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Professoras: Daguia

Eci. Felizardo Leite


DIZ A CANÇÃO: "É PRECISO SABER
VIVER
 No ano de 1999, em Paris, a Assembleia Geral das Nações Unidas
elaborou o Manifesto 2000 por uma Cultura de Paz e Não Violência,
visando à coleta de100 milhões de assinaturas no mundo inteiro até a
virada do milênio.
 O Manifesto, elaborado por uma comissão de ganhadores do Prêmio
Nobel da Paz, não se destinava às autoridades públicas, mas aos cidadãos
comuns, partindo do pressuposto de que o senso de responsabilidade se
dá na dimensão pessoal. Dessa forma, o tema da resolução de conflitos
ganhou proporções planetárias, enfatizando o uso de formas alternativas
(extrajudiciais) para viabilizar o entendimento entre as pessoas.
Para refletir:

A invenção da política, segundo a mitologia grega

 No começo, só havia o Céu e a Terra. Ambos eram deuses. O Céu se chamava Urano, e a Terra se
chamava Gaia. Durante séculos, ficaram se admirando, e um dia, completamente apaixonados, os dois
uniram-se. Dessa união, Gaia ficou grávida de muitos filhos, mas Urano não permitia que nascessem.
Ele não queria que houvesse outros entes entre ele e a amada e, além disso, temia que um dos filhos
fosse mais forte do que ele. Então Gaia tramou um plano com um dos filhos, Cronos, que estava no
seu ventre; deu a ele uma foice para que castrasse o pai. E assim foi feito. Impotente, Urano foi
lançado para os confins do mundo, e Cronos ocupou o seu lugar.
 cronos não impedia que seus filhos nascessem. Mas, com medo de ser superado em poder, devorava-
os tão logo chegavam ao mundo. Cansadas dessa tirania, sua esposa Reia e sua mãe Gaia tramaram
outro plano. Quando nasceu outro filho, as duas entregaram a Cronos uma pedra embrulhada em um
cobertor. Crente de que se tratava do filho, Cronos a engoliu imediatamente. Isso lhe causou uma dor
horrível e, enquanto ele se contorcia, Gaia pegou a criança e a criou escondida do pai.
 A criança era Zeus. Quando ele se tornou adulto, retornou para a casa paterna e castrou o pai,
que também foi lançado aos confins do mundo. Assim Zeus se tornou o mais forte dos deuses.
Mas, disposto a preservar o seu poder, inventou uma estratégia nova para lidar com tantos
deuses poderosos que viviam lutando entre si o tempo todo. Foi assim que ele criou a política, a
arte de equilibrar diferentes poderes, através da negociação. Para cada deus, ele deu alguma
coisa sobre a qual governar, estabelecendo que ninguém pudesse interferir nos domínios dos
outros. Assim é que Poseidon, por exemplo, se tornou o deus dos mares, enquanto Hades passou
a reinar sobre o vale dos mortos – um reino que nunca para de crescer.
 A partir dessa distribuição, Zeus cuida da sua arte o tempo todo, zelando pela política
intensamente. Pois sabe que, ao menor descuido, os poderes podem entrar em conflito
novamente, comprometendo a organização do mundo.
Características de um bom mediador
Ser bom ouvinte
 “[…] É importante que o mediador escute e entenda o que o outro diz. Não é
buscar a verdade, mas tentar compreender, no discurso dos envolvidos, a
leitura que cada um faz do que aconteceu", explica Catarina Lavelberg,
assessora psicoeducacional e colunista de Gestão Escolar. Para isso, ele deve
saber devolver para o outro o que compreendeu e confirmar se isso está
certo. Ser capaz de estabelecer um diálogo.
 […] ser capaz de conseguir criar um contexto de comunicação que facilite a
expressão das pessoas envolvidas no conflito. Ele deve deixar as pessoas
confortáveis para falar, sem que se sintam julgadas ou previamente
apontadas como culpados.
Ser sociável
 Em geral, um mediador de conflitos em uma escola tem
facilidade de se aproximar dos membros da comunidade escolar,
conquistando sua confiança.
Ser imparcial
 Ainda que conhecer os envolvidos seja um bom aspecto, isso
não pode interferir na imparcialidade do mediador. Por exemplo,
quando ele é chamado para interceder num caso de um estudante
que constantemente tem uma atitude inadequada, ele deve
avaliar se está tomando partido de um dos lados previamente.
"Se o mediador não souber separar, ele já vai pressupor que esse
estudante é o culpado", diz Celia Bernardes.
Ter cuidado
 com as palavras As palavras que o profissional usa para mediar um
conflito também são importantes. Segundo a pedagoga Adriana Ramos,
coordenadora do Grupo de Pesquisa em Educação Moral da
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) e da
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a linguagem
descritiva, expondo todos os fatos sem juízo de valor, favorece que os
envolvidos percebam o que está acontecendo e não julguem a
personalidade do outro.
Ter uma postura educativa
 Um mediador não deve adotar a postura de que resolverá o conflito. O
papel dele é ajudar os estudantes a compreenderem como eles podem
resolver a situação por conta própria. “A escola tem de investir em um
projeto educacional que preveja que os estudantes, ao longo da
escolaridade, sejam capazes de socializar e mediar os próprios
Trabalhar com o paradigma da responsabilização
[…] o mediador deve mudar seu paradigma de punição dos envolvidos
para o de responsabilização. Isso significa que, em vez de aplicar uma
sanção (como uma advertência, suspensão, etc.), ele deve fazer com que
os envolvidos assumam a responsabilidade por seus atos, corrigindo-os
sempre que possível (pedido de desculpas, reforma de equipamento
depredado, etc.).
1. Ódio, rancor, tristeza, frustração, mágoas... Todos nós estamos sujeitos
a esses e outros inúmeros sentimentos. Mas agir em função deles na hora
de resolver eventuais divergências, geralmente, é algo desastroso. Ao
invés de focar o problema, damos mais importância aos nossos
sentimentos e aos “defeitos” dos outros, o que só piora a situação. O
melhor a fazer quando sentirmos que não estamos em condições de lidar
com os conflitos sozinhos, é convidar uma terceira pessoa que nos ajude a
entrar em acordo com a parte conflitante.
Acompanhe atentamente a leitura desse fragmento de Fernando Pessoa e,
em seguida, reflita sobre o texto a partir das questões sugeridas.
As perguntas seguintes podem inspirá-lo nos comentários:
a) Se, segundo o narrador, ambos os amigos diziam a verdade e,
consequentemente, tanto um como o outro tinha razão, por que os dois
continuavam divergindo?
b) Qual a diferença entre as posições dos dois amigos em conflito e a
posição do narrador?
c) Em sua opinião, o narrador é uma pessoa adequada para mediar o
conflito que ele nos conta? Por quê? Como ele poderia agir em relação
a isso?
2. Agora que você já sabe um pouco mais sobre mediação de conflitos,
reflita um pouco sobre você mesmo nessa situação e responda às
perguntas a seguir:
a) Você sente em si mesmo qualidades que podem contribuir para a
mediação de divergências entre pessoas da sua convivência?
Quais seriam essas qualidades?
b) E quando uma das partes em conflito é você, como procura
resolvê-lo em um primeiro momento? Caso falhe essa primeira
tentativa, o que você faz?
c) Na ocorrência de um conflito entre você e um colega na escola,
a quem você recorreria, se fosse o caso, para fazer a mediação
entre vocês? Por quê?

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