Propriedades Físicas Das Estrelas
Propriedades Físicas Das Estrelas
Propriedades Físicas Das Estrelas
Estrelas
Neste capítulo falaremos específicamente das propriedades
físicas das estrelas, tal como brilho, temperatura e
luminosidade. A classificação das estrelas e outros pontos
também serão tratados, de modo a dar uma panorama geral
ao conteúdo.
—Walter J. Maciel
Magnitude Aparente
A magnitude aparente de uma estrela é dada pela seguinte equação:
Equação 1
Na equação acima:
Considerando duas estrelas 1 e 2 ou, alternativamente, duas regiões espectrais da mesma estrela, tem-se:
Equação 2
Exercícios
1. Prove a equação 2 a partir da equação 1
2. Com base na equação 1, qual razão do fluxo é responsável por uma variação de uma unidade na magnitude?
4. Sabendo que a magnitude do Sol é de -27 e que a de Sirius é -1,5, qual o valor de Fsol/Fsirius? Qual o valor esse
mesmo valor para uma estrela de baixa magnitude, com m = 23?
Magnitude Absoluta
A magnitude absoluta de uma estrela em um dado sistema é definida como sendo a magnitude aparente que uma estrela
teria se tivesse a uma distância de 10 parsecs (10pc) do nosso planeta.
De maneira geral, na ausência de absorções os dois fluxos estão relacionados pela seguinte equação:
Equação 3
Na equação acima:
Equação 4
Exercícios
5. Prove a equação 3 a partir da definição de fluxo.
6. Prove a equação 4 e adicione uma constante A para obter uma equação que englobe o termo de absorção em
magnitudes.
LUMINOSIDADE, CORREÇÃO
BOLOMÉTRICA E TEMPERATURA
EFETIVA
“A luminosidade de uma estrela é
definida como a energia emitida
por unidade de tempo em todas as
frequências e todas as direções”
—Walter J. Maciel
Luminosidade e correção bolométrica
A luminosidade de uma estrela é definida como a energia emitida por unidade de tempo em todas as frequências e direções.
Por ser de simetria esférica observa-se que este parâmetro é definido como sendo:
Na equação acima:
• L é a Luminosidade;
• R é o raio da estrela;
• é o fluxo monocromático.
Exercício: Prove a equação acima e encontre uma definição para o fluxo monocromático.
A luminosidade de uma estrela é definida como a energia emitida por unidade de tempo em todas as frequências e direções.
Em termos de Magnitudes Bolométricas:
Equação 5
A magnitude bolométrica é definida como a magnitude integrada em todo o espectro. Na equação acima:
• L é a Luminosidade;
• M é a Magnitude Bolométrica.
Tal como obtivemos na equação 2, a partir da equação 1, também podemos obter uma semelhante, que é dada por:
Equação 6
Exercícios
1. Diferencie Magnitude Aparente, Magnitude Absoluta e Magnitude Bolométrica.
2. Levando em consideração que a razão entre a luminosidade de uma estrela qualquer e a luminosidade do sol varia
entre e calcule os valores da magnitude bolométrica dessa estrela sabendo que o mesmo parâmetro para o sol tem valor
de 4,75.
3. Sabendo que a Magnitude Absoluta Bolométrica () de uma estrela é dada pela Magnitude Visual somada a uma
correção bolométrica (BC), calcule o valor da do sol, sabendo que para esta estrela aplicamos a correção BC de valor
igual a -0,07.
Temperatura efetiva
A temperatura de uma estrela está associada ao conceitos de Corpo Negro e a equação que nos dá a temperatura para este
corpo é aquela obtida por Max Planck em 1901.
Equação 7
Onde:
• h é a constante de Planck;
• c é a velocidade da luz;
• v é a frequência de radiação emitida.
• k é a constante de Boltzmann;
• T é a temperatura;
A equação 7 nos serve para a definição da temperatura efetiva. Que é definida como segue:
Equação 8
Equação 9
Para o sol a temperatura efetiva é de 5 800K, o que pode ser obtido da equação 9, em que o raio desta estrela é de 6,96 x
m e a luminosidade é de 3,83 x J. (Exercício: constate os cálculos que nos permitem obter a temperatura do sol como 5
800K, mostrados acima)
Exercícios
1. Encontre o valor máximo para o comprimento de onda da equação 7 e relacione com a temperatura de máxima
emissão de estrelas.
2. Com o valor da temperatura efetiva, encontre o comprimento de onda de máxima emissão de radiação e relacione
isso com a lei de Wien.
Massas, raios, gravidade
e densidade média
“As Massas das estrelas são
particularmente importantes no
estudo de sua evolução”
—Walter J. Maciel
Massas e raios
As massas das estrelas são particularmente importantes no estudo de sua evolução e constituem o parâmetro mais básico
dos modelos de evolução estelar. Como exemplo, observa-se o sol, nossa estrela, que tem uma massa de 1,99 x kg. As
massas das estrelas estão geralmente compreendidas entre o intervalo dado abaixo:
Estrelas com massas 100 vezes maiores que a da nossa estrela são extremamente raras. Para determinar com facilidade a
luminosidade de uma estrela observe que este parâmetro é proporcional à massa, havendo, para M ≥ 0,2 uma correção dada
por:
Equação 10
Equação 11
Com n ≃ 4 – 3.
Exercícios
1. Utilizando-se da equação 10 encontre a luminosidade para uma estrela que tem massa 50 vezes maior que a do Sol.
Como pode ser visto na tabela os valores dos raios estelares estão
entre 0,01 e 1000 raios solares. Para a sequência principal, em
que enquadram-se a classe V, temos a seguinte formula empírica
para a relação de massas: