Aula 1 Principios - Infração Penal

Fazer download em ppt, pdf ou txt
Fazer download em ppt, pdf ou txt
Você está na página 1de 60

DIREITO PENAL

Prof. RODRIGO VARELA


DIREITO PENAL
Prof. RODRIGO VARELA

1 ª AULA
PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL;
LEI PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO;
INFRAÇÃO PENAL;
DIREITO PENAL
Prof. RODRIGO VARELA

SUMÁRIO:
1.PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
2.LEI PENAL NO TEMPO
3.LEI PENAL NO ESPAÇO
4.INFRAÇÃO PENAL
5.CONTAGEM DE PRAZO
DIREITO PENAL
Prof. RODRIGO VARELA

SUMÁRIO:
1.PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
2.LEI PENAL NO TEMPO
3.LEI PENAL NO ESPAÇO
4.INFRAÇÃO PENAL
5.CONTAGEM DE PRAZO
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
1.1. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE

Art. 5º XXXIX CF - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena
sem prévia cominação legal;

Art. 1º CP - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem
prévia cominação legal

• Não basta existir a lei, deve estar vigorando antes da conduta


criminosa.

• Em regra a lei penal só tem aplicação aos fatos praticados após a


sua vigência (A lei penal deve ser anterior ao fato criminoso)
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
PENAL
1.2. PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL

Art. 5º XXXIX CF - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena
sem prévia cominação legal;

Art. 1º CP - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem
prévia cominação legal

• Somente a lei em sentido formal pode tratar de matéria penal

• Lei elaborada pelo Congresso Nacional


1. PRINCÍPIOS DO DIREITO
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
PENAL
1.3. IRRETROATIVIDADE E ULTRATIVIDADE DA LEI PENAL

Art. 5º XL CF - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;

Art. 2º CP - Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo


favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos
por sentença condenatória transitada em julgado

• Esse princípio trata de sucessão de leis penais no tempo e pode


gerar 4 possibilidades:

a)criação de crimes;
b)exclusão de crimes;
c)abrandamento de crimes;
d)agravamento de crimes
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
PENAL
1.3. IRRETROATIVIDADE E ULTRATIVIDADE DA LEI PENAL

1.3.1 . NOVA LEI INCRIMINADORA


Não retroage / só atinge fatos posteriores

1.3.2. ABOLITIO CRIMINIS

Art. 2º CP - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de
considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos
penais da sentença condenatória.

• Nova lei exclui crimes (condutas que deixam de ser criminosas)


• É causa de extinção da punibilidade (Art 107 III CP)
• Apaga todos os efeitos penais (encerra inquérito policial ou ação
penal; liberta os condenados e limpa o nome do criminoso)
• Não atinge efeitos civis (permite ação civil de reparação)
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
PENAL
1.3. IRRETROATIVIDADE E ULTRATIVIDADE DA LEI PENAL

1.3.3. NOVATIO LEGIS IN MELLIUS

Art. 2º CP - Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo


favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por
sentença condenatória transitada em julgado

• Nova lei mais benigna


• Atenua o poder punitivo / melhora a situação do réu
• Retroage sempre, mesmo para crimes transitados em julgado
• Para crimes transitados em julgados o juiz da VEP é quem julga.

1.3.4. NOVATIO LEGIS IN PEJUS

• Nova Lei mais gravosa


• Não Retroage e continua valendo a lei anterior (ultratividade da lei
revogada)
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
PENAL
1.4. LEIS TEMPORÁRIAS E EXCEPCIONAIS (Art. 3º CP)

Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período


de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram,
aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.

• Aplica-se a todos os fatos ocorridos durante a vigência, ainda


que a ação penal ocorra após o término da vigência da lei
• O fim da vigência da lei NÃO gera abolitio criminis
• É exceção a regra da Retraotividade da Lei Mais Benéfica

LEI TEMPORÁRIA LEI EXCEPCIONAIS


• A própria lei traz a data limite • A lei vigora enquanto
de sua vigência persistirem os motivos que a
motivaram
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
PENAL
1.5. PRINCÍPIO DA INTRANSCENDÊNCIA

Art. 5º XLV CF - nenhuma pena passará da pessoa do condenado,


podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de
bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles
executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;

• Também chamado de Princípio da Personalidade da Pena

• A pena não pode ultrapassar a pessoa do agente (inclusive multa)

• Exceções: Ressarcimento das vítimas / reparação do dano (Art 13 e


29 do CP e Art 5º XLV) (Bem de família pode ser atingido Art 3º VI Lei
8009)

• PRINCÍPIO DO “NE BIS IN IDEN” - Não se pode punir uma pessoa


mais de uma vez pelo mesmo crime.
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
PENAL
1.6. PRINCÍPIO DA HUMANIDADE DAS PENAS

Art. 1º CF A República Federativa do Brasil, formada pela união


indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se
em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
...
III - a dignidade da pessoa humana;

Art. 5º XLVII - não haverá penas:


a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84,
XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
PENAL
1.7. PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA

Art 5º XLVI CF - a lei regulará a individualização da pena e adotará,


entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;

• O juiz ao aplicar a pena deve levar em consideração a


culpabilidade de cada criminoso (individualizar as condutas)
• PRINCIPIO DA PROPORCIONALIDADE – punição proporcional à
conduta
• Rol das Penas Proibidas é taxativo
• Rol de Penas permitidas é enumerativo
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
PENAL
1.8. PRINCÍPIO DA LESIVIDADE
• Ao direito penal somente interessa a conduta que implica dano
social relevante aos bens jurídicos essenciais à sociedade.
• Não havendo lesividade aplica-se o PRINCIPIO DA
INSIGNIFICÂNCIA ou da Bagatela Jurídica.

1.9. PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA


• O Estado deve interferir o mínimo possível na vida do cidadão
• Somente fatos com relevância penal devem ser tipificados
(PRINCÍPIO DA FRAGMENTARIEDADE – seleção de condutas que
merecem intervenção criminal)
• Nem todo ato ilícito é crime !!
• Ex: descriminalização do crime de adultério
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
PENAL
1.10. PRINCÍPIO DA CULPABILIDADE
• Não existe crime se o cidadão não age pelo menos com culpa.
• Se o cidadão pratica um conduta criminosa, mas diante da situação
não era possível exigir que ele agisse de modo diferente ele não pode
ser punido.
1.11. CONFLITO APARENTE DE NORMAS
1.11.1. PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE
• A lei especial afasta a lei geral naquilo que for contrário
• Trata-se de um conflito aparente de normas
• Ex Lesão corporal culposa praticada na condução de veículo
automotor aplica-se o Art 303 do CTB e não o Art 129 CP
1.11.2. PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO
• O crime fim absorve o crime meio (dolo do crime mais grave)
• Ex: Lesão corporal necessária para pratica de homicídio
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
PENAL
1.11. CONFLITO APARENTE DE NORMAS

1.11.3. PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE


• A norma só é aplicada se não ocorrer crime mais grave
• Ex: Perigo para a vida ou saúde de outrem
Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente:
Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime
mais grave.

1.11.4. PRINCÍPIO DA ALTERNATIVIDADE


• CRIMES DE AÇÃO MÚLTIPLA - múltiplos verbos no tipo penal
• Praticando mais de um verbo aplica-se um único crime
• EX: Corrupção passiva
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em
razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
PENAL
1.12. QUESTÕES COMENTADAS

QUESTÃO 1

Prova: CESPE - 2013 - DEPEN – Agente Penitenciário Federal

Com base no texto acima e nos princípios utilizados para a solução


do conflito aparente de normas penais, julgue os itens seguintes.

81 Considere que Adolfo, querendo apoderar-se de bens


existentes no interior de uma casa habitada, tenha adentrado o
local e subtraído telas de LCD e forno micro-ondas. Nessa
situação, aplicando-se o princípio da consunção, Adolfo não
responderá pelo crime de violação de domicílio, mas somente
pelo crime de furto.

CERTO ERRADO
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
PENAL
1.12. QUESTÕES COMENTADAS

QUESTÃO 1

RESPOSTA CERTO

O principio da consunção de fato determina que o crime fim absorve os


crimes meios e o agente só responde pelo crime fim
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
PENAL
1.12. QUESTÕES COMENTADAS

QUESTÃO 2

Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: PRF Prova: Policial Rodoviário Federal

O princípio da legalidade é parâmetro fixador do conteúdo das normas


penais incriminadoras, ou seja, os tipos penais de tal natureza somente
podem ser criados por meio de lei em sentido estrito.

CERTO ERRADO
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
PENAL
1.12. QUESTÕES COMENTADAS

QUESTÃO 2

Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: PRF Prova: Policial Rodoviário Federal

O princípio da legalidade é parâmetro fixador do conteúdo das normas


penais incriminadoras, ou seja, os tipos penais de tal natureza somente
podem ser criados por meio de lei em sentido estrito.

CERTO ERRADO

Art. 1º CP - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem
prévia cominação legal

•Somente a lei em sentido formal pode tratar de matéria penal


1. PRINCÍPIOS DO DIREITO
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
PENAL
1.12. QUESTÕES COMENTADAS

QUESTÃO 3

Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: PRF Prova: Policial Rodoviário Federal

A extra-atividade da lei penal constitui exceção à regra geral de aplicação


da lei vigente à época dos fatos.

CERTO ERRADO
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
PENAL
1.12. QUESTÕES COMENTADAS

QUESTÃO 3

Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: PRF Prova: Policial Rodoviário Federal

A extra-atividade da lei penal constitui exceção à regra geral de aplicação


da lei vigente à época dos fatos.

CERTO ERRADO

Art. 2º CP - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de
considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais
da sentença condenatória.
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente,
aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença
condenatória transitada em julgado
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
PENAL
1.12. QUESTÕES COMENTADAS

QUESTÃO 4

Banca: CESPE - Órgão: PRF - Prova: Policial Rodoviário Federal - Ano:


2013

Havendo conflito aparente de normas, aplica-se o princípio da


subsidiariedade, que incide no caso de a norma descrever várias formas
de realização da figura típica, bastando a realização de uma delas para
que se configure o crime.

CERTO ERRADO
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
PENAL
1.12. QUESTÕES COMENTADAS

QUESTÃO 4

Banca: CESPE - Órgão: PRF - Prova: Policial Rodoviário Federal - Ano:


2013

Havendo conflito aparente de normas, aplica-se o princípio da


subsidiariedade, que incide no caso de a norma descrever várias formas
de realização da figura típica, bastando a realização de uma delas para
que se configure o crime.

CERTO ERRADO
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
PENAL
1.12. QUESTÕES COMENTADAS

QUESTÃO 4

Banca: CESPE - Órgão: PRF - Prova: Policial Rodoviário Federal - Ano:


2013

Havendo conflito aparente de normas, aplica-se o princípio da


subsidiariedade, que incide no caso de a norma descrever várias formas
de realização da figura típica, bastando a realização de uma delas para
que se configure o crime.

CERTO ERRADO

A situação descrita refere-se ao Principio da ALTERNATIVIDADE


1. PRINCÍPIOS DO DIREITO
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
PENAL
1.12. QUESTÕES COMENTADAS

QUESTÃO 5

Banca: CESPE - Órgão: Polícia Federal - Prova: Agente de Polícia Federal


Ano: 2014

No que se refere à aplicação da lei penal o item abaixo apresenta uma


situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada.

Sob a vigência da lei X, Lauro cometeu um delito. Em seguida, passou a


viger a lei Y, que, além de ser mais gravosa, revogou a lei X. Depois de
tais fatos, Lauro foi levado a julgamento pelo cometimento do citado delito.
Nessa situação, o magistrado terá de se fundamentar no instituto da
retroatividade em benefício do réu para aplicar a lei X, por ser esta menos
rigorosa que a lei Y.

CERTO ERRADO
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO
1. PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
PENAL
1.12. QUESTÕES COMENTADAS
QUESTÃO 5
Banca: CESPE - Órgão: Polícia Federal - Prova: Agente de Polícia Federal
Ano: 2014
Sob a vigência da lei X, Lauro cometeu um delito. Em seguida, passou a
viger a lei Y, que, além de ser mais gravosa, revogou a lei X. Depois de
tais fatos, Lauro foi levado a julgamento pelo cometimento do citado delito.
Nessa situação, o magistrado terá de se fundamentar no instituto da
retroatividade em benefício do réu para aplicar a lei X, por ser esta menos
rigorosa que a lei Y.

CERTO ERRADO

Ultratividade da Lei Revogada: consiste na possibilidade de uma lei se


aplicar a um fato cometido durante a sua vigência, mesmo após a sua
revogação.
DIREITO PENAL
Prof. RODRIGO VARELA

SUMÁRIO:
1.PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
2.LEI PENAL NO TEMPO
3.LEI PENAL NO ESPAÇO
4.INFRAÇÃO PENAL
5.CONTAGEM DE PRAZO
2. LEI PENAL NO TEMPO
2.1. TEORIA DA ATIVIDADE

Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou


omissão, ainda que outro seja o momento do resultado

• Outras teorias: Teoria do Resultado / Teoria Mista

• Ex: Paulo, com intenção de matar, atira em Pedro no sábado, mas


este só vem a morrer no domingo. Considera-se praticado o
homicídio no sábado.
2. LEI PENAL NO TEMPO
2.2. QUESTÕES COMENTADAS
QUESTÃO 1
Banca: CESPE - Órgão: TJ-PI - Prova: Titular de Serviços de Notas e de
Registros - Ano: 2013
Túlio atirou em Caio com o intuito de matá-lo. Porém, Caio foi socorrido
mas veio a falecer, em decorrência dos tiros, uma semana depois no
hospital. Durante o período em que caio estava no hospital, entrou em
vigor uma nova lei penal que agravou a pena referente ao crime de
homicídio.
Com base nessa situação hipotética julgue o item a seguir:
Se Túlio for condenado por homicídio, não se deve aplicar a nova lei
penal mais gravosa, em razão do princípio da irretroatividade da lei
penal mais severa.
CERTO ERRADO
2. LEI PENAL NO TEMPO
2.2. QUESTÕES COMENTADAS
QUESTÃO 1
RESPOSTA CERTO

Segundo o CP o crime ocorre no momento da ação ou da omissão,


portanto a lei que deve ser aplicada era a lei do tempo dos disparos.
Como a lei posterior era mais grave não pode retroagir
DIREITO PENAL
Prof. RODRIGO VARELA

SUMÁRIO:
1.PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
2.LEI PENAL NO TEMPO
3.LEI PENAL NO ESPAÇO
4.INFRAÇÃO PENAL
5.CONTAGEM DE PRAZO
3. LEI PENAL NO ESPAÇO
3.1. TERRITÓRIO BRASILEIRO (ART 5º CP)

Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e


regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território
nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou
a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como
as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de
propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo
correspondente ou em alto-mar

• Solo / subsolo / espaço aéreo / mar territorial (12 milhas)


• Aeronaves e embarcações públicas brasileiras em qualquer lugar
• Aeronaves e embarcações privadas nacionais em território
brasileiro
3. LEI PENAL NO ESPAÇO
3.1. TERRITÓRIO BRASILEIRO (ART 5º CP)

Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e


regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo
de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada,
achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no
espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do
Brasil

• Aeronaves e embarcações privadas nacionais ou estrangeiras em


território brasileiro

OBS: Aeronaves e embarcações públicas estrangeiras são sempre


território estrangeiro
3. LEI PENAL NO ESPAÇO
3.2. LEI PENAL NO ESPAÇO - LUGAR DO CRIME

Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação


ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou
deveria produzir-se o resultado

• TEORIA DA UBIQUIDADE (MISTA) – local da conduta ou do


resultado.

• OBJETIVO – aplicar a lei penal brasileira ao maior número possível


de situações
3. LEI4.PENAL
LEI PENAL
NO ESPAÇO
NO ESPAÇO
3.3. EXTRATERRITORIEDADE
3.3.1. INCONDICIONADA (art 7º I CP)
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
I - os crimes:
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal,
de Estado, de Território, de Município, de empresa pública,
sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída
pelo Poder Público;
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no
Brasil;

§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei


brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro
3. LEI4.PENAL
LEI PENAL
NO ESPAÇO
NO ESPAÇO
3.3. EXTRATERRITORIEDADE
3.3.2. CONDICIONADA (art 7 II e § 3º CP)
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
II - os crimes:
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;
b) praticados por brasileiro;
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de
propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam
julgados.
3. LEI4.PENAL
LEI PENAL
NO ESPAÇO
NO ESPAÇO
3.3. EXTRATERRITORIEDADE
3.3.2. CONDICIONADA (art 7 II e § 3º CP)
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:.
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do
concurso das seguintes condições:
a) entrar o agente no território nacional;
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a
extradição;
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a
pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não
estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.
3. LEI4.PENAL
LEI PENAL
NO ESPAÇO
NO ESPAÇO
3.3. EXTRATERRITORIEDADE
3.3.2. CONDICIONADA (art 7 II e § 3º CP)
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:.

§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro


contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no
parágrafo anterior:

a) não foi pedida ou foi negada a extradição;


b) houve requisição do Ministro da Justiça.

3.3.3. PENA CUMPRIDA NO ESTRANGEIRO


Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil
pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando
idênticas.
3. LEI4.PENAL
LEI PENAL
NO ESPAÇO
NO ESPAÇO
3.4. QUESTÕES COMENTADAS
QUESTÃO 1
Banca: CESPE - Órgão: PC-DF - Prova: Escrivão de Polícia - Ano: 2013
Julgue os itens seguintes, relativos à teoria da norma penal, sua
aplicação temporal e espacial, ao conflito aparente de normas e à pena
cumprida no estrangeiro.
Considere a seguinte situação hipotética.
A bordo de um avião da Força Aérea Brasileira, em sobrevoo pelo
território argentino, Andrés, cidadão guatemalteco, disparou dois tiros
contra Daniel, cidadão uruguaio, no decorrer de uma discussão.
Contudo, em virtude da inabilidade de Andrés no manejo da arma, os
tiros atingiram Hernando, cidadão venezuelano que também estava a
bordo. Nessa situação, em decorrência do princípio da territorialidade,
aplicar-se-á a lei penal brasileira.
CERTO ERRADO
3. LEI4.PENAL
LEI PENAL
NO ESPAÇO
NO ESPAÇO
3.4. QUESTÕES COMENTADAS
QUESTÃO 1
RESPOSTA CERTO

Art. 5º - § 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do


território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de
natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se
encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras,
mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente,
no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.
3. LEI4.PENAL
LEI PENAL
NO ESPAÇO
NO ESPAÇO
3.4. QUESTÕES COMENTADAS
QUESTÃO 2
Ano: 2004 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Prova: Escrivão da Polícia
Federal

Considere a seguinte situação hipotética.

Na fronteira do Brasil com a Venezuela, mas ainda em território nacional, na


cidade de Pacaraima, em Roraima, Otávio desferiu cinco facadas contra
Armindo, que conseguiu correr e faleceu na cidade de Santa Helena, na
Venezuela.

Nessa situação, como o crime se consumou na Venezuela, não há


competência jurisdicional do Brasil para processar e julgá-lo.

CERTO ERRADO
3. LEI4.PENAL
LEI PENAL
NO ESPAÇO
NO ESPAÇO
3.4. QUESTÕES COMENTADAS
QUESTÃO 2
Ano: 2004 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Prova: Escrivão da Polícia
Federal

Nessa situação, como o crime se consumou na Venezuela, não há


competência jurisdicional do Brasil para processar e julgá-lo.

CERTO ERRADO

Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou


omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria
produzir-se o resultado

• TEORIA DA UBIQUIDADE (MISTA) – local da conduta ou do


resultado.
3. LEI4.PENAL
LEI PENAL
NO ESPAÇO
NO ESPAÇO
3.4. QUESTÕES COMENTADAS
QUESTÃO 3

Ano: 2012 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Prova: Agente da Polícia
Federal
Julgue os itens a seguir com base no direito penal.

Será submetido ao Código Penal brasileiro o agente, brasileiro ou não, que


cometer, ainda que no estrangeiro, crime contra administração pública,
estando a seu serviço, ou cometer crime contra o patrimônio ou a fé
pública da União, de empresa pública ou de sociedade de economia
mista. A circunstância de a conduta ser lícita no país onde foi praticada
ou de se encontrar extinta a punibilidade será irrelevante para a
responsabilização penal do agente no Brasil.

CERTO ERRADO
3. LEI4.PENAL
LEI PENAL
NO ESPAÇO
NO ESPAÇO
3.4. QUESTÕES COMENTADAS
QUESTÃO 3

CERTO

Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:


I - os crimes:
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de
Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de
economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público
(Entidades da adm.indireta);
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;

§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira,


ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro.
DIREITO PENAL
Prof. RODRIGO VARELA

SUMÁRIO:
1.PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
2.LEI PENAL NO TEMPO
3.LEI PENAL NO ESPAÇO
4.INFRAÇÃO PENAL
5.CONTAGEM DE PRAZO
4. INFRAÇÃO PENAL

4.1. ESPÉCIES DE INFRAÇÕES PENAIS

• Distinção meramente formal

• A lei penal não fez distinção

• CRIME – atos ilícitos punidos com reclusão, detenção,


cumulativos ou não com multa (Código Penal)

• CONTRAVENÇÃO – atos ilícitos punidos com prisão simples


e ou multa (Lei das Contravenções Penais)
2. INFRAÇÃO
4. INFRAÇÃO PENAL
PENAL
4.2. CRIMES INSTANTÂNEOS, PERMANENTES, E CONTINUADOS

ITER CRIMINIS
COGITAÇÃO ATOS EXECUÇÃO CONSUMAÇÃO EXAURIMENTO
PREPARATÓRIOS
- É o - são os - são os - Todos os - É o resultado
surgimento preparativos para atos de elementos do obtido após a
da idéia de a prática de um execução tipo foram consumação
cometer um crime realizados.
crime - Geralmente não
- Não é são punidos
punida - Serão punidos
quando por si só
constituírem um
fato típico
2. INFRAÇÃO
4. INFRAÇÃO PENAL
PENAL
4.2. CRIMES INSTANTÂNEOS, PERMANENTES

4.2.1. CRIMES INSTANTÂNEOS

• A consumação não se prolonga no tempo


• Consumação e exaurimento se confundem
• Ex: Homicídio

4.2.2. CRIMES PERMANENTES

• Consumação se prolonga no tempo


• Ex: Seqüestro
• Surgindo lei mais gravosa durante a execução do crime, é
aplicada
• Cabe a prisão em flagrante o tempo todo
4. INFRAÇÃO PENAL
2. INFRAÇÃO PENAL
4.3. CRIMES MATERIAIS, FORMAIS E DE MERA CONDUTA
4.3.1. CRIMES MATERIAIS
• Existe um resultado externo e concreto descrito no tipo
• Ex: Homicídio (morte); Roubo (subtração)
4.3.2. CRIMES FORMAIS
• Existe um resultado a ser atingido, mas o crime se consuma
independente da obtenção deste resultado
• Ex: Ameaça (consumação independe da vítima se sentir
ameaçada)
• Chamados de Crimes de Consumação Antecipada
4.3.3. CRIMES DE MERA CONDUTA
• A lei não exige resultado concreto, basta a ocorrência da conduta.
• Ex: Violação de domicilio;
• A ofensa ao bem jurídico é presumida pela lei
2. INFRAÇÃO
4. INFRAÇÃO PENAL
PENAL
4.4. CRIMES DE DANO E DE PERIGO

4.4.1.CRIMES DE DANO
• Crime se consuma somente com a efetiva lesão ao bem jurídico
protegido
• Ex: Homicídio (lesão à vida); Furto (lesão ao patrimônio)

4.4.2. CRIMES DE PERIGO


• Crime se consuma com o simples perigo (risco de lesão) ao bem
jurídico protegido
• Crime de Perigo Concreto – deve ser provado que a conduta pôs
em risco o bem jurídico (Ex: Perigo para a vida ou saúde de
outrem – Art 132)
• Crime de Perigo Abstrato – o risco é presumido pela lei. Não
necessita de prova. Tal fato sempre é perigoso. (Fabricação de
explosivo não autorizada – Art 253)
2. INFRAÇÃO
4. INFRAÇÃO PENAL
PENAL
4.5. CRIMES PRÓPRIOS E DE MÃO PROPRIA

4.5.1. CRIMES PRÓPRIOS

• Exige-se do autor uma capacidade especial


• Ex: ser funcionário público (peculato); ser mãe (infanticídio);
• Admite-se a co-autoria

4.5.2. CRIMES DE MÃO PRÓPRIA

• Ninguém pode praticar o crime no lugar do agente


• Ex: falso testemunho (apenas a testemunha pode cometer)
• Não aceita a co-autoria, mas admite participação (corrente
majoritária)

OBS: O STF tem admitido a participação nos crimes de mão própria


2. INFRAÇÃO
4. INFRAÇÃO PENAL
PENAL
4.6. CRIMES OMISSIVOS PRÓPRIOS E IMPRÓPRIOS

4.6.1. OMISSIVOS PRÓPRIOS OU PUROS


• Violação do dever de agir imposto a todos
• Descritos na parte especial do CP como uma conduta negativa
(deixar de fazer algo)
• Não admite tentativa
• Ex: Omissão de socorro.

4.6.2. OMISSIVOS IMPRÓPRIOS


• Crimes comissivos que admitem a forma omissiva
• Se não houver a obrigação jurídica de agir para evitar o
resultado, o fato é atípico.
• Admite a tentativa
2. INFRAÇÃO
4. INFRAÇÃO PENAL
PENAL
4.6. CRIMES OMISSIVOS PRÓPRIOS E IMPRÓPRIOS

4.6.3. EXEMPLO DE OMISSIVOS IMPRÓPRIOS


• Mãe que deixa de alimentar o filho levando-o a morte (obrigação
legal).
• Bombeiro que se recusa a socorrer incêndio (Obrigação legal -
profissional)
• Nadador que convida pessoa inexperiente para nadar (Agente
Garantidor)
OBS: A lei não exige atitudes suicidas
4. INFRAÇÃO PENAL
4.7. ELEMENTOS E CIRCUNSTÂNCIAS DO CRIME

4.7.1. ELEMENTOS DO CRIME

• São as diversas partes que compõem o tipo penal (verbo do crime,


finalidades específicas exigidas pelo tipo penal etc)
• A falta de um elemento do crime torna a conduta atípica
• Ex: Art 123 – Infanticídio - Matar, sob a influência do estado
puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após: Pena -
detenção, de dois a seis anos.

4.7.2. CIRCUNSTÂNCIAS DO CRIME

• Determinadas situações que agregadas ao tipo penal tornam a


conduta mais ou menos grave
• Circunstâncias Agravantes ou Atenuantes
4. INFRAÇÃO PENAL
4.8. AGRAVANTES E ATENUANTES GENÉRICAS (Art 61 e 65)

• Estão na parte geral do CP

• Aplicam-se a todos os crimes da parte especial, desde que não


estejam previstas como qualificadoras ou configure crime
privilegiado

• A quantidade de agravamento ou redução é determinada pelo juiz


ao calcular a pena
4. INFRAÇÃO PENAL
4.9. CAUSAS ESPECIAIS DE AUMENTO E DIMINUIÇÃO DE PENA

• Estão na parte especial do CP

• Aplicam-se ao crime específico

• A quantidade de aumento ou diminuição é determinada por frações


em relação a pena do referido tipo penal

Ex: Caso de diminuição de pena do Homicídio


Art 121 § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de
relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta
emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, ou juiz
pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
4. INFRAÇÃO PENAL
4.10. CRIMES QUALIFICADOS E PRIVILEGIADOS

• Estão na parte especial do CP


• Descrevem uma situação mais grave ou menos grave em relação a
um crime específico
• Existe uma nova pena prevista com mínimo e máximo, diferentes
da pena cominada pela descrição inicial do crime
Ex: Perigo de contágio venéreo
Art. 130 - Expor alguém, por meio de relações sexuais ou
qualquer ato libidinoso, a contágio de moléstia venérea, de que
sabe ou deve saber que está contaminado:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Crime Qualificado
§ 1º - Se é intenção do agente transmitir a moléstia:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
DIREITO PENAL
Prof. RODRIGO VARELA

SUMÁRIO:
1.PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
2.LEI PENAL NO TEMPO
3.LEI PENAL NO ESPAÇO
4.INFRAÇÃO PENAL
5.CONTAGEM DE PRAZO
5. CONTAGEM DE PRAZO
5.1. PRAZO PENAL X PRAZO PROCESSUAL

PRAZOS PROCESSUAIS PENAIS PRAZOS PENAIS


• Não se interrompem • Art. 10 CP - O dia do começo inclui-se no
• Não se computa o dia de cômputo do prazo. Contam-se os dias, os
início meses e os anos pelo calendário comum.
• Terminando em dia não útil, • Não admite prorrogação mesmo
prorroga-se até o dia útil terminando em dia não útil.
seguinte. • Meses e anos contam-se da seguinte
• Também não pode ser forma:
iniciado em dia não útil - 1 mês iniciando dia 3 termina as 24 hs do
• Conta-se o prazo dia a dia dia 2 do mês seguinte.
- 1 ano iniciado no dia 2 fev 2013 termina
dia as 24 hs do dia 1 fev 2014

Você também pode gostar