns dizem ser esposa ou irmã de Oxóssi e


que o acompanha pelas matas, caçando.

Defende tanto o caçador, quanto a caça.


Mitologia dos Orixás

OTIM
No Batuque, é cultuado como Orixá feminino.
No candomblé (Nação Ketu e Nagô) existem dois Orixás, (qualidades de
Orixás) Odé Inlé e Oxum Otin - caçadora, arisca, que dizem não
incorporar.
Algumas fontes trazem a informação de que Otim foi criada pela
imaginação de Odé, pois era muito sozinho.
Ele imaginou tanto e com tanta vontade uma companheira, que Otim
apareceu para ele, sendo o único Orixá que não esteve viva na Terra.
Mitologia dos Orixás

OTIM

A função de Otim é levar água para os Orixás.


Aparentemente, Otim (Orixá) é um Orixá feminino,
ligada a Oxóssi, Ossain, Oxum, Yemanjá, Ogum, dentre
outros.

Orixá da caça, das presas, da floresta, aparentemente


também tem domínio sobre as águas.
Mitologia dos Orixás

OTIM

É representada carregando uma jarra na cabeça, pois é ligada


também a agricultura.

Odé Otin, qualidade de Oxóssi - Um Oxossi azul, usa capanga e


lança.

Vive no mato a caçar.

Come toda espécie de caça, mas tem como preferência o búfalo.


Mitologia dos Orixás

ORIXÁ OCÔ
Mitologia dos Orixás

ORIXÁ OCÔ

Divide com Ogum o patronato da agricultura.

Esquecido no Brasil, pelo fato do candomblé se


tornar uma religião urbana.
Mitologia dos Orixás

NANÃ
Mitologia dos Orixás

NANÃ
Mitologia dos Orixás

NANÃ

Guardiã do saber ancestral.

Participa com outros orixás do panteão da Terra.

Associada às águas paradas e à lama dos pântanos.

É a decana dos Orixás.


Mitologia dos Orixás

NANÃ

Primeira esposa de Oxalá, com quem teve três


filhos:

IROCO (ou Tempo)

OBALUAÊ (ou Omulu)

OXUMARÉ
Mitologia dos Orixás

NANÃ

Senhora da vida (lama primordial) e da morte


(dissolução do corpo físico na terra).

Seu símbolo é o IBIRI, feixe de ramos de folha


de palmeiras, com a ponta curvada e enfeitada de
búzios.
Mitologia dos Orixás

ONILÉ

A MÃE TERRA

Senhora do planeta em que vivemos.

Suas atribuições foram redistribuídas entre Nanã e


outros orixás que muitos seguidores consideram
filhos seus.
Mitologia dos Orixás

ONILÉ

A MÃE TERRA

Nanã é a dona da lama do fundo dos lagos e com


a qual foi modelado o ser humano.

O orixá mais velho do panteão na América.


Mitologia dos Orixás

ONILÉ

A MÃE TERRA

Senhora do planeta em que vivemos.

Suas atribuições foram redistribuídas entre Nanã e


outros orixás que muitos seguidores consideram
filhos seus.
Mitologia dos Orixás

ONILÉ
A MÃE TERRA
São seus filhos:
OXUMARÊ
OMULU
EUÁ
Mitologia dos Orixás

OXUMARÊ
Mitologia dos Orixás

OXUMARÊ
O arco-íris.
Deus serpente que controla a chuva, a fertilidade
da terra e a prosperidade propiciada pelas boas
colheitas.
Mitologia dos Orixás

OXUMARÉ

Filho mais novo e preferido de Nanã.

Participou da criação do mundo, enrolando-se em


redor da terra, reunindo a matéria, dando forma ao
mundo.

Desenhou vales e rios, rasejando mundo afora.


Mitologia dos Orixás

OXUMARÉ
Responsável pela sustentação do mundo, controla o
movimento dos astros e oceanos.
Representa o movimento, a fertilidade, o continuum da
vida.
Cobra que morte a própria cauda, num ciclo constante.
Mitologia dos Orixás

OXUMARÉ

Filho mais novo e preferido de Nanã.

Participou da criação do mundo, enrolando-se em


redor da terra, reunindo a matéria, dando forma ao
mundo.

Desenhou vales e rios, rasejando mundo afora.


Mitologia dos Orixás

OXUMARÉ
Carrega as águas dos mares para o céu, para a formação
das chuvas.
Arco-íris, a grande cobra colorida.
Associado também ao cordão umbilical, viabiliza
também a comunicação entre os homens, o mundo
sobrenatural e os antepassados.
Mitologia dos Orixás

OMULU
ou
OBALUAÊ
ou
XAPANÃ
ou
SAPATÁ
Mitologia dos Orixás

OMULU ou OBALUAÊ

Ou XAPANÃ ou SAPATÁ

Senhor da peste, da varíola,


da doença infecciosa,
conhecedor de seus segredos
e de sua cura.
Mitologia dos Orixás

OMULU ou OBALUAÊ

Ou XAPANÃ ou SAPATÁ

Filho de Nanã, irmão de Iroco e Oxumaré.

Tem o corpo e o rosto coberto por palha-da-costa a fim de


esconder as marcas da varíola.

Em outras lendas, por ter o brilho do sol e não poder ser


olhado de frente.
Mitologia dos Orixás

OMULU ou OBALUAÊ
Ou XAPANÃ ou SAPATÁ
Criado por Iemanjá, pois Nanã o rejeitara por ser
feio, manco e com o corpo coberto de feridas.
Mitologia dos Orixás

OMULU ou OBALUAÊ

Ou XAPANÃ ou SAPATÁ

Responsável pelas passagens de plano para plano, de


dimensão para dimensão, da carne para o espírito, do
espírito para a carne.

Responsável pela saúde e pelas doenças.

Possui estreita ligação com a morte.


Mitologia dos Orixás

OMULU ou OBALUAÊ

Ou XAPANÃ ou SAPATÁ

Obaluaê é a forma mais velha do Orixá,


enquanto Omulu é a sua versão mais jovem,
embora para a maioria as figuras e os arquétipos
sejam idênticos.
Mitologia dos Orixás

OMULU ou OBALUAÊ
Ou XAPANÃ ou SAPATÁ

Enquanto sua mãe se responsabiliza pela decantação dos


espíritos que reencarnarão, Obaluaê estabelece o cordão
energético que une espírito e feto, que será recebido no
útero materno assim que tiver o desenvolvimento celular
básico, o dos órgãos físicos.
Mitologia dos Orixás

OMULU ou OBALUAÊ

Ou XAPANÃ ou SAPATÁ

Conhecido como médico dos pobres.

Com seu xarará (feixe de piaçavas ou


maço de palha-da-costa, enfeitado
com búzios e miçangas), afasta as
enfermidades, trazendo a cura.
Mitologia dos Orixás
Mitologia dos Orixás

OMULU ou OBALUAÊ

Ou XAPANÃ ou SAPATÁ

Guardião também das almas que ainda não se


libertaram do corpo físico.

Senhor da calunga (cemitério).


Mitologia dos Orixás

EUÁ
Mitologia dos Orixás

EUÁ

Divindade do rio Yewa.

Também conhecida como Iya Wa.

Dona do mundo e dos horizontes.

Ligada às águas e, por vezes, associada è fertilidade.

Orixá feminino das fontes.

Preside o solo sagrado onde repousam os mortos.


Mitologia dos Orixás

EUÁ

Em algumas lendas, é esposa de Obaluaiê ou


Omulu.

Noutras, é esposa de Oxumaré.

Relacionada à faixa branca do arco-íris.

A metade feminina de Oxumaré.


Mitologia dos Orixás

EUÁ

Protetora das virgens.

Tem o poder da vidência.

Senhora do céu estrelado.

Às vezes, confundida com Oxum, Iansã e Iemanjá.


Mitologia dos Orixás

EUÁ
Seus símbolos:
ARPÃO
OFÁ (arco e flecha) dourado
ESPINGARDA ou uma
SERPENTE DE METAL.
Simbolizada pelo raio de
sol, neve e palmeiras em
forma de leque.
Mitologia dos Orixás

IROCO
Mitologia dos Orixás
IROCO
Mitologia dos Orixás
IROCO
Mitologia dos Orixás
IROCO
Mitologia dos Orixás

IROCO
Mitologia dos Orixás
IROCO
Mitologia dos Orixás

IROCO

Árvore centenária.

Em sua copa, habitam aves misteriosas e


temidas, portadoras de feitiço.

De culto raro no Brasil.


Mitologia dos Orixás

XANGÔ
Mitologia dos Orixás

XANGÔ
Mitologia dos Orixás

XANGÔ
Mitologia dos Orixás

XANGÔ
Dono do trovão.
Conhecedor dos caminhos do poder secular.
Governador da justiça.
Um dos primeiros reis da cidade de Oió que submeteu
por muito tempo as demais cidades iorubanas.
Mitologia dos Orixás

XANGÔ

Grande patrono das religiões dos orixás no Brasil.

Culto associado às suas esposas OIÁ, OBÁ e


OXUM.

Elas: orixás de rios africanos.


Mitologia dos Orixás

OIÁ

ou

IANSÃ
Mitologia dos Orixás

OIÁ

ou

IANSÃ
Mitologia dos Orixás

OIÁ

ou

IANSÃ
Mitologia dos Orixás

OIÁ

ou

IANSÃ
OIÁ ou IANSÃ Mitologia dos Orixás
Mitologia dos Orixás

OIÁ ou IANSÃ

Dirige o vento, as tempestades e a sensualidade


feminina.

Senhora do raio.

Soberana dos espíritos dos mortos,


encaminhando-os para o outro mundo.
Mitologia dos Orixás

OIÁ ou IANSÃ

Dirige o vento, as tempestades e a sensualidade


feminina.

Senhora do raio.

Soberana dos espíritos dos mortos,


encaminhando-os para o outro mundo.
Mitologia dos Orixás

OIÁ ou IANSÃ

Orixá guerreira.

Senhora dos espíritos desencarnados, os EGUNS.

Sensual, representa o arrebatamento e a paixão.

Foi esposa de Ogum e depois de Xangô.


Mitologia dos Orixás

OIÁ ou IANSÃ

Irrequieta e impetuosa.

Senhora do movimento

Em algumas casas, é o dona do teto.

Uma de suas funções é preparar a consciência dos espíritos


desencarnados à margem da Lei para encaminhá-los a
outra linha de evolução.
Mitologia dos Orixás

OBÁ
Mitologia dos Orixás

OBÁ
Mitologia dos Orixás

OBÁ

Dirige a correnteza dos rios.

Dirige vida doméstica das mulheres no contínuo


fluxo do cotidiano.

Orixá do rio Níger, irmã de Iansã.

Terceira e mais velha esposa de Xangô.


Mitologia dos Orixás

OBÁ

Prima de Euá, assemelhando-se a ela em muitos aspectos.

Nas festas de Xangô, leva as brasas para o seu reino


(símbolo do devotamento e da lealdade ao marido).

Guerreira e pouco feminina.

Repudiada pelo marido, rondava o palácio com a intenção


de a ele retornar.
Mitologia dos Orixás

OXUM
Mitologia dos Orixás

OXUM
Mitologia dos Orixás

OXUM
Mitologia dos Orixás

OXUM
Preside o amor e a fertilidade.
Dona do ouro e da vaidade.
Senhora das águas doces.
Orixá do feminino e da feminilidade.
Ligada ao rio Oxogbô, em Ijexá (Nigéria).
Mitologia dos Orixás

OXUM

Senhora das águas doces, dos rios, das águas


quase paradas das lagoas não pantanosas, das
cachoeiras e, em algumas qualidades e situações,
também da beira-mar.
Mitologia dos Orixás

OXUM

Sua beleza e graça são alimentadas com joias, colares,


pulseiras e espelhos.

Filha predileta de Oxalá e Iemanjá.

Esposa de Oxóssi, de Ogum e Xangô.

Senhora do ouro (na África, cobre), das riquezas, do amor.


Mitologia dos Orixás

OXUM
Orixá da fertilidade, da maternidade, do ventre
feminino.
A ela se associam as crianças.

Tudo o que se refere ao universo feminino é


valorizado: menstruação, fertilidade, maternidade.
Mitologia dos Orixás

IEMANJÁ
IEMANJÁ Mitologia dos Orixás
IEMANJÁ Mitologia dos Orixás
Mitologia dos Orixás

IEMANJÁ

Senhora das grandes águas.

Mãe dos deuses, dos homens e dos peixes.

Rege o equilíbrio emocional e a loucura.

É o orixá mais conhecido no Brasil.

Uma das mães primordiais, está presente em muitos mitos


que falam da criação do mundo.
Mitologia dos Orixás

IEMANJÁ

Protetora de pescadores e jangadeiros.

Suas festas são muito populares tanto no


Candomblé quanto na Umbanda.

Senhora dos mares, das marés, da ressaca, dos


maremotos, da pesca, da vida marinha.
Mitologia dos Orixás

IEMANJÁ

Conhecida como Deusa das Pérolas.

É o orixá que apara a cabeça dos bebês na hora do nascimento.

Rege os lares, as casas, as uniões, as festas de casamento, as


comemorações familiares.

Responsável pela união e pelo sentido de família, por laços


consanguíneos ou não.
OLOCUM Mitologia dos Orixás
Mitologia dos Orixás

OLOCUM
Orixá esquecido no Brasil.
Pouco lembrado em Cuba.
Antiga senhora do oceano.
Senhora das profundezas da vida.
Senhora dos mistérios insondáveis.
Mitologia dos Orixás

AJÊ XALUGÁ
Mitologia dos Orixás

AJÊ
XALUGÁ
Mitologia dos Orixás

AJÊ XALUGÁ
Antigo orixá regente da riqueza da conquista da
riqueza, da prosperidade material, dos negócios
lucrativos.
Mitologia dos Orixás

As

IÁ MI OXORONGÁ
Mitologia dos Orixás

As IÁ MI OXORONGÁ

Divindades femininas primordiais, às quais está


associado o culto de Iemanjá.

São nossas mães ancestrais.

Donas de todo conhecimento e senhoras do


feitiço.
Mitologia dos Orixás

As IÁ MI OXORONGÁ

Representantes da ancestralidade feminina da


humanidade.

Lembradas muito discretamente em ritos aos


antepassados celebrados em velhos candomblés.
Os Gêmeos IBEJIS Mitologia dos Orixás
Mitologia dos Orixás

Os Gêmeos IBEJIS
Mitologia dos Orixás

Os Gêmeos IBEJIS
Orixás crianças que presidem a infância e a
fraternidade.
Presidem a duplicidade e o lado infantil dos
adultos.
Mitologia dos Orixás

Os Gêmeos IBEJIS

Formado por duas entidades distintas, indicam a


contradição de opostos que se complementam.

Tudo o que se inicia está associado aos Ibejis: o


nascimento de um ser humano, a nascente de um
rio, etc.
Mitologia dos Orixás

Os Gêmeos IBEJIS

São associados aos gêmeos TAIWO (“o que


sentiu primeiro o gosto da vida”) e KAINDE (“o
que demorou a sair”).

Seus pais variam de lenda para lenda.

A mais conhecida diz ser Xangô e Oxum.


Mitologia dos Orixás

Os Gêmeos IBEJIS

Sincretismo com os santos Cosme e Damião.

Têm um irmão mais novo: DOUM.

São responsáveis em zelar pelo parto e pela


infância.

Também pela promoção do amor e da união.


Mitologia dos Orixás

ORÔ
Mitologia dos Orixás

ORÔ
Temido espírito das florestas, de rugido assustador.

Pouco lembrado.

Cultuado na África pelos membros de uma


sociedade secreta encarregada da punição dos
bandidos, feiticeiros e mulheres adúlteras.
OQUÊ Mitologia dos Orixás
Mitologia dos Orixás

OQUÊ
A montanha.
Elevação que nasce do oceano,
A segurança da terra firme.
Base da vida humana.
Mitologia dos Orixás

OQUÊ

De culto esquecido.

Orixá das montanhas, das colinas, dos pontos


altos.

Guardião dos outros Orixás.

Sicretizado, em Cuba, com São tiago Apóstolo.


Mitologia dos Orixás

OQUÊ

Segundo a mitologia iorubana, no princípio havia apenas


água no mundo, governado por Olocum (mar).

Oraniã (filho de Odudua, um dos princípios da criação),


pela força recebida de Olofim (aspecto criador do Deus
Supremo, cansado de tanta água) fez surgir do fundo do
oceano uma montanha de terra (Oquê).
Mitologia dos Orixás

OQUÊ

Nela foi possível desenvolver-se a vida.

Nela, Olofim reuniu os Orixás e determinou a


cada um quais seriam seus domínios.
Mitologia dos Orixás

ORUNMILÁ
ou
IFÁ
Mitologia dos Orixás

ORUNMILÁ ou IFÁ
Conhecedor do destino dos homens.
Detém o saber do oráculo.
O que ensina como resolver toda sorte de problema e aflição.
Seus sacerdotes são os BABALAÔS.
Disputam com os sacerdotes de Ossaim a cura de todos os
males que destroem a saúde.
Mitologia dos Orixás

OSSAIM
Mitologia dos Orixás

OSSAIM
Conhecedor do poder mágico e curativo das folhas.
Sem sua ciência nenhum remédio mágico funciona.
Cultuado em todos os templos de orixás no Brasil e
Cuba.
Mitologia dos Orixás

OSSAIM

A confraria dos olossains (sacerdotes herboristas) não


sobreviveu entre nós.

Muito esquecido no Brasil.

Celebrado em centros preocupados com a recuperação de


tradições perdidas.

Em Cuba, é o baluarte da religião dos orixás.


Mitologia dos Orixás

OXALÁ
ou
OBATALÁ
ou
ORIXANLÃ
ou
OXALUFÃ
Mitologia dos Orixás

OXALÁ ou OBATALÁ ou ORIXANLÃ ou OXALUFÃ

Encabeça o panteão da Criação que criou o mundo natural, a


humanidade e o mundo social.

É o criador do homem.

Senhor absoluto do princípio da vida, da respiração, do ar.

Chamado de o GRANDE ORIXÁ = ORIXÁ NLÁ


Mitologia dos Orixás

OXALÁ ou OBATALÁ ou ORIXANLÃ ou


OXALUFÃ

Orixá velho e muito respeitado tanto pelos


devotos homens como pelos demais orixás,
alguns deles identificados como seus filhos.
Mitologia dos Orixás

OXALÁ ou OBATALÁ ou ORIXANLÃ ou


OXALUFÃ

Orixá velho e muito respeitado tanto pelos


devotos homens como pelos demais orixás,
alguns deles identificados como seus filhos.
Mitologia dos Orixás

OXALÁ ou OBATALÁ ou ORIXANLÃ ou OXALUFÃ

Possui duas qualidades básicas:

OXALUFÃ (Oxalá velho)

OXAGUIÃ (Oxalá novo)

Sincretizados com Deus Pai e Jesus Cristo do cristianismo.

Representa a sabedoria, a serenidade, a pureza do branco (o


funfun), o respeito.
Mitologia dos Orixás

OXAGUIÃ

ou

AJAGUNÃ
Mitologia dos Orixás

OXAGUIÃ ou AJAGUNÃ

Criador da cultura material.

Inventor do pilão que prepara o alimento.

Rege o conflito entre os povos.

No Brasil, é considerado uma invocação de Oxalá


quando jovem e guerreiro.
Mitologia dos Orixás

ODUDUA
Mitologia dos Orixás

ODUDUA
Criador da Terra, ancestral dos iorubás.
Responsável, junto com Oraniã, pelo surgimento das cidades.

Na África, há muita disputa entre seguidores de Odudua e os


de Obatalá.

No Brasil, ele foi confundido com um aspecto do próprio


Oxalá.
Mitologia dos Orixás

AJALÁ
Mitologia dos Orixás

AJALÁ

Fabrica as cabeças dos homens e mulheres.


Mitologia dos Orixás

ORI
ORI Mitologia dos Orixás
Mitologia dos Orixás

ORI

Responsável pela existência dos bons e maus


destinos.

Divindade da cabeça de cada ser humano.

Portador da sua individualidade.


Mitologia dos Orixás

ORI
A cabeça humana.
Receptáculo do conhecimento e do espírito.
Tão importante que cada orixá tem seu Ori.
Alimentado a fim de manter o equilíbrio.
É ainda a consciência presente em toda natureza e seus elementos.
Guiada pelo Orixá (força específica).
Mitologia dos Orixás

QUALIDADES e CAMINHOS

Cada orixá pode ser cultuado segundo diferentes


invocações.

No Brasil  QUALIDADES.

Em Cuba  CAMINHOS

Ex.: Iemanja Ogunté (jovem e guerreira) e Iemanjá Sabá


(velha e maternal).
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HOMEM-CÓPIA

Os iorubás acreditam que homens e mulheres


descendem dos orixás.

Não têm uma origem única e comum.

Cada um herda do orixá suas marcas e


características, propensões e desejos.
Mitologia dos Orixás

HOMEM-CÓPIA

Os orixás vivem em luta uns contra os outros,


defendem seus governos e procuram ampliar seus
domínios, valendo-se de todos os artifícios e
artimanhas, da intriga dissimulada à guerra aberta
e sangrenta, da conquista amorosa à traição.
Mitologia dos Orixás

HOMEM-CÓPIA

Os orixás alegram-se e sofrem, vencem e


perdem, conquistam e são conquistados, amam e
odeiam. Os humanos são apenas cópias
esmaecidas dos orixás dos quais descendem.
Mitologia dos Orixás

MITOS  POEMAS ORACULARES

Os mitos dos orixás originalmente fazem parte


dos poemas oraculares cultivados pelos
babalaôs.

Falam da criação d mundo e de como foi


repartido entre os orixás.
Mitologia dos Orixás

MITOS  POEMAS ORACULARES

Relatam uma infinidade de situações envolvendo


os deuses e os homens, animais e as plantas,
elementos da natureza e da vida em sociedade.
Mitologia dos Orixás

MITOS  POEMAS ORACULARES

Na sociedade iorubá (não-histórica) é pelo mito


que se alcança o passado e se explica a origem
de tudo.

É pelo mito que se interpreta o presente e se


prediz o futuro, nesta e na outra vida.
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CADERNOS

Usados, em Cuba, pelos babalaôs para escrever os


ODUS do oráculo.

Antes prevalecia a tradição oral.

No Brasil, pais e mães-de-santo.

Cadernos mantidos a segredo.


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CADERNOS
1928  primeiro caderno escrito, compilado por Agenor
Miranda Rocha.
A partir de 1930  escritores e cientistas sociais iniciam
a sistematização.
O antropólogo Artur Ramos  cria que a mitologia
iorubá estava degradada e perdida.
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Roger Bastide, sociólogo francês, nos anos 40 e


50, discerniu a presença viva destes mitos.

No Brasil, o trabalho de Pierre Fatumbi


Verger, pesquisando na Bahia.
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Pierre Fatumbi Verger


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Roger Bastide
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Pai Agenor Miranda Rocha


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Artur Ramos
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PRIMEIRAS OBRAS na África

Padre Baudin, 1884.

Coronel Ellis, 1894.

Leo Frobenius, 1949.

William Bascom, 1969, 1980, 1992.

Geoffrey Parrider, 1967.

Harold Courlander, 1973.

Wande Abimbola, 1975, 1976.

Ulii Beier, 1980 (o mais importante).


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PRIMEIRAS OBRAS em Cuba

Lydia Cabrera, 1954, 1974.

Natalia Aróstegui (1990, 1994).

Samuel Feijoo, 1986.

Rómulo Lachatañeré, 1940, 1992, 1995.


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PRIMEIRAS OBRAS no Brasil


Roger Bastide, 1945, 1961.
Pierre Fatumbi Verger, 1954, 1957.
Nina Rodrigues, 1898.
Artur Ramos, 1935, 1940, 1952.
Agenor Miranda Rocha, 1928.
Mitologia dos Orixás
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Reginaldo Prandi
Mitologia dos Orixás

REFERÊNCIAS

BARBOSA JÚNIOR, Ademir. Mitologia dos Orixás. Lições


e aprendizados. São Paulo: Anúbis, 2014.

PRANDI, Reginaldo. Mitologia dos Orixás. São Paulo:


Companhia das Letras, 2001.

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